7 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo do próprio primeiro-ministro no Project Syndicate, natural defesa de sua política, problemas internos e externos
É mais que natural os governantes defenderem sua política mesmo que tenham algumas dúvidas íntimas sobre ela. O primeiro-ministro Shinzo Abe não é uma exceção e os muitos resultados que estão sendo alcançados pela sua política que ficou conhecido como Abeconomics são ressaltados, minimizando as dificuldades que sempre existem, tanto internas como externas, que podem comprometer o futuro do seu ousado programa. Depois de uma primeira sinalização que a economia japonesa sai do seu longo marasmo, tendo conseguido a desvalorização do yen, uma recuperação da bolsa de valores e uma saída da deflação, ele ressalta agora a “surpresa salarial”, que é contestada por analistas mais críticos. Ele informa que teve reuniões na companhia dos seus ministros da Economia e do Trabalho com líderes empresariais como Akio Toyoda da indústria automobilística Toyota e representantes dos assalariados como Nobuaki Koga da Confederação Sindical do Japão, sentindo-se estimulado no prosseguimento de sua política.
O que ele persegue é reverter à tendência que se observava no passado no Japão, quando os assalariados sofriam uma queda anual dos seus salários médios em 0,8% anual desde o ano 2000, o que não permitiria um aumento da demanda interna de forma sustentável. Enquanto nos Estados Unidos e no Reino Unido o aumento médio anual era de 3,3%, e 2,8% na França. Mesmo assim, as empresas japonesas só conseguiam aumentar o seu endividamento. Alguns analistas informam que estes tipos de comportamento econômico dependem do setor privado e não podem contar com intervenções do governo, como quando se estabelece a participação feminina nas empresas, notadamente nas posições de decisão.
Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe
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7 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: acordos de livre comércio, discussões sobre o assunto, o papel da Nafta para o México, reflexões para o Brasil
O artigo publicado no The Economist pelos vinte anos da NAFTA – North American Free Trade Agreement e de Mark Stevenson da Associated Press sobre os ganhos do México, republicado em português pelo Valor Econômico, acaba gerando uma oportunidade para a discussão da política comercial externa, considerando a atual posição brasileira refratária a estes tipos de acordos comerciais bilaterais ou regionais que começa a ser modificada. As tentativas são de novas ampliações como com o TPP – Trans-Pacific Partnership e o TTIP – Transatlantic Trade and Investiment Partnership além dos 44 que o México já mantém com 44 países. Ainda que os primeiros avanços tenham sido obtidos em Bali nas reuniões do OMC – Organização Mundial do Comércio para acordos globais, parece que há necessidade de pragmatismo para aproveitar todas as oportunidades, ainda que elas não proporcionem todas as vantagens que seriam desejáveis ou estão prometidas.
O ponto central do artigo divulgado pela Associated Press é que a desigualdade entre os pobres do México e os padrões norte-americanos e canadenses ainda não resultaram em melhorias. No artigo do The Economist, há destaque para casos considerados de sucesso como o do Bombardier canadense que passou a produzir o Learjet no México, com investimentos de US$ 250 milhões, ainda que nem tudo esteja satisfatório, mas algo era impensável há décadas. Os temores sobre os empregos norte-americanos e os mexicanos ficarem somente com os mais modestos ainda continuam. Também existem preocupações com as concentrações dos americanos sobre o México, cujo volume de exportações supera o do BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China.
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5 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo publicado no The Japan Times sobre os problemas, dificuldades para os Estados Unidos, reações chinesas e coreanas, visita do premiê Shinzo Abe ao Templo Yasukuni | 2 Comentários »
Na política externa é que se evidencia a importância da diferença entre uma interpretação interna e as leituras feitas no exterior. A visita das autoridades japonesas ao Templo Yasukuni, como foi efetuada recentemente pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, sempre foi interpretada pelo Japão como uma homenagem aos seus heróis do passado na defesa de sua Pátria, como é forte na tradição cultural do oriente. As dificuldades sempre decorreram por constar entre eles alguns considerados criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial, cujos túmulos também estão neste templo. Os chineses e coreanos, principalmente, interpretam estas visitas como exaltação dos criminosos de guerra, que contribuíram na ocupação da China e da Coreia que terminou com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial.
