30 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo na coluna do Valor Econômico, dificuldades entre a presidente e o setor privado, forma de estruturação do governo
Com toda a sua competência, a jornalista Claudia Safatle, na sua tradicional coluna no jornal Valor Econômico, apresenta uma série de informações que mostram o abismo que ainda existe entre a presidente Dilma Rousseff e o setor privado brasileiro e estrangeiro, que não permite que os investimentos indispensáveis sejam efetuados com celeridade. O Palácio do Planalto vem promovendo algumas reuniões da presidente com pequenos grupos de empresários, que estão resultando em medidas que resolvem muitos problemas detectados, mas ainda não se estabeleceu uma confiança entre as duas partes, que permita efetivar os investimentos necessários, no prazo desejável.
Além do tempo indispensável entre uma decisão governamental, a sua absorção adequada pelos empresários, há que se entender que muitos projetos demandam um tempo razoável para a sua execução. Muitos analistas menos experientes esperam que os resultados das mudanças de política econômica, com as expectativas que são antecipadas pelos agentes econômicos, resultem em alterações do quadro com rapidez. No entanto, isto pode ocorrer no mercado virtual como de alguns segmentos financeiros, mas conta com defasagens apreciáveis nas atividades produtivas, tanto industriais, agropecuárias como as relacionadas com as implantações de infraestrutura.
Claudia Safatle
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30 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigos do The Economist sobre regiões brasileiras, desenvolvimento do Norte e Nordeste, o caso do Acre e a produção florestal sustentável
Muitos analistas consideram o The Economist a revista mais influente no mundo, e seus artigos sempre merecem a atenção de leitores de vários países. Como o site do Valor Econômico cita hoje um artigo de Francine De Lorenzo informando que “Economist” destaca agronegócio brasileiro e consumo do Norte-Nordeste, mencionando um trabalho de Robert Wood, pesquisador do grupo Economist, que teria sido realizado pela Unidade de Inteligência do mesmo (um grupo de pesquisas), fui procurá-lo no site da revista, mas não o encontrei senão um interessante artigo sobre o que está acontecendo no Acre.
Segundo o artigo do Valor Econômico, a pesquisa teria sido feita por encomenda do CLP – Centro de Liderança Pública, informando que as maiores oportunidades brasileiras estariam voltadas à agricultura, mencionando o recente aumento no mercado consumidor, principalmente no Norte e Nordeste do país. Haveria também uma expansão nos Estados do Centro-Oeste brasileiro, tanto no Mato Grosso como em Goiás e Distrito Federal, atraindo investimentos. Mas mencionam que Robert Wood chama atenção aos problemas dos regimes tributários, com muitas novas regulamentações fiscais em diversos Estados, que inibiriam investimentos.
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30 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a logística da Integração do Sul Brasileiro, CNI com as Federações das Indústrias do três Estados do Sul, subsídios importantes, trabalho contratado com Macrologística
A CNI – Confederação Nacional da Indústria, num trabalho conjunto com as Federações das Indústrias dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná contratou com a consultoria Macrologística um estudo que está publicado em português e inglês como Suplemento Especial do jornal Valor Econômico. Refere-se aos Caminhos do Sul, mostrando os investimentos considerados prioritários na Logística da Integração, envolvendo uma cifra de R$ 15 bilhões em 51 obras até 2020.
É um exemplo do que pode ser oferecido pelo setor privado para o governo, na parceria do setor público com o privado. Deve-se reconhecer que o governo brasileiro perdeu a sua capacidade de análise sistemática dos setores como o de transportes, que tinha quando existia o GEIPOT – Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes, criada em 1965 e que acabou sendo extinta pela miopia governamental. Agora, a Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes, organismo capaz de pensar de forma integrada as necessidades de cada região brasileira e no conjunto do Brasil, acaba de ser recriada pelo governo federal reconhecendo a sua carência.
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29 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: diverge de outros analistas estrangeiros, Stephen S. Roach e seu artigo no Project Syndicate, uma avaliação com boa expectativa
Stephen S.Roach que foi chairman da Morgan Stanley Asia e é atualmente o senior fellow da Yale University, considerado um moderado analista especialista em China, apresenta seu artigo no Project Syndicate com uma opinião que diverge de muitos outros estrangeiros, predominantemente contrários aos chineses, que se preocupam com os novos líderes que estão assumindo o poder naquele país neste momento crucial para o mundo. Ele expressa que a maioria deles apresenta uma percepção melancólica, no sentido que as decisões tomadas pelos componentes do Partido Comunista Chinês são conservadoras e os novos líderes não contam com condições para efetuar as reformas necessárias, como ampliar o seu mercado interno. Divergindo destas posições, o articulista pondera apresentando seus argumentos, que a dupla de líderes Xi Jinping e Li Keqiang, com a nova Comissão Permanente do Politburo reduzida a sete membros, conta com as melhores condições para efetuar as reformas que aquele país está necessitando.
