12 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: assuntos asiáticos, Ilustrada da Folha de S.Paulo no sábado, livros que se desejam ler, resenhas
Acumulam-se os livros que se deseja ler, mas falta tempo para tanto. O Caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo, aos sábados, ajuda a adicionar outros que acabam acumulando a pilha de livros programados para leituras, quando se dispuser de tempo para tanto. O de 11 de junho, por exemplo, além da crítica do livro que já está na minha pilha de leitura e que já li parcialmente, o romance “A Amante da China”, de Ian Buruma, na sua versão traduzida para o português, editada pela Record, autor de quem já li outros trabalhos deliciosos. Não se trata do que está no título, mas tem o pano de fundo de diversas décadas da história japonesa e seus relacionamentos com seus vizinhos asiáticos.
Mas também traz uma crítica do romance “Hotel Iris”, da nova geração de autores que se seguem a Haruki Murakiami, este autor pós-moderno que faz grande sucesso internacional. A autora é Yoko Ogawa, que já conta com mais de 20 títulos, e está traduzido da sua versão em francês, editado pela Leya. Ela foi finalista da Asian Man Literary Prize. Também está na minha pilha para leitura “Nunca me deixes”, de Kazuo Ishiguro, editado pela Gradiva, autor de outros cinco romances, consagrado nos Estados Unidos, na Inglaterra e na França, com condecorações pela contribuição para a literatura, da mesma geração que nos enriquece com suas contribuições.
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9 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, webtown | Tags: japonês e inglês, lançamento em fins de junho, procura dos valores perdidos, SAMURAI.JP | 3 Comentários »
O jornal Japan Today anuncia o lançamento de uma nova revista em japonês e inglês sobre as raízes culturais, espírito, valores e beleza do Japão. É a realização de um sonho de longa data do fotografo Kiyomi Tagawa. Ele pretende relembrar o Japão e o mundo sobre o seu país, numa era de excessivo materialismo e crises financeiras.
Uma revista trimestral, a SAMURAI.JP apresentará a cultura japonesa através de lugares, trabalhos e vida do povo que sustenta e desenvolve a arte, a tradição e prosperidade cultural, que se mantêm escondida pela mídia dominante e cultura pop, segundo o artigo de Alexandra Homna para o Japan Today.
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9 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: exploração de estudantes por empresas da imprensa, venda de materiais desatualizados com merchandising
Fora dos padrões deste site efetuamos com este artigo postado um protesto veemente sobre um equivoco provocado pela Editora Globo e pela empresa Valor Econômico que esperamos seja imediatamente corrigidos. Numa “feirinha de livros” promovido pelo Centro Acadêmico Visconde de Cairu da FEA-USP, encontramos algumas pequenas publicações, uma espécie de catálogos, que estavam sendo vendidas pelo absurdo preço de R$ 25,00 cada, equivalente ao de muitos livros de uso dos universitários de conteúdo acadêmico.
Como tinham uma apresentação razoável cuidando de assuntos de interesse geral, adquiri três exemplares diferentes cuidando de comércio eletrônico, seguro e agronegócios. Estas vendas não honram as empresas envolvidas, e constituem um verdadeiro engodo aos estudantes, e devem ser suspensos imediatamente para não comprometer a boa imagem destas importantes instituições.
Primeiro grande erro: estas publicações adquiridas são “encalhes” antigos, pois foram editadas em 2002 e 2003, sobre assuntos que sofrem aperfeiçoamentos constantes atualmente, estando totalmente desatualizadas depois de menos de 10 anos. Os estudantes não podem ser induzidos à compra, por preços absurdos, de estoques que não foram vendidos por ocasião de suas edições, que não se restringem a estes assuntos, mas a muitos outros de interesse generalizado.
Segundo grande erro: algumas destas publicações efetuam “merchandising” de empresas fornecedoras de serviços como a Amazon ou a Submarino ou equipamentos como os da Dell, e deveriam ser oferecidas gratuitamente aos estudantes. A imprensa não pode fornecer informações comprometidas por interesses comerciais para os estudantes.
Terceiro grande erro: os espaços como da FEA-USP são públicos, e estas “feirinhas” são efetuadas para estimular os estudantes a adquirirem publicações de interesse didático, com a ajuda do Centro Acadêmico que recebe parte da remuneração, bem como da Biblioteca que ficou com o direito de receber, na forma de doações, 10% do que for apurado. Possivelmente, os comerciantes que lá atuam são pequenos empresários que trabalham nos chamados “sebos”, mas estão utilizando cartazes de algumas editoras, que devem ser responsabilizadas pelos materiais que editam.
