Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

As Questões Climáticas Estão Exigindo Ações

2 de junho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: diversas fontes, iniciativas nos Estados Unidos, o caso da China, soluções particulares em cada país

Ainda que continuem haver resistências, mesmo os grandes países poluidores, como os Estados Unidos e a China, acabam sendo obrigados a tomar iniciativas para medidas locais visando a redução do lançamento de poluentes no ar. No Estados Unidos, artigos como os divulgados no site da Bloomberg informam que, mesmo tardiamente, o governo Barack Obama procura aprovar no Congresso daquele país medidas que visem a redução do lançamento de poluentes, ainda que conte com as resistências que estão concentradas entre os Republicanos. Na China, informações da revista Science informam que o primeiro-ministro Li Keqiang se interessa pelo assunto, havendo autoridades regionais procurando tomar medidas concretas, diante dos insuportáveis níveis de poluição em diversas frentes, ainda que existam dificuldades para acordos globais como os propostos no âmbito das Nações Unidas.

Barack Obama, que teria prometido na campanha eleitoral iniciativas para a redução da emissão de gases estufa, esboça propostas concentradas nas usinas que ainda utilizam o carvão mineral para a geração da energia elétrica. Sua proposta parece propor um corte de 30% sobre os níveis de 2005 no país, até 2030, que é um prazo bastante longo. Até Michael R. Bloomberg, que foi o prefeito de Nova Iorque, escreveu um editorial sobre o assunto, pois ele já estava contrariado com a demora de uma ação do governo, principalmente quando a região daquela metrópole foi atingida pelo furacão Sandy.

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Barack Obama                                     Li Kequiang  e Marcia McNutt, editora chefe do Science

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Problema Demográfico do Japão e Consequências Econômicas

31 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: consequências econômicas, opções com a imigração, os problemas demográficos

Entre as previsões possíveis para o futuro, as demográficas estão entre as que apresentam maiores precisões. E elas influenciam fortemente as evoluções econômicas possíveis em países como o Japão. Ainda que o atual governo de Shinzo Abe tente eliminar o processo de deflação, que é um problema mais difícil que o controle do processo de inflação, tentando recuperar o crescimento econômico do país, o quadro demográfico japonês está entre os mais desfavoráveis. O assunto está sendo discutido intensamente no Japão, tendo chegado até o The Economist que lhe dedica um artigo na sua edição japonesa, que também consta do seu site.

O mais dramático neste quadro é que, além da tendência de queda substancial do total da população nas próximas décadas, com muitas cidades ficando vazias, observa-se uma redução de sua população em idade ativa (de 15 a 64 anos) que contribui com o seu trabalho e pagamentos dos impostos. Ao mesmo tempo, a faixa de idosos (acima de 65 anos) aumenta, implicando em elevados gastos sociais com saúde, aposentadoria e assistência social. Como até as crianças (até 14 anos) declinam, as escolas fundamentais ficam com menos alunos, enquanto as demandas de casas de repousos para idosos dependentes aumentam.

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Publicado no The Economist

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Pecuária na Amazônia Segundo o Financial Times

31 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo do Financial Times, efeito no novo Código Florestal, pecuária na região de Alta Floresta – MT

financialUm interessante artigo foi publicado por Joe Leahy no Financial Times, que está atento ao trabalho executado pela ONG ICV – Instituto Centro de Vida que atua na região de Alta Floresta, município que foi instalado pelo colonizador Ariosto da Riva como consequência de uma colonização privada que ajudei a implantar quando era presidente do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. O artigo informa que, como consequência do novo Código Florestal, cuja regulamentação prática foi publicada no último dia 5 de maio e restringe o desmatamento, pecuaristas de gado de leite, como Wilson Wittman, originário do sul do Brasil, como a maioria dos que atuam na região, estão desenvolvendo trabalhos que estão elevando suas produtividades do gado leiteiro com medidas simples. Como muitos, eles chamam a região de Floresta Amazônica, quando na realidade está localizada nos seus contornos, mas as regras florestais são as mesmas, ou seja, o máximo de 50% de aproveitamento agropecuário, com o restante 50% preservado como reserva florestal.

