Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Problemas da Imprensa no Período das Festas

24 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: mudanças no Newsweek, o nosso site, redução das notícias, técnicas do The Economist | 2 Comentários »

Diante da redução das notícias econômicas e políticas durante as festas do final do ano, observa-se que muitos veículos de comunicação social reduzem também as suas atividades, num período em que muitos enfrentam dificuldades para a sua continuidade normal. Como muitas outras revistas, até o tradicional Newsweek interrompe sua publicação impressa, passando a funcionar eletronicamente a partir do próximo ano. O The Economist publica num número o correspondente a duas semanas, utilizando a técnica de fornecer profundas análises históricas para assuntos da atualidade, que exigem uma leitura mais demorada, por se tratar de temas culturais.

Por exemplo, num dos seus artigos trata do conceito do “Inferno”, que vem desde a antiguidade, tratado pelos mais variados filósofos, não se restringindo aos de tradição judaica ou cristão, mas também de hindus, muçulmanos e budistas, indo até os antigos egípcios. Trata também das comemorações do Mardi Gras, que apesar de se concentrar em Nova Orleans nos Estados Unidos, mistura influências afro-americanas como de nativos daquele país, que escaparam da escravidão.

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Luzes Natalinas no Japão Não Cristão

24 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alguns exemplos japoneses, ideias que podem ser aproveitadas e aperfeiçoadas, Luzes Natalinas, publicados no The Japan Times, reflexões

Temos informado neste site que uma das sensações mais estranhas que uma pessoa criada num país cristão enfrenta num país não cristão é a passagem do Natal. No Japão, a data é um dia útil como qualquer outro, com expediente normal de trabalho, e somente à noite e no comércio nota-se alterações na rotina. Evidentemente, existem famílias cristãs no Japão, e por serem minorias, suas convicções costumam ser mais profundas, como deve acontecer em outros países de tradição não cristã. Mas senti a mesma sensação de frustração numa noite natalina em Veneza, quando saí à procura de uma missa pelas igrejas certo que participaria de um rico evento e só encontrei portas fechadas, tendo que me contentar com um programa de televisão que transmitia uma cerimônia do Vaticano. Lamentavelmente, muitas partes do mundo transformaram o Natal num evento comercial ou de outras atividades mais pessoais.

Mesmo com esta constatação um tanto triste sempre é interessante ser confrontado com a beleza que pode ser obtido com as luzes, dando um sinal da alegria que pode ser transmitida pelo nascimento do Redentor, reservando-se para uma introspecção mais pessoal o que a data exige. Um jornal japonês, o The Japan Times, solicitou aos seus leitores o envio de fotos que entendem mais expressivas das iluminações que foram constatadas, que pode ser acessada pelo http://www.japantimes.co.jp/xmas12.html .

Isto nos leva à reflexão que menos da metade da população mundial é cristã, mas costumamos nos comportar como se o universo tivesse sentimentos semelhantes com os que nos cercam. Quando visitei recentemente uma livraria, constatei que a quase totalidade das obras expostas eram originária de uma cultura centrada no Ocidente, notadamente na Europa, ignorando o que acontece no resto do mundo que não é desprezível.

Do aspecto econômico, o mundo pode estar cada vez mais globalizado, mas precisamos ter a clara consciência que isto não é verdade dos demais pontos de vista relevantes, como é o cultural. Parece que necessitamos fazer um esforço para aumentar a nossa consciência que temos que conviver com outros povos que pensam de formas diferentes.

Trabalhei por longos períodos como voluntário nas tarefas relacionadas com o Conselho Mundial de Igrejas com sede em Genebra na Suíça. Organização de origem protestante, mas sempre com clara posição ecumênica, dialogando também com todas as igrejas não cristãs. Tenho a convicção que não podemos ter opiniões monopolistas, e precisamos respeitar todas as crenças, mas tomo a liberdade de lamentar a distorção comercial que se efetua de determinadas datas, que deveriam ser significativas para alguns povos.


Tanto Bate Até Que Fura

19 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: dificuldades, insistências que provocam mudanças, intenções dos eleitos no Japão, vendas de armas nos EUA

Existe um famoso ditado que diz: “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. A resistência da National Riffle Association of America para qualquer restrição às vendas de armas, que vem da cultura do velho oeste e está na Constituição dos Estados Unidos, diante da repetição de tantas calamidades insanas nas escolas como agora em Sandy Hook, parece que começar a ceder, no mínimo quanto aos rifles de repetição. A esperança é que acabe se estendendo para o controle de vendas de armas para a sua população, pois, como afirma o presidente Barack Obama, é preciso que as autoridades tomem medidas objetivas para tentar reverter este quadro de paranoia.

