Expectativa de Uma Boa Safra Brasileira de Café em 2020/2021
14 de julho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: artigo de Marcela Caetano no Valor Econômico, avaliação da consultoria Safras & Mercado, o tempo está correndo bem até agora, pode chegar a 68 milhões de sacas, um aumento de 20% sobre estimativas anteriores
Um artigo de Marcela Caetano publicado no Valor Econômico se baseia nas informações atualizadas do analista Gil Barabach, da consultoria Safras & Mercado, que estima um aumento de 20% sobre a anteriormente feita, podendo chegar a 68 milhões de sacas. A anterior está expressa de forma reduzida no gráfico abaixo.
Estimativa anterior da safra brasileira de 2020/2021 do café arábica e conilon, baseada nos dados da Conab e IBGE, constante do artigo publicado no Valor Econômico, que vale a pena ser lido na sua íntegra
Estas estimativas costumam usar as informações das floradas dos cafezais, bem como outras como as chuvas que ocorreram até agora nas principais regiões produtoras de café no Brasil. Quando o café brasileiro dependia das produções de regiões sujeitas às geadas, como do Paraná, estas mudanças drásticas podiam ocorrer. Hoje, os cafezais brasileiros estão localizados mais ao norte, de Minas Gerais até a Bahia, com os conilons centralizados no Espírito Santo, permitindo estimativas mais seguras, pois estes fenômenos climáticos são pouco prováveis.
As fontes de alta credibilidade são também as informações fornecidas pela Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé, de Minas Gerais, e a Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas da Mogiana Paulista (que também abrange parte da produção do Espírito Santo), usadas pela jornalista. 
Segundo as informações dos cafeicultores, houve um atraso na florada, mas ela foi bastante intensa e homogênea e os preços estão atrativos, ajudado pelo câmbio atual, permitindo que os contratos de venda fossem firmados. Isto também aconteceu com o café conilon do Espírito Santo.
Uma boa florada do cafeeiro
Estas informações são otimistas para os analistas brasileiros, pois acabam ajudando nas exportações brasileiras, cujos produtos agropecuários em outros setores ainda apresentam dúvidas diante das restrições impostas pelos importadores, como no caso da carne suína e bovina.