Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Críticas Comuns às Mudanças na Política Econômica Brasileira

3 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: as opções das autoridades, dosagens, limitações a que estão sujeitos, medidas possíveis

Todos concordam que existem problemas na economia brasileira, principalmente na competitividade do seu setor industrial no mercado internacional, havendo um razoável consenso sobre o seu diagnóstico. Como um câmbio valorizado diante do forte influxo de recursos externos, taxas de juros internos elevados, tributações mais pesadas que de muitos concorrentes, e o conjunto de custos fora do chão de fábrica, que costumam ser chamado de “custo Brasil”, muitos relacionados com as infraestruturas deficientes. Mas quando as autoridades procuram iniciar algumas de suas correções mais cruciais no momento, as críticas abundam sem que alternativas sejam apresentadas. Muitos parecem imaginar que as autoridades não possuem restrições e que basta querer que podem fazer o que desejariam.

Ainda que muitos não concordem, o governo admitiu explicitamente que o câmbio no mundo se encontra extremamente manipulado das mais variadas formas, e declara que procurará manter o brasileiro dentro dos limites que considera razoável, ainda que a sua aquisição de divisas no mercado acabe tendo um custo. A acumulação de reservas já está acima do mínimo indispensável, e enquanto sua aplicação no exterior rende pouco, necessita absorver os excessos de meios de pagamento no país, com a contração de dívidas adicionais que exigem encargos elevados, sem o que acabaria gerando pressões inflacionárias.

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Guido Mantega ao lado de Marco Maia, Dilma Rousseff, Michel Temer e Gleisi Hoffmann, durante anúncio de medidas de incentivo. Foto:  Roberto Stuckert Filho/Divulgação/Presidência

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Prêmio Nobel Defende Sanções Contra EUA

3 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: evento da ONU por iniciativa do Butão, FIB – Felicidade Bruta, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, prêmios Nobel de Economia Joseph Stiglitz e Jeffey Sachs

Nem todos os analistas do mundo concordam que o PIB – Produto Interno Bruto utilizado por muitos economistas indicam o nível de bem-estar de um país. Assim, Butão criou em 1972 o FIB – Felicidade Interna Bruta, utilizando 72 variáveis para mensurar o bem-estar de sua população, e a sua discussão continua em andamento para fazer parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, como propõe o prêmio Nobel Jeffrey Sachs. O assunto deve ser discutido no próximo Rio + 20 em junho próximo. Segundo os participantes destas conferências, ações para prevenir problemas ainda não vivenciados, mas previstos como inevitáveis, como as consequências das mudanças climáticas ou esgotamentos de recursos naturais devem ser debatidos, como foi colocado num artigo de Ana Cristina Duarte, publicado no O Globo.

Outro prêmio Nobel, Joseph Stiglitz, defende a sanção comercial aos Estados Unidos, pois sendo um dos maiores poluidores do mundo não aderem às metas que precisam ser estabelecidas para a redução da poluição, como vem acontecendo desde o Protocolo de Kyoto. Ele entende que um avanço na agenda sobre o assunto é indispensável mesmo sem o apoio daquele país.

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Joseph Stiglitz e Jeffrey Sachs

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Bloomberg Mostra as Chocantes Condições da Foxconn

2 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aguardam-se medidas drásticas, divulgação da Bloomberg, montadora de equipamentos de diversas empresas multinacionais, os problemas encontrados na auditoria

A Bloomberg divulga no seu site uma série de fatos chocantes encontradas numa inspeção efetuada por uma equipe liderada pelo CEO da Apple, Tim Cook, numa visita às instalações da Foxconn na China informando que foram encontradas sérias e persistentes (serious and pressing) violações das leis chinesas de trabalho. Como é amplamente conhecido depois do suicídio de mais de 10 operários em 2010, a Apple que monta muitos aparelhos terceirizados para aquela empresa chinesa aderiu em janeiro último ao Fair Labor Association ( tradução livre, Associação pelo Trabalho Correto) com sede em Washington, USA.

A Foxconn foi instalada para cortar as horas de trabalho extra que chegam ao total de 16 horas diárias sem a redução dos salários, bem como permitir visitas externas às fábricas, como decorrência de suicídios de operários e mortes provocadas por explosões. Tudo mostra como a imagem da Apple foi atingida pelo uso de trabalhadores em condições degradantes em economias emergentes para a produção de seus equipamentos. A ampla reportagem informa que, além da Apple, a Microsoft, Dell, Hewlett Packard e a Samsung terceirizam com a Foxconn a montagem de muitos equipamentos.