No momento em que existem disputas de ilhas entre o Japão e a China, bem como entre o Japão e a Coreia do Sul, este problemas se agravam e os japoneses procuravam superar as dificuldades com a intensificação do intercâmbio econômico com estes países, cogitando-se inclusive de um acordo de livre comércio entre os três, os mais importantes do Extremo Oriente, como já postados neste site. Mas os chineses e coreanos estão intensificando seus entendimentos, excluindo os japoneses. A Coreia do Sul evita uma visita de Shinzo Abe ao seu país. Como se ampliam os conflitos naquela região do mundo, os Estados Unidos, principais aliados dos japoneses, expressaram suas contrariedades às autoridades japonesas, como fica claro na notícia publicada no The Japan Times, com base na notícia distribuída pela credenciada agência de notícias Jiji.
Templo Yasukuni
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3 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: dinastia Nehru-Gandhi, Manmohan Singh indica Rahul Gandhi, oposição de Narendra Modi, os problemas étnico-religioso, ponto de vista do Nikkei Asian Review
Segundo artigo publicado no site do Nikkei Asian Review, o atual primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, descartou a possibilidade de seu terceiro mandato se a United Progressive Alliance, liderada pelo seu Partido do Congresso, ganhar a próxima eleição geral, afirmando que a Índia está pronta para ser dirigida por uma nova geração de líderes. Ele propôs que Rahul Gandhi, de 43 anos, filho do ex-primeiro-ministro Rajiv Gandhi, que foi assassinado por motivos políticos, se tornasse primeiro-ministro representando a poderosa e influente família Nehru-Gandhi que vem mantendo o poder desde a independência da Índia em 1947, por intermédio de seus familiares ou suportados por eles.
Jawaharlal Nehru, que foi o primeiro-ministro até 1964, contava com o suporte do legendário Mahatma Gandhi, cujos familiares contaram com nomes expressivos como Indira e seu filho Rajiv Gandhi. Pelo que se sabe, Rahul não teria apetite pelo poder, sabendo que na sua disputa resultou o assassinado do seu pai Rajiv, mas tudo indica que um arranjo político teria sido alcançado, diante da ameaça de vitória do nacionalista Narendra Modi, que poderia acirrar as disputas étnica-religiosas que ocorreram no Estado em que ele governa.
Manmohan Singh Rahul Gandhi Narendra Modi
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3 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo do Bloomberg idêntico ao do The Economist, impacto da Bolsa Família nas eleições, risco de reclassificação das agências de rating
Um artigo publicado por Raymond Colitt no site da Bloomberg sobre o Brasil atual apresenta um quadro idêntico do The Economist, já comentado neste site, confirmando que muitos jornalistas internacionais estão acompanhando o que acontece neste país. Baseando em depoimentos, como de Mauro Paulino, diretor gerente da Datafolha, Deborah Wetzel, a chefe do Banco Mundial no Brasil, bem como depoimentos colhidos com os beneficiados pela Bolsa Família, mostra a importância eleitoral do programa, destacando que, entre os países do BRICS, o Brasil é o que está conseguindo a melhoria de sua distribuição de renda, ainda que a economia esteja crescendo menos e com pressões inflacionárias. Apontam os riscos de reclassificação do Brasil pelas agências de rating, sem uma melhora no controle fiscal.
Todos reconhecem que a Bolsa Família é um programa que subsidia as famílias extremamente pobres, mas exige que as crianças frequentem as escolas, iniciem a vacinação e as mães efetuem o pré-natal. O governo também ampliou o treinamento profissional, assistência às crianças, armazenamento de água rural, e empréstimos a custos baixos, entre outros programas assistenciais. O programa que começou no governo anterior foi ampliado permitindo que em 2014 a população extremamente pobre seja eliminada no Brasil, segundo critérios do Banco Mundial, que estabelece o limite de 3% da população nesta classificação.
