1 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cooperação japonesa nos cerrados brasileiros, correções, modelo aplicado agora na África | 2 Comentários »
Por: Paulo Yokota Seção: Economia, Editoriais e Notícias, WebTown Tag:
Um dos projetos bilaterais entre o Brasil e Japão bem sucedidos foi o do desenvolvimento dos cerrados brasileiros, que aumentou a sua eficiência de forma significativa. No entanto, as empresas japonesas foram incapazes de aproveitar a sua produção para fins de comercialização, que se restringiu a parcelas mínimas. Agora, o jornal Nikkei anuncia que numa iniciativa público-privada estão tentando reproduzir algo semelhante na África, tendo com primeiro objetivo Moçambique, que apresenta condições semelhantes de solo e clima com os cerrados nas suas savanas. Seria relevante para o abastecimento de alimentos para o Japão.
Segundo a notícia, missões japonesas estão sendo envidadas à África, compostas por representantes das principais tradings, bem como produtores de equipamentos, com o apoio do JICA – Japan International Cooperation Agency, que tem condições de proporcionar capitais e financiamentos necessários de longo prazo e condições concessionais, ou boas carências e juros baixos.
Cerrado brasileiro, que conta com insumos japoneses. Foto: Jornal Nikkei
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1 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo comparativo do Brasil, China e Coreia do Sul, diversas parcerias, japao, publicado na Revista Política Externa | 2 Comentários »
Edmundo Sussumu Fujita, atual embaixador do Brasil na Coreia do Sul, foi Diretor do Departamento de Ásia e Oceania do Itamaraty, embaixador do Brasil na Indonésia e com a experiência acumulada nos longos anos de diplomacia publicou um excelente artigo na Revista Política Externa, volume 20-2, no número correspondente a setembro a novembro de 2011. A Revista, com 17 anos de existência, é uma publicação trimestral destinada a discutir as principais questões das relações internacionais e economia política mundial, sob a perspectiva brasileira. É uma parceria da Editora Paz e Terra e do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais e Política Comparada da USP.
O texto é de responsabilidade pessoal do autor e na sua introdução consta que “a teoria econômica, a prática política e a realidade social nem sempre perfilam lógicas comparáveis”. O artigo é denso, coloca adequadamente os problemas contemporâneos enfrentados pelo mundo, propondo uma “cooperação sinergética entre diversos parceiros, tomando por base três vertentes essenciais ao crescimento, quais sejam o Estado, a empresa e a tecnologia”.
Edmundo Sussumu Fujita
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29 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: documento de 468 páginas, interesse mundial, sugestões para a reforma da economia chinesa, um trabalho inédito do Banco Mundial com a participação dos chineses
Tudo que envolve a China é superlativo, como este estudo inédito de 468 páginas do Banco Mundial que será amplamente examinado e criticado por muitos. Contou pela primeira vez com a ativa participação de muitas autoridades chinesas como o atual vice-primeiro-ministro, Li Keqiang, que deverá ser o próximo primeiro-ministro, e um organismo de pesquisas da China, o Development Research Center (DRC), do State Council. Estes comentários iniciais estão baseados no artigo já publicado no The Economist sobre o trabalho, bem como o sumário executivo divulgado pelo Banco Mundial, pois ainda não foi possível ler todo o relatório.
Já na entrevista do presidente do Banco Mundial, Robert B. Zoellich, para a imprensa na China sobre este relatório registrou-se um primeiro tumulto, com um chinês distribuindo um manifesto contrário às privatizações sugeridas, como o que acontece com parte da burocracia chinesa que é poderosa. Na realidade, muitos chineses envolvidos com as consequências das mudanças indispensáveis, além dos descontentes com a situação atual, poderão engrossar as manifestações como as que se registram em todo o mundo, do tipo “ocupar a Wall Street”. O Banco Mundial também é considerado parte do sistema bancário e financeiro que em vez de ajudar as atividades produtivas, a criação de emprego e renda, vem provocando problemas pensando somente nos seus interesses. O próprio Banco não conta com credenciais de contribuições importantes em outros países.
