Formações Pessoais e Interesses Nacionais
9 de novembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: casos de Joe Biden e Kamala Harris, duras e sofridas formações, experiências acumuladas, formação de uma chapa pelo interesse nacional
As duras formações, com acúmulos de sacrifícios pessoais, ajudam a moldar personalidades que, mesmo pouco vistosas para o público, podem colaborar com um país. Joe Biden era gago quando criança e se empenhou a superar o seu problema, ajudando outros jovens que têm a mesma dificuldade. Do seu primeiro casamento, sua esposa e filhos morreram num desastre rodoviário. Teve problemas com um dos seus filhos e na sua carreira política perdeu uma eleição e, por insistência de seus amigos, continuou político, tendo sido um dos auxiliares do presidente Barack Obama, acumulando conhecimentos dos problemas nacionais e mundiais.
Kamala (que em sânscrito significa flor de lótus) Harris teve uma mãe hindu já falecida, que migrou para os Estados Unidos e casou-se com um jamaicano. Ela estudou na Universidade da Califórnia, atuou como procuradora e chegou a senadora. Pleiteava ser candidata a presidente como democrata, enfrentando Joe Biden, desistiu, foi escolhida candidata a vice-presidente, sendo eleita agora. Está considerada como possível candidata nas próximas eleições presidenciais.
Joe Biden e Kamata Harris, eleitos presidente e vice-presidente
Com os sofrimentos pelos quais eles passaram, com experiências que já acumularam, existem grandes esperanças que, nestes tempos difíceis, possam ajudar a superar muitos problemas, o que vai exigir tempo e recursos para que se volte ao desenvolvimento sustentável, que terá um grande impacto em todo o mundo. As eleições ajudam a renovar estas mudanças, notadamente quando se passa por mudanças dramáticas como as atuais.
Não existem milagres, mas uma mobilização recorde como ocorreu nestas eleições, com muitos votando pelo correio e de forma antecipada, são indícios que muitos da população norte-americana alimentam desejos de maior realismo, mesmo que se saiba que há necessidades de sacrifícios duros. Com base em conhecimentos científicos, espera-se que a pandemia da Covid-19 possa ser reduzida, exigindo engajamentos da população com as novas ondas de aumento dos infectados e mortes em muitos países.
Para que os Estados Unidos volte a ter a importância nas inovações tecnológicas, competindo com países asiáticos, há que se voltar às pesquisas indispensáveis. O isolamento nacionalista não ajuda na cooperação internacional e problemas precisam ser resolvidos em conjunto, como os climáticos dentro do Acordo de Paris. Há que se encontrar formas de preservação do meio ambiente, inclusive no Brasil, que tem importância no aquecimento global.
Mudanças que estão ocorrendo nos Estados Unidos também devem ser estimuladas em outros países, pois todos vivemos no mesmo globo e estes novos dirigentes eleitos podem dar uma importante sinalização.