Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Efeitos Colaterais da Abeconomics no Japão

17 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: Abeconomics no Japão, os problemas de qualquer política econômica, problemas colaterais

Qualquer política econômica nos mais variados países provocam benefícios para alguns, mas também dificuldades para outros. No Japão atual, está se procurando adotar uma política visando à recuperação de sua economia, com uma política monetária mais flexível, que acaba desvalorizando o câmbio, perseguindo-se uma inflação de cerca de 2% ao ano, havendo possibilidade dos juros das poupanças populares contarem com juros negativos. Como as poupanças populares sempre foram altas no Japão, permitindo que seus recursos financiassem muitos programas, inclusive a pesada dívida pública do país, vai se mexer em algo importante, quando comparado com outras economias.

Um artigo no Japan Today, escrita pelos jornalistas Stanley White e Lisa Twronite, chama a atenção que os idosos japoneses chamados Silver Savers acabarão arcando com os custos da atual política que chamam na imprensa como Abeconomics. Cita o caso concreto de um casal, ela Kiyoko Kunigasa, de 74 anos, e o seu marido, de 76 anos, que continuam trabalhando produzindo um doce denominado doriyaki, que tem um recheio de feijão azuki doce. Eles se sustentaram nos últimos 49 anos com este pequeno negócio, poupando para quando não pudessem mais trabalhar, como um grande número de japoneses. Como as aposentadorias no Japão são de valores baixos, os japoneses poupam para poderem sobreviver na velhice condignamente, com os juros e recursos que acumularam que agora acabam reduzidas pela inflação.

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Abeconomics põe em xeque os idosos japoneses

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O Japão no TPP – Trans-Pacific Partnership

16 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: decisão de participação nos estudos, negociações difíceis, vantagens e desvantagens

Até recentemente, eram membros que estavam estudando a organização da TPP – Trans-Pacific Partnership onze países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã. Agora, o Japão, por intermédio do seu primeiro-ministro Shinzo Abe, expressou oficialmente a solicitação de sua adesão, como noticiado nos principais jornais do mundo, o que se espera seja aceito até meados do ano. Até o momento, todas as conversas são preliminares, pois existem grandes obstáculos a serem superados. Segundo o jornal japonês Nikkei, os Estados Unidos teriam dificuldades na área automobilística, enquanto o Japão continua sendo pressionado para eliminar as tarifas sobre produtos agrícolas.

Ainda que a produção agrícola japonesa seja de pouca importância, o seu poder político ainda é grande, pois o sistema de eleição distrital faz com que nos distritos que contam com áreas rurais necessitem de menos eleitores para elegerem os seus parlamentares, do que os grandes centros urbanos, onde os votos necessários chegam a ser 100 vezes maior. Procura-se balancear as diferenças de importâncias econômicas com equilíbrios no poder político, como em muitos países. O ministro da Agricultura do Japão, Yoshimasa Hayashi, prometeu fazer os esforços possíveis para evitar a redução das tarifas sobre o arroz, o açúcar (que é de beterraba na maioria, mas de cana no sul do país), trigo, produtos lácteos, carnes bovinas e suínas.

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O Japão solicitou adesão ao TransPacific Partnership, formado atualmente por onze países

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Preocupações com os Investimentos Brasileiros

15 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: BNDES, coordenação, efetiva participação do setor privado, estímulos aos investimentos no Brasil, Fundos de Pensões, riscos dos monopólios

Todos concordam que o Brasil precisa elevar o percentual dos seus investimentos com relação ao PIB para conseguir a aceleração do seu desenvolvimento. Mas, diante da falta de confiança do setor privado, o que não é privilégio brasileiro, pois está acontecendo em muitos países, o governo procura estimulá-lo utilizando os instrumentos disponíveis. Lendo as manchetes do jornal Valor Econômico, fica-se induzido a fazer algumas reflexões sobre monopólios que parecem exigir uma adequada coordenação do governo e se possível estimular mais algumas descentralizações.