Utilizando a ressalva que ainda é prematuro para avaliar a direção que será adotada pela chamada dupla da quinta geração de líderes, ele expressa a opinião que ela pode executar um trabalho do tipo que Deng Xiaping provocou na China na sua época, ampliando o uso dos mecanismos de mercado, apesar de sua primeira declaração ter sido de prosseguimento da linha maoísta. O articulista considera que Xi Jinping assume a Secretaria Geral do Partido junto com o pleno comando militar do país já em condições mais consolidadas que os seus antecessores, devendo ser confirmado presidente nos primeiros meses do próximo ano com a liderança total do país. Tanto ele como Li Keqiang que deve assumir o posto de primeiro-ministro possuem sólidas formações e carreiras brilhantes na China, conhecendo mais o exterior do que a maioria dos líderes chineses, o que considera uma primeira condição relevante.
Stephen S.Roach Xi Jinping Li Keqiang
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29 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: destaques das contribuições de nikkeis, empreendedorismo estimulado pelo Sebrae, franquias, suplemento Estadão sobre Pequenas e Médias Empresas
Pode ser mera coincidência, mas no suplemento de hoje que acompanha o jornal O Estado de S.Paulo relacionado com PME – Pequenas e Médias Empresas há um destaque para depoimentos de empresários nikkeis. Em um deles, Roberto Kazuyoshi Machida, informa que escolheu com seus parceiros Daniel Yamada e Jhonson Huang instalar um quiosque do modelo “street”, uma franquia para explorar a venda de bebidas, depois de sete meses de análises. O suplemento recomenda a cuidadosa escolha da rede, da localização do empreendimento, o suporte que recebe do franqueador, e o relacionamento com os administradores dos centros comerciais.
Num outro depoimento, Roberto Hideki, que abastece 25 lojas da rede Pão de Açúcar com frutas, legumes e verduras orgânicas, conta sobre o treinamento que recebeu nos Estados Unidos da rede, para optar pelos produtos orgânicos, que seu pai já tinha optado, diante dos problemas criados pelos agrotóxicos para si e seus empregados, e naturalmente para os seus consumidores. Há ainda um depoimento de Robinson Shiba, que é um franqueador do grupo Trend-Foods que opera atualmente com a rede China in Box e Gendai, entre outros.
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28 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo sobre sua economia, destaque do seu atual crescimento, participação no Nafta, relatório especial do The Economist sobre o México
Tudo indica que o México tornou-se uma das economias mais atrativas atualmente para os investimentos diretos estrangeiros. Depois de afetado com a crise financeira de 2007 e 2008, beneficiando-se da ligeira recuperação da economia dos Estados Unidos e tirando partido de sua participação no Nafta – Acordo de Livre Comércio da América do Norte, hoje sua produção industrial é até mais competitiva que a chinesa, cujos custos de mão de obra estão se elevando. Como os seus transportes para aquele mercado são curtos, ainda que seus salários médios continuem acima dos chineses, muitas empresas preferem fazer os investimentos no México, que conta novamente com um presidente eleito pelo PRI – Partido Revolucionário Institucional que ficou alguns anos fora do poder, Enrique Peña Nieto.
Tendo ganhado a concorrência para o fornecimento de automóveis para a cidade de Nova Iorque, a Nissan criou uma nova fábrica no México para produzir estes veículos. Muitos países procuram estabelecer sistemas de livre comércio com ele, o que deveria ser uma lição também para o Brasil. Muitos produtos de empresas internacionais procuram localizar-se em território mexicano, de forma que suas exportações chegam a nivelar-se ao do resto da América Latina, segundo o artigo do The Economist relativo à economia na edição especial sobre aquele país.
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28 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: derivados de arroz e beterraba, exemplo para os brasileiros, governo japonês estimulando o uso de biocombustível, notícia no Nikkei
Segundo um surpreendente artigo publicado pelo jornal econômico Nikkei, o governo do Japão planeja o uso do etanol como alternativa à gasolina para incentivar as pequenas e médias empresas a reduzirem suas emissões de gases que provocam o efeito estufa. A iniciativa será implantada sob o sistema de redução certificada de emissões do Japão que é supervisionada pelo Ministério de Meio ambiente, Ministério da Economia e Indústria e Ministério da Agricultura e Florestas. Ele será implantado no próximo mês depois da aprovação por um comitê de especialistas que não pertence ao governo.
