Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Consumo do Lamen Está se Globalizando

3 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: fast food japonês, lamen em todo o mundo, macarrões instantâneos, origem chinesa | 6 Comentários »

Um artigo publicado por Steve Trautlein no The Japan Times informa que também em Nova Iorque está se generalizando o consumo de diversos tipos de lamen, que também recebe a grafia de ramen. São macarrões de origem chinesa, aperfeiçoada pelos japoneses, que viraram algo como um “fast food” japonês, pois, com variados caldos, também incluem carnes e verduras. Uma jornalista brasileira que passou um período no Japão surpreendeu-se quando pensava que consumiria sushi e sashimi todos os dias, mas descobriu que o lamen era de consumo cotidiano mesmo na Terra do Sol Nascente.

Em muitas cidades chinesas, este lamen é produzido nos estabelecimentos que ficam nas ruas, como em pequenas barracas, sendo puxados manualmente até se tornarem finos macarrões. Os caldos, normalmente de galinha, são simples. Os japoneses adicionaram carnes e legumes, como existem nos restaurantes chineses. De fácil preparo, tornaram-se deliciosos e saudáveis “fast food”, que agora estão se disseminando rapidamente por todo o mundo.

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Os Partidos Não Comunistas Legais da China

27 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Mu Chunshan no The Diplomat, o papel dos oito outros partidos, partidos não comunistas legais da China

Mu Chunshan publicou um artigo no conceituado The Diplomat informando que alguns dos seus interlocutores achavam que ele estava contando uma piada quando se referiu aos oito partidos políticos legais não comunistas na China. Na realidade, estes partidos existiam desde antes da vitória do Partido Comunista contra o Kuomintang de Chang Kai-shek em fins da década de 1940, com um rápido interregno durante a Revolução Cultural, e até hoje desempenham um papel naquele país. Eles fazem parte da Conferência Consultiva Política do Partido Comunista (Standing Committee of the Politcal Bureau of the Comunist Party) e participam da Sessão Plenária, ainda que não tenham nenhuma função executiva hoje. Mas chegaram a ter o primeiro presidente da Corte Suprema da China.

Alguns chineses procuram ser membros destes partidos que são (tradução livre): Comitê da China Revolucionária do Kuomintang (80.000 membros), Liga Democrática da China (180.000 membros), Associação da Construção Democrática da China (100.000 membros), Associação para Promoção da Democracia na China (100.000 membros), Partido Democrático dos Trabalhadores Rurais da China (90.000 membros), China Zhi Gong Deng (20.000 membros), Sociedade Jiusan (100.000 membros) e Liga Democrática de Auto Governo de Taiwan (2.100 membros). Segundo informações constantes do artigo citado, os membros destes partidos, além de posições honoríficas, conseguem promoções nas organizações em que trabalham, como nas entidades científicas.

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Um Futebol na Antiguidade Chinesa

22 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: suas características, teria o futebol sido inventado na China? Fifa admite esta hipótese, teria vindo para o Ocidente pela Rota da Seda

Não há dúvidas que muitas coisas tenham sido inventadas na China, mas é difícil acreditar na Dinastia Han (206 AC a 220 DC) já havia uma prática muito semelhante ao futebol atual. O assunto até está sendo discutido pela FIFA – a Federação Internacional de Futebol, envolvendo o seu presidente atual, Joseph Blatter. A notícia está sendo veiculada pela China Daily, que num artigo colocou a foto abaixo, de uma pratica chamada cuju, que teria origem no treinamento militar, mas chegou a ser apresentados nos eventos que envolviam até o imperador da época.

A forma atual do futebol teve origem a cerca de 200 anos, mas admite-se que havia outras práticas anteriores como o Cálcio Fiorentino, envolvendo um elevado número de jogadores. No caso da China, antes da Era Cristã, as provas são oferecidas pelas citações na poesia, que descreve um jogo que tem muita semelhança com o futebol atual. Duas equipes chutavam a bola, recheada de penas e pêlos, num campo tentando manter a sua posse, e marcar um gol antes do outro time.

