Investimento de Lemann na Educação Básica
27 de fevereiro de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Educação | Tags: 120 mil alunos que pagam suas mensalidades, ajuda da consultoria Hoper especializada na educação, Eleva Educação incluiu a Cogna, já investe na Harvard norte-americana e no Insper brasileiro, Lemann investe em educação básica no Brasil
Todos sabem que o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann é um investidor internacional agressivo com grande visão e tem hoje como base a cervejaria internacional AbinBev. Entre outros investimentos no Brasil, controla as Lojas Americanas, Burger King e Kraft Heinz. Ele também investe na educação de ponta como na Universidade Harvard nos Estados Unidos, além da Insper no Brasil. Agora, com a Eleva Educação que ele já controla e que adquiriu a Cogna, ficou com 51 escolas de educação básica, com 120 mil alunos com estabelecimentos conhecidos como a Pitágoras, Anglo, Maxi e Latu Sensu. Também ficou com o colégio que estava ligado à Embraer e provocou melhoras de alunos que almejavam ingressar no ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica, tanto na região do rio Paraíba como no Litoral Norte do Estado de São Paulo. Conta com consultoria especializada em educação da empresa Hoper, comandada por William Klein.
Bilionário Jorge Paulo Lemann investe no Brasil em educação básica
Todos sabem que as boas escolas privadas de educação básica no Brasil estão pulverizadas em estabelecimentos de pequena e média dimensão. Não se sabe claramente se a escala pode ajudar na manutenção de suas qualidades, proporcionando ao mesmo tempo retornos compensadores para grandes investidores. Mas os bons investidores possuem visões que não são comuns às pessoas normais e, se contarem com especialistas em educação para ajudá-los, pode acreditar-se que não seja uma aventura. Ajudaria também o Brasil como um todo.
Se houver necessidade de aporte de recursos, os principais bancos que atuam nestas áreas no Brasil certamente se interessarão pela operação. Também fundos internacionais podem ser atraídos. O que pode haver é uma resistência de agências governamentais que procuram manter o mercado aberto, evitando tendências aos monopólios.
Haveria a possibilidade de incremento de pesquisas acadêmicas, ainda que estas estejam em nível universitário, como no caso da Insper. Deve-se lembrar, também, que o país necessita de recursos humanos de formação intermediária, que até o momento está sendo atendido por entidades como o SESI e o SESC.
Tudo indica que estas iniciativas podem provocar algumas mudanças significativas no Brasil, onde o setor público vem se mostrando incapaz de acompanhar.