Neste esquema, as empresas que conseguirem a redução das emissões de CO2 mudando para o uso de biocombustíveis serão contempladas com quotas que serão iguais à dimensão da redução. Estas certificações poderão ser vendidas para as grandes empresas que estabelecerem objetivos voluntários de redução. Os biocombustíveis que serão utilizados no Japão são principalmente produtos com palhas de arroz e beterraba, que também é utilizado naquele país para a produção de açúcar.
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28 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo na coluna de Delfim Netto no Valor Econômico, desconfianças recíprocas entre o governo e o setor privado, necessidade para aumentar os investimentos para elevar o crescimento, prestígio popular do governo
Dos muitos problemas complexos que estão ocorrendo no Brasil, alguns se tornam mais compreensíveis com a leitura atenta do artigo publicado pelo professor Antonio Delfim Netto na sua coluna semanal no jornal Valor Econômico. O governo continua contando com um elevado prestígio popular, pois a população sente um aumento do nível do seu bem estar, em parte decorrendo da melhoria na sua distribuição de renda, muito bem captada pelo gráfico que é apresentado. Esta contínua evolução é confortante, se bem que a distribuição de renda medida pelo índice Gini para o Brasil ainda não tenha atingido o que já ocorre em muitas outras economias.
No entanto, existe uma desconfiança mútua do setor privado e do governo, que não permite a aceleração dos investimentos, condição indispensável para a aceleração do crescimento econômico brasileiro. Para tanto, são utilizadas no artigo as lições da Teoria de W.J.Thomas., mencionado no livro de R.Merton, “Social Theory and Social Structure”, 1957, que será explicada mais didaticamente abaixo.
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25 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Roben Farzad no Bloomberg Businessweek, ironias, medidas do bem-estar | 2 Comentários »
Um arrasador artigo irônico foi publicado por Roben Farzad sobre a atual situação do Japão, do ponto de vista daqueles que se envolvem em atividades financeiras e que devem estar perdendo fortunas em todo o mundo, publicado no site do Bloomberg Businessweek Market & Finance. Compara com a imagem que tinham do seu passado um pouco mais remoto daquele país. Mas também continuam existindo depoimentos de visitantes estrangeiros do Japão, e até moradores daquele país, que informam sobre o nível de bem-estar de sua população, o elevado nível cultural e a alta qualidade dos seus serviços. Tudo isto mostra que há também outros meios para medir o bem-estar além dos meramente econômico-financeiros, como os que substituem os tradicionais conceitos de renda per capita, pelo que denominam medidas do “happiness”.
Roben Farzad refere-se ao período de menos de 25 anos atrás, quando o Japão ainda estava no seu período áureo de acentuado crescimento econômico, que se mostrou como uma “bolha”. As marcas de produtos japoneses eram objeto de desejo no mundo, chegaram a adquirir o Rockfeller Center em Nova Iorque, seus automóveis se destacavam no mercado internacional. E depois de um longo período de estagnação, James Hunt, gerente de um importante fundo internacional publica uma nota onde pergunta: “The Sun Also Rises?”, se haverá ainda uma recuperação. Referem-se à segunda economia do mundo, quando alguns projetavam que ela ultrapassaria a norte-americana, mas os valores nas bolsas hoje voltaram para os níveis de 1983. E cita a ironia que hoje mais fraldas são vendidas no Japão para idosos do que para bebês.
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24 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo sobre a Malásia do The Diplomat, caminhando para o nível de renda média, condições geográficas parecidas com o Estado do Pará | 2 Comentários »
Entre os países do Sudeste Asiático, a Malásia é um dos que atualmente chamam a atenção mundial. Tem um clima muito semelhante com o Estado do Pará, no Brasil, com chuvas intensas como nos período das monções, e o seu território tem cerca de 320 mil quilômetros quadrados, 20% daquele Estado, e sua população é de 30 milhões de habitantes, cerca de quatro vezes maior do que a paraense. Constituída predominantemente da etnia malaia, conta com perto de um quarto de chineses. São na maioria de religião muçulmana moderada, constituída de sultanatos. E vem superando os períodos de crise asiática e mundial, como esta última de 2008, continuando a manter um crescimento em torno de 5% ao ano, sem grandes desequilíbrios econômicos.
Num artigo publicado por James Parker, no site do The Diplomat, discutem-se as suas possibilidades futuras, pois muitos investimentos estrangeiros continuam sendo feitos na Malásia, inclusive com lançamentos de papéis nos mercados internacionais, que superam os dos países considerados mais dinâmicos na região, como Hong Kong ou Taiwan. Sua capital é Kuala Lumpur, que conta com as duas torres consideradas as mais altas do mundo. O seu território tem como vizinho a exemplar Cingapura que é um país-cidade que se tornou uma espécie de capital da região, inclusive do ponto de vista de centro financeiro.
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