Segundo Debate dos Candidatos nos EUA
23 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: a possibilidade de apelar para a Suprema Corte, analistas sugerem que as tendências recentes não foram alteradas, o debate ficou mais civilizado com as mudanças das regras, resultados definitivos somente depois de tudo concluído
Um grande número de analistas norte-americanos acha que o debate entre os dois candidatos nas próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos ficou mais civilizado com as novas regras que colocam os microfones fora do ar por um tempo mínimo destinado aos adversários. Não aparenta que o atual quadro tenha provocado alterações significativas no resultado final, por ora. Os democratas continuam com ligeiras vantagens nas pesquisas de opinião, que só serão confirmadas depois de esgotados todos os possíveis recursos, que pode chegar até a Suprema Corte daquele país.
O segundo e último debate entre os candidatos nas próximas eleições nos EUA à Presidência da República foi mais organizado pelas novas regras e eficiência da atuação da moderadora do evento
Os analistas norte-americanos afirmam que este segundo debate ficou mais organizado com as novas regras, permitindo que as posições dos candidatos sobre diversos assuntos ficassem mais claras. As pequenas vantagens apontadas pelas pesquisas de opinião para o candidato democrata parecem que não foram alteradas substancialmente. Isto, se confirmado, será uma novidade, pois os candidatos que estão no comando levam vantagens, principalmente quando a economia daquele país caminha para uma recuperação, com o aumento de parte do emprego.
Os efeitos da pandemia da Covid-19 foram devastadores, não somente do ponto de vista da saúde, quando o atual presidente Donald Trump, apesar de sua gravidade, não divulgou sua profundidade e nem tomou as medidas para minimizar seus efeitos. Eles se espalharam pela economia e os menos privilegiados da população precisam contar com planos de saúde custosos, pois as assistências de hospitais públicos de alta qualidade são somente para as autoridades, não somente naquele país.
Outros problemas, como os relacionados com os preconceitos raciais, onde as vítimas eram muitos negros e as ações policiais eram duvidosas. As somas destes e outros fatores semelhantes atuaram contra o atual governo, que elegeu principalmente a China como o seu polo dialético, retirando a vantagem natural de quem está no poder.
Se as diferenças forem expressivas, não costumam haver apelos para o mais alto nível do Judiciário, onde o atual governo conta com clara maioria. Mas, se forem pequenas, estes recursos podem se arrastar por algum tempo, aumentando as incertezas no mundo.
Tudo isto repercutirá no Brasil, pois o governo de Jair Bolsonaro espera contar com potenciais apoios dos republicanos, havendo mais rigor dos democratas em algumas questões cruciais como a preservação do meio ambiente do país, que influencia outras nações. O conveniente seria que os brasileiros adotassem orientações mais pragmáticas, pois os chineses, por exemplo, são importantes parceiros, não somente comprando produtos do Brasil como poderiam financiar alguns programas importantes de melhoria da infraestrutura local.