Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Project Syndicate Pergunta se os BRICS Estão em Queda

5 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: muitos artigos sobre o assunto, o influente site Project Syndicate pergunta se os BRICS estão em queda, problemas também no resto do mundo

PSLogo002Como a economia mundial passou por anos de expansão até 2008, como costuma acontecer nos ciclos econômicos que não se consegue evitar até hoje, observam-se problemas que parecem não somente dos países emergentes incluídos como BRICS. O site do prestigioso Project Syndicate, que publica regularmente os mais variados autores consagrados em todo o mundo, abrangendo análises sempre interessantes, pergunta se que os BRICS estão em queda. Mas pode-se arguir se isto não estaria acontecendo em todo o mundo, salvo honrosas exceções, mostrando que o passa-se pelo ramo descendente de um forte ciclo. As exceções parecem concentrar-se entre os países de baixíssima renda per capita, que começam a sair da chamada miséria absoluta, dentro deste mundo globalizado.

Project Syndicate menciona com destaque artigos como de Joseph S. Nye que se refere à visita de Xi Jinping à Rússia para visitar Vladimir Putin, tentando renovar uma aliança importante que se manteve com a China no pós-Segunda Guerra Mundial para fazer face aos aliados. Noruriel Roubini, sempre considerado entre os mais pessimistas, que viajou por diversos países recentemente, menciona que a economia mundial não decola. Sanjaya Baru, que sempre escreve sobre a Índia, refere-se aos constantes atritos com a China, estes dois gigantes asiáticos.

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Dilemas dos Hospitais de Alto Padrão com os Planos de Saúde

3 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: artigo de Beth Koike no Valor Econômico, aumento de produtividade pela resolutividade, experiências nos Planos de Saúde, Heráclito Brito, mudanças no comando da Rede D’Or

Quem imaginar que existe uma solução fácil no natural confronto da eficiência dos serviços médicos e hospitalares com os planos de saúde que viram a melhor rentabilidade para os seus controladores, pode estar enganado. Uns procuram prestar os melhores serviços cujos custos vão se elevando com os avanços tecnológicos, quando em outros setores da economia estes avanços costumam proporcionar reduções de custos. Os planos de saúde procuram naturalmente uma rentabilidade mais elevada para os seus controladores, procurando reduzir os seus pagamentos para os prestadores de serviços. E muitos deles passaram a ser controlados pelos fundos de investimentos que procuram evidentemente as melhores rentabilidades para os seus participantes.

Na notícia publicada por Beth Koike no seu artigo sobre a mudança de comando da Rede D’Or, que veio ampliando suas atividades com as aquisições de muitos hospitais, inclusive o São Luiz de São Paulo, informa-se que os novos dirigentes, como Heráclito Brito, com longa experiência do outro lado do balcão, ou seja, dos planos de saúde, procuram investir na ampliação da capacidade dos hospitais já existentes na rede, mudando a orientação anterior. Estaria tentando ampliar suas receitas com a manutenção dos seus custos, para não prejudicar a qualidade dos serviços prestados. Estaria procurando elevar a resolutividade dos serviços dos hospitais para conseguir manter bons relacionamentos com os seus clientes que são basicamente os planos de saúde.

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Bancos Internacionais Superam Restrições Brasileiras

2 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artifício com a ajuda dos estados, notícia no site da Bloomberg, superam as restrições de empréstimos externos para os municípios

Segundo uma notícia publicada no site da Bloomberg, alguns bancos internacionais como o JPMorgan e o Credit Suisse encontraram um mecanismo com alguns estados brasileiros para superar as restrições existentes de empréstimos externos aos municípios. Ainda que as taxas de juros tenham baixado na última operação para 4,216 por cento ao ano em dólares norte-americanos, quando a anterior teria sido feita com 5,33 por cento, estes empréstimos teriam como base os bônus de 15 anos emitidos por municípios, utilizando uma empresa de propósitos especiais do Estado, como o de Minas Gerais. O montante teria sido de US$ 1,27 bilhão e este mercado já contaria com operações idênticas feitas com o México, que somariam US$ 4,85 bilhões. Evidentemente, as taxas de juros são superiores aos empréstimos feitos para o Estado ou a União, atraindo os bancos internacionais, que contariam com garantias federais idênticas.

O artigo informa que em agosto do ano passado o governo brasileiro autorizou 21 Estados brasileiros a tomarem empréstimos até o montante de R$ 60 bilhões, ou seja, cerca de US$ 30 bilhões. Outros estados, como o Paraná e o Mato Grosso, também estariam cogitando destas operações, mas nem todos os estados são avaliados como seguros para estas operações pelos bancos.