Ainda existem muitas áreas que não chegam a este limite de utilização, que permite que sejam destinados para a compensação de propriedades que excederam no desmatamento legal, e necessitariam efetuar o reflorestamento. Mas a limitação do desmatamento acaba induzindo aproveitamentos mais intensivos e racionais, como os que estão sendo estimulados pela assistência dada pelo ICV – Instituto Centro de Vida aos produtores rurais, que contavam com o lobby da CNA – Confederação Nacional da Agricultura para coibir medidas mais drásticas exigidas pelo novo Código Florestal que já completa dois anos depois de sua aprovação. Com a regulamentação do CAR – Cadastro Ambiental Rural, que tem somente um ano para ser atendido pelos produtores, a nova regulamentação entra na sua fase prática, que se espera seja obedecida da melhor forma possível, inclusive no prazo exíguo.

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Vista aérea de Alta Floresta

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O Custo do Tratamento de Câncer

30 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: artigo no Bloomberg, medidas preventivas, novos medicamentos, pesquisas

Um excelente artigo publicado por Robert Langreth no site da Bloomberg, aproveitando o congresso em Chicago da American Society of Clinical Oncology, informa sobre os custos do tratamento do câncer que estão se elevando com os novos medicamentos desenvolvidos que já estão no mercado. O que o Dr. Yousuf Zafar do Duke Cancer Institute descobriu com seus clientes é que muitos estão falindo diante dos preços pagos, principalmente pelos medicamentos, pois as seguradoras estão exigindo que parte destes custos seja arcada pelos pacientes. Ele constatou que existem medicamentos alternativos que são fornecidos por entidades governamentais, tendo mudado a prescrição.

Os detalhes sobre estes medicamentos podem ser fornecidos pelos médicos especialistas em câncer, pois muitos dependem dos diversos tipos destas moléstias. O que parece possível de ser discutido do ponto de vista econômico e prático é que parte das pesquisas destes novos medicamentos deveria contar com o suporte dos governos, e não serem patentes de laboratórios privados que visam somente seus lucros. No Brasil, também já existem medicamentos que são fornecidos para alguns pacientes, mas os orçamentos acabam sendo sempre limitados. Mas as autoridades podem saber quais são mais acessíveis com preços convenientes, quando feitos em grandes volumes. Outra linha óbvia seriam as recomendações de medidas preventivas que nem sempre merecem as atenções das autoridades para serem divulgadas junto à população.

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Dr. Yousef Zafar

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Trabalho Que Vem Sendo Efetuado pela APEX

29 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: ajuda aos pequenos e médios exportadores, alimentos para a Ásia, publicação do Valor Econômico, relacionamento com as pesquisas

As pequenas, médias e até grandes empresas necessitam do suporte governamental para iniciar suas exportações para qualquer parte do mundo. Os entraves existentes nos países importadores são muitos, além do próprio desconhecimento dos produtos que precisam ser apresentados para as empresas que visualizem as oportunidades de colocação nos seus países. A APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos foi criada e desempenha um bom trabalho, participando de diversas feiras no exterior que são visitadas por muitos interessados, inclusive nos produtos brasileiros.

A biodiversidade brasileira costuma ser aproveitada para diversas finalidades, como nos setores voltados à saúde e a beleza. As matérias-primas que são aproveitadas pelos industriais e provenientes das mais variadas regiões brasileiras, notadamente a Amazônia, estão viabilizando muitas iniciativas, algumas que acabam representando volumes apreciáveis. Mas outros produtos com empreendimentos inovadores, ainda pouco conhecidos, encontram oportunidades para serem colocados no exterior, desde que os primeiros obstáculos sejam superados com a ajuda de agências como a APEX. Ajudam a diversificar as exportações brasileiras para além de minérios e produtos agropecuários tradicionais.

