1 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Mitsubishi adquirindo Los Grobo Ceagro do Brasil, operação no Centro Oeste, origem argentina e uruguaia
Um artigo publicado no jornal econômico japonês anuncia que a Mitsubishi, uma das maiores general trading companies do Japão, que detém 40% das importações de cereais do Japão, acertou a sua operação de aquisição da Los Grobo Ceagro do Brasil, de origem argentina e uruguaia, da qual já detinha 20%. O total da operação envolve cerca de 50 bilhões de yens (cerca de US$ 500 milhões), entre linhas de crédito e aquisição das ações, elevando para 80% o seu controle.
Muitas empresas japonesas estão entrando nesta linha de operação direta, efetuando seus investimentos dentro do que se chama M & A, ou seja, fusão e aquisição. Como operam na importação de cereais para o Japão, estão procurando atuar globalmente, adquirindo também empresas que operam nos Estados Unidos, notadamente no mercado de Chicago onde são cotados estes produtos.
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31 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: desenvolvimento e livre comércio, o mundo emergente, proteção social, redução da pobreza absoluta
A cegueira ideológica parece tão grave como a religiosa. Todos sabem que o The Economist, uma das mais importantes e democráticas revistas do mundo sempre foi a favor do mercado e do livre comércio. No seu artigo de capa desta semana, refere-se ao importante MDGS – Metas de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, falando da significativa redução da pobreza absoluta de mais de um bilhão de habitantes do planeta, referindo-se àqueles que vivem com menos de US$ 1,25 por dia. Mas atribui a sua causa ao desenvolvimento e ao livre comércio, na sua grande maioria, minimizando os efeitos da vontade política que incluiu milhões de famílias do mundo emergente e em desenvolvimento.
Começa com o discurso de Truman, em 1949, que apontava o desafio da redução da pobreza absoluta, informando que, em 1990, 43% da população mundial encontrava-se nesta situação, o que foi reduzido em 2010 a 21% elevando o padrão de um bilhão de habitantes no mundo. Cita de passagem esforços como a Bolsa Família do Brasil, os esforços chineses bem como de outros países emergentes, dando importância menor para estes esforços, afirmando que o desenvolvimento e o livre comércio é que provocaram a grande maioria destes avanços. Mas que ainda existem mais de um bilhão de habitantes que devem ser melhorados nas próximas décadas.
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29 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises do site da Bloomberg, comparações de curto prazo, publicados no Estadão | 2 Comentários »
Os dados de curto prazo de uma economia não devem ser considerados relevantes, sendo mais importantes as tendências de prazo mais longo. Um artigo publicado no site do Estadão no seu setor de Economia e Negócios efetua-se uma comparação internacional do crescimento econômico no primeiro trimestre. Num outro artigo publicado no site da Bloomberg, comenta-se sobre o impacto das obras relacionadas com a Copa do Mundo no crescimento da economia brasileira. Ainda que ambos procurem proporcionar uma visão mais otimista, o fato concreto é que o cenário internacional não está favorecendo projeções mais claras, havendo grandes flutuações que geram algumas preocupações.
Sinteticamente, o Estadão informa que dos países importantes no mundo, a Coreia do Sul e o Japão conseguiram um crescimento neste primeiro trimestre deste ano de 0,9%, sendo que o Brasil empatou com os Estados Unidos com um crescimento de 0,6%. O México conseguiu 0,5%, o Reino Unido 0,3% e a Alemanha 0,1% com todos os demais registrando decréscimos. Portanto, ainda que a economia brasileira não esteja brilhante, o mundo também está apresentando problemas.
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27 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: observações da imprensa inglesa sobre o Brasil, participantes acadêmicos de origens diferentes, tempo extremamente curto para discussões profundas, um debate no Painel da Globo News | 2 Comentários »
No programa Painel da TV Globo News, dirigido pelo jornalista William Waack, deste último domingo participaram como convidados os professores Luiz Gonzaga Belluzzo, da Fecamp – Faculdade de Economia de Campinas, Eduardo Gianetti, da Fonseca da Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa, e o economista Samuel Pessoa, pesquisador da FGV – Fundação Getúlio Vargas, todos conhecidos economistas. Discutiram a colocação efetuada pelo jornal Financial Times sobre os problemas da economia brasileira e sua incapacidade de crescimento. Todos observaram que o Brasil era há algum tempo o “queridinho” da imprensa internacional e agora, com o baixo crescimento registrado no ano passado e neste começo de 2013, passou a ser considerado um país problemático. Eles admitiram ser difícil para os jornalistas estrangeiros entenderem as dificuldades existentes no país, sobre as quais não existe nem um razoável consenso interno.