Um dos artigos elaborados por jornalistas como Fernando Torres, Catherine Vieira, Flávia Lima e Francisco Góes fala das concentrações dos investimentos da BNDESPar em algumas grandes empresas, sendo que o BNDES já conta com o monopólio dos financiamentos de longo prazo. Num outro artigo de André Borges e Daniel Rittner, o assunto é que a União vai bancar 80% do trem-bala estatizando o empreendimento, utilizando os fundos de pensões de empresas públicas, Previ, Petros e Funcet, além da Empresa de Planejamento e Logística – EPL, que amplia a sua participação para 45%, somando ainda a cogitação da Empresa Correio e Telégrafos participar com 5%, para completar a soma, evitando novo fracasso no leilão. Ao mesmo tempo, Claudia Safatle informa que a presidente Dilma Rousseff autoriza o ministro da Fazenda a repassar os recursos do Tesouro Nacional para o sistema bancário público e privado, medida que está sendo criticada por alguns. Será que este conjunto de medidas está devidamente coordenado pelo governo?

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Xi Jinping e o Poder Militar Chinês

14 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo no Wall Street Journal, China Dream do Poder Militar, posicionamento de Xi Jinping, riscos | 4 Comentários »

Jeremy Page é um jornalista do Wall Street Journal especializado em China, e no seu artigo mais recente aborda o papel que o Xi Jiping já desempenha no comando efetivo da área militar chinesa. Com os seus pronunciamentos relacionados com o seu China Dream, já vem exercendo o papel de supremo comandante militar, como nunca se viu antes naquele país. Ele afirma que seus antecessores não tiveram uma posição tão determinada, como revelado na visita ao destróier Haikou de mísseis guiados que patrulham as águas disputadas no Mar da China Meridional. Tudo indica que quer comunicar ao mundo que aquele país vai desempenhar um papel fundamental na área, mesmo sem querer um confronto com os Estados Unidos e seus aliados. Os países envolvidos em disputas como o Japão sentirão o peso militar que a China está dando para esta área, que corresponde ao econômico.

Este China Dream significa uma nação forte, e para os militares um poder militar poderoso. Ele também fez uma visita ao programa espacial da força aérea com seus mísseis, o que é uma novidade entre os líderes chineses no exercício do seu poder nos primeiros 100 dias. Eles esperam igualar o poder militar dos Estados Unidos até meados do século. E os militares voltam a recuperar o seu poder na elite política chinesa. Existem alguns que interpretam que ele está tentando consolidar o apoio dos militares para as reformas que a China necessita para continuar com o seu desenvolvimento, e até reduzir o impacto das notícias de corrupção.

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Xi Jinping a bordo do destróier Haikou e primeiro porta-aviões chinês Lioning

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Extração Pioneira de Gás Natural Offshore no Japão

13 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cerca de 1 quilômetro de lâmina de água, cerca de 100 quilômetros da Província de Aichi, gás natural de hidrato de metano, informação distribuída pela Jogmec/Kyodo, notícia amplamente divulgado no Japão, reserva estimada para consumo de 100 anos de gás no Japão

A notícia da descoberta e início da extração experimental de gás natural offshore de gás natural de hidrato de metano está sendo publicada praticamente por todos os jornais japoneses, com base na nota distribuída pela agência oficial de pesquisas minerais do Japão, a Jogmec, em conjunto com a agência de notícias Kyodo. É motivo de inusitado entusiasmo naquele país, pois ela é considerada uma descoberta pioneira no mundo e o Japão é um dos países mais carentes de fontes de energia de todo o globo, tendo que importar quase a sua totalidade. Com a queima do gás extraído em torno das 9h30 numa pequeno navio de perfuração de nome Chikyu (parece mundo em japonês, dependendo do ideograma) na última terça feira do Japão, dia 12 de março, todos os detalhes estão sendo divulgados para não deixar qualquer dúvida. O gás começou a ser separado antes das 6h locais por uma escavadeira do hidrato de metano solidificado que seria uma espécie de gelo, localizado a cerca de 1.000 metros de profundidade, a cerca de 100 quilômetros do litoral da Província de Aichi, no centro do Japão.

A ocorrência de hidrato de metano, que é um composto de moléculas de metano cristalizado de gás presas em água, nos mares em torno do Japão, está estimada como suficiente para o consumo japonês de gás por 100 anos, ao nível da demanda atual. O MITI – Ministério da Indústria e Comércio do Japão objetiva comercializar em 2018 esta preciosa descoberta. Informa-se que este gás é menos poluente que os demais convencionais. Parece que este tipo de gás foi descoberto no Canadá em torno de 2007 e 2008, mas lá a sua exploração foi considerada antieconômica quando comparada com a do petróleo/gás, inclusive do xisto, mas o Japão pretende desenvolver a tecnologia para baixar o seu custo no país, segundo o The Yomiuri Shimbun.