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Show de cuju na província de Shandong. Foto: China Daily

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Eliezer Batista Construiu a Ponte Para o Oriente

21 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a Vale e outros sonhos, artigo de Chico Santos no Eu & Cultura do Valor Econômico, o livro Conversa com Eliezer | 3 Comentários »

O artigo publicado por Chico Santos no suplemento Eu & Cultura do jornal Valor Econômico de 21 de agosto, sobre algumas histórias contadas por Eliezer Batista, chegam a serem mais agradáveis que o livro “Conversa com Eliezer”, escrita por Luiz Cesar Faro, Carlos Pousa e Claudio Fernandez, em 2005. Foi para a empresa Sepetiba Tecon, ainda que este também seja informativo sobre a longa carreira do entrevistado. Isto parece decorrer da personalidade do entrevistado, mais dado a uma conversa humana, de uma personalidade rica na elaboração de sonhos. Algumas construídas com grandes esforços, superando os muitos obstáculos que foram sendo encontrados. As publicações que procuram atender encomendas de empresas tendem a se tornar exageradamente formais, além de serem influenciadas das tendências dos amigos que colaboraram com a personalidade, ainda que isto seja compreensível.

É difícil fazer Eliezer Batista escrever um artigo, mas ele se dispõe a conceder entrevistas que permitem um retrato de sua visão, passando pelo crivo do entrevistador. Seus sonhos só são concretizáveis quando conta com a retaguarda de uma organização como a Vale, que ele consolidou e possui uma grande e eficiente equipe, criada ao longo de décadas. Sua criatividade é imensa, e nem todas as suas ideias acabam sendo implementadas, mas são elaboradas de forma sistêmicas. No conjunto da sua obra, é preciso merecer, também, as visões de outros que participaram destes seus megaprojetos, que certamente não é produto do trabalho de um só homem, ainda que o papel de Eliezer Batista tenha sido fundamental em todos eles. O livro, com a sua necessidade de cobrir uma ampla gama de assuntos, não consegue dar o devido destaque ao que é mais importante para o Brasil e para o mundo como um todo, nas suas relações globalizadas.

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Curso Para o Relacionamento Comercial Com os Chineses

20 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, Casa do Saber, curso de Ling Wang, diferenças com outros asiáticos

O Valor Econômico publica um interessante artigo elaborado por Maria da Paz Trefaut sobre o comportamento dos empresários brasileiros nos seus relacionamentos com os chineses, mostrando algumas diferenças culturais, bem como a inadequada compreensão quando está se negociando com eles. Algumas coisas são comuns, mas o curso a ser ministrado na Casa do Saber por Ling Wang, nascida em Taiwan, só poderá ensinar o básico, pois obviamente nem todos os chineses são iguais, apesar dos ocidentais terem dificuldades até para diferenciar as fisionomias dos orientais, e vice-versa.

No rápido resumo efetuado pelo artigo, decorrente de uma possível entrevista efetuada com Ling Wang, informa-se que ela abriu a W!n Education, Business Support em 2001, quando percebeu que o intercâmbio entre o Brasil e a China deveria crescer ao longo dos anos. Ela inicia o curso “O Negócio da China – Introdução à Cultura, Costume e Negociação”, que deverá fornecer os conhecimentos básicos indispensáveis para que muitas inconveniências não ocorram nestes relacionamentos.

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O Brasil no Radar do The Economist

17 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cobertura sobre o Brasil, não é capa, The Economist, três artigos e um editorial

Muitos analistas em vários países consideram o The Economist uma das mais importantes revistas do mundo, cobrindo diversos assuntos de forma global, não sendo especializada somente em economia, ainda que o tema mereça um grande destaque. Notícias boas como ruins são divulgadas com muito cuidando, dentro de sua perspectiva ideológica de tendência liberal, como um dos instrumentos do prestigioso grupo da London School of Economics. No número desta próxima semana, além de um editorial que já teve o comentário sobre ele postado neste site referindo-se às necessidades de importantes decisões a serem tomadas pela presidente Dilma Roussef, aparecem três artigos de grande destaque sobre o Brasil.