Belluzzo apresentou um sucinto quadro histórico geral informando que as dificuldades vêm do passado mais longo, com baixo investimento na economia brasileira ao mesmo tempo em que a prioridade para a expansão das exportações ficou abandonada, inclusive com uma valorização cambial. Pessoa apontou que o crescimento não é o principal objetivo do atual governo que vem procurando melhorar a distribuição de renda e a ampliação da sua classe média. Gianetti apontou o exagero dos gastos públicos mesmo com uma elevada carga tributária, afirmando não saber se o câmbio estaria valorizado, apontando a deficiência dos recursos humanos brasileiros.
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26 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as necessidades de ativação destas economias, discussões sobre as políticas monetárias dos países desenvolvidos, o difícil ajustamento à realidade, os questionamentos frequentes
Os Estados Unidos, depois de provocarem uma recessão mundial com seus bancos, iniciaram a chamada easing monetary policy, ou seja, uma sensível flexibilização monetária, sabendo que isto provocaria uma desvalorização do dólar perante as outras moedas, ajudando a tornar novamente a sua economia competitiva no mundo. O fato concreto que estava ocorrendo é que muitos países emergentes ingressaram com suas grandes massas de recursos humanos nos mercados globalizados, inundando o mundo com produtos baratos, provocando o desenvolvimento de suas economias, tornando-se estratégicos para o que acontecia no mercado internacional. Outros países, mais recentemente, como o Japão que passava por décadas de baixo crescimento, também adotaram o mesmo tipo da política norte-americana dentro do que está se tornando conhecido como Abeconomics, contando com o apoio dos demais desenvolvidos que reconheciam que sua recuperação ajudaria o resto do mundo.
Mas parece evidente que tudo isto estava deslocando os outros países que não adotavam a mesma política. Alguns estavam vivendo acima de suas possibilidades, como a Europa, onde as insatisfações com a austeridade aumentam. Os coreanos se sentem prejudicados, e a China é obrigada a provocar uma grande mudança, para depender menos do mercado para suas exportações, provocando a expansão do seu mercado interno. Mas, mesmo nos países desenvolvidos, as políticas não beneficiam a todos de forma uniforme, gerando focos de contrariados. Os que viviam de juros, por exemplo, passam a contar com menores rendimentos, ao lado de instabilidades que aumentam a sua segurança. Os setores que contavam com a proteção para as produções locais, como os ligados às atividades rurais, sofrem com as importações adicionais. A grande massa de aposentados e idosos conta com menores proteções sociais. Os desempregados manifestam publicamente suas contrariedades.
Manifestações na Europa contra política econômica adota pelas autoridades
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26 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a Aliança do Pacífico formado pelo Chile, Colômbia, contraponto ao Mercosul, México e Peru, posição além do comércio internacional
A importante revista The Economist reporta que houve uma reunião em Cali, na Colômbia, na qual estiveram presentes também os presidentes do Chile, do México e Peru, como membros fundadores da Aliança do Pacífico, suprimindo as tarifas de 90% do comércio entre eles de suas mercadorias. Também estabeleceram um prazo de sete anos para a eliminação das tarifas dos 10% restantes. Retirou a necessidade de visto para seus cidadãos, visando criar rapidamente um mercado comum. Segundo a revista, outros países como o Panamá e Costa Rica já revelaram o interesse de participar deste bloco, e o Canadá e a Espanha vão participar da reunião como observadores. Isto contrasta com o Mercosul, formado inicialmente pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, que já inclui a Venezuela, que segundo a revista contam com governos de tendências esquerdistas, e que se encontra sem um ritmo de desenvolvimento desejável.
Os participantes da Aliança do Pacífico procuram adotar uma atitude que saia somente da retórica, fazendo com que o comércio entre os participantes tenha mais expressão, como o que acontece na União Europeia e na Ásia. O setor privado teria importância no bloco e criaram uma bolsa de valores em comum. Procuram regras de uniformização como as rotulagens bem como de origens dos seus produtos. Assim, se contraporiam à orientação brasileira que procura destravar a OMC – Organização Mundial do Comércio, dos impasses como o da rodada Doha. A revista entende que este esforço está se esvaziando, mesmo com a eleição do brasileiro Roberto Azevêdo para o seu comando.