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Difíceis Melhoramentos nas Relações Brasil e USA

2 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo do Financial Times, dificuldades nos relacionamentos apesar das conveniências, ponto de inflexão no relacionamento bilateral

Aproxima-se a data em que a presidente Dilma Rousseff deve fazer uma visita oficial aos Estados Unidos e certamente a pauta dos assuntos a serem tratados é extensa e importante. Mas não se devem aguardar grandes avanços nas relações bilaterais destes dois maiores países das Américas, ainda que pequenos gestos possam dar sinais que estes entendimentos estão subindo de patamar. Os Estados Unidos encontram-se num ano eleitoral e o Brasil não é um país que perfila automaticamente com algumas posições de política internacional daquele país, possuindo uma posição própria e independente. Joe Leahy, do Financial Times, trata destes assuntos num artigo, mostrando que existem muito mais assuntos que os comerciais, onde as cifras com a China estão superando a destes gigantes das Américas.

Existem interesses norte-americanos no fornecimento de aviões, do mesmo modo que fornecimentos brasileiros foram suspensos. Sobre o etanol brasileiro foram suspensas as tarifas, mas o Brasil é hoje importador deste produto. A reivindicação brasileira de um assento permanente no Conselho de Segurança, sem sacrificar a sua neutralidade, pode ser um ponto importante, que ainda encontra resistência por parte da China.

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Barack Obama e Dilma Rousseff

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Zonas de Processamento das Exportações no Brasil

2 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cogitações depois de duas décadas, instrumento interessante para a ativação industrial procurada pelo governo, notícias sobre ZPE no Valor Econômico

Depois de um longo período em que o governo não mostrou maior interesse na implementação das chamadas ZPEs – Zonas de Processamento das Exportações, começam a aumentar as notícias sobre medidas que permitam a sua implantação. Elas foram criadas em 1988, prevendo-se que 80% da sua produção seriam destinadas à exportação, mas agora se cogita da sua redução para 60 a 50%, promovendo a substituição de parte das importações que continuam se elevando no Brasil. O assunto mereceu uma ampla reportagem do Valor Econômico, comandada por João Villaverde.

O governo vem sentido a necessidade de dar um forte impulso para o setor industrial que veio perdendo competitividade internacional, aumentando as importações de bens que poderiam ser produzidos no país, criando empregos de qualidade. Mesmo o índice de nacionalização de 60% sobre os equipamentos pesados que seria utilizado no pré-sal, cogita ser reduzido, diante dos atrasos que estão sendo observados na sua produção, que pode prejudicar importantes programas do governo. Teoricamente, existem 24 ZPEs que estão aprovadas no Brasil, mas muitas delas podem sofrer modificações, e se as regulamentações forem alteradas, novas podem ser pleiteadas.

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Nova Ação Brasileira no Mundo Globalizado

2 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a força do exemplo realizado, além do discurso, contribuições relevantes

Muitos analistas estão enfatizando somente os discursos feitos pelo Brasil e parceiros na última reunião dos BRICS, países com características diferentes, sem reconhecer devidamente as ações concretas dos brasileiros e de outros membros do grupo que contribuem para o novo cenário internacional. É evidente que as críticas às políticas adotadas pelos países já desenvolvidos ficaram mais explícitas. Elas geraram problemas financeiros para muitos e agora só estão remediando alguns dos seus próprios problemas, sem contribuir para a melhoria do quadro geral mundial e até pelo contrário, mas este não parece ser o ponto principal do que está acontecendo no mundo.

Na realidade, os países emergentes estão ampliando seus mercados internos e promovendo a sensível melhoria de distribuição de renda na sua economia, como é marcante no exemplo do Brasil, até dentro de um quadro de sólida consolidação democrática do ponto de vista político. A troca de experiências entre os países membros do BRICS pode ajudar na melhoria da política em cada de um deles que apresentam limitações diferentes.

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China Daily Chama a Atenção Sobre a Demanda de Alimentos

30 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a demanda chinesa de alimentos, importações crescentes, tendência para continuar subindo

Num extenso artigo publicado pela China Daily, de autoria de Lu Chang, informa-se que a China continuará importando alimentos de forma crescente em suas diversas formas. Mesmo as partes consideradas menos nobres dos animais encontram uma grande demanda, tendo se importado mais de 880 mil toneladas em 2011, mais que 65% do total de suínos. Alem do robusto crescimento econômico, a dieta dos chineses vem melhorando, e todos os produtos relacionados, como as rações estão em alta, principalmente a soja e o milho. O total da importação de produtos agrícolas chegou próximo a US$ 95 bilhões em 2011, comparado com US$ 12 bilhões em 2001, com um crescimento surpreendente.

