Esperanças nas Mudanças que Começaram nos EUA
22 de janeiro de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: efeitos sobre o Brasil, Novo governo nos Estados Unidos, os auxiliares de Joe Biden, ponto de inflexão, sinais promissores nas cerimônias
As cerimônias de posse do novo governo dos Estados Unidos, com o comando do presidente Joe Biden, confirmaram mudanças significativas sobre as quais já havia indicações. A escolha de Kamala Harris como vice-presidente, uma negra competente, já era uma delas. Mas um governo é formado por muitos auxiliares que, experientes, parecem qualificados para continuar pacientemente na maturação das novas medidas já tomadas. Com a volta dos Estados Unidos ao Clube de Paris, visando colaborar nos esforços para evitar o aquecimento global e revogando o muro com o México, que visava evitar imigrantes, são indicações importantes. Mas pequenos gestos, como a jovem poetisa Amanda Gordan apresentar o seu poema na cerimônia, possivelmente escolhida por auxiliares, são símbolos significativos. A esperança é que tudo isto ajude a promover mudanças também no Brasil, que começou somente num discurso postado por Jair Bolsonaro, mas obrigará o país a ajustar-se à nova realidade mundial, que demorará em se efetivar.
Presidente Joe Biden dos Estados Unidos empossado
Neste período conturbado da eleição até a posse do presidente Joe Biden, foram efetuadas nos bastidores muitas providências relevantes. Os principais auxiliares foram escolhidos entre os experientes em administrações anteriores e contam com bom prestígio inicial. As tarefas que devem executar são de grande monta, difícil num país que ainda está muito polarizado desde a administração anterior, e que continuará ser importante. Os esboços dos programas a serem executados estão traçados, mas agora precisam ser transformados em operações efetivas para suas execuções, continuando a contar com muitas limitações. O novo presidente parece consciente das difíceis tarefas de unificação dos Estados Unidos.
Todos mais experientes sabem que o comando, mesmo sendo muito importante, para chegar às realizações exige intensos trabalhos de uma equipe gigantesca. Mesmo que se anuncie que US$ 1,9 trilhões serão utilizados, seus detalhes são relevantes, podendo ocorrer muitos choques de diferentes opiniões de forma natural. Eles não contam com um período de carência e já começam a sofrer ações contrárias dos seus adversários.
O que se espera é que o saldo de créditos e débitos de toda a ação governamental nos Estados Unidos seja positivo ao longo do tempo, mas depende de todos os norte-americanos como de entendimentos com parceiros internacionais, tanto privados como governamentais.
Se o Brasil conseguir ser bastante pragmático, pode ser que este ajustamento não seja muito dramático, mas as indicações do passado não permitem muito otimismo. Mas as duras realidades costumam impor mudanças, mesmo que não desejadas pelo governo atual que continua aspirando uma vitória para a reeleição no próximo pleito presidencial.
No episodio da pandemia coronavírus, nem os entendimentos com os chineses e hindus caminham de forma satisfatória, impondo pesados sacrifícios da população brasileira. Ou o Brasil modifica substancialmente o seu comportamento ou terá pequenas condições de tirar partido da situação que começa a mudar no mundo atual. Parece indispensável aprender um pouco com o que está começando a acontecer nos Estados Unidos.