Mapa da América Central e do Sul publicado no The Economist
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25 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: 27 e 28 de junho, anúncio no jornal econômico japonês Nikkei, desenvolvimento das pesquisas em águas profundas, primeira visita oficial desde janeiro de 2011, sistema de trem rápido
De forma surpreendente, o jornal econômico Nikkei na sua edição matinal deste sábado, 25 de maio, anunciou a provável visita oficial da presidente Dilma Rousseff ao Japão. Ela deverá manter conversações com o primeiro-ministro Shinzo Abe nos dias 27 de 28 de junho próximo. Seria a primeira visita ao Japão depois que assumiu a Presidência da República em janeiro de 2011.
Os dois líderes deverão discutir sobre o desenvolvimento das áreas de petróleo no mar profundo, segundo a notícia, bem como o primeiro sistema brasileiro de trem rápido. Do ponto de vista diplomático, é uma visita inusitada, pois antecede a do chefe do governo japonês ao Brasil.
Presidente Dilma Rousseff. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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25 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: colocação internacional, elevada capacidade para reproduzir a via Láctea, planetário da Ohira Tecnologia
O jornal econômico Nikkei noticia que Takayuki Ohira, um ex-funcionário da Sony, de apenas 43 anos, diretor geral da Ohira Tecnologia, apresentou na Sociedade Internacional Planetarium – IPS, em Baton Rouge, Lousiana, nos Estados Unidos, o seu produto que encantou os funcionários desta indústria. Já conseguiu entregar seus produtos para oito clientes em países como a Polônia e a Índia. Entregará em junho outra para a Universidade de Kazan, no sudeste da Rússia. Ele trabalha com base em Yokohama, no Japão, e vem atuando a 10 anos nestas atividades.
Segundo Takayuki Ohira, sua tecnologia combina imagens digitais em 3-D com um projetor óptico extremamente preciso. O sistema consegue realisticamente retratar as estrelas como se elas desaparecessem por trás das nuvens na cintilante atmosfera, aumentando a ilusão de um céu estrelado. O seu sistema de fusão foi desenvolvido no Space Ball, um grande teatro que ele montou com a TV Tokyo. O teatro montou um pôr-do-sol visto da órbita da Terra. A cena do pôr-do-sol era como uma gradação constante, com mudança do sinal vermelho ou azul, quando vista do espaço.
Takayuki Ohira junto ao seu projetor e ao lado de uma cena do universo
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25 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: financiamentos da infraestrutura, o atual influxo de capitais nos países emergentes, problema do prazo
Numa reunião realizada em Tóquio, na 19º Conferência para o Futuro da Ásia, a primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, afirmou, segundo artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei, que as políticas de flexibilização monetária dos países desenvolvidos estão provocando um forte influxo de recursos nos países emergentes. Ela propõe que os mesmos sejam utilizados para melhorar as redes de transportes por terra ou por mar destes países, criando algo como uma nova Rota da Seda, conectando o Sudeste Asiático com o Oriente Médio, com o norte da Ásia e com a Ásia Central.
Ela informa que as políticas adotadas pelo Japão, pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela União Europeia provocam estes influxos, e ela propõe que os países da região atuem em conjunto para garantir a estabilidade local, de forma produtiva. Atuando em conjunto, haveria a possibilidade de potencializar os benefícios, e somente a Tailândia está investindo US$ 66 bilhões na melhoria da sua infraestrutura.
Yingluck Shinawatra
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24 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alguns dos seus problemas, eficiências discutíveis, multiplicação de agências reguladoras
Tudo indica que a comprovada ineficiência da administração pública, principalmente com a sua falta de flexibilidade e excesso de burocracia nos seus três níveis, federal, estadual e municipal, levou à criação de inúmeras agências governamentais para regularem serviços públicos que seriam executados pela iniciativa privada. Alem de estabelecer regras para o setor, deveriam controlar a qualidade na prestação dos serviços para a população. Apesar do empenho dos governos na procura do aumento de sua eficácia, constatam-se dificuldades que persistem que em parte podem ser atribuídas à falta de experiência. Mas há indicações que muitas delas acabam sendo influenciadas fortemente pelas poderosas empresas que deveriam ser fiscalizadas, defendendo mais os seus interesses que são concentrados, do que os da população que são disseminados.
Entre as agências reguladoras nacionais, destacam-se as que foram criadas desde 1996, como a ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações, a ANP – Agência Nacional de Petróleo, a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANS – Agência Nacional de Saúde Complementar, a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANA – Agência Nacional de Águas, a ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, a ANTT – Agência Nacional dos Transportes Terrestres, a ANAC – Agência Nacional de Aviação, entre as mais destacadas.
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