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3 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: articulações oposicionistas, destaque do Brasil para o bem como mal, eleição de 2014, problemas econômicos
A edição impressa do The Economist da próxima semana acaba destacando o Brasil nas Américas, diante das eleições que devem ser efetuadas em outubro próximo. Ainda que muitos analistas entendam que o Brasil perdeu importância no cenário mundial, o fato objetivo é que continua merecendo atenção de revistas de importância internacional. Os protestos populares que começaram com as tarifas de ônibus, na sua tentativa de reprisar recentemente só atraíram algumas centenas de manifestantes. Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores recuperaram as intenções de voto, como mostram as recentes pesquisas, indicando que para as eleições de outubro próximo já chegam a 47% contra 30% dos prováveis dois adversários.
Mesmo assim, a revista considera a corrida eleitoral difícil, pois a mesma pesquisa indicou que dois terços dos eleitores desejam um próximo presidente que faça uma limpeza no país. O principal partido oposicionista, o PSDB – Partido Social da Democracia Brasileira, que teria como candidato Aécio Neves, também está sendo acusado de corrupções nas concorrências públicas do Estado de São Paulo. Eduardo Campos, o governador do Estado de Pernambuco, estaria tentando elaborar um programa com a participação de Marina Silva, considerada ambientalista de destaque que não conseguiu formar o seu próprio partido.
Dilma Rousseff Aécio Neves Eduardo Campos
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2 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: corrida ao Xisto comparada com a do ouro na Califórnia, experiência de Serra Pelada no Brasil, o caso de Dakota do Norte
Um artigo publicado no The Economist no final do ano passado compara o fenômeno observado com a exploração do xisto em Dakota do Norte em 2011 com a corrida do ouro em 1848 na Alta Califórnia. Como em casos semelhantes, também no Brasil, em Serra Pelada, a descoberta acaba atraindo desordenadamente migrantes trabalhadores que se destinam exclusivamente à sua exploração. As condições para o deslocamento para as duas regiões norte-americanas são evidentemente diferentes com mais de um século e meio decorrido, mas existem muitos aspectos que são comuns, como observaram jornalistas que foram constatar as condições atuais, comparando com as descritas brilhantemente no livro “A Idade do Ouro” (The Age of Gold, H.W.Brands) no passado e atualmente na pequena localidade de Willston. Este assunto também foi veiculado numa matéria divulgada pela Globo News no seu programa Cidades e Soluções com base no que está acontecendo na Pensilvânia, também nos Estado Unidos, afirmando que diversas áreas do Brasil com o potencial idêntico deverão ser licitados brevemente.
Este site vem publicando matérias sobre o assunto que é controvertido, apresentando sensíveis inovações tecnológicas, que podem ser executadas por grandes empresas com baixos custos de produção. Mas que danos estão sendo sofridos por pequenos produtores rurais vizinhos parecem evidentes, não havendo um adequado cuidado sobre a sua sustentabilidade, ainda que a exploração do xisto esteja fortemente estimulada pelas autoridades norte-americanas, interessadas na sua independência energética. São chocantes as cenas com o fogo que pode ser provocado nas nascentes, ou nas torneiras de casas, bem como todos os resíduos certamente contaminantes que estão prejudicando criadores de gado, mas que não contam com o devido apoio até do Judiciário de diversos Estados norte-americanos para serem indenizados. Muitos estão vivendo dos aluguéis de suas terras para outras atividades.
