Indústria Automobilística Recuperando-se Rapidamente

7 de novembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: artigo das agências noticiosas AFP-JIJI, fenômeno global, outras também obtêm perspectivas promissoras, publicada no The Japan Times, Toyota quase dobra a previsão para o ano todo

A Toyota anunciou que as previsões de vendas e produções deste ano inteiro quase dobram as anteriores, com lucros, para o ano fiscal que vai até março de 2021, de US$ 137 bilhões. Os resultados do primeiro semestre deste ano eram preocupantes, mas os sinais de recuperação foram claros. Isto ocorreu também com outras grandes montadoras no mundo, segundo o diretor de operações da Toyota, Kenta Kou. Espera-se que isto estimule também outros setores industriais da economia mundial.

Um veículo da Toyota exposto num showroom em Tóquio

As montadoras de automóveis de todo o mundo foram atingidas pela crise do coronavírus, que obriga muitos a ficarem isolados em suas casas. Mas isto já está superado e as vendas e produções voltam com vigor, permitindo prever um ano bom até o início de 2021.

Segundo Satoru Takada, analista automotivo da TIW, uma empresa de pesquisa e consultoria de Tóquio, a Toyota está superando seus rivais domésticos. A General Motors relatou um aumento do lucro líquido de US$ 3,2 bilhões nos três meses até setembro. A Volkswagen também obteve o mesmo resultado no período, com uma forte recuperação nos Estados Unidos e na China.

A Nissan, que estava registrando prejuízos recordes, também voltou a obter lucros. Todos estão preocupados com o câmbio, que começa ser cotado de forma adequada. O presidente da Toyota, Akio Toyoda, se mostrou confiante mesmo com a concorrência da

Tesla, pois acha que sua empresa está mais completa, um passo à frente da concorrente.

Parece evidente que ainda existem alguns aspectos preocupantes, como a repetição da pandemia do coronavírus, além das mudanças políticas que devem ocorrer do resultado das eleições nos Estados Unidos, mas os grandes empresários no mundo estão acompanhando todas estas alterações com o devido cuidado. O Brasil deve aprender também com o que está ocorrendo no mundo, deixando de contar com uma política econômica muito emotiva.