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Os Desafios do Setor Agropecuário Brasileiro

29 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: desafios existentes, diversidade de problemas, suplemento sobre agronegócios do Valor Econômico

Se existe um setor na economia brasileira que, apesar dos problemas naturais sempre existentes, continua dando a sua contribuição para o país certamente é o setor rural. O suplemento especial agronegócios do jornal Valor Econômico apresenta no seu artigo de capa um título referindo-se a outra boa safra. As previsões indicam que a quebra da safra norte-americana e a estiagem no Brasil apresentam preços convidativos, provocando uma boa perspectiva para a soja, um pequeno recuo no milho, e novos avanços no algodão.

Acaba sendo um cenário bom, segundo declarações do presidente Luiz Carlos Corrêa Carvalho, da ABAG – Associação Brasileira de Agronegócio, mostrando que as vendas de insumos e equipamentos agrícolas continuarão batendo recordes. A safra anterior foi estimada em mais de 191 milhões de toneladas, e na próxima deve chegar a 200 milhões. O Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015 asseguram os financiamentos de investimentos, custeio e comercialização necessários com as taxas de juros já definidas, proporcionando as condições indispensáveis para os produtores. As pesquisas continuam sendo efetuadas nos diversos setores para continuar elevando a sua eficiência.

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O Novo Parlamento Europeu é uma Torre de Babel

26 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Política | Tags: administração mais difícil, as manifestações de protesto, momento de perplexidade, numa das regiões politicamente mais desenvolvidas

Nos 28 países da UE – União Europeia houve eleições para a escolha dos seus representantes no Parlamento Europeu e o seu resultado foi chamado pelo Financial Times como uma Torre de Babel. Os partidos de protesto tiveram resultados mais contundentes na França, na Grécia e no Reino Unido, o que torna a administração da UE mais complexa. No Reino Unido, o UKIP – UK Independence Party que deseja retirar a Grã-Bretanha da UE venceu as eleições ficando com 27,5% dos votos, os conservadores do atual primeiro-ministro David Cameron em terceiro lugar com 24%, depois dos trabalhistas com 25%. Os partidos de protesto ficaram com 30% dos votos, quando tinham 20% até o presente.

Na França, a Frente Nacional, da Marina Pen, fez a campanha contra os imigrantes e ficou com 25% dos votos, quanto só tinha 3 dos 577 deputados no país, provocando uma humilhação ao presidente François Hollande, e na Grécia o Syriza, de Alexis Tsipras, posicionou-se contra a austeridade alemã e ficou em primeiro lugar com seis deputados. Os alemães acabaram como vilões da Europa, quando desejam a racionalidade.

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Sede da União Europeia em Bruxelas

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Riscos Climáticos e Acidentes Naturais

25 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: ajuda de satélites, notícias do Japão, observações na atmosfera e na temperatura do mar, tecnologias preventivas para redução dos riscos

Os aumentos dos pontos de observação de fenômenos climáticos estão permitindo a redução dos riscos que eles podem provocar. O fenômeno El Niño já é conhecido há muito tempo, e hoje se sabe que causam problemas climáticos na Ásia como até na América do Sul, prejudicando as safras agrícolas com excessos ou carências de chuva. Também agravam ocorrências de tufões no Pacífico, e hoje existem satélites que podem antecipá-los de forma que a defesa civil de muitos países possam tomar medidas preventivas. Duas notícias publicadas no Japão antecipam o conhecimento destes problemas, que também podem ajudar na América do Sul como no Brasil.