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Cultura de Negócios do Japão

2 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Andrew Miller, as diferenças culturais, comparações com o Ocidente, Japan Today, observações sempre interessantes

Muitos analistas afirmam que a cultura de negócios do Japão é das mais diferenciadas no mundo, como está no interessante artigo de Andrew Miller, publicado no Japan Today. O autor destaca cinco tópicos, mas a nossa longa experiência no assunto nos autoriza a fazer algumas considerações sobre eles. Ele escreve que estes itens decorreram dos contatos que teve com variados empresários estrangeiros que se encontravam no Japão, dois franceses, um inglês e um norte-americano, que normalmente passam uma temporada no país, sendo deslocados posteriormente para outros. Na realidade, parece que entender a cultura empresarial japonesa exige um estudo mais demorado, passando por diversas experiências concretas, pois também existem diferenças entre empresas e organizações, como é natural.

Ele listou cinco itens que achou mais interessante, começando por observar que quando um japonês afirma que é capaz de concluir uma tarefa deve-se levar isto a sério, o que parece natural, mas em muitos países seria usual os interlocutores afirmarem o que estaria acima de sua capacidade. Um empresário inglês afirmou que os japoneses costumam ter o claro conhecimento da sua escala de produção e o tempo necessário para tanto, estando capacitado a cumprir o prometido, como a entrega de uma encomenda num prazo certo. Em muitos países, quando não é possível cumprir o prometido, coloca-se a responsabilidade nos outros, mas no Japão o problema passa a ser também uma questão de honra pessoal.

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The Wall Street Journal Comenta Eike Batista

2 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alguns problemas apontados pelo jornal, capacidade de convencimento de importantes grupos internacionais, movimentos gigantescos no campo virtual, reestruturações em andamento

Ainda que muitos acontecimentos tenham cercado recentemente o grupo comandado por Eike Batista, é sempre desconfortável comentar o que acontece com grupos privados brasileiros. Mas, como o assunto mereceu um amplo artigo publicado num jornal de prestígio internacional como o The Wall Street Journal, escrito por Luciana Magalhães, Paulo Winterstein e Matthew Cowley, ele não pode ser mais ignorado. Envolve suportes do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, além de volumosos recursos levantados junto a importantes grupos internacionais, que devem contar com competentes analistas.

Todos mencionam a elevada capacidade de Eike Batista, que tem na sua retaguarda seu pai, Eliezer Batista, que foi fundamental no desenvolvimento da Vale, que deslanchou com a construção do porto de Tubarão, e outros projetos brasileiros importantes como a de Carajás, que escoa a sua produção pelo porto de Itaqui. Ele se movimenta com desenvoltura, possuindo relacionamentos internacionais, ainda que seus projetos efetivos sejam limitados diante da magnitude dos seus ousados planos.

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                                           Eike Batista

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O Nebuloso Comportamento da Coreia do Norte

1 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: ameaças militares, artigo no The Washington Post, dificuldades econômicas, dificuldades gerais de compreensão do que acontece, repercussões no Extremo Oriente

Todos sabem que a Coreia do Norte passa por um período de grandes dificuldades econômicas e fica difícil de compreender-se as descabidas ameaças militares feitas pelo jovem líder Kim Jong Um. Elas se dirigem à Coreia do Sul e aos Estados Unidos, e envolvem diretamente o Japão pela proximidade, desobedecendo às orientações emanadas das Nações Unidas, que recomendam a cessação de lançamentos de foguetes e testes nucleares.

A guerra entre a Coreia do Norte e Sul, que os nortistas consideram não terminada, acabou dividindo a pequena península em duas partes, pela zona desmilitarizada junto ao paralelo 38. Ainda que a parte mais rica em minérios e recursos naturais tenha ficado ao norte, a Coreia do Sul, com a ajuda dos aliados, principalmente dos Estados Unidos, acabou se desenvolvendo aceleradamente como um dos “tigres asiáticos” conquistando com seus produtos importantes mercados externos, desenvolvendo tecnologias que são intensamente utilizadas tanto pelas gigantescas chaebol como as pequenas e médias empresas.