A China se tornará a maior importadora líquida de produtos agrícolas nos próximos 10 anos, segundo pesquisador sênior Cheng Guoqiang, do Centro de Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Conselho de Estado do país. Já é o maior importador de algodão e soja e se tornou o maior destino das exportações de produtos agrícolas dos Estados Unidos. Importou 19,8 milhões de toneladas de soja do Brasil, que detém 38% do total importado de todos os países.

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Metrô de São Paulo Segundo The Economist

30 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: abaixo da necessidade, comparações com outras cidades, metrô em São Paulo, The Economist

Uma notícia sobre o metrô de São Paulo foi publicado no The Economist, que mesmo procurando ser simpática acaba mostrando o quando estamos atrasados no transporte de massa. Informa que o que chama a atenção de qualquer visitante estrangeiro é o problema dos engarrafamentos de trânsito nesta metrópole de 19 milhões de habitantes, que conta somente com 71 quilômetros de metrô. México teria mais de 200 quilômetros, Seul cerca de 400 quilômetros e até Santiago do Chile, com um quarto da dimensão de São Paulo, tem um metrô 40% maior.

O artigo refere-se à ligação entre a Avenida Paulista e a Avenida Faria Lima, dois distritos de negócios da cidade, servido agora pela linha 4 que já está sobrecarregada, transportando mais de 550 mil passageiros diariamente. Na hora do rush, há um congestionamento de passageiros que procuram fugir de outros de veículos, ligando outros tipos de transportes que servem a periferia da cidade. Esta linha terá prosseguimentos para ambos os lados, mas ainda não estão concluídas. Pela Constituição brasileira de 1988, este sistema de transporte ficou a cargo do Estado e da Municipalidade, e os investimentos não são suficientes.

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Vista das escadarias do metrô República. (Foto: Divulgação) / Lotação no horário de píco

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Reunião do BRICS na Imprensa

29 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: cobertura da China Daily, Financial Times, pouco destaque na imprensa brasileira

Há um reconhecimento geral de que o BRICS é só um grupamento de países que foram reconhecidos como emergentes, de grandes dimensões geográficas. Eles têm poucos interesses em comum, sendo difícil operacionalizar uma ação coletiva destes cinco países, o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul. A sua última reunião de cúpula realizada em Nova Delhi mereceu pouca cobertura da imprensa brasileira, que acabou se concentrando mais no discurso que a presidente Dilma Rousseff fez quando recebeu da Universidade de Delhi o título de doutora honorária, quando insistiu contra o tsunami monetário como já vem fazendo há algum tempo. E os contatos bilaterais do Brasil com a Índia, cujas dimensões não justificam os atuais volumes de transações comerciais e investimentos diretos recíprocos ainda muito baixos.

O China Daily destacou, naturalmente, os discursos de Hu Jintao que pediam uma maior confiança política entre os países membros apelando por compromissos com desenvolvimentos comuns e promoção da prosperidade dos países membros, intensificando suas cooperações. Não se conseguiu um consenso sobre a ideia de um banco de desenvolvimento cogitado para tanto, onde a China e Índia contam com maiores interesses, concordando-se que este assunto seria estudado mais profundamente.

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Dilma Rousseff recebeu o titulo de honoris causa e com os quatro presidentes dos países do Brics

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Utilização das Reservas Cambiais

28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dispêndios externos, opções difíceis, recursos que podem fazer falta

As economias em desenvolvimento, como as emergentes como a do Brasil, tendem a necessitar de divisas para arcar com os compromissos externos decorrentes das importações necessárias de equipamentos com tecnologia avançada, honrar os empréstimos obtidos no passado, bem como seus serviços de juros. Ainda que conte momentaneamente com um forte influxo de recursos de financiamentos externos, acumulando as nossas reservas e tendendo a valorizar o câmbio, a possibilidade de necessitar de poupanças externas para arcar com os investimentos indispensáveis no futuro é bastante grande. Entre os dispêndios que não afetam demasiadamente o processo de desenvolvimento estão os decorrentes do turismo externo e as importações a ele associados.

Quando do término da Segunda Guerra Mundial, o Brasil contava com uma reserva externa razoável que acabou sendo utilizada para a importação de quinquilharias como gomas de mascar e uvas passas, mesmo considerando que deveria ser evitada a elevação da sua tributação. Era ainda um período em que a intervenção governamental era elevada na pauta das importações. Os tributos mais elevados de importação acabam estimulando a substituição das mesmas com produções locais, quando o desejável era o incentivo às produções locais de equipamentos e matérias-primas indispensáveis ao desenvolvimento brasileiro.

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Ator Humberto Carrão causa tumulto entre turistas brasileiros na Disney

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Turistas brasileiros são um dos que mais gastam em compras no exteior

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