11 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no The Japan Times, brinquedos para controle das atividades das crianças, pulseiras que enviam informações, roupas com transmissões de dados de saúde
Muitos novos produtos que estão cogitados para serem lançados brevemente no mercado japonês procuram combinar tecnologias de mais de um setor, como está apresentado num artigo de Kazuaki Nagata, publicado no The Japan Times. Este site já se referiu a roupas que estão sendo lançadas pela NTT Docomo junto com a Toray, que utilizam uma fibra especial que permite transmitir informações sobre a saúde dos seus usuários, como a pressão arterial, bem como eletrocardiograma, além de outros dados dos pacientes. Também a Sony está lançando uma pulseira que, além de transmitir estas e outras informações sobre as atividades dos pacientes, armazena-as para conhecimento dos mesmos, para possíveis correções dos seus hábitos, como o aumento dos exercícios físicos ou brincadeiras com filhos ou netos.
Também a Tokyo Moff está lançando brinquedos de crianças que acrescentam sons para os seus movimentos, além de informarem os tempos utilizados para determinadas atividades, como o exagero no uso de aparelhos eletrônicos. Todas estas inovações enfrentam o problema do sigilo das informações quando transmitidas, uma preocupação que está se disseminando pelo mundo, dada a utilização inadequada dos mesmos para outras finalidades, que precisam ficar sobre o controle dos seus proprietários.
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11 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: a sua criação na província de Aiichi no Japão, noticias no Yomiuri Shimbun, pesquisas adicionais para a produção de enguias
Uma informação divulgada pelo Yomiuri Shimbun esclarece problemas que estão sendo enfrentados na produção das enguias, que em japonês é conhecido como unagui. Trata-se de uma iguaria cada vez mais rara, que é consumida grelhada com um molho tipo teriaki, conhecida como kabayaki, que está subindo de preço. Originárias do mar, as enguias são criadas em tanques, notadamente na província japonesa de Aiichi. A notícia informa que à pedido da Agência de Pesca do governo japonês, o Instituto de Investigação Pesqueira iniciou um programa de pesquisa sobre a sua produção. O ponto crucial é que não se conhece muito sobre a determinação do sexo das enguias, pois em ambientes artificiais muitas originariamente fêmeas se tornam masculinas.
Segundo a notícia, o problema fundamental acaba sendo a preservação do sexo feminino em ambiente artificial. Não se conhece outra técnica que a da tentativa e erro para tanto, e pelo visto pouco se conhece sobre a sua história, mantendo-se um mistério sobre o que determina o seu sexo. Os criadores capturam as enguias jovens no mar e fornecem as adultas, sendo que sua produção em 2012 foi somente de 12,6 toneladas, quando sete anos passados era de 29,2 toneladas. Esta produção é feita em tanques de vidro, pois nos de barros muitas enguias acabam se perdendo por se enterrarem no solo. Já se tentou a sua produção no Brasil, mas o produto ficava com uma casca exageradamente dura, não apresentando a qualidade desejada.
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10 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: aumento da participação no capital das empresas agrícolas, informação do Yomiuri Shimbun, melhorias tecnológicas, utilização das conexões com o mercado
Segundo notícia publicada no Yomiuri Shimbun, o governo japonês está tomando as providências para conseguir uma autorização legislativa visando mudanças na atual Lei de Terras Agrícolas. Até o momento, as grandes empresas japonesas só podem participar, no máximo, de 25% das empresas agrícolas, o que está sendo considerado uma limitação desnecessária para a melhoria de cerca de 13.500 existentes. Está se elaborando um projeto permitindo que este percentual chegue a 50% ou até mais, em alguns casos, visando à introdução de novas tecnologias, como aproveitamento das conexões dos grandes grupos nas atividades agrícolas do Japão.
Como se sabe, a tecnologia agrícola vem se alterando, fazendo com que produções de legumes, como as hidropônicas, se tornem cada vez mais importantes, deixando com que a terra seja relevante para as mesmas. Irrigações ou vinil houses são utilizadas para controle das condições climáticas, não só relacionado com a necessidade de água como de umidade, temperatura ou de insolação. Muitos produtos agrícolas já ficam prontos para serem apresentados nas lojas varejistas, para uso imediato, pois as donas de casa dispõem de cada vez menos tempo para preparo das refeições caseiras. Para tanto, torna-se indispensável tecnologias bem como conexões para colocação das produções, o que muitas vezes são feitas por trading companies.
Lettuce grows in a plant factory in Rikuzen-Takata, Iwate Prefecture, managed by an agricultural incorporated body. The Yomiuri Shimbun
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9 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: desigualdades regionais da redução do crescimento na China, dificuldades de uma economia gigantesca, informações do Financial Times
Um artigo de James Kynge, do Financial Times, faz um apanhado geral das diferenças regionais na China da desaceleração que está se observando no crescimento daquela economia. Mesmo numa economia ainda fortemente centralizada, lamentavelmente, o controle da desaceleração acaba tendo impactos fortemente diferenciados do ponto de vista regional, como pode ser constatado nas informações disponíveis de diversas fontes. A tal ponto que as autoridades chinesas já cogitam de medidas para estimular algumas atividades, como as relacionadas com a infraestrutura e a construção civil, que sempre tiveram grande importância não só na China. Estas acentuadas diferenças acabam gerando insatisfações que ficam difíceis de serem suportadas, mesmo numa sociedade onde a política está controlada pelo Partido Comunista Chinês, mas com necessidade de respaldo da opinião pública.
