10 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: experiências externas, muitos exemplos, publicações brasileiras
Ninguém tem dúvidas que cada mercado tem suas próprias características e nem sempre é possível adaptar os modelos que foram desenvolvidos no exterior. No entanto, sempre parece interessante observar os que existem em outros países para aperfeiçoar que se faz internamente, funcionando como uma espécie de benchmarket. Foi lançada recentemente em São Paulo uma revista em inglês de nome Time Out, mensal, para orientação dos estrangeiros que visitam a cidade, que já existem em outras grandes metrópoles do mundo.
Ainda que seja similar a muitas que acompanham jornais e revistas brasileiras, observa-se que existem alguns aspectos que explicam por que elas obtém sucesso no exterior. Algo paralelo com o que vem acontecendo com os jornais gratuitos que são distribuídos na cidade, bem como os que apresentam anúncios relacionados a empregos, que também foram inspirados no que já se fazia no exterior. Esta revista pode ser encontrada na sua versão como site na internet: www.timeout.com/sao-paulo
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7 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: arte chinesa em miniaturas, esculturas nas cascas de nozes, outros trabalhos | 2 Comentários »
Na China, abundam trabalhos manuais e artísticos efetuados em dimensões mínimas, e o China Daily destaca num artigo os esculpidos nas cascas de nozes e nas sementes de muitas frutas. Também são conhecidos os pequenos vidros que são pintados de forma quase mágica, por dentro, com detalhes inacreditáveis. Esta habilidade de trabalhar com miniaturas parece ter facilitado o atual desenvolvimento da nanotecnologia, não podendo ser considerado somente de interesse histórico.
Os primeiros registros de trabalhos desta natureza aparecem a mais de mil anos, na Dinastia Song (960-1279), influenciado pelo budismo que foi introduzido da Índia. Eles foram utilizados como adornos pelos aristocratas e pessoas ricas, para demonstrarem os seus status. O auge do seu prestígio parece ter sido na Dinastia Ming (1368-1644) com o escultor Wang Yi, sendo a sua obra-prima o chamado “The boat of Chibi”, esculpida numa noz, com cerca de 3,0 por 0,5 centímetros.
The boat of Chibi e mais quatro trabalhos feitos em dimensões mínimas
Estes objetos de arte ainda podem ser encontrados nos antiquários chineses, como em Hong Kong. Eles acabaram evoluindo para o uso de outros materiais mais nobres como o marfim. Tudo indica que os famosos “netsukes” japoneses também receberam esta influência, e acabaram sendo objetos de desejos no Ocidente, quando o interesse sobre o Oriente aumentou, principalmente no começo do século XX. Em alguns leilões especializados, todos estes objetos alcançam preços absurdos, até porque os recentes milionários chineses estão procurando valorizar os trabalhos de seus ancestrais, que são de elevada qualidade.
7 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Gastronomia, Saúde | Tags: efeitos benéficos do chá verde, longa história, o chá consumido na China | 2 Comentários »
O chá é, nas suas mais variadas formas, uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, e o conhecimento dos seus benefícios continua se ampliando. O site do Globo informa que foi publicado na revista científica “Phyomedicine” um artigo dos cientistas da Universidade de Newcastle, liderados por Ed Okello, que o consumo regular do chá verde ajuda a proteger o cérebro de algumas formas de demência, entre elas o Alzheimer. E que pode ser uma poderosa aliada contra certos tipos de câncer.
Diversos estudos apontam que este tipo de chá ajuda a equilibrar funções do metabolismo, facilitando a eliminação de toxinas, e ajuda também no emagrecimento. Seus efeitos são potencializados durante a digestão porque são quebradas em centenas de moléculas menores, permitindo o melhor aproveitamento dos alimentos ricos em vitaminas e minerais. O Alzheimer tem desenvolvimento ajudado pelo peróxido de hidrogênio e uma proteína chamada beta-amitóide. O chá verde contém polifenóis, segundo os cientistas, que é um antioxidante que evita as suas fixações no cérebro. Pesquisas continuam sendo efetuadas.
