Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aumento das Tensões da China com os seus Vizinhos

27 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Yuriko Koike no Project Syndicate, aumento das dificuldades, novas colocações chinesas | 2 Comentários »

Yuriko Koike foi ministra de Defesa do Japão e é atualmente a líder da oposição na Dieta daquele país, considerada uma das mais competentes especialistas em assuntos internacionais. Num novo artigo distribuído pela Project Syndicate, ela expressa que a China está expandindo o conceito de seus “interesses fundamentais”, fazendo fracassar a recente reunião de cúpula entre os três países do Extremo Oriente, o Japão, a Coreia e a China, além de aumentar as tensões com relação aos seus vizinhos. Intensificou-se a ação chinesa nas disputas das chamadas Scarborough Schoal com as Filipinas e as ilhas Senkaku do Japão.

A autora explica que a China está reafirmando as suas posições com relação a Taiwan, Tibet e Xinjiang, não admitindo discutir os problemas dos direitos humanos relacionados aos seus habitantes, considerando os como seus “interesses fundamentais”. Quando da recente reunião de cúpula do Japão, Coreia e China, o premiê Wen Jiabao mencionou que os movimentos de independência de Xinjiang Uyghur e os relacionados com as Ilhas de Senkaku também faziam parte dos seus “interesses fundamentais”, sendo a primeira vez que tal qualificação era usada com relação ao Mar do Sul da China. Isto levou ao fracasso da reunião de cúpula, não permitindo sequer a condenação da Coreia do Norte sobre seus testes com foguetes, segundo a autora, como esperado pelo Japão e pela Coreia.

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Yuriko Koike

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O Bloco da Repsol em Campos no Pré-Sal

24 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: área da concessão da espanhola Repsol com a chinesa Sinopec (35%), confirmação das reservas de petróleo e gás, participação da norueguesa Statoil (35%) e Petrobrás (30%)

Está sendo confirmada a reserva de 700 milhões de barris de petróleo leve (o mais valorizado) e gás equivalente a 545 milhões de barris de petróleo na área de concessão denominado BM-C-33, na região do pré-sal na Bacia de Campos. As informações foram divulgadas pela Repsol espanhola (que vendeu 40% das suas operações no Brasil para a Sinopec chinesa) que possui uma participação de 35%, e pela Petrobras que conta com 30%. Isto aumenta a participação chinesa nesta exploração, que vem mostrando um grande apetite para assegurar o seu abastecimento de petróleo e gás. Esta concessão conta também com a participação da norueguesa Statoil (que tem uma longa experiência no Mar do Norte como em todo o mundo) com 35%. Esta confirmação é uma das maiores reservas do mundo em 2012 e está em muitos meios de comunicação social, como o site da IG.

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Os Novos Consumidores da China

24 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do The Wall Street Journal, autoria de Tom Doctoroff, reprodução no Valor Econômico

O Valor Econômico reproduziu um artigo de Tom Doctoroff, que é o presidente da J. Walter Thompson para a Ásia Maior, publicado originalmente no The Wall Street Journal, tratando das características dos novos consumidores na China. Ele tem uma experiência de 20 anos trabalhando em publicidade naquele país, e informa que eles estão se modernizando com o consumo de produtos de luxo consagrados no Ocidente, mas não se ocidentalizando. Eles estão ficando cosmopolitas, mas continuam mantendo os costumes chineses.

Os produtos de marcas ocidentais que estão consumindo são globais e isto está ocorrendo dentro de um processo para tornar a China uma superpotência. Os fundamentos culturais do país continuam os mesmos de milhares de anos, com influências como do confucionismo (o que se observa em todo o Extremo Oriente, englobando o Japão e a Coreia). A estrutura hierárquica de clã continua sendo mantida na China. Neste processo, alguns aspectos entram em conflito, havendo comportamentos diferenciados entre os chineses, principalmente os mais jovens e os que atuam no mundo globalizado.