Como os exemplos utilizados referem-se a empresas responsáveis, espera-se que tenham funções que não sejam meramente comerciais, prestando bons serviços para os estudantes, supervisionando os materiais que são comercializados por terceiros, pois tais publicações estão com os endossos das mesmas.
6 de junho de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Cultura, Livros e Filmes | Tags: China Daily, Civilization, Monsoon, Niall Ferguson, Robert D. Kaplan. | 2 Comentários »
Quando começou a se falar da China como provável grande potência econômica a ultrapassar os EUA, dois livros respondem as muitas perguntas sobre o caminhar do mundo contemporâneo: Monsoon – The Indian Ocean and the Future of American Power, de Robert D. Kaplan, Ed. Random House, outubro/2010 (já comentado neste site, Paulo Yokota, 1º de junho de 2011), e Civilization – The West and the Rest, de Niall Ferguson, Ed. Allen Lane, fevereiro/2011.
Escocês de nascimento, Niall Ferguson, 47 anos, badalado acadêmico e comunicador midiático, é professor de história na Universidade de Harvard e no London School of Economics, além de consultor na Universidade Stanford, Califórnia. Para ele, a China será inevitavelmente a maior economia mundial em menos de 10 anos. Mas não estaremos retornando aos tempos de 1411 (o apogeu da supremacia chinesa durante a Dinastia Ming), porque, pela primeira vez na era moderna, haverá uma paridade real entre os diferentes poderes no mundo.
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6 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: educação básica, ensino da matemática, iniciativas brasileiras de discussão
Ainda que tardiamente, os problemas de educação começam a merecer atenção maior dos grandes meios de comunicação. A Folha de S.Paulo traz hoje importante matéria sobre o assunto, de autoria de Antônio Gois, informando que os professores da rede pública básica acredita pouco no sucesso de seus alunos, infelizmente, o que é considerado pelos especialistas como um ponto fundamental da educação.
No jornal O Estado de S.Paulo, a jornalista Ocimara Balment trata das causas de por que somos tão ruins em matemática, que em todo o mundo ganha importância crescente para ajudar no desenvolvimento. O artigo mostra que o problema tem que começar no preparo dos professores e das técnicas que ainda são utilizadas quando já existem tecnologias eletrônicas, como informa o professor Seiji Isotani da USP numa entrevista.
Antiga sede da Escola Caetano de Campos, hoje ocupada pela Secretaria Estadual da Educação, e o Pato Donald, personagem de Walt Disney, se embanando com questões matemáticas
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5 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: eventos no Japão, mestre de ukiyo-e, outros trabalhos, reconhecimento internacional
O prestigioso jornal econômico japonês Nikkei publica um extenso artigo do jornalista Atsuo Ogawa sobre os eventos que estão marcando os 150 anos do desaparecimento de Utagawa Kuniyoshi (1797- 1861), o artista maior do ukiyo-e, a gravura japonesa reconhecida mundialmente. Muitos estudos e exposições estão marcando o evento, mostrando novas facetas do consagrado artista estão sendo apresentadas no Japão e no exterior.
Sob o título “Kuniyoshi: Espetacular Imaginação de Ukiyo-e” (Kuniyoshi: Spectacular Ukiyo-e Imagination), uma exposição está no Osaka City Museum of Art, devendo ser repetido no Shizuoka City Museum of Art em julho próximo, e no Mori Arts Center Gallery em Tóquio, em dezembro. As novas facetas que estão sendo apresentadas mostram um Utagawa com senso de humor, como num trabalho em que ele apresenta 53 gatos como trocadilho dos seus trabalhos que relatam as 53 cenas da estrada de Tokaido, os mais conhecidos em todo o mundo. Outro apresenta um sacerdote budista observando uma cachoeira, com três esqueletos lutando como guerreiros samurais ou uma pessoa com a cabeça de um pardal.
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3 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: além dos pontos obrigatórios, dicas preciosas, sugestões do China Daily, turismo em Beijing
O turismo pela China, além do prazer que proporciona, pode ser um programa cultural de grande importância, permitindo conhecer parte de uma civilização milenar que muito contribuiu para a humanidade, com um custo razoável. Diversas companhias aéreas estão oferecendo condições que permitem fazer uma parada num ponto da Europa ou do Oriente Médio, para um programa que pode preencher algumas semanas com um banho de novos conhecimentos.
