Mudanças nas Grandes Metrópoles e Suas Periferias
8 de fevereiro de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: Diversas posições de urbanistas, economistas e historiadores, mudanças nas formas de trabalho com o uso de meios eletrônicos, os que podem optar por alternativas, riscos envolvidos e mudanças nos custos dos aluguéis
Muitos artigos no mundo em variados meios de comunicação social estão tratando das mudanças que estão ocorrendo, onde a atual pandemia desempenha um papel relevante. Grandes metrópoles como Nova York, Tóquio, Paris e Xangai estão passando por mudanças com os riscos de saúde envolvidos com as grandes aglomerações de seres humanos, ao mesmo tempo em que muitos trabalhos realizados a distância com os usos dos meios eletrônicos parecem influir nestes fenômenos. Os tempos de longos isolamentos também induzem mudanças de comportamento das pessoas, onde as decisões individuais e familiares aparentam ser relevantes, mas são em pequeno número relativamente.
Times Square em Nova York parece estar com menos visitantes
Muitos analistas constatam que os aluguéis das áreas menos privilegiadas das grandes metrópoles estão caindo e os que residem em regiões mais distantes voltaram a crescer, evitando as aglomerações das pessoas que tendem a aumentar os riscos de saúde como da Covid-19. Os meios eletrônicos atuais parecem permitir trabalhos em casa, sem a necessidade da ida para os escritórios tradicionais.
Em metrópoles como Nova York, os restaurantes mais finos ficam espalhados por diversas áreas, mas as suas frequências estão em baixa, mesmo quando os clientes estão saturados com lanches de “fast foods” ou alimentações mais simples em suas residências. Parece ser um fenômeno que se repete em outras grandes metrópoles do mundo.
Como tudo indica que a atual pandemia pode ser demorada, talvez de alguns anos, mesmo com o crescente número de vacinas e medicamentos que estão ficando disponíveis, parte das populações acaba adaptando seus comportamentos para formas mais simples. Mesmo não sendo numerosos, em alguns países nota-se que existem os que estão voltando para pequenas aldeias, onde os riscos de saúde parecem ser menores.
Shirakawa go, no Japão, é uma aldeia que está se destacando
Já se observava no mundo que estabelecimentos industriais ficavam mais isolados das metrópoles. O problema mais complexo parece envolver os variados serviços que atendem às populações, inclusive de saúde, notadamente onde o número de idosos está crescendo. Pequenas famílias de jovens estão preferindo viver nas regiões rurais, consideradas menos estressantes.
Em vez de usarem veículos, muitos andam ou usam bicicletas, que não provocam poluições. Alguns países como a Alemanha só contavam com cidades que não chegavam a ser metrópoles, o que volta a acontecer em outros países. Muitos estudiosos tendem a achar que isto se intensificará no futuro.
Ainda que de forma modesta também no Brasil já existem pequenos indícios destas tendências. O que se espera que isto proporcione melhor qualidade de vida para toda a população.