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5 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: artigo no China Daily, outras hipóteses, registros chineses
Parece difícil precisarem quando e onde se originou o uso da maquiagem, mas o China Daily publica um interessante artigo de Wen Yi informando que na Dinastia Tang (618 a 907AD) ela já era popular, compreendendo sete etapas que compreendiam o uso desde a base, coloração dos olhos e das faces até a aplicação das cores nos lábios. Escavações efetuadas encontraram máscaras de mais de 5.000 anos que mostram lábios já avermelhados, havendo indícios que poderiam ser mais antigos.
Certamente, algo semelhante ocorreu na Mesopotâmia e no Egito, pois foram encontrados objetos de adorno como colares de vidro, bem como uso de pinturas nos rostos, inclusive nas múmias preservadas. Na China, as pesquisas indicam que os chamados “bálsamos das bocas” eram usados não somente pelas mulheres como pelos homens, supondo-se que se destinavam a proteger contra ventos e temperaturas baixas.
Sete passos para maquiagem com cosméticos na China antiga
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5 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: notícia veiculada pela Reuters, publicado no China Daily e no Japan Today | 8 Comentários »
Entre os acontecimentos que marcam o Ano Novo no Japão está se tornando tradicional a competição de Shodo, a escrita caligráfica que teve origem na China e ganhou popularidade no Japão. A agência Reuters distribuiu a notícia que acabou sendo publicada, entre outros jornais, no China Daily e no Japan Today, mostrando o destaque que ela mereceu.
Como é do conhecimento geral, os ideogramas chineses (kanjis) e as simplificações adotadas no idioma japonês favorecem (katakana e hiragana) a prática do Shodo que compreende exercícios que aperfeiçoam os estilos gesticulares, que acabaram consagrando artistas como Manabu Mabe na pintura. Os especialistas afirmam que a personalidade dos artistas acaba se refletindo nos seus trabalhos, havendo muitos consagrados cujas obras são disputadíssimas.
Participantes do concurso de shodo em foto publicada no Japan Today
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5 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: jornalista entrevista a Monja Coen, o significado do Ano Novo, tradições de diversas religiões
Num artigo da Natália Garcia, constante do site da IG, a monja Coen concede uma entrevista que acabou sendo longa, por causa de um incidente com o seu cachorro que acabou ferindo a jornalista, que foi levada a um hospital para o devido cuidado. Nesta situação inusitada, Natália Garcia notou que a monja mantinha uma atitude zen, sempre sorridente como é do seu feitio, transformando em prática os seus ensinamentos. O assunto da entrevista era a visão zen da passagem do ano, quando a Coen explica que no Hemisfério Norte é um marco para a preparação do fim do inverno e início da primavera, com todo o renascimento da vida. Os japoneses, por exemplo, fazem uma faxina completa na casa no final do ano, como uma forma de renovação, dentro da transitoriedade da vida. A monja Coen já foi retratada parcialmente neste site.
No Extremo Oriente acaba havendo uma fusão de contribuições de religiões como o taoísmo, xintoísmo, budismo dentro de uma só cultura, ficando difícil de distinguir o que é de cada origem. Mas, no geral, a passagem do ano é muito comemorada, havendo em alguns estabelecimentos solenidades com a limpeza completa dos equipamentos que permitiram o trabalho durante o ano, havendo uma colocação de alimentos como manifestação de agradecimento de sua contribuição. As coisas que nos cercam são consideradas iguais aos seres animados.
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4 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: Confúcio, muralha da china e outros, pesquisas sobre símbolos da cultura chinesa, tradicional medicina chinesa
Uma interessante pesquisa efetuada junto aos estudantes chineses está reportada no China Daily, escrito por Quan Li, sobre o que eles consideram os ícones da cultura da China. Destacaram Confúcio, a tradicional medicina chinesa e Mao Zendong. Apareceram também entre os 10 primeiros a caligrafia chinesa, a muralha da China, a bandeira chinesa, o Palácio Imperial, Deng Xiaoping e o exército de terracota.
Imagem de Confúcio, ideogramas chineses e a Grande Muralha. Reprodução do China Daily
Mesmo efetuando as pesquisas com os jovens estudantes, observou-se que os ícones contemporâneos como os atuais ídolos de músicas pop aparecem bem atrás dos mais tradicionais da cultura chinesa. Algumas autoridades entendem que é preciso divulgar mais intensivamente os símbolos mais modernos e contemporâneos da China.