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Tom Doctoroff

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As Limitações dos Dados Estatísticos

24 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as dúvidas sobre os dados chineses, as limitações dos dados estatísticos, estatísticas brasileiras

Sempre houve dúvidas sobre alguns dados estatísticos chineses, ora subestimados ora superestimados. Os próprios acadêmicos chineses não confiavam muito na sua validade e agora até as autoridades chinesas afirmam que elas são “elaboradas por homens”. Como dentro da “meritocracia” daquele país, alguns resultados obtidos podem estar inflados para beneficiar a ascensão de alguns líderes. De outro lado, os japoneses sempre acreditaram que os dados populacionais chineses estavam subestimados, pois no meio rural o número de filhos considerados gêmeos e trigêmeos eram bem acima do normal internacional, com idades físicas diferentes, como consequência da política oficial de filhos únicos, mais efetivas nos centros urbanos, com a existência das chamadas “inspetoras de quarteirão”.

Estas deficiências dos dados estatísticos não ocorrem somente naquele país. Nas pesquisas estatísticas efetuadas no Brasil, como na maioria dos países em desenvolvimento ou emergentes, acredita-se na hipótese que nos grandes números os erros se compensam, quando podem apresentar vieses tendenciosos. Muitas das informações estatísticas começam pelas fornecidas pelas empresas, havendo uma forte tendência à sonegação, ainda que algumas correções sejam efetuadas. As unidades municipais de estatísticas são consideradas encargos para os municípios, salvo no que se refere aos dados demográficos que servem para efeito das cotas de participações nos tributos estaduais e federais. O mesmo acontece na agregação por Estados e acabam chegando às nacionais, cujos censos não são tão precisos como desejados.

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O Novo Normal na Atual Economia Mundial

23 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: Ásia ou América Latina, coincidências internacionais, na Europa, o normal é a instabilidade | 2 Comentários »

Dois artigos de autores diferentes, um de R.Daniel Kelemen, professor de Ciência Política e Diretor do Centro para Estudos Europeus da Rutgers University, New Jersey, USA, outro de Noeleen Heyzer, de Cingapura, subsecretária geral das Nações Unidas e secretária executiva da Comissão Econômica e Social para a Ásia e o Pacífico, utilizam a mesma expressão “novo normal” para países europeus e do Sudeste Asiático. O primeiro foi publicado no Foreign Affairs e o segundo no Project Syndicate, ambas as instituições são respeitáveis e se dedicam à divulgação de estudos de profundidade. Os dois credenciados autores informam sobre as instabilidades dos países europeus e asiáticos no atual quadro internacional. Como isto também ocorre na América Latina, notadamente no Brasil, pode-se deduzir que se trata de um fenômeno praticamente universal, sendo necessário se adaptar ao novo quadro.

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Noeleen Heyzer e R.Daniel Kelemen

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Medidas Brasileiras de Ativação da Economia

22 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: antecipação à crise, aumento do crédito, críticas, redução de impostos e juros

Diante do conjunto de medidas tomadas pelo governo brasileiro visando a ativação de sua economia, alguns críticos se apressam a apresentar suas objeções, observando que a da demanda não seria a melhor das soluções. Quando os pátios das montadoras de automóveis estão abarrotados com produtos que aguardam a sua colocação, haveria alternativas mais inteligentes? A economia mundial está desaquecida, e a tentativa de ampliar as exportações teria limitadas possibilidades, e os investimentos públicos em infraestrutura demandaria muito tempo para produzir resultados. Poucas seriam as alternativas para ativação da economia, num prazo curto.

Todos os meios de comunicação do país divulgam as medidas tomadas, e entre elas a redução dos encargos tributários e de juros sobre a aquisição de bens de produção como caminhões, equipamentos etc.. Também ajudam a desovar parte do estoque, diante de uma produção realizada, e cujo consumo ficou limitado com os endividamentos assumidos com encargos pesados. Esta nova rodada de medidas tem, evidentemente, um efeito mais limitado que a primeira do mesmo tipo em 2008. Sem a redução do atual estoque não haveria condições para novos investimentos no setor automobilístico, que tem um forte impacto em toda a economia brasileira. O outro setor equivalente em resultados, o da construção civil, já está suficientemente beneficiado.