Nas eleições japonesas, o PLD – Partido Liberal Democrata hoje comandada pelo ex-premiê Shinzo Abe, teve uma vitória arrasadora. Este partido esteve no comando do Japão pela maioria dos períodos depois da Segunda Guerra Mundial, e acabou sendo derrotado pelo DPJ – Partido Democrático do Japão e outros oposicionistas, inclusive o Partido Socialista, diante da sua incapacidade de oferecer um programa que mantivesse a sua economia, acabando por passar o Japão por duas décadas perdidas. As esperanças se renovam, com a desvalorização do yen, o apoio do Japan Keidanren – cúpula empresarial do Japão e da poderosa burocracia governamental, ainda que as dificuldades sejam muitas, e nem tudo que foi prometido durante a campanha eleitoral tenha viabilidade, como a adoção de uma linha nacionalista para resolver as disputas de ilhas com a China e a Coreia.

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O Livro de Jo Takahashi Sobre a Arte de Shin Koike

19 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: 2012, A Cor do Sabor, autoria de Jo Takahashi, Editora Melhoramentos, São Paulo

Jo Takahashi é um dedicado, persistente e competente produtor cultural com longa experiência da japonesa no contexto universal, aprofundado ao longo de uma rica experiência de trinta anos de trabalho profissional na Japan Foundation. Hoje, ele se dedica à sua Dô Cultural, uma empresa que vive das atividades culturais com sucesso, o que não é uma tarefa fácil para ninguém, mesmo para ele. Jo é o criador e mantenedor do portal Jojoscope, indispensável para acompanhar tudo que acontece de importante ligando a cultura japonesa principalmente com o Brasil.

Mesmo dentro da profusão de trabalhos que deve exigir a sua participação pessoal, que deixa a sua marca indelével, encontrou tempo para escrever um livro imperdível. Não se trata somente da contribuição do chef japonês Shin Koike para a gastronomia brasileira que me pareceu inicialmente como o objetivo principal, mas da elaboração da rica moldura em que tudo isto acontece, do encontro fértil da profunda e consolidada cultura japonesa com o dinâmico e vivo contexto brasileiro.

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Doze Samurais e Um Bando de Loucos

17 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: algumas reflexões, artigo de Antonio Prata na Folha de S.Paulo, Corinthians e Chelsea, Ju Toku, Mundial de Clubes de Futebol em Yokohama

Não sendo um comentarista de futebol nem torcedor do Corinthians, mas simplesmente brasileiro, só posso apresentar considerações sobre a importância deste Campeonato Mundial de Clubes da Fifa no Japão e sua final em Yokohama de outros ângulos mais simples. Na sua coluna na Folha de S.Paulo, Antonio Prata apresenta um artigo quase poético sobre a atual viagem profissional ao Japão e uma visita a um sushiya em Tóquio, de nome Ju Toku. Procurou saber de um cliente japonês que lá estava, com ares de habituée, o significado deste nome do estabelecimento. Foi-lhe explicado que ju significa em língua japonesa dez, e toku seria uma espécie de coração, coragem, esforço, bravura, expressão que transformou no título do seu artigo. Ele traçou um paralelo dos Sete Samurais, de Akira Kurosawa, com o lema da Fiel, “Lealdade, Humildade, Procedimento”, ao que poderia se acrescentar certo prazer pela vitória com muito sofrimento, quase um masoquismo.

Cerca de dez mil corinthianos do Brasil gastaram o que tinham e o que não tinham para ir ao Japão torcer pelo seu time, e eles mesmos se denominam um bando de loucos, porque isto não é das coisas mais racionais no mundo dos que se consideram normais, se é que eles existem. E eles estavam enfrentando na final em Yokohama o Chelsea, que é uma seleção inglesa de jogadores de cerca de sete diferentes países, de propriedade de um milionário russo. O valor dos passes destes jogadores do clube inglês deve superar em dezenas de vezes os dos jogadores corinthianos no mercado. Mesmo muitos dos torcedores do clube brasileiro não consideravam sua equipe os favoritos.

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Já postei neste site um artigo dizendo que não considero os seres humanos totalmente racionais. São movidos por paixões, emoções, e no futebol todos sabem que nem sempre são os melhores que vencem, talvez mais que em outros esportes. Parece que o Chelsea é formado por bons profissionais que procuram maximizar os seus benefícios financeiros, parecendo um pouco mercenários, ainda que não se possa condená-los por isto. Enquanto que os corinthianos pareciam movidos por uma forte emoção coletiva, a vontade de corresponder às loucuras de sua torcida, dos que conseguiram ir ao Japão como os que se espalham por muitas partes do mundo.