Exploração do gás e do petróleo com a tecnologia do fracking shale
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31 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: a desvalorização do dólar norte-americano, o crescimento da importância do setor financeiro, os problemas da exploração do xisto, quem paga pela recuperação da economia norte-americana, se não existe lanche grátis | 4 Comentários »
Não se conhece ninguém que fique triste com a recuperação da economia norte-americana que continua liderando a mundial e a sua melhoria beneficia a todos. Então existiria o lanche grátis, e ninguém teria que arcar com os seus custos? Se os adultos não acreditam mais em Papai Noel, como ensinou Joan Robinson, alguém está arcando com os substanciais custos das astronômicas assistências dadas aos bancos que foram os responsáveis pela crise mundial de 2007/2008. Com a ameaça de uma crise sistêmica que poderia igualar-se a crise de 1929, as autoridades proporcionaram as volumosas assistências aos bancos para poderem absorver os grandes prejuízos que tiveram com os créditos imobiliários irresponsáveis, acabando até por premiar muitos dos seus dirigentes.
Para estimular a recuperação da economia norte-americana, o FED – Banco Central dos Estados Unidos veio injetando US$ 85 bilhões mensais, que agora começaram a reduzir para US$ 75 bilhões mensais. Seria uma mágica tão simples não havendo ninguém prejudicado? Evidentemente a política chamada de easing moneraty policy provocou a desvalorização do dólar norte-americano desencadeando uma guerra cambial, com outras acompanhando estas desvalorizações, na medida em que suas moedas eram aceitas no mercado internacional. Foi o que aconteceu com os ingleses e mais recentemente com os japoneses, para se manterem competitivos no mercado internacional, promovendo também suas exportações. Quem não tinha como desvalorizar suas moedas na mesma proporção, como o Brasil, sofreram quedas de suas exportações e empregos de qualidade, enquanto seus gastos em moedas fortes foram aumentando. Além de tomar medidas para os controles dos fluxos financeiros mundiais.
Sede do FED e mapa dos Estados Unidos
Evidentemente, muitos desfavorecidos norte-americanos também arcaram com o desemprego, tendo que viver da ajuda do governo para sobreviverem. Somente poucos do setor financeiro acabaram gozando dos privilégios que foram concedidos para os bancos, que não satisfeitos com todos estes benefícios ainda manipularam as taxas de juros como o Libor – London Interbank Rate como as taxas de câmbio nos fechamentos cambiais naquele mercado, como comprovado por muitas investigações. Acredita-se que alguns serão punidos por estas manipulações que afetam fluxos de trilhões de dólares diários, mas serão poucos.
Os bancos estão pagando multas de dezenas de bilhões de dólares, mas não se divulgam os lucros que obtiveram com estas e outras operações que foram certamente muitas vezes maiores. Eles continuam não aceitando regulamentações razoáveis sobre estes fluxos, ainda que organizações como o BIS – o Banco Central dos Bancos Centrais, e o BCE – Banco Central Europeu procurem adotá-las.
Uma parte da recuperação da economia norte-americana deve-se também às novas explorações do xisto, com a produção de petróleo e gás baratos, que os está levando a contar com a sonhada independência energética do país, com baixos custos. Ainda que aleguem que estão reduzindo as utilizações de combustíveis mais poluentes como o carvão mineral, todos sabem que a utilização de combustíveis fosseis continuam provocando o aquecimento global, elevando as irregularidades climáticas. Além da exploração do xisto estar provocando a contaminação das águas subterrâneas, afetando também os vizinhos destas explorações, que são os próprios norte-americanos.
As irregularidades climáticas atingem mais duramente os pobres de todo o mundo, aqueles que moram nas zonas mais baixas atingidas pelas inundações, sendo uma parte nos próprios Estados Unidos, mas mais duramente em países como as Filipinas. Ainda que não exista uma evidência científica ligando estes fenômenos, os que estão sendo afetados sentem a incapacidade das autoridades de muitos países decidirem sobre metas de lançamento como o CO2, com substanciais resistências dos principais países poluidores como os Estados Unidos e a China.