As informações são de que as indústrias chinesas sofrem um quarto mês consecutivo de contração em abril último, de acordo com algumas pesquisas privadas, sugerindo uma desaceleração acima do esperado no PIB para o segundo trimestre deste ano. Evidentemente, isto apresenta um impacto também para outros países que dependem dos fornecimentos para a China. Mas, no interior da China, as diferenças regionais são acentuadas, sendo que algumas regiões e pessoas estão sentindo este impacto de forma mais acentuada. Os setores mais atingidos seriam os da construção civil, imobiliários e indústria pesada, e os produtores de matérias-primas que estão com excesso de capacidade, bem como os materiais poluentes como o carvão mineral. Ao nível humano, estes impactos seriam mais sensíveis entre os mais baixos na pirâmide salarial.
(Kazu, favor ilustrar este artigo somente com o mapa das diferenças regionais na China, que estou enviando abaixo, mesmo com as legendas em inglês, não havendo necessidade do resto do texto)
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9 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: base no FMI e informações de entidades do mercado, estabilidade na recuperação, G7 com pequenas flutuações
Os professores James Stock, da Universidade de Harvard, e Mark Watson, da Universidade de Princeton, forjaram a expressão “Grande Moderação” para a atual recuperação econômica, depois da crise desencadeada em 2007/2008, a mais forte depressão depois de 1929. A equipe da Bloomberg que está se consolidando com uma importante no cenário mundial, com dados do Fundo Monetário Internacional e apoiado por diversas declarações de estudiosos de instituições importantes no mercado, observa uma estabilidade na atual recuperação, que apresenta pequenas flutuações nos dados mais relevantes. Os dados do G7 mostram que a economia mundial está voltando para o seu normal, em direção ao futuro, sem grandes saltos espetaculares.
A volatilidade do crescimento entre as principais economias industriais é atualmente a menor desde 2007 e metade da que se observou nos vinte anos que começou em 1987. Os investidores estão calmos com relação aos riscos e para as previsões em ativos, moedas, commodities e bonds, depois de sete anos anteriores fracos. O cenário para o futuro parece claro para as empresas e para os consumidores. O crescimento é moderado e não apresenta os excessivos riscos dos booms do passado que terminaram em paradas.
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8 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Valor Econômico, bancos obtêm receitas com serviços, o que pode explicar estes resultados
Um interessante artigo foi publicado no Valor Econômico contando com a autoria de Carolina Mandi e Vinícius Pinheiro. Com base nos resultados obtidos pelos bancos neste início do ano, num período em que a expansão do crédito não está sendo expressiva e há uma concorrência na taxa de juros que está num patamar elevado, constata-se que eles estão obtendo resultados expressivos com os serviços que prestam. Os quatro maiores bancos listados juntos na Bolsa, o Banco do Brasil, o Itaú Unibanco, o Bradesco e o Santander obtiveram US$ 19,5 bilhões no primeiro trimestre com serviços, um acréscimo de 11,5% com o mesmo período do ano passado, quase o dobro da inflação. Seria interessante especular sobre as razões destes fenômenos.
Muitas explicações estão sendo dadas pelos bancos. Conseguiram aumento dos seus clientes, estão conseguindo mais operações com cartões de crédito, aumentaram as intermediações de seguros, conseguem taxas de administração de fundos, e não se referem a aumentos das tarifas. No fundo, como remuneram expressivamente os seus executivos, conseguem recursos humanos da melhor qualidade que inovam e aumentam atividades de serviços dos mais variados, voltados à grande massa dos seus clientes. A escala com que operam permite resultados que não podem ser obtidos por outros operadores de menor porte, ao mesmo tempo em que inovações tecnológicas continuam sendo introduzidas nas suas operações.
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5 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigos no Bloomberg e no Wall Street Journal, indícios de desaquecimento no setor de máquinas pesadas, limites para as compensações, os problemas cambiais
Todos sabem que a economia chinesa vinha crescendo a taxas elevadas e está se efetuando reformas para que ela dependa menos das exportações, dos investimentos em infraestrutura e em habitação, que são meios clássicos para estimular o crescimento da economia. Os novos dados do Banco Mundial, que tendem a reestimar os preços globais para a determinação do PPP – Purchase Power Parity para substituir o câmbio nas análises, estão considerando que o câmbio chinês não está mais subvalorizado, o que é discutido entre alguns especialistas. Mas todos sabem que os custos de recursos humanos subiram naquele país, que não pode depender tanto do mercado internacional para o seu desenvolvimento, pois continua com uma recuperação baixa. No entanto, também o mercado interno chinês não consegue acelerar-se se não contar com os investimentos na infraestrutura e no setor imobiliário.