O primeiro refere-se à substância sobre o qual opinou no seu editorial, afirmando no seu título que, enfrentando ventos contrários, Dilma Rousseff faz algumas correções de curso, destacando as privatizações no setor de infraestrutura, desapontando burocratas e enfrentando greves, muitos orientados pelos petistas. Noutro, compara o Rio de Janeiro, próxima sede das Olimpíadas, com Londres que sediou as últimas, que ainda deve receber as paralimpíadas. E noutro registra que Eike Batista, considerado o maior milionário brasileiro, foi atingido fortemente nas cotações de suas empresas nas bolsas. O interessante é que mesmo com isto o Brasil não é o assunto da capa.

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Diferentes Manifestações Culturais Brasileiras

15 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a perda de um importante acervo artístico da coleção Jean Boghici, excursão da Osesp pela Europa, observações de Tostão sobre a seleção brasileira de futebol, outros aspectos

Num artigo de João Luiz Sampaio publicado no O Estado de S.Paulo faz-se uma descrição da expectativa sobre a excursão da OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo pela Europa, que começa hoje com a sua apresentação no Royal Albert Hall, como parte do prestigioso festival BBC Proms em Londres. Ainda que a Osesp encante os brasileiros e muitos regentes visitantes quando se apresentam em São Paulo, na Sala São Paulo, a atual regente titular Marin Alsop informa a plateia europeia que ainda é prematuro falar que a orquestra seja uma de nível internacional, mas que ela vê o Brasil como “um país com fome de grandeza”. A atração principal é ela mesma que, tendo regido em Cincinatti e conquistado prestígio internacional, desperta curiosidade ao se apresentar inicialmente com solo de Nelson Freire e depois com solo de Antonio Meneses em Snape Maltings Concert no Hall Aldeburgh, na Inglaterra.

A Osesp ainda se apresentará em Kurhaus, em Wiesbanden, na Alemanha, também com Nelson Freire. E finalmente no Concertgebouw em Amsterdã, na Holanda, com Antonio Meneses. Esta excursão, comparada com as anteriores pela Europa vai se apresentar para plateias mais exigentes, tendo sido destacada pela prestigiosa revista especializada Gramophone e pelo Financial Times, gerando uma expectativa favorável, que esperamos seja confirmada.

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Osesp, regida pela Marin Alsop

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Nelson Freire e Antonio Meneses se apresentam com a Osesp

Se existe um observador astuto e crítico equilibrado sobre futebol é Tostão, que já encantou como jogador da seleção brasileira. Ele costuma escrever suas ponderadas observações na Folha de S.Paulo, e hoje se apresenta com um artigo cujo título revela tudo: “Pior do que pensava”. Observa com ponderação que depois da derrota para o México, a seleção precisa de um Zé Roberto, referindo-se ao técnico da seleção de vôlei feminino, que, além de ter atuado na Europa, estuda com muito cuidado todos os adversários, tendo derrotado a poderosa equipe dos Estados Unidos, a favorita para a medalha de Ouro nas Olimpíadas. O Brasil não contou com uma equipe de futebol motivada nem um sistema de jogo definido, mostrando a limitação do atual técnico, que se espera seja mudado, se houver alguma pretensão para o futuro. Atualmente, não faz mais parte da elite futebolística mundial, como já foi no passado, infelizmente. Uma humildade como da Osesp seria desejável.

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José Roberto Guimarães: cabeça raspada para cumprir promessa por título

Muitos jornais brasileiros dão destaque ao incêndio que destruiu um valioso acervo da arte brasileira, que pertencia ao marchand Jean Boghici, e a Folha de S.Paulo faz um paralelo com o incêndio do MAM do Rio de Janeiro em 1978, o da jornalista Niomar Moniz Sodré também no Rio em 1985, e o de Helio Oiticica em 2009, igualmente no Rio de Janeiro. Parece que faltou registrar o desaparecimento da coleção de Manabu Mabe, num possível desastre aéreo em 1979, num avião que nunca foi encontrado. Para um país relativamente pobre em importantes acervos artísticos, os que incluem obras relevantes de artistas brasileiros e internacionais, merecem um cuidado maior que não se tem dispensado para a preservação adequada destes patrimônios.