Torcidas organizadas de brasileiros residentes no Japão devem ter impressionados os japoneses, que costumam ser organizados como em outras finais a que assisti no Japão. Engrossaram os que se deslocaram do Brasil, formando uma corrente coletiva positiva que certamente estava contagiando os jogadores como os dirigentes do clube brasileiro. Havia um clima diferente em campo, capaz de superar as qualidades técnicas dos que estavam jogando, ainda que não se despreze a preparação que foi efetuada pela equipe técnica corinthiana.

Cássio, o goleiro brasileiro, foi reconhecido como a figura de maior destaque, que construiu uma barreira que os melhores jogadores do Chelsea não conseguiram superar, mesmo contando com outros jogadores brasileiros. Parecia que os deuses Shinto tinham atendido aos que foram rogar por seus favores. Algo como um milagre, que acontece no futebol, que o torna o esporte mais popular no planeta.

Vitória indiscutível, merecida, dentro e fora do campo, que acalenta os sofridos brasileiros. Como as nadeshikos serviram de inspiração para os japoneses que sofreram desastres naturais, que este novo troféu corinthiano inspire os brasileiros a superarem as dificuldades normais que se antepõem para a disseminação da alegria e o prazer de viver para os demais povos.


O Problema das Mudanças das Necessidades de Residências

14 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Wall Street Journal, idosos com espaços de sobra nas residências, paralelos em muitos países

Um artigo publicado por Anne Tergesen no The Wall Street Journal sobre as mudanças das necessidades de espaços nas residências parece um problema que não ocorre somente nos Estados Unidos. Também no Brasil como no Japão, os imóveis mais amplos que acomodavam a família toda passam a ser exagerados quando os filhos vão morar em separado pelas mais variadas razões, ou quando ocorrem deles ficarem sós, por exemplo, com o falecimento de um dos cônjuges. Entre os norte-americanos, como muitos destes imóveis são adquiridos com longos financiamentos hipotecários, discute-se a possibilidade de mudança para um menor, mas as dificuldades são variadas, nem sempre proporcionando as vantagens esperadas.

Esta tendência parece ser a de muitos países como o Brasil e o Japão ao longo do tempo, quando não forem universais, mesmo que não estejam hipotecados. Muitos idosos gostariam de contar com reservas financeiras adicionais para as suas aposentadorias, não necessitando mais de amplos imóveis, mas nem sempre as trocas por outros menores proporcionam as vantagens cogitadas. Os preços que podem ser obtidos pelos antigos não são suficientes para cobrir as novas necessidades. E existem muitas pessoas que ficam apegadas aos muitos objetos com os quais conviveram por longo período, acabando por sentir um desconforto emocional em espaços mais limitados, ainda que existam preocupações com a sua segurança morando isolados.

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Para ir Além das Pichações

12 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a contribuição de Os Gêmeos, exagero de pichações em São Paulo, notícia na Gazeta Russa, partizaning

Um interessante artigo de Vladimir Erkóvich foi publicado na Gazeta Russa, que é distribuída no Brasil junto como a Folha de S.Paulo, como informe comercial. Trata-se de um movimento popular que recebeu o nome de “partizaning”, que seria o urbanismo de guerrilha, começou com o grafiteiro Igor Ponossov, que mistura arte, voluntariado e protesto diante da falta de ação das autoridades. Poderia ser uma solução inteligente para o exagero das pichações que se espalham pela cidade como São Paulo, que acabaram consagrando grafiteiros como os Gêmeos, inclusive internacionalmente.

Os participantes do movimento na Rússia estariam instalando balanços nos pontos de ônibus, pintando faixas para pedestres na rua, colocando bancos nas praças, criando espaços verdes nas cidades, elaborando rotas para ciclistas. A ideia é intervir na infraestrutura urbana para tornar o ambiente mais agradável, tendo começado por Moscou e já ter se espalhado por São Petersburgo e Novosibirk.

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Fotos publicadas na Gazeta Russa

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Os gêmeos Octavio e Gustavo Pandolfo pintando murais em Nova Iorque

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Paralelos Sobre os Compositores e Opiniões Políticas

11 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avaliações controvertidas, convicções políticas dos avaliadores, opiniões sobre Dilma Rousseff, opiniões sobre Dmitri Shostakovich e suas obras

A Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sem dúvida a melhor orquestra do Brasil, na sua programação deste ano de 2012 destacou os importantes trabalhos do compositor russo Dmitri Shostakovich. Ainda que suas obras venham sendo reconhecidas mais recentemente, mesmo hoje as opiniões dos apreciadores de obras clássicas são influenciadas pelas suas posições políticas, infelizmente. Muitos críticos o consideram um verdadeiro gênio, que sutilmente introduziu importantes inovações pessoais superando as censuras do período stalinista da antiga URSS, chegando a considerá-lo o Beethoven russo. Outros o consideram um compositor que aceitou as imposições das autoridades soviéticas da época, sendo a sua 7ª Sinfonia executada em 5 de março de 1942 em Leningrado, quando as tropas nazistas se encontravam nas suas proximidades. Não consideram até hoje a sua genialidade. Ainda que estas execuções tenham sido repetidas em Londres e nos Estados Unidos, quando os russos eram aliados na guerra contra Hitler. Constata-se que as posições políticas sempre influenciaram até a música clássica, o que perdura até hoje.