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29 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: econômica e das relações externas da China, palestra da CEBC na FAAP, transições política
O embaixador Clodoaldo Hugueney, um dos mais qualificados quadros do Itamaraty, exercendo atualmente as funções de Embaixador do Brasil em Beijing, proferiu uma brilhante palestra para o CEBC – Conselho Empresarial Brasil – China na FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, com o auditório totalmente tomado. Ele que já exerceu diversas funções importantes nas áreas econômicas da diplomacia brasileira, como junto à OMC – Organização Mundial do Comércio, fez uma apresentação sintética, comentando os diversos pontos da atual transição da China. A palestra foi antecedida pela abertura dos trabalhos efetuada pelo embaixador Sérgio Amaral, diretor da FAAP, que anunciou a instalação próxima do Instituto Confúcio na faculdade, inclusive para atendimento das necessidades empresariais. Sérgio Amaral é também presidente da prestigiosa CEBC.
Como é do conhecimento geral, muitas das posições políticas chaves do atual comando do País do Meio sofrerão modificações ainda este ano, passando do que se chama quarta para a quinta geração de líderes, segundo o embaixador. Haverá a aposentadoria da maioria dos ocupantes atuais de importantes cargos, sendo que o novo presidente Xi Jinping está praticamente escolhido. Ao mesmo tempo, a China está sendo obrigada a acelerar a sua transição econômica, que dependeu até hoje fortemente das suas exportações, para o atendimento do mercado interno que deve ser o substituto de parte da demanda. E o embaixador acrescentou que tudo isto acaba exigindo grandes modificações no relacionamento externo da China, resumindo tudo numa excelente palestra.
Embaixador Clodoaldo Hugueney
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28 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política
Segundo Elizabeth C. Economy, num artigo divulgado pelo Council on Foreign Relations, os atentos observadores da política chinesa notam que a aparente deserção do vice-prefeito Wang Lijun de Chogqing para voar para Beijing lembra o que aconteceu com Lin Biao. Ele era considerado o sucessor de Mao Zedong, e fugiu num avião para a Mongólia e morreu num desastre, como numa novela. Wang Lijun era considerado o subordinado do radical que desejava a volta ao período mais duro de Mao, Bo Xilai, o poderoso secretário do Partido em Chongqing e pretendente ao cargo no Politburo Standing Committee. Ele acabou caindo de forma ainda obscura.
Mais de 500 protestos diários se tornam visíveis aos chineses e ao resto do mundo. Não há um simples assunto que ligue estes protestos, exceto a má governança. Agricultores, trabalhadores, a classe média, tibetanos e uigures, todos que desejam mudanças mostram na sua face tudo que desejam dizer.
Elizabeth C. Economy
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28 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: conciliando a teoria com a prática, novo presidente do JICA, vice-presidente da Universidade de Tokyo
Segundo notícia divulgada pelo Nikkei, o jornal econômico japonês, o professor Akihiko Tanaka, vice-presidente da Universidade de Tokyo, que é considerada a mais importante no Japão, e acadêmico de política internacional, é o novo presidente do JICA – Japan International Cooperation Agency, o organismo que concede o ODA – Official Development Assistance do governo japonês. Ele declarou que deseja continuar com suas atividades acadêmicas, unindo a teoria à prática.
Convidado pelo ministro de Negócios Estrangeiros do Japão, o professor Akihiko Tanaka havia confessado que não se sentia capacitado a exercer o cargo, mas depois de pensar um pouco, aceitou o convite para substituir Sadako Ogata, ex-alta comissária das Nações Unidas para refugiados, que ocupou o cargo pelos últimos oito anos dando prioridade aos países africanos. Num acordo tripartite do Japão, Brasil e Angola, por exemplo, procurou ajudar o sistema de saúde daquele país africano, utilizando também profissionais brasileiros que tinham a facilidade do idioma.
Professor Akihiko Tanaka
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27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Connie Hedegaard, necessidade de metas, reunião do Rio+ 20 em junho próximo, Valor Econômico
Em que pesem as dificuldades econômicas mundiais e pessimismo de muitos com avanços com metas concretas na próxima reunião de junho no Rio de Janeiro, a Comissária Europeia Para Ação Climática acredita nelas. Connie Hedegaard concedeu uma entrevista ao Valor Econômico em Nairobi, Quênia, para a jornalista Daniela Chiaretti, onde participou das comemorações do 40º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, mostrando ser uma pessoa determinada que vem participando ativamente de todas estas reuniões sobre o assunto.