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Incêndio em apartamento destruiu obras como “Samba”, de Di Cavalcanti

Alguns artistas plásticos brasileiros continuam ganhando prestígio no exterior, figurando com seus trabalhos nos melhores museus internacionais. Na realidade, mesmo reconhecidos no Brasil, eles só são considerados relevantes se contam com aquisições de museus internacionais de grande prestígio, pois sempre existem sentimentos patrióticos que acabam prejudicando avaliações comparativas com outros do exterior.


A Histórica Crise da Dívida Pública Brasileira

13 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigos com bom conteúdo e títulos inadequados, Eu & Fim de Semana, visões diferentes dos problemas

Mesmo que possa haver algumas divergências sobre os títulos e subtítulos de artigos publicados no último Eu & Fim de Semana, suplemento do Valor Econômico, todos que se interessam pelo assunto da crise da dívida externa brasileira devem ler os artigos de Cláudia Safatle e de Ribamar Oliveira que apresentam ricas informações, bastante corretas, que podem contar com algumas pequenas lacunas compreensíveis, mas devem ter envolvido trabalhos cuidadosos e entrevistas com pessoas que estiveram diretamente envolvidas com estes assuntos.

Certamente, a longa crise da dívida externa brasileira não começou precisamente há 30 anos, como foi atribuído por licença poética, pois sempre tivemos dificuldades, como a maior parte dos países em desenvolvimento, desde a virada do século XIX para o XX, quando o Banco do Brasil, que era a principal instituição financeira brasileira, faliu algumas vezes por falta de uma adequada estruturação do país. O Brasil dependia fortemente das receitas geradas pelas suas exportações de café, e outros produtos agroindustriais e quando havia problemas com seus preços externos enfrentávamos dificuldades nas contas externas. Também a crise de 1929 afetou o mundo e o Brasil. Juscelino Kubitschek construiu Brasília, que não constava originalmente do seu Plano de Metas e tivemos que contar com a assistência do Fundo Monetário Internacional. Depois da renúncia de Jânio Quadros, tivemos um período conturbado que se prolongou até 1968, mesmo com o início do período autoritário e militar em 1964. As duas fortes crises petrolíferas e a brutal elevação dos juros provocada pelo FED norte-americano, o Banco Central dos Estados Unidos, afetaram todos os países endividados e importadores de petróleo. E o governo Ernesto Geisel decidiu por uma estratégia agressiva, tentando criar uma exagerada indústria de base apoiada no programa atômico na tentativa de resolver o problema energético. Parece difícil, portanto, determinar um dia em que o Brasil quebrou por não poder honrar a sua dívida externa.

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Exemplos de Superação nas Olimpíadas de Londres

13 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Dong Hyun Im, exemplos de superação, Oscar Pistorius, vôlei feminino do Brasil | 2 Comentários »

Muitos veículos de comunicação social registram os frequentes casos de superação que foram observados nas Olimpíadas de Londres 2012, e cada apreciador das qualidades humanas poderá destacar os que mais o impressionou. Alguns casos podem ser quase consensuais, e outros decorrem das preferências pessoais dos analistas. Mas quase todos mostram que a mente humana é capaz de provocar reações às limitações, determinando resultados que superam as expectativas mais otimistas. Um dos casos mais notórios é o caso do atleta sul-africano Oscar Leonard Carl Pistorius que mesmo tendo duas pernas amputadas, utilizando as artificiais que foram especialmente criadas para ele, chegou às semifinais dos 400 metros rasos para homens, além de disputar o revezamento de 4X400 metros da equipe da África do Sul. Ele já tem 4 medalhas de ouro nas Paraolimpíadas, e pretende disputar à próxima Olimpíada no Rio de Janeiro.

Também é o caso do atleta sul-coreano Dong Hyun Im que obteve a medalha de ouro no arco e flecha, contando somente com 20% da visão no seu olho direito e 10% no seu olho esquerdo. Existem notícias que alguns monges conseguem resultados semelhantes não em competições esportivas, mesmo com os olhos vendados, mostrando que esta modalidade esportiva depende muito da concentração mental, como em muitas outras especialidades.