Executado na Sala São Paulo, a Osesp, que conta com a regular participação de 14 músicos russos, regida pela Marin Alsop mereceu uma ovação da plateia, mas alguns que compareceram ao concerto mostravam o seu desagrado, não aplaudindo a execução por causa do seu compositor. Algo similar parece acontecer com a avaliação de líderes políticos, lamentavelmente, mesmo hoje. Ainda que na atual crise mundial poucos países estejam colhendo resultados positivos, alguns críticos não concordando com o atual governo brasileiro pelas suas origens, não conseguem admitir os esforços que estão se fazendo para a consolidação da democracia, e a sensível melhoria na distribuição de renda no país, com todas as suas limitações, inclusive de capacidade gerencial.

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Dmitri Shostakovich e                                           Dilma Rousseff

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Decorações Natalinas

9 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Notícias, webtown | Tags: com economia de energia, decorações em São Paulo, exemplos de iluminações públicas japonesas, ideias que podem ser adaptadas

Vendo as decorações públicas e privadas para o Natal em São Paulo, algumas pessoas, entre as quais me incluo, ficam tristes pela “macaquices” com nada que tem com o Brasil. São reproduções mal feitas de regiões gélidas, com muitas neves. Papais Noéis barbudos, cercados de animais desconhecidos das crianças brasileiras, que mais assustam os mais novos do que os estimulam a apresentar os seus desejos de presentes. As luzes chinesas que colorem muitas árvores das avenidas chegam a gerar dúvidas sobre o que se pretende.

Sendo um país dominantemente cristão, parece que, com o mesmo dispêndio de recursos públicos, poderiam se transmitir mensagens mais significativas, utilizando o que está mais próxima da nossa cultura. Alguns esforços são feitos, mas acabam sendo perdidos dentro dos objetivos visivelmente comerciais em que se transformou um dos marcos mais importantes da Cristandade. Se o objetivo for somente o de decoração, os japoneses, que não são dominantemente cristãos, estão dando alguns exemplos das preocupações com a sustentabilidade, com o uso de lâmpadas LEDs que enfeitam, mas consomem menos energia. A revista eletrônica Insight fornece alguns exemplos que parecem mais criativos.

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Os que desejarem conhecer diretamente o que está sendo exemplificado com o que foi feito em algumas cidades japonesas, ou localidades mais conhecidas de Tóquio, podem acessar o site, lembrando que todas estas decorações estão procurando transmitir a imagem que há necessidade de se preocupar com o consumo de energia: http://insight.japantoday.com/insight-magazine/ .


Japão Preservado em Nakasendo na Província de Nagano

9 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: áreas preservadas do Japão antigo, artigo constante do Insight, atração turística atual, rotas do passado

O Japão conta com algumas rotas que eram utilizadas no passado pelos chefes feudais chamados daimyos para pagarem respeito regularmente ao Shogun, que detinha de fato o poder para governar e estava localizado em Edo, a antiga capital do Japão, hoje Tóquio. O Imperador, que representa o Japão, ainda ficava em Quioto até quando houve a Restauração Meiji, que unificou sob o seu comando as duas funções. Hoje, o Japão é um Império constitucional, com o governo exercido pelo primeiro-ministro. Nakasendo era uma das rotas que ligava Quioto a Edo, e o trecho entre as cidades de Tsumago e Magome, na província de Nagano, é considerado dos mais preservados, constituindo-se numa atração turística.

Como o escritor Eiichi Yoshikawa, quando escrevia os tópicos que resultaram no livro Miyamoto Musashi, traduzido para o português, um episódio foi localizado na região e ajudou a torná-la mais conhecida. Musashi, enamorado por Otsu, tinha que arrefecer o seu desejo sexual tomando um banho frio no Me-Oto Taki, ou seja, a queda Masculina e Feminina, que conta com um ramo mais vigoroso ao lado de outra queda mais graciosa. Ele tinha que manter-se dentro do padrão moral de um samurai, dentro do chamado Bushido, o código dos samurais.

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