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Japão Continua Como Maior Credor do Mundo

22 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Wall Street Journal, ativos líquidos internacionais, títulos e investimentos diretos

Ainda que a China já tenha ultrapassado o Japão como a segunda economia do mundo, e esteja ampliando seus ativos financeiros e investimentos diretos em todo o mundo, um artigo publicado por Takashi Nakamichi, que atua em Tóquio no The Wall Street Journal, baseado nos dados fornecidos pelo FMI – Fundo Monetário Internacional, informa que o Japão continua como o primeiro do mundo nestes ativos líquidos. O líquido considera a diferença entre os ativos que os japoneses possuem no exterior, inclusive os títulos do Tesouro norte-americano, deduzidos os que os estrangeiros possuem no Japão. O artigo recebeu o título “Japan Retains Status as Biggest Creditor”.

Segundo os dados informados pelo Ministério de Finanças do Japão em fins de 2011, o país tinha um saldo de cerca de US$ 3,19 trilhões, apesar de um declínio de 5,5% com relação ao ano anterior. A China, junto com Hong Kong, possuía cerca de US$ 2,43 trilhões líquidos, mas continua aumentando estes ativos, como uma tendência do aumento das economias emergentes. Nos últimos quatro anos, os chineses triplicaram seus ativos no exterior, segundo o artigo, mas também estão desacelerando estes investimentos nos últimos meses.

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O Papel da China Como Líder Mundial

22 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Robert Skidelsky no Project Syndicate, discussão sobre a liderança chinesa, posições acadêmicas variadas

A China vem registrando um crescimento econômico e político respeitável no cenário internacional, e são muitas as discussões sobre o que acontecerá no futuro se ela vier a superar os Estados Unidos. Robert Skidelsky, professor emérito de Política Econômica da Warwick University e biógrafo de John Maynard Keynes entre outros, elaborou um artigo que está sendo distribuído pela credenciada Project Syndicate, com o título “Why China Won’t Rule”, informando sobre as restrições que existem no próprio país que nunca se dedicou à expansão de seu domínio político, mesmo pelos seus vizinhos.

O autor argumenta que parece inevitável que a China continuará crescendo mais que o resto do mundo, enquanto o mundo desenvolvido permanece atolado em recessão ou perto dela. Pode chegar à primeira do mundo em 2017, ao mesmo tempo em que seus gastos militares crescem mais rapidamente que o seu PIB. Segundo o autor, para a mente norte-americana só pode haver uma superpotência, e se a China conquistar esta posição será em detrimento dos Estados Unidos, e isto constitui um grande desafio.

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                                                 Robert Skidelsky

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Preocupações Japonesas com o Decrescimento Populacional

21 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: editorial do Nikkei, envelhecimento, o problema do decréscimo populacional

Segundo um editorial publicado pelo jornal econômico japonês Nikkei, a falta do sentimento de urgência com relação ao decréscimo da população no Japão confundem os observadores estrangeiros. Eles chegam a questionar por que os japoneses não flexibilizam a imigração estrangeira. Alguns chegam a considerar que esta atual política populacional chega ser considerada um suicídio do Japão.

Algumas avaliações são simplistas, segundo o editorial, mas oferecem a oportunidade para a reflexão japonesa sobre a perspectiva do declínio da população e seu impacto no futuro do Japão. Sabe-se que se existem variáveis que acabam influindo fortemente e de forma inexorável em toda a economia elas são as demográficas.

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Estímulo ao Crescimento da Economia Chinesa

21 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: limitações para as medidas de estímulo, preocupações na China e outros lugares do mundo

Como um exemplo da preocupação generalizada no mundo sobre o desaquecimento que se observa em todas as economias, o site do Bloomberg informa que o premiê chinês Wen Jiabao prometeu concentrar os esforços do governo no estímulo ao crescimento naquele país. Ainda que a taxa de crescimento da China continue elevada em termos internacionais, houve um desaquecimento, e para a manutenção da sua estabilidade política e social é vital que a mantenham alta. Os problemas das pressões inflacionárias são considerados secundários, pois os das commodities importadas estão em queda, havendo necessidade de manter os salários em elevação para ampliar o seu mercado interno.

Estes tipos de colocações ocorrem na maioria dos países emergentes, inclusive na Índia e no Brasil. Mas, no caso da China, existe uma limitação que parte substancial do mercado financeiro depende das instituições não bancárias, e a redução da taxa de juros tem um efeito mais limitado. O câmbio na China, depois de uma valorização continua e gradual por longo tempo, também acusou algumas mudanças, para preservar suas exportações.

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