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Queda do Custo do Crédito no Brasil

1 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, atuação dos bancos oficiais, quedas expressivas dos juros e spread, resistências do sistema bancário privado

O jornal Valor Econômico publica uma extensa matéria de Fernando Torres e Carolina Mandl mostrando que as pressões das autoridades provocaram expressivas quedas do custo do crédito no Brasil nestes últimos doze meses. As linhas para as pessoas físicas, segundo o levantamento do jornal, foram mais expressivas na Caixa Econômica, com mais de 30%, e até nos bancos privados a queda mais baixa foi de mais de 10%. Entre as pessoas jurídicas, a maior queda foi do Banco do Brasil, com 24,5%, e as menores quedas nos bancos privados chegaram a 12,7%, tudo considerado desde março do ano passado, quando começou a campanha do governo. No geral, os cortes foram superiores aos observados na taxa Selic, provocada pelo Banco Central.

As quedas foram mais expressivas nos primeiros meses, como em abril do ano passado, sendo menores ao longo do tempo, mas elas continuaram se prolongando principalmente com relação aos empréstimos para as pessoas jurídicas. No crédito imobiliário, chegou-se ao novo normal, com uma taxa média em torno de 9% ao ano. Os executivos dos bancos afirmam que somente em linhas específicas ainda existem alguns espaços para quedas, como no crédito consignado.

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Interessantes Estudos Comparativos do IEDI

31 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dados relevantes mesmo considerando os interesses do Iedi, extenso trabalho comparativo do Brasil com três países do Seanics, Indonésia, Malásia e Tailândia considerados os novos tigres asiáticos

O IEDI – Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial é custeado pelas suas empresas membros, que não rasgam dinheiro, pois não são beneficiadas pelos tributos para fiscais que sustentam as entidades de classe, chamadas contribuições sindicais, tendo a independência para suas opiniões preocupadas com o atual desestímulo para as atividades industriais no Brasil, que caminham a passos demasiadamente lentos. Segundo dados da WDI – World Development Indicator, o Brasil ocupa atualmente a posição de 30º exportador de produtos industriais, atrás da Malásia (19º), da Tailândia (20º) e da Indonésia que vem acelerando o ganho de suas posições recentemente (31º), que fazem parte do SEANICS – SouthEast Asian Newly Industrialized Countries, que hoje são nossos concorrentes diretos.

O resumo do relatório, que envolve a divulgação de amplos dados comparativos e sua íntegra pode se obtida na Carta IEDE nº 565 de 25 de março de 2013, informa um crescimento espetacular do PIB e da renda per capital nestes países no período 1980 a 2010, o que vem sendo conseguido por uma expressiva participação do seu setor industrial, como exemplos da história econômica recente mundial, segundo o relatório, pois elas cresceram uma média de 8% ao ano.

A Indonésia possui uma forte indústria de alimentos e bebidas, mas também de petróleo refinado, energia nuclear, de metais e veículos automotores. Na Malásia, além da tradicional borracha (o Brasil importa este produto tradicionalmente daquele país, operação em que estive envolvido pessoalmente), plásticos e produtos químicos. Na Tailândia são equipamentos de escritório, mensuração, contabilidade incluindo computadores, vestuários e automóveis. Eles recebem muitos investimentos estrangeiros como do Japão e estão integrados com suas empresas nas atividades internacionais, tirando partido das condições locais.

O Brasil tinha uma estrutura industrial mais diversificada e estava integrada com empresas estrangeiras, mas perdeu um precioso tempo num período crucial que concentrou seus interesses nas atividades de exportação de produtos primários, sem contar com o parque industrial de que dispunha.

Os demais de quatro países comparados continuaram com suas atividades primárias, mas trataram de adicionar valor para as suas exportações com o estímulo às atividades industriais locais, e que cresceram na Indonésia 55%, na Malásia em 44,5% e na Tailândia em 87,5%, inclusive com uma pequena participação de empresas brasileiras que consideravam suas condições melhores que as encontradas no Brasil para atender seus clientes no exterior.

Os custos da mão de obra nos países do SEANICS não são ainda os diferenciais importantes, mas também lá eles vêm subindo, refletindo o desenvolvimento por que passam. Os juros são mais competitivos, aspecto que o Brasil está corrigindo. Seus investimentos estrangeiros diretos são ainda mais baixos dos que os brasileiros.

O que ficou claro no estudo comparativo é que a indústria de transformação continua sendo o principal motor daquelas economias, como já foi no Brasil, ainda que suas atividades primárias continuem em crescimento. Observa-se uma diversificação nas suas economias e o ambiente macroeconômico também se mantêm controlados. Eles aproveitam melhor as condições dos recursos locais que dispõem, ainda que tenham ainda problemas na melhoria da distribuição de renda e avanços nos seus sistemas democráticos.

