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Máscaras Japonesas Propostas por Supercomputadores

23 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: ajuda de supercomputadores, artigo publicado no The Japan Times, aumento sensível da proteção, baixa proteção das atuais máscaras como nos restaurantes, trabalho conjunto de diversas empresas

clip_image001Um artigo de Osamu Tsukimori foi publicado no jornal japonês The Japan Times informando que as atuais máscaras usadas nos restaurantes no Japão só protegem os fregueses de 30% dos vírus da Covid-19. A Toppan Printing e a Suntory Liquors conseguiram a ajuda do instituto de pesquisa Riken, usando o supercomputador Fugaku da Fujitsu, e obtiveram uma nova máscara que eleva a proteção para 70% do vírus.

Uma ilustração de computador de um novo design de protetor facial da Toppan Printing Co. e Suntory Liquors Ltd. | cortesia de Toppan Printing

A pesquisa efetuada mostrou que quatro clientes numa mesa, com máscaras tradicionais, só eram protegidos de 30% dos vírus que eram lançadas no ar nas conversas, atingindo os outros clientes. Com a ajuda do supercomputador, desenvolveram uma nova máscara que eleva este percentual para 70%, mas seus custos ainda são altos.

A simulação do computador descobriu que uma proteção facial típica protege a boca de apenas 30% das gotículas orais que se espalham pelo ar. Depois de estudar várias opções usando o supercomputador, a equipe confirmou que o design escolhido pode bloquear cerca de 70% das gotas com um design em forma de tigela que cobre uma área mais ampla do queixo ao nariz.

O novo protetor facial é feito de um material termoplástico transparente e sua cobertura bucal pode ser facilmente movida para o lado para que as pessoas possam comer enquanto o usam. O produto, que também protege os olhos, agora está sendo testado em vários restaurantes da região de Tóquio.

Toppan disse que planeja disponibilizar o projeto final auxiliado por computador gratuitamente ao público para que qualquer fabricante possa produzi-lo. Um porta-voz da Toppan disse que a empresa era responsável pelo desenvolvimento e fabricação do protetor facial e que estava aberta a receber pedidos de fabricação de outras empresas, nada cobrando pela tecnologia.

Estes tipos de esforços estão sendo desenvolvidos em muitos lugares, mostrando que os empresários estão se preparando para a convivência com a Covid-19 por muito tempo.