Mãos de Maria Importante em Paraisópolis
21 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: aposta no empreendedorismo, artigo publicado no O Globo, estimulando as mulheres em situação de vulnerabilidade econômica e social, suprindo as deficiências do governo
Nestes tempos adversos do coronavírus, os trabalhos voluntários nas favelas como Paraisópolis tornam-se mais relevantes. Duas moradoras desta gigantesca comunidade de São Paulo, Elisandra Siqueira e Juliana Gomes, fundadoras da Mãos de Maria, dão um exemplo admirável para todos. Ambas são filhas de imigrantes nordestinos. Elisandra, 32 anos, é sobrevivente da violência doméstica e presidente desde 2000 da Associação de Mulheres de Paraisópolis. Juliana, 35 anos, trabalha desde 2000 na União de Moradores da comunidade. Em 2017, decidiram, criando a Mãos de Maria, investir no empreendedorismo feminino como forma de garantir a independência das mulheres daquela favela muito conhecida em São Paulo. Estas informações fazem parte do artigo de Gabriela Oliva, publicado no site de O Globo.
Foto de Elisandra Siqueira e Juliana Gomes, constante do artigo publicado no site de O Globo, que vale a pena ser lido na sua íntegra
A Mãos de Maria foi criada na chamada Horta na Laje, oferecendo treinamento e trabalho de culinária para as moradoras da favela. Já passaram pelo projeto mais de 3.500 mulheres, com o objetivo de geração de renda. Vivendo na favela, elas conhecem os problemas que as moradoras enfrentam e sabem que seus trabalhos necessitam dar independência a elas. Temporariamente suspensa nos trabalhos tradicionais com a crise do coronavírus, a rede de sustentabilidade encontrou solução com as Marmitas Solidárias das Marias, que combate a fome e é uma renda para as cozinheiras. Até o final de julho, foram distribuídas mais de 600 mil refeições para a população local. Com a premiação do projeto no Menos30 Fest conseguiu-se investidores para o projeto Marmitas Solidárias.
São empreendimentos que merecem o apoio de todos, pois são das faveladas para ajudar umas às outras, que, de forma inteligente e sustentável, supre uma necessidade básica destas mulheres admiráveis.