Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Japão e Reino Unido Fazem o Possível Para o Comércio

9 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: esperanças de melhoras, saindo da inércia, um primeiro acordo, um primeiro entendimento do Reino Unido

Todos estão conscientes que neste período em que o mundo está preocupado com os impactos negativos do coronavírus, qualquer acordo de maior envergadura, facilitando o comércio internacional, é muito difícil. Tendo isto em mente, o ministro de Relações Exteriores do Japão, Toshimitsu Motegi, conseguiu em tempo recorde um entendimento com a secretária de Comércio do Reino Unido, Liz Truss, mas ainda são necessários muitos avanços. Mas, como o entendimento com a Comunidade Europeia está difícil, aparenta ser o possível com outro país de dimensão. É preciso ser pragmático neste momento, sem ficar inerte.

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A reunião do ministro de Relações Exteriores do Japão, Toshimitsu Motegi, com a secretária de Comércio do Reino Unido, Liz Truss, publicada em diversos jornais

Espera-se que até o final deste mês chegue-se a um acordo básico, sendo sua primeira visita ao exterior desde quando começou a pandemia do coronavírus. Como o Brexit do Reino Unido, que permite a permanência do livre comércio entre o Japão e a União Europeia que terminará no final do ano, as duas partes querem fechar um acordo o mais rápido possível, para avançar no processo de ratificação interna dos dois países. Na última reunião para a imprensa se divulgou que se trata de retoques finais, mas existem informações que ainda restam problemas no setor de automóveis e de produtos agrícolas, que envolvem o malte e a manteiga. Também existem problemas na expansão das empresas de Internet.

Todos sabem que sempre existem detalhes que dificultam os acordos, mas como ambos os países não possuem muitas alternativas para avançar no comércio externo, tudo indica que seria possível superar os obstáculos existentes. Mesmo que existam pressões como dos Estados Unidos, que cada vez mais perdem a sua importância internacional, com Donald Trump correndo o risco de não conseguir a sua reeleição.

Para o Brasil, com todas as dificuldades, também seria uma oportunidade de um mínimo de acordos internacionais, mas as pendências como os incêndios e desmatamentos na Amazônia, além do desaparelhamento do Itamaraty, não se conta com condições para acordos desta natureza.