Alta Tecnologia no Japão Evitando Desperdícios de Alimentos
3 de março de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: Artigo de Tasishi Kajimoto da Reuters, desperdícios de US$ 19 bilhões anuais com vencimentos dos prazos para os seus usos, publicado no Japan Today, uso da inteligência artificial | 2 Comentários »
Em todo o mundo desenvolvido, com destaque para o Japão, muitos alimentos são vendidos prontos em lojas de conveniência. Mas como contam com prazos para suas validades, agora, com o uso de novas tecnologias de inteligência artificial, efetuam-se esforços para reduzir estes desperdícios.
Muitas lojas de conveniência oferecem produtos prontos, como a Lawson, no Japão, que vencendo sem serem vendidos precisam ser descartados
Novas tecnologias com o uso da inteligência artificial estão reduzindo estes desperdícios que os governos esperam chegar à sua metade. No Japão, foi promulgada uma nova legislação, estabelecendo metas até 2030, para redução à metade, pois as cifras atuais são impressionantes.
Empresas especializadas como a norte-americana DataRobot estão ajudando estas lojas, pois os custos relacionados superam os dos recursos humanos. No Japão, empresas como a Suntory e a AI, da Fujitsu, também procuram indicar as danificações de garrafas de bebidas, que acabam sendo devolvidas. As metas atuais envolvem retornos estimados entre 30 a 50% sobre os dados de 2014.
A atual pandemia da Covid-19 aumentou o consumo destes produtos em 2,5 vezes sobre o ano passado, segundo Tatsuya Sekito, que lançou a Kuradashi, para vendas eletrônicas, mas com redução das margens do passado. Ela atende 800 empresas, incluindo a Meiji, Kagome e Lotte, num total de 50 mil itens.
Ela atrai clientes não somente com as vendas, como a oportunidade de doar uma parte para instituições de caridade, ressaltando as questões sociais. O número de membros saltou para 180 mil em 2021, comparando com 80 mil em 2019.
Empresas como a NEC estão usando a inteligência artificial para atender aos seus clientes, com dados como o clima e a logística envolvida na cadeia de abastecimento, conseguindo reduções de custos que vão de 15 a 75%. Além de ajudar a reduzir os desperdícios, procura minimizar os custos, superar as dificuldades com a falta de recursos humanos, otimizar os estoques, processar os pedidos e atender em toda a logística.
As dificuldades presentes estão estimulando aperfeiçoamentos relevantes com o uso da inteligência artificial em muitas empresas. Parece que o Brasil poderia aprender um pouco com o que está acontecendo no Japão.
Boa dia Sr. Yokota. Muito interessante o artigo. Quando me formei como Eng. Alimentos há muito tempo, o desperdicio da cadeia alimentar , da lavoura à mesa era de 1/3 ou 33% de perda. Hoje ainda estamos com cerca de 30%. Considerando o desenvolvimento da sociedade, tecnologia,etc, o índice de 30% representa uma regressão. Como economista que o sr é, sugiro um artigo-resumo , do que está acontecendo atualmente, nessa cadeia de distribuição e o custo das perdas.
Grato e um abraço
Ernesto
Caro Ernesto Nozomo Fujiki,
Obrigado pelo comentário.
Tenho a impressão que atualmente os consumidos se preocupam mais com a aparência que o conteúdo. Se uma fruta ou legume tem ligeiros problemas nas suas formas, acabam sendo rejeitados. Também não havia no passado tantos produtos prontos para o seu consumo, que se não ocorrerem rapidamente, acabam gerando problemas.
Vamos ver o que podemos aprofundar sobre o assunto.
Paulo Yokota