Tudo indica que esta realidade é mais acentuada no exterior sobre a China, pouco se conhecendo das marcas mais recentes daquele país que ganha uma crescente importância internacional.
3 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: Akira Kurosawa pessoalmente, Da À Espera do Tempo: Filmando com Kurosawa, seus relacionamentos
Da leitura completa do livro de Teruyo Nogami sobre os 50 anos de trabalho com Akira Kurosawa consegue-se o retrato de corpo inteiro deste notável cineasta. A autora juntou uma série de ensaios por ela escritos para boletins do chamado Kinema Kurabu (Clube do Cinema) por anos, completou-os com entrevistas de outros membros da equipe de Kurosawa, num trabalho que demandou seis anos. A obra acabou sendo publicada em japonês em 2001 pela Bungei Shunju, editora de uma notável revista de elevado prestígio.
No Posfácio do livro, a autora informa que seria impossível com Kurosawa vivo, pois ele se manifestaria com um comentário como: “O que passei não foi nada disso. Você entendeu tudo errado”. A filmografia completa deste cineasta amplamente reconhecido no meio cinematográfico mundial começa em 1941 com o filme “Uma” e termina em 1999 com “Depois da chuva”, com 32 filmes. 19 últimos com a participação de Teruyo Nogami, desde Rashomon em 1950, que o consagrou internacionalmente, até o último.
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27 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: as diferenças culturais, dificuldades para a adaptação, mudanças que estão se processando
O atual mundo globalizado apresenta desafios que necessitam ser superados. Os econômicos são mais facilmente aceitos, mas os que envolvem as culturas e as religiões dos diversos povos são mais difíceis, pois, além de serem compreendidos pelo intelecto, necessitam ser aceitos pelas emoções que despertam nas pessoas, que dependem menos da racionalidade, mais da fé. Quando a China começa a ocupar uma posição de destaque no mundo, é indispensável que haja adaptações, não só da parte dos chineses, como do resto do Planeta.
Neste final do ano, há que se entender que o Natal é um evento de elevada importância para os cristãos, mas os não cristãos são mais numerosos no mundo. O seu sentido comercialmente deturpado acaba sendo difundido mais rapidamente, mas a sua compreensão religiosa apresenta dificuldades imensas. De forma semelhante, o ano gregoriano predomina no mundo oficial, mas numa parte substancial do mundo, o ano lunar é que é comemorado, como na China, em 17 de fevereiro próximo, quando começa o ano do coelho.
Véspera do Ano Novo chinês em Meizhou. Presépio representando nascimento de Cristo
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27 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: cristianismo na Ásia, diversidade de situações, o que é pouco conhecido | 8 Comentários »
Diz a história que foram os portugueses, com a sua Companhia de Jesus no século XVI, que introduziram o cristianismo na Ásia, com suas atividades missionárias, ao lado das finalidades comerciais e políticas. No Japão, por exemplo, depois de um grande sucesso convertendo multidões e alguns senhores feudais, num país onde oficialmente se pratica o xintoísmo e se conta com muitos adeptos do budismo, algumas autoridades locais entenderam que a propagação da fé se antecipava aos objetivos do domínio político. Destacou-se a presença de São Francisco de Xavier. Estas autoridades proibiram a prática do cristianismo com uma repressão sangrenta, fazendo muitos mártires, alguns reconhecidos por Roma como santos, em maior número que na América do Sul. Os cristãos se consideraram indignos de serem crucificados como Jesus, acabando sendo colocados na cruz com a cabeça para baixo, mas não renegaram a sua fé.
Mesmo depois do longo período de repressão, núcleos como em Nagasaki se mantiveram católicos desde o século XIX, com algumas famílias que imigraram para o Brasil. Também neste século, missionários protestantes de diversas denominações, muitos de origem norte-americana, foram trabalhar em países asiáticos, principalmente no Extremo Oriente, como na China, na Coreia e no Japão.
Francisco Xavier em retrato japonês do período Nanban e Mahatma Gandhi
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