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Navio Chikyu (Foto: Yomiuri Shimbun) e queima de gás (Foto:The Japan Times)

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Política Monetária Japonesa Com Novo Governo

12 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: efeitos nas expectativas do mercado, fase final da confirmação como novo presidente do Bank of Japan, posição do Haruhiko Kuroda, suas posições passadas

Com a política que está sendo denominada “Abeconomics”, adotada pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, está sendo indicado para a presidência do Banco Central do Japão, o Bank of Japan, Haruhiko Kuroda, ex-vice ministro para assuntos internacionais do Ministério de Finanças do Japão, ex-presidente do Asian Development Bank, que era crítico a imobilidade da política econômica anterior do país. As expectativas com estas novas medidas são tão altas que o yen já desvalorizou cerca de 20% nos últimos meses, e a bolsa acusa elevações com a expectativa do mercado com a melhoria da competitividade japonesa.

Haruhiko Kuroda é a favor do “easing monetary policy” que deverá perseguir uma elevação da inflação para o objetivo de 2% ao ano, quando o Japão sofria uma deflação crônica. Todos estão constatando que seus efeitos virtuais, como no câmbio, são mais rápidos que as medidas monetárias efetivas, que demanda, no mínimo seis meses para provocarem efeitos. Mas, ainda que as expectativas não sejam tudo, elas ajudam a criar um cenário geral mais otimista.

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Shinzo Abe                                                      Haruhiko Kuroda

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Shinkansen entre Mumbai e Ahmedabad na Índia

11 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: antiga região de ocupação portuguesa, cerca de 500 quilômetros, região oeste da Índia, visita de Manmohan Singh para o Japão em maio próximo

O jornal japonês Yomiuri Shimbun informa que praticamente estão concluídos os entendimentos entre a Índia e o Japão para a construção de cerca de 500 quilômetros de um sistema de trem rápido entre o maior centro metropolitano da Índia, com mais de 20 milhões de habitantes, e o tradicional centro industrial Ahmedabad, com mais de 6,3 milhões de habitantes, passando por uma região intensamente habitada. Para concluir os entendimentos, está prevista a viagem do primeiro-ministro Manmohan Singh ao Japão em maio próximo, para encontrar o primeiro-ministro Shinzo Abe. O custo do projeto está estimado entre US$ 10 a 11,5 bilhões, abaixo do atualmente previsto para ligar Campinas-Guarulhos-Rio de Janeiro. O projeto decorre de entendimentos entre os dois governos e sua execução deve realizar-se pelo setor privado junto com uma estatal japonesa, evidentemente reduzindo o seu custo comparado com uma concorrência internacional, no chamado sistema de “turn key”.

Devem participar do projeto a East Japan Railway e a Kawasaki Heavy Industries. Mumbei, que no passado era conhecida como Bombay, é a principal cidade portuária da Índia, situada a oeste daquele país. Ahmedabad também fica próxima do litoral, ao norte de Mumbei, e pode-se chegar à capital New Delhi que fica a em direção norte-nordeste destas duas cidades. Os japoneses e indianos já vêm discutindo um amplo programa de um grande eixo de New Delhi a Mumbei, num entendimento bilateral que envolve o desenvolvimento de muitas facilidades utilizando todos os grandes grupos econômicos japoneses, do qual deve fazer parte este sistema de trem rápido, voltado ao transporte de passageiros, que reduzirá o trajeto a duas horas, quando hoje se necessita de dez horas.

