A Mobilidade Social
29 de novembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: a formação do Novo Mundo, artigo de Mario Sergio Conti na sua coluna na Folha de S.Paulo, notadamente italiana, o caso de sua família de origem europeia | 2 Comentários »
A sólida formação jornalística de Mario Sergio Conti permitiu captar o essencial da importante mobilidade social que se acelerou com as potencialidades do Novo Mundo desde o final do século XIX, usando os exemplos de sua família. A Europa, como muitas partes do hemisfério norte, sempre sofreu com acidentes geográficos naturais como os terremotos, induzindo muitas famílias a migrarem para as Américas, onde conseguiram invejáveis posições sociais. Mas a crise de 1929 provocou a falência de muitos, que os obrigaram às novas tentativas. Algo semelhante ocorreu também com muitas famílias asiáticas e do Oriente Médio, notadamente no Brasil. E isto continuará a se repetindo no futuro com a atual crise provocada pela pandemia Covid-19, mantendo ativa e saudável a mobilidade social no mundo.
Residências de luxo na Avenida Paulista para a elite brasileira, antes da crise de 1928
Esta mobilidade social continuará se repetindo no Brasil, com mudanças no seu conteúdo ao longo do tempo. Muitas famílias de empresários mais ativos continuarão se destacando, inclusive muitos com origem no Oriente Médio, que são mais numerosos que os italianos e os asiáticos neste país, espalhando-se por todas as regiões, desde o Rio Grande do Sul à Amazônia. Sua presença na atividade política é intensa, mas também em outros setores e mesmo no atual quadro difícil em todo o mundo.
Como eles já enfrentaram situações adversas para sobreviver, não se impressionam com os novos obstáculos que precisam superar e que estão em suas frentes. Executam tarefas simples, quando já haviam passado por funções mais elevadas do ponto de vista social em seus países de origem.
Eles fazem o que é necessário para dar aos seus familiares condições mais condignas, aceitando sacrifícios pessoais. Devem ser admirados e imitados, não se acomodando às dificuldades que encontram, procurando padrões de vida mais elevadas. Com isto, ajudam os países que os acolheram, servindo de exemplos para os demais membros da comunidade em que passaram a viver.
Parabens Paulo Yokota otimos artigos sempre,
sou leitor frequente. Aprendo muito.
Caro Renato Ishikawa,
Muito obrigado pela gentileza. Acredito que a liberdade da migração ajuda o mundo.
Paulo Yokota