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Oscar Pistorius / Dong Hyun Im

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Seleção de voleibol feminino do Brasil, bicampeã olímpica

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Exposição do CCBB com Obras dos Impressionistas

13 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: como no Museu d’Orsay, oportunidade impar, procura inusitada, superlativo para o CCBB

Sucesso absoluto. O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta 85 obras do Museu d’Orsay de Paris provocando um “frisson” em São Paulo, com uma invejável exposição dos trabalhos dos impressionistas. Mesmo os que tiveram oportunidade de visitar a exposição na capital mundial da cultura, Paris, enfrentando as filas usuais, não podem perder a oportunidade de apreciar os mesmos em São Paulo. Os dirigentes do Banco do Brasil marcaram um grande tento, mostrando que são os “olhos e braços do governo”, como costuma afirmar o ex-ministro Delfim Netto, que também foi embaixador na França. Vão além das atividades bancárias, onde estão sendo a vanguarda da nova política econômica, reduzindo os custos financeiros, mas contribuem com o aperfeiçoamento cultural dos brasileiros, ampliando o sentido da globalização.

Todos sabem a importância dos impressionistas como Camile Pissaro, Claude Monet, Edgar Degas, Edoard Manet, Henri Toulosse-Lautrec, Paul Cézane, Paul Gauguin, Pierre Augusto Renoir e Vicent Van Gogh, entre outros mestres. Alguns estão em São Paulo no acervo do MASP – Museu de Arte de São Paulo, que conta com uma coleção invejável, e somente algumas das obras apresentadas são as mais conhecidas universalmente. Mas sempre é de grande importância ter um contato direto com as obras, já que muitas são conhecidas somente em livros e revistas especializadas.

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Um artigo publicado por Marcos Dávila, por exemplo, na Ilustrada da Folha de S.Paulo do último sábado, com o título “Impressionismo vive dias de arte pop”, informa sobre o interesse da população brasileira com esta exposição de extrema importância. Os que desejam ver a mostra de relevância internacional suportam até longas filas. E o CCBB já promoveu uma virada cultural que contou com a frequência de 16 mil visitantes, inédito para as limitadas instalações do local da mesma.

Promete que promoverá este tipo de evento que permite o funcionamento contínuo, por toda a noite, entre os próximos dias 7 e 8 de setembro, bem como 5 e 6 de outubro, visando dar oportunidade para aqueles que não dispõem de tempo durante os horários normais de funcionamento, que são de terça a domingo, das 10 até às 22 horas.

Na segunda metade do século XIX e começo do século XX, Paris era o mais importante centro cultural do mundo, e a efervescência que ocorria na Cidade Luz tinha um grande interesse por tudo que ocorria no mundo, inclusive no Oriente e no Pacífico.

Os artistas estavam descobrindo novas cores nas regiões tropicais e nas áreas europeias mais privilegiadas que permitiam a descoberta de tonalidades que não estavam sendo utilizadas. Fugindo do formalismo que os antecederam, procuravam transmitir as “impressões” que tinham, não se limitando à reprodução do que viam, mas a sua leitura dos objetos, figuras ou paisagens que registraram. Antecederam os modernistas que utilizaram estas contribuições culturais que foram sendo incorporadas, com constantes evoluções.

Pode-se observar que os artistas da Europa já estavam integrados, interessando-se também pelo que tinha ocorrido na Ásia, que por sua vez mandava seus jovens e mais arrojados artistas para aprenderem o que representava os acontecimentos artísticos mais importantes da época. As intensas rivalidades que existiam permitiam a competição, sendo que muitos só foram reconhecidos depois de sua morte, sem obterem sucesso em vida.

A exposição será uma oportunidade ímpar para que os artistas, e os que serão motivados por eventos desta natureza, possam provocar também no Brasil um novo surto de criação, aproveitando as bases que já se consolidam localmente, que estão sendo reconhecidos no exterior, neste mundo globalizado. O grupo Banco do Brasil merece os mais efusivos cumprimentos pela brilhante iniciativa.