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Mumbei                                                           Ahmedabad

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Brasileiros na Competição Por Investimentos no Mundo

10 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apresentações objetivas, condições oferecidas, crescimento é indispensável, melhorias na distribuição de renda, o mundo emergentes para os investidores, road show

Parece ser preciso que o Brasil tenha a humildade para reconhecer que deixou de ser o “queridinho do mundo”, quando os investidores estrangeiros identificavam a possibilidade de realizar bons lucros, período que não foi bem aproveitado. Uma equipe do governo efetuou, como no passado, um road show por diversos centros importantes de decisões empresariais apresentando os projetos cogitados, pois muitos outros países concorrentes apresentam também condições atrativas, que também precisam ser consideradas na balança das decisões. A China anuncia que deseja investidores estrangeiros nos projetos da sua gigantesca rede ferroviária por intermédio do seu ministério específico, como vem fazendo a Índia em diversos projetos de infraestrutura. O México, além da sua expansão no mercado interno, apresenta a possibilidade de exportação para os Estados Unidos dentro do acordo do Nafta, acordo de livre comércio que envolve também o Canadá. Os países emergentes do Sudeste Asiático se apresentam com crescimentos elevados que foram se ampliando com a expansão da China. A África está sendo redescoberta como mostrou a edição especial do The Economist. Alguns vizinhos da América do Sul mostram que estão crescendo mais que o Brasil.

Mesmo que o Brasil demonstre que vem melhorando a sua distribuição de renda, ampliando a sua nova classe média, os resultados econômicos recentes foram modestos, com atrasos sensíveis na execução dos seus grandes projetos de infraestrutura, além da exploração do pré-sal. Os aumentos da produção mundial de petróleo e gás do xisto, com baixos custos, alteram o quadro energético mundial de forma significativa. O mercado mundial de minérios está ficando cada vez mais competitivo, no cenário em que a economia mundial ainda não ganhou a vitalidade desejada. A produção agrícola ainda conta com condições melhores, mas até a China vem elevando a sua produção de forma significativa.

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Pioneiros Economistas Preocupados Com o Meio Ambiente

8 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: livro publicado em 1971 pela Cambridge University Press, Nicholas Georgescu-Roegen, professor visitante na FEA-USP, versão em português

Houve um período na história da FEA-USP – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo que o intercâmbio com o exterior e a vinda de importantes professores já consagrados mundialmente eram mais intensivos. O reconhecido professor Nicholas Georgescu-Roegen esteve por alguns anos como visitante dando suas lições e ajudou a ampliar as possibilidades de formados na Faculdade poderem obter mestrados e doutorados em consagradas universidades no exterior. No próximo dia 20 de março, haverá um lançamento do seu livro, em português, com a participação do professor Delfim Netto que foi diversas vezes ministro e conviveu com ele, e Ibrahim Eris, que foi presidente do Banco Central do Brasil, que foi orientado pelo professor na Universidade de Vanderbilt, conforme nota postada no site da Amália Safatle.

Além do seu profundo conhecimento de ciência econômica, raro no Brasil da época, Georgescu-Roegen publicou o seu livro “The Entropy Law and the Economic Process” pela prestigiosa Cambridge University Press, em 1971, possivelmente um dos primeiros dos economistas de primeira linha que se preocupavam com o meio ambiente, como destaca José Eli da Veiga, ex-professor na FEA-USP no prefácio do livro na versão brasileira. Ele cruzava o conhecimento econômico com o da Física e da Biologia, bem como História e outras ciências sociais, demonstrando uma formação universal, como era mais frequente na Europa daquele período, prejudicado pela excessiva departamentalização do conhecimento que ocorreu nos Estados Unidos.

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Diversificação do Uso do Etanol nos Veículos

8 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, caminhões e aviões, contribuição para a redução da poluição, dos automóveis para motos | 2 Comentários »

Um amplo artigo publicado por Fabiana Batista e Bettina Barros no Valor Econômico informa a diversificação que está ocorrendo no Brasil com o etanol que começou sendo utilizado nos automóveis populares e caminham para outros veículos poluentes. Os aviões agrícolas já utilizam o etanol há alguns anos, as motos e os caminhões passam agora por uma fase da expansão do seu uso. Na realidade, todos estes veículos são importantes poluidores do meio ambiente, tanto de monóxido de carbono e material particulado como dióxido de enxofre.

O Brasil foi pioneiro no uso intensivo de etanol, puro ou misturado à gasolina. A partir de 2003, com a contribuição da Bosch, desenvolveu-se a tecnologia flex que permite o uso alternativo da gasolina ou do etanol nos motores, dependendo dos preços dos combustíveis, considerando as diferenças de potência deles. O mundo passou a utilizar os chamados híbridos, principalmente de gasolina e energia elétrica. Mas também o diesel vem sendo substituído por combustíveis não poluentes.

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Frotas de caminhões e motos flex vêm aumentando

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