O ano de 2013 foi profícuo em manifestações populares contra muitas mazelas, mas ainda não foram capazes de atingir o fulcro dos grandes problemas mundiais. Mas cada vez maior número de habitantes deste mundo globalizado está ficando consciente que medidas importantes e duras precisam ser tomadas. O que se espera é que 2014 não seja somente de eventos esportivos e algumas eleições importantes, como destaca The Economist no seu número para o próximo ano, mas de alguns avanços substanciais nos grandes problemas que nos afetam a todos.
29 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: aumento das famílias morando nos apartamentos, estruturas disponíveis para as férias, necessidade das crianças conhecerem um pouco do meio rural
Existem inúmeras informações disponíveis sobre muitas fazendas que se transformaram em hotéis, para atender a população brasileira que cada vez mais mora em apartamentos, com as crianças conhecendo pouco até da origem dos alimentos que consomem. As férias acabam sendo oportunidades para conhecer de perto animais e vegetais que conhecem somente pelas fotos, televisões e revistas, que não dão a ideia viva do que acontece no meio rural, criando-os ou plantando-os. Mas é natural que os pais e os responsáveis pelas crianças desejem contar também com o conforto com que estão acostumados, notadamente nos conjuntos habitacionais e nos grandes centros urbanos, evitando enfrentar o terrível tráfego das rodovias nos deslocamentos necessários.
Sempre existe a possibilidade que se utilize o contrafluxo destes intensos tráfegos, escolhendo localidades que não sejam as mais distantes das residências habituais e as datas convenientes para aqueles que contam com liberdade das mesmas para estas rápidas visitas. Aproveitando o interregno entre o Natal e o Ano Novo, tive a oportunidade de conhecer um no bairro de Maracanã, em Atibaia, a menos de 50 quilômetros de São Paulo. Fiquei surpreso por encontrar um nível de instalação e serviços, inclusive gastronomia, com o uso do pessoal local treinado para o bom atendimento dos hóspedes. Muitos dados semelhantes a estes podem ser encontrados em sites, onde o www.recantodapaz.com.br é um simples exemplo. Outro seria www.refugiocheirodemato.com.br que fica em Mairiporã, ao lado da represa, mais próximo ainda de São Paulo, como muitos outros semelhantes.
Boa comida e áreas de lazer para a criançada são comodidades nos hotéis-fazenda
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29 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: elevação da tributação de automóveis e outros produtos, elevação do custo do turismo externo, medidas contra a tempestade perfeita | 2 Comentários »
Muitos na imprensa brasileira se mostram surpresos que no final do ano o governo tome medidas que são consideradas antipopulares, visando efeitos num ano que é eleitoral. Na realidade, o professor Delfim Netto estava alertando que poderia ocorrer uma tempestade perfeita, com os Estados Unidos reduzindo seus incentivos para manter a sua economia em recuperação com a redução da chamada easy monetary policy, e o Brasil sendo reclassificado pelas agências internacionais de rating, diante das dificuldades que estaria enfrentando. O que se constatou é que as autoridades monetárias norte-americanas se mostraram extremamente cautelosas somente reduzindo a sua expansão monetária de uma aquisição mensal de US$ 85 bilhões, para US$ 75 bilhões, que indica apenas um início do processo de redução paulatina e cuidadosa de suas facilidades monetárias.
Isto manteria a balança internacional de turismo extremamente deficitária mesmo no próximo ano. O governo resolveu impor um aumento do IOF de 6% sobre os principais meios de gastos dos turistas no exterior, que foi considerada por alguns analistas econômicos opositores ao governo como insuficiente, que segundo eles decorreria da elevação tributação existente no Brasil. Isto mostra que muitos deles não entendem adequadamente o funcionamento do mecanismo dos preços, que não necessita ser efetuada com grandes saltos, mas efetuar os ajustamentos por pequenos passos. Ao mesmo tempo, mesmo com os primeiros indícios de queda da expansão da demanda interna de diversos produtos, as autoridades brasileiras demonstraram publicamente que estão dispostas a tomar medidas mesmas antipopulares, num ano eleitoral. É uma indicação importante para as agências de rating, afastando a necessidade de reclassificação da economia brasileira.
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