23 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: pequenas e médias empresas na China, problemas com o crédito, problemas universais | 2 Comentários »
Um artigo distribuído pela prestigiosa Project Syndicate, escrito pelo diretor do Centro de Pesquisas Econômicas da Universidade de Pequim, Yao Yang, mostra que também na China as pequenas e médias empresas estão sofrendo dificuldades de obtenção do crédito, no momento em que as autoridades restringem a mesma diante da expansão da pressão inflacionária. Isto já ocorria nos períodos normais quando as autoridades não restringiam os bancos. As condições atuais estão sufocando o coração do dinamismo daquela economia, segundo o autor.
Na cidade de Wenzhou, na parte Sul da província de Zhejiang em que a economia privada é mais livre, o financiamento informal é muito volátil. Diversos emprestadores que contam com muitos depósitos ficaram com inadimplências que preocuparam o premiê Wen Jiabao na sua visita à região. As reservas internacionais da China elevam-se cerca de US$ 1 bilhão por dia comercial, que acaba sendo parcialmente usado para a compra de títulos do tesouro norte-americano. Muitos podem achar que os empréstimos internos da China tenham menor rentabilidade, mas elas proporcionam cerca de 10% ao ano desde 1990, como mostram os estudos efetuados.
Cidade de Wenzhou, na província de Zhejiang
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22 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: conceitos errados dos Ocidentais, Nikkei, perspectivas, políticas asiáticas
Existe um conceito errado no Ocidente sobre o papel exercido pelas mulheres nas sociedades asiáticas. Predomina a ideia que as mulheres asiáticas são submissas, exercendo um papel secundário na maioria das sociedades asiáticas. A ascensão política das asiáticas ganha um novo impulso, quando já era forte. O jornal econômico Nikkei aponta novas líderes que se apresentam ao eleitorado, com fortes possibilidades de ganharem as eleições, até para os postos máximos dos comandos de muitos países asiáticos.
Yingluch Shinawatra, a primeira-ministra da Tailândia, é uma empresária de 44 anos que ganhou as eleições de agosto último e está se empenhando para conduzir um país profundamente dividido socialmente. Ela é irmã de Thaksin Shinawatra, deposta do cargo pela compra de submarinos e helicópteros para o país. Yunglush afirma que ser primeiro-ministro não é muito diferente de comandar uma empresa, mesmo que a Tailândia tenha sofrido uma de suas mais terríveis inundações.
Corazon Aquino e Indira Gandhi
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22 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Erico Guizzo, Discovery News, sonhos para o futuro
Sempre acreditei no futuro que parece estar chegando. Pela evolução que está ocorrendo, os automóveis do futuro não precisarão mais de motoristas. Erico Guizzo publicou no Discovery News notícias sobre o forte indício que este futuro já está próximo. A Google informa que a Toyota Priuses atingiu 300 mil quilômetros no tráfego da cidade, autoestradas e estradas montanhosas somente com intervenções ocasionais dos humanos. A Google efetuou demonstrações sobre a possibilidade com carros utilizados nos campos de golfe utilizando esta tecnologia.
O professor Sebastian Thrun da Universidade de Stanford e o engenheiro da Google Chris Urmson falam sobre o assunto num discurso recente na IEEE – Conferência Internacional sobre Robôs Inteligentes e Sistemas em São Francisco no último mês. Eles mostraram os testes realizados em vídeos, onde o computador de bordo detectava outros veículos, pedestres e sinais de trânsito. Eles informaram que o projeto pode reduzir os acidentes de tráfego, congestionamentos e economizar combustíveis.
Prius da Toyota pode ser a base para o carro do futuro
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17 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: Força de Autodefesa do Japão, Noda na parada militar, uso da bandeira de guerra | 4 Comentários »
Eventos militares do Japão, mesmo que sejam paradas, sempre acabam provocando controvérsias. O jornal Japan Today publicou uma foto do primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, passando em revista uma tropa da Força de Autodefesa do Japão, onde aparece o “hinomaru”, o pavilhão japonês utilizado em tempos de guerra. É o que vem acontecendo com maior frequência no Japão recentemente. Como todos sabem, depois da derrota na Segunda Guerra Mundial, a Constituição japonesa renunciou à criação de uma força militar, restringindo-se somente à chamada Força de Autodefesa, bem como o uso e presença de armamento atômico.
Yoshihiko Noda passa a tropa da Força de Autodefesa em revista. Foto: Japan Today
Esta Constituição elaborada pelos japoneses durante o período de ocupação do Japão pelas tropas militares norte-americanas refletia o ambiente da ocasião, ainda sob forte impacto dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Ainda que possa se entender o espírito do Japão, para muitos é anormal que um país independente tenha que viver sob o “guarda-chuva” de uma potência estrangeira, no caso a dos Estados Unidos, que enfrentam crescentes dificuldades para manter a sua hegemonia mundial.
Sempre que um primeiro-ministro do Japão visita, por exemplo, o Templo Yasukuni, em Tóquio, existem fortes manifestações políticas contrárias na Ásia, principalmente na China, pois ali, além de outros heróis japoneses, estão sepultados os considerados como criminosos de guerra do Japão derrotado na Segunda Guerra Mundial.
Diante dos atos praticados pelo Japão durante a Guerra, inclusive para o estabelecimento do chamado Eixo da Prosperidade, existem ainda resquícios fortes de contrariedade em muitos países asiáticos. Ao mesmo tempo em que a direita japonesa, cada vez com menos força, continua manifestando a sua contrariedade à política externa que vem sendo adotada pelo país.