Ela é reconhecida pelo seu papel nas reuniões de Copenhague em 2009, Durban em 2011 e chega ao Brasil convencida que pode ajudar a estabelecer metas concretas. Ela acredita que é possível levar energia renovável para todos em 2030, afirmando que todos devemos ter objetivos claros e viáveis, com resultados a curto prazo. Fará diversos contatos em Brasília e em São Paulo, para preparar o terreno para o Rio+20.
Connie Hedegaard
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27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aumento do poder dos BRICS, momento crucial, os ministros das finanças dos G-20, problemas europeus, regulamentação do sistema bancário | 2 Comentários »
Todos os jornais do mudo estão noticiando com destaque a reunião realizada pelos ministros de finanças dos países componentes do Grupo dos 20 (G-20), que teria tratado de problemas cruciais no mundo atual. De um lado, a crise europeia exige grandes aportes de recursos que precisam contar com a colaboração destes países. Os países emergentes considerados como membros do grupo BRICS, para darem a sua contribuição, pleiteiam mais poder nos órgãos econômicos mundiais.
Alguns temas que sempre foram considerados como intocáveis passaram a ser abordados, como a possibilidade de regulamentação dos sistemas financeiros, de forma a não prejudicar os mercados emergentes. As regras estabelecidas pela chamada Basileia 3 mantém o seu cronograma, exigindo esforços adicionais para o fortalecimento dos bancos. O Valor Econômico registra que os BRICS discutem a possibilidade de criar um novo banco de desenvolvimento.
Reunião dos membros do G-20 no México, que terminou no dia 26 de fevereiro
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27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aumento do interesse comercial e cultural, Câmaras de Comércio, entidades empresariais, iniciativas locais, Instituto Confúcio, multiplicações de iniciativas
Com o aumento da importância econômica e política da China no mundo, nada mais natural que o interesse cultural também aumentasse no Brasil. Muitas entidades oficiais, para-oficiais, empresariais reconhecem os desconhecimentos culturais recíprocos que dificultam os intercâmbios comerciais e procuram sanar a lacuna existente, começando pelos Ministérios das Relações Exteriores de ambos os países. O Brasil utiliza também as instituições com que conta como a APEX – Agência de Promoção da Exportação e Investimentos, o Banco do Brasil e entidades privadas. A China vem incrementando a atuação do Instituto Confúcio nos últimos anos, mas também apoia suas entidades privadas voltadas ao intercâmbio comercial.
Sediados em São Paulo existem diversas organizações de porte que pretendem incrementar o intercâmbio comercial, mas também se preocupam com os assuntos culturais, muitos de composições bilaterais. O destaque é o Conselho Empresarial Brasil China (www.cebc.org.br ) que conta com a participação das principais empresas do Brasil e da China envolvidas no intercâmbio bilateral, com forte interesse do lado brasileiro, contando com muitos diplomatas que já estão fora do serviço público. Nos próximos dias, fará uma palestra na CEBC o embaixador do Brasil em Pequim, Clodoaldo Hugueney. Na Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (www.cbcde.org.br), constata-se o firme suporte do Consulado Geral da China, como representante oficial da República Popular da China.
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27 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: alternativas, artigo de Steven K. Vogel publicado no Nikkei, as posições do LDP e do DPJ do Japão, esclarecendo as dificuldades políticas do Japão, estudos de Harold Wilensky
Tenho alguns amigos no Japão especialistas em América Latina. Muitos moraram e trabalharam no Brasil exercendo muitas tarefas importantes. Um deles enviou-me este artigo do Steve K. Vogel, professor da UCLA, especializado em Extremo Oriente. Ele foi publicado em japonês no Nikkei no último dia 24 de fevereiro. Como eles também se preocupam com o que vem acontecendo no Japão, e o que eles me remetem deve ser considerado com a máxima atenção. O artigo é relevante, ainda que complexo para os que não acompanham de perto a política japonesa.
Steve K. Vogel mostra no magistral artigo com o título “A Crisis of Japanese Democracy?” que está profundamente informado sobre os dilemas em que os japoneses estão envolvidos atualmente. Principalmente depois do triplo desastre em março do ano passado. Se de um lado o governo necessita estimular a economia japonesa, além de recuperar o que aconteceu na sua região nordestina, enfrenta um crescimento de sua dívida pública. Isto exige o aumento dos seus impostos e cortes dos dispêndios do governo, que são recessivos para a sua economia.
Steven K. Vogel
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