Um artigo publicado por Masayuki Yuba no Nikkei Asian Review informa que está se formando o El Niño que dão indícios mais fortes no Sudeste Asiático e até no Pacifico e a seca deste ano pode ser mais rigorosa. Ainda que a Segunda Revolução Verde esteja preparando sementes como do arroz resistentes às reduções das chuvas, ainda a produção de cereais no Sudeste Asiático pode provocar a diminuição de sua oferta no mercado, que antecipando as dificuldades já estão pressionando seus preços na Índia como nas Filipinas. O fenômeno que pode chegar até as Filipinas tende a chegar até a América do Sul. Verifica-se que o aquecimento das águas, principalmente nas correntes marítimas do Oceano Índico até o Pacífico, indicam fortes possibilidades, que não costumam ser erradas, infelizmente. Informa-se que seja a mais forte dos últimos cinco anos, com a redução das chuvas em 5% com relação ao habitual.

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An H-IIA rocket carrying a new mapping satellite lifts off from Tanegashima Space Center in Kagoshima Prefecture on Saturday. | KYODO

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Modos Convenientes de Ver os Acontecimentos na Ásia

25 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: ainda dependem de definições futuros da China, artigo de Yuriko Koike sobre os recentes acontecimentos asiáticos, considerar os Estados Unidos parte da Ásia seria um exagero

Se existe um exemplo de como políticos experientes também dão interpretações convenientes para suas posições sobre recentes acontecimentos internacionais, este é o caso do artigo publicado pela experiente Yuriko Koike. Ela é parlamentar japonesa e escreveu sobre os últimos fatos relevantes na Ásia no Project Syndicate, tendo já sido ministra da Defesa do Japão. Começa por lamentar o golpe militar ocorrido na Tailândia que poderia ter um futuro brilhante, mas o 39º golpe em algumas décadas obscurece o cenário asiático, denegrindo o futuro daquele país. Refere-se à reação do Vietnã para as pretensões da China, que sempre é o destaque asiático que deve ser batido, inclusive nos investimentos minerais efetuados em Myanmar.

Ela não poderia deixar passar despercebido o entendimento firmado entre a China e a Rússia referente ao fornecimento de gás. No caso, diante da criticável posição de Vlademir Putin com relação à Ucrânia, que gera desconfortos para o Ocidente, a interpretação adequada dela foi da China ter se aproveitado da Rússia, no momento em que Vladimir Putin precisava de suporte. Na sua interpretação, os chineses autoconfiantes se utilizaram da má gestão russa de assuntos como a anexação da Crimeia, para impor-lhe uma situação como de um vassalo, que acaba sendo uma expressão até ofensiva e jocosa para analistas internacionais.

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Yuriko Koike

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A Participação de Verdadeiros Empresários na Política

24 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: caso de Josué Alencar da Coteminas, experiências de lições amargas, ponte do governo com o empresariado, tradição de José de Alencar

Existem casos de participação dos empresários na política para terem acessos às facilidades governamentais. E casos em que os empresários são procurados para se constituírem em pontes que podem se estabelecer entre o governo com o setor privado. É o caso de José de Alencar, da Coteminas, que foi procurado por Lula da Silva para ser seu vice-presidente para aumentar a credibilidade do PT – Partido dos Trabalhadores junto ao setor empresarial. Josué Alencar, este será o nome que vai utilizar o seu filho dada a sua força de comunicação, com as duras experiências por que passou na reorganização da Coteminas-Springer numa das conjunturas mais adversas em todo o mundo, como da dolorosa luta do seu pai contra o câncer que consolidaram a admiração com Lula da Silva e sua equipe, da qual faz parte a atual presidente Dilma Rousseff.

Conheci Josué de Alencar numa das poucas entidades empresariais legitimas, pois o IEDI – Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial vive das contribuições das empresas e não dos impostos sindicais como muitos outros. Pode apresentar seus pontos de vista com total independência, tentando convencer a todos sobre os aperfeiçoamentos indispensáveis para que o setor industrial possa dar a sua contribuição para o desenvolvimento brasileiro. Com as duras experiências por que passou a Coteminas, num período em que de associou com a Springer norte-americana, num setor, que sendo tradicional como o têxtil, continua tendo um papel importante no atendimento da demanda da população, no Brasil e no exterior.

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Josué Christiano Gomes da Silva. Foto: Jefferson Coppola/Folhapress

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