Os desafios que precisam enfrentar são grandes, mas o IEDI insiste no aspecto cambial, que parece relevante. No entanto, o que parece é a necessidade de uma estratégia de desenvolvimento industrial que abrange uma ampla gama concatenada de providências, que poderia ser entendida como política industrial, incluindo pesquisas, preparo de recursos humanos, eliminação dos gargalos de infraestrutura, custos energéticos, reduções racionais das tributações, encargos previdenciários e inclusive contribuições para fiscais que parecem mais voltadas ao atendimento das aspirações políticas do que interesses da economia brasileira, entre os múltiplos aspectos que necessitam ser tratados numa colocação mais sistêmica e de estratégia de curto, médio e longo prazo, com a ativa colaboração do setor privado, que se sente divorciado das decisões governamentais, sendo que alguns destes aspectos estão sendo providenciados, ainda sem a comunicação social devida, concentrada demasiadamente nos objetivos eleitorais.


Terríveis Custos das Guerras do Iraque e do Afeganistão

31 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo originário do The Washington Post reproduzido no The Japan Times, as guerras do Iraque e do Afeganistão custam aos contribuintes norte-americanos entre US$ 4 a 6 trilhões, envolvem as contas com os feridos, estudo de um pesquisador da Universidade de Harvard

Além dos custos diretos das intervenções militares norte-americanas nas guerras fracassadas do Iraque e do Afeganistão, somam-se as pensões e os cuidados médicos aos veteranos feridos que terão que ser reparados numa guerra de mais de uma década, segundo estudos realizados por uma pesquisadora da Universidade de Harvard, Linda Bilmes, professora de políticas públicas. Estes custos limitarão as atividades diplomáticas externas dos Estados Unidos, bem como novas iniciativas militares, que terão que ser custeadas pelos seus aliados, como na Ásia, onde os confrontos com os chineses parecem inevitáveis.

Os Estados Unidos aumentaram os benefícios aos militares em 2001 procurando reforçar os talentos e ampliar as suas fileiras envolvidas no Iraque e em outras localidades no exterior, onde sofriam as pressões de guerrilhas, como os dos radicais mulçumanos reais ou imaginários, alguns que nunca foram claramente identificados. Muitos estoques de armamentos de elevado potencial que eram considerados nunca foram localizados, servindo para tentar assegurar as fontes de suprimento energético do Oriente Médio para os norte-americanos. Muitas vidas foram sacrificadas, tanto dos seus militares como até de civis estrangeiros, e os esforços de reconstrução procuram beneficiar a indústria de construção pesada dos Estados Unidos.

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Desembarque de militares falecidos na Guerra do Iraque nos Estados Unidos

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Acirramento da Bipolarização no Brasil

29 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: acirramento com a antecipação da campanha eleitoral, dificuldades nas análises que pretendem ser isentas, exagero na biopolarização, informações superficiais, o Brasil real e o que está na imprensa

340x650_1314321Parece evidente que a campanha eleitoral foi antecipada no Brasil, fazendo com que, antes de 18 meses da eleição, haja uma tendência forte no sentido da bipolarização: dos que são contra o atual governo e os esforços de marketing que ressaltam os aspectos positivos da atual administração, mas eles todos ainda são voltados a um pequeno segmento da população. As pesquisas de opinião pública mostram, até agora, que isto não vem afetando a posição da população mais interessada nas medidas que os afetam diretamente no seu cotidiano, proporcionado índices recordes de prestígio para a Dilma Rousseff. Os meios de comunicação ainda são limitados no Brasil, e os principais jornais possuem baixas tiragens, sendo lido somente por uma elite limitada, enquanto as rádios e televisões são mais efetivas nos assuntos que afetam as tendências políticas e econômicas do país.

Comparativamente ao que acontece em outros países, os jornais brasileiros destacam os noticiários internacionais, com menores espaços dedicados aos assuntos que interessam diretamente a população, que são diferenciados por regiões, segmentos, nível de renda, locais onde habitam e uma série de fatores que os distinguem. Um artigo constante do suplemento Eu & Fim de Semana do jornal Valor Econômico chega ter o título “O rural verdadeiro”, procurando informar sobre uma nova metodologia para desvendar a realidade do Brasil rural, de forma a permitir uma política pública mais eficiente para alcançar este importante segmento da população brasileira. Mas, o mesmo pode ser dito com relação à população da periferia das grandes cidades, ou os diversos bairros que os constituem, com evidente diversidade difícil de ser classificada em grupos. As amostras destas pesquisas, mesmo limitadas, acabam surpreendendo os analistas que são mais influenciados pelos grandes órgãos de comunicação social.

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