O jornal China Daily, o mais importante daquele país, lembra que em Beijing, após as visitas obrigatórias à Grande Muralha, Cidade Proibida, Praça Tiananmen, Palácio de Verão e Templo do Paraíso, existem outros pontos que valem a pena para os turistas e empresários que atravessaram o mundo para conhecer esta parte milenar do País do Meio. Por algumas experiências próprias, posso informar que se trata de programas para impressionar mesmo os mais acostumados com as melhores surpresas que se dispõem nas regiões mais frequentadas pelos turistas de todo o mundo, dando uma pálida idéia da dimensão, da história e da cultura chinesa.
Fragant Hills Park, Nanluoguxiang e Panjiayuan
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2 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: iniciativas populares, música clássica, presença cultura chinesa no mundo, turismo
Tudo que é feito na China assombra o mundo pela sua dimensão. O China Daily noticia que em Tianjin estão construindo no seu Yujiapu Arts Center, um espaço que terá a parceria, nada menos, com o Lincoln Center de Nova Iorque, visando promover um intercâmbio cultural. Ele será aberto em 2015 com instalações de classe internacional para receber o que melhor se apresenta em Nova Iorque no consagrado Lincoln Center. Para tanto, a estatal Tianjin Innovative Finance Investment Company (TIFI) já firmou um Memorando de Entendimento, tanto para receber o assessoramento norte-americano para a construção como sua programação.
De outro lado, implantou o Horticultural Expo Garden em Xian, antiga capital chinesa, que, além das apresentações folclóricas de todo o mundo, exporá esculturas e jardins floridos do mais elevado nível internacional, visando não só o intercâmbio como o fomento do turismo.
Yujiapu Arts Center, apresentação no Lincoln Center e grupo samba brasileiro
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1 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: apartamentos, imobiliárias, instalações domésticas, revistas de decoração | 14 Comentários »
Um interessante artigo foi publicado no jornal japonês Asahi informando que a nova classe média chinesa está se interessando por tipos de apartamentos utilizados pelos japoneses que, mesmo tendo um espaço total de cerca de 80 metros quadrados, contam com todas as facilidades para acomodar melhor uma família que ocupa hoje um apartamento do tipo chinês de 100 metros quadrados, com confortos adicionais. Cita o caso de uma família chinesa que adquiriu um por cerca de US$ 300 mil, tendo uma renda anual de cerca de US$ 45 mil. Eles contam agora com uma toilet inclusive para banhos de imersão do tipo “furô”, além de um sistema de aquecimento no andar, que não era usual nos apartamentos chineses.
Além das imobiliárias japonesas como a Daiwa House, Marubeni, Sumitomo e Mitsui Fudosan, as empresas chinesas estão instalando conjuntos em diversas cidades. Eles já vêm com a decoração pronta, diferindo das chinesas que são entregues somente com as paredes e pisos que precisam receber acabamentos. Muitos chineses só utilizam o chuveiro, e os novos apartamentos contam com uma entrada onde os sapatos são depositados fora. A empresa chinesa Jingdou Heshi instalou lojas em Beijing, Tianjin, Shenyang, Wuhan e Xangai vendendo salas como as japonesas, com grande sucesso, inclusive com mesas retratáveis operadas por controle remoto no cento das mesmas, que podem ser utilizadas como salas de tatami, pisos utilizados sem calçados.
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29 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: divulgados pelo China Daily, muitos livros publicados, os de Qiu Xiaolong, policiais e Xangai atual
Mais que natural que uma população como a chinesa conte com milhares de livros lançados constantemente, de mais variados autores. Mas poucos merecem uma referência do China Daily, o que atrai uma atenção especial, pois abrange um elevado número de leitores em todo o mundo. Num artigo de Zhang Kun, menciona-se que Qiu Xiaolong é poeta e tradutor que mora atualmente em Missouri, nos Estados Unidos, mas visita constantemente Xangai, onde nasceu e se criou. Ele recebeu o prêmio Anthony como autor da melhor novela sobre mistérios, e o seu personagem Inspector Chen Cao já ocupa seis livros. Ele é PhD pela Universidade de Washington, e seus livros merecem os mais efusivos elogios da crítica.
O seu livro mais recente, de 2010, “Years of Red Dust: Stories of Shanghai” (tradução livre, Anos da Poeira Vermelha: Histórias de Xangai) é uma coleção de histórias entrelaçadas sobre esta linha vermelha que separava setores em que estava dividida a cidade. Ele acompanha a evolução que vem ocorrendo na China, desde quando foi vítima da Revolução Cultural.
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