O ajustamento de uma gigantesca economia como a chinesa para um patamar de crescimento mais baixo que no passado não é uma tarefa fácil, principalmente quando se necessita de reformas que afetam suas empresas estatais, que estão envolvidas em muitas corrupções. Que flutuações poderiam ocorrer na economia neste processo todos sabiam, mas as autoridades admitem que um crescimento em torno de 7% ao ano seria desejável, para poder acomodar todo o excedente demográfico do meio rural que migra para os centros urbanos.
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1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Financial Times, cálculo pelo poder de paridade de compra, em português na Folha de S.Paulo
Já há algum tempo que os economistas estão usando o chamado PPP – Poder de Paridade de Compra para medir os tamanhos das economias do mundo, como a unidade mais adequada, pois os câmbios variam demasiadamente, e o custo dos produtos e serviços muda exageradamente de um país para o outro. Por exemplo, um dólar norte-americano pode comprar muito mais no Brasil do que na Suíça, que é considerado o país mais caro do mundo. Mesmo com todas as precariedades das estimativas do chamado Produto Nacional em muitos países, todos procuram utilizar uma metodologia básica sugerida pelas Nações Unidas. Com base nestas informações, Chris Giles, editor do Financial Times, utilizou os dados compilados pelo International Comparison Program do Banco Mundial, publicando o seu artigo que também foi parcialmente traduzido para o português na Folha de S.Paulo.
As indicações atualizadas com o uso de novas metodologias informam que a China pode ultrapassar os Estados Unidos ainda neste ano, quando todos esperavam que isto pudesse ocorrer possivelmente em 2019, pois o crescimento da economia norte-americana é bem menor do que a chinesa, ainda que em termos per capita ela ainda esteja bem mais elevada, pelas diferenças das dimensões populacionais nos dois países. Os países pobres e emergentes continuam crescendo mais que os ricos, fazendo com que a distância entre os países tendam a diminuir com o tempo. As indicações permitem observar que a Índia tenha atingido uma posição elevada, talvez dos primeiros lugares. Os Estados Unidos mantinham a liderança desde 1872, quando ultrapassaram o Reino Unido na época.
Cidade de Xangai, um exemplo de pujança da China
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1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Yomiuri Shimbun, mudanças na estruturação das cooperativas agrícolas, perigosa reforma
Se existiu uma estruturação eficiente para a gestão da agricultura que funcionou por muitas décadas com grande eficiência, ela se deve à forma de organização do sistema cooperativista do Japão. A partir de um sistema de cooperativas locais, chegava-se a uma agregação provincial (que chamam de prefeituras), que acabava numa cúpula nacional muito poderosa chamada Zen-No, que seria a cabeça de toda a agricultura organizada. Paralelamente, havia um sistema financeiro chamado Norinchukin (banco central da agricultura) que chegou a ser o mais importante banco no mundo. Decorria da elevada poupança do setor rural japonês, possibilitado pela exagerada proteção da produção agrícola, notadamente do arroz, considerado básico para a independência alimentar daquele arquipélago. É evidente que com o tempo haveria necessidade de reformas, como em todo o mundo, para o setor rural sempre protegido como na França onde é considerado parte do estilo de vida de sua população, ou nos Estados Unidos que considera a segurança alimentar como um dos esteios de um país realmente independente.
Ilustração publicada no Yomiuri Shimbun
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30 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: alternativa para guerrilheiros, artigo no The Japan Times, trigo sarraceno nas Filipinas
Algumas empresas japonesas estão ajudando os filipinos a produzirem o trigo sarraceno, também conhecido como trigo mourisco, nas Filipinas, na parte meridional da ilha de Mindanao visando exportar para o Japão. Este tipo de assistência técnica também visa criar uma alternativa de atividade econômica rentável para os que estão abandonando a guerrilha. Os japoneses são grandes consumidores do trigo sarraceno, na forma de macarrão conhecido como sobá, que apreciam quente e frio, que importam as matérias-primas dos Estados Unidos, da China e da Rússia. O Brasil também é um pequeno produtor deste produto, mas a sua exportação ainda é insignificante.
Das áreas para plantio que estão sendo experimentadas, as mais promissoras parecem estar ao nível de 1.200 metros de altitude, onde se encontram pequenas áreas com solos mais adequados. As variedades do trigo sarraceno também são diferentes, e as sementes de Kumamoto aparentam ser as mais promissoras, mas também foram experimentadas as de Miyasaki e Kagoshima. Já se consegue uma produtividade de 30 quilos por um quilo de sementes, quando no Japão chegam a 20 quilos. Existem áreas onde as experimentações já se repetem por 4 anos. Há cooperações com entidades de pesquisas do governo filipino.
O empresário Takeyoshi Sumikawa e o agricultor filipino Kashan Panambulan conferem o plantio de trigo sarrraceno em Mindanao Island em Filipinas. Foto: The Japan Times
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