Entende-se que todo país que não tem condições de cuidar de sua defesa externa não é totalmente independente, mesmo que tudo seja relativo. Do ponto de vista lógico, esta independência necessita ser alimentar, energética, militar e política, sendo que mesmo os Estados Unidos atual depende do fornecimento energético do exterior, a China da complementação alimentar externa etc.
Mas os seres humanos vivem de símbolos que são importantes, principalmente quando se fala da soberania nacional. E eles são sensíveis do ponto de vista emocional, ainda que a convivência política entre os que pensam de forma diferente seja de todo conveniente, resolvendo-se as controvérsias pelos meios diplomáticos.
17 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: atividades relacionadas à informática, ecologia, entrevista no Japan Today, Flavio Souza
Há alguns dias, permanece na página principal do site do jornal japonês Japan Today, editado em inglês, uma matéria sobre as atividades do brasileiro Flavio Souza, presidente do Fullciercle Innovations, escrito por Chris Betros. Segundo o autor, a empresa digital foi criada para desenvolver e promover inovações tecnológicas em prol de um planeta sustentável tendo dois sites, GreeITers.com e EcoAppsFree.com, que parecem estar ganhando a atenção da mídia.
A Fullciercle reúne profissionais e consumidores que pensam em ecologia no mundo digital, promovendo marcas e serviços sustentáveis. Flavio Souza, que vive há mais de 10 anos no Japão, com MBA obtido, conseguiu um emprego numa empresa de pesquisa de mercado até iniciar a operação de sua própria empresa.
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16 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: entrevista na Folha de S.Paulo, experiências administrativas japonesas, Murilo Ferreira, Vale | 2 Comentários »
Todos sabem que os sistemas de administração desenvolvidos no Japão ganharam espaços em todo o mundo. Numa entrevista concedida pelo presidente da gigantesca Vale, uma das maiores mineradoras mundiais com origem no Brasil, Murilo Ferreira, à Folha de S.Paulo, para a jornalista Maria Cristina Frias, ele se declarou meio mineiro e meio japonês, o que pode surpreender a muitos. Qual seria o significado de tal qualificação?
É preciso lembrar que Murilo Ferreira começou a sua carreira profissional colaborando com a Albrás/Alnorte, um projeto da então estatal Companhia Vale do Rio Doce com as empresas de alumínio do Japão, que depois de privatizada passou a utilizar somente o nome de Vale, como é conhecida mundialmente. Esta empresa ganhou projeção internacional quando estabeleceu com as siderúrgicas japonesas um sofisticado sistema logístico que permitia que o minério brasileiro chegasse às empresas do Japão de forma competitiva, ainda que tivesse concorrentes como os australianos e indianos que tinham custos de transportes mais baixos.
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13 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Japan Today, ele aprende com a experiência, robô que pensa | 2 Comentários »
O professor associado do Instituto de Tecnologia de Tóquio, Osamu Hasegawa, apresentou o primeiro robô no mundo que pensa, segundo o artigo publicado por Hiroshi Hiyama no jornal Japan Today de hoje. O Self-Organizing Network Incremental Neural (SOINN) é um algoritmo que permite o robô usar o seu conhecimento. Ele age como os seres humanos, apreendendo com a experiência e permite resolver problemas novos, parecendo ficção científica. O cientista está trabalhando para torná-lo capaz de executar tarefas para os quais não foi programado, e produzir bens que nunca viu antes.
O cientista concedeu uma entrevista à agência noticiosa AFP e o seu projeto examina o ambiente e coleta as informações que necessita para organizar as informações dadas, com um conjunto coerente de instruções. Dada uma ordem como “sirva água”, sem programas especiais para tanto, o robô atende às ordens. A máquina armazena informações que aprende para uso em tarefas futuras.
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13 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: alternativas mais custosas, artigo no Nikkei, uso do aço nos automóveis
Um artigo interessante foi publicado no jornal japonês Nikkei escrito por Ryohei Nakao diante das informações sobre o crescente uso de fibras de carbono, resinas e alumínio nos veículos, visando reduzir o uso de combustíveis. Mas os fabricantes de aços se mostram confiantes que seus produtos continuarão competitivos, tornando-os mais resistentes e leves. Estima-se que a redução de 30% no peso dos veículos melhore em 20% a eficiência no uso dos combustíveis, o que estimula a procura por novos materiais, segundo o artigo.
Não existe pânico na indústria siderúrgica, e seus representantes afirmam que o uso em massa de fibras de carbono nos veículos não é provável a curto prazo. Os preços do aço são um quarto do alumínio e um quinto das resinas. Ainda existe espaço para tornarem os aços especiais para veículos mais leves e resistentes com flexibilidade, como os que estão sendo desenvolvidos pela Nippon Steel e pela Kobe Steel, e a Nissan prevê o seu uso nos modelos de 2013.
Um grupo de 17 siderúrgicas afirma que o aço em estado de arte pode ser utilizado nos carros elétricos e é 35% mais leve que os de gasolina na mesma classe
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13 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: colecionadores, leilões de objetos de arte do Ocidente, objetos de arte chinesa
Um interessante artigo foi publicado por Kelly Crow no The Wall Street Journal considerando a influência da China no mercado de objetos de arte, tanto do Ocidente como do próprio País do Meio. Segundo estimativas feitas por especialistas da famosa casa de leilões Sotheby’s, os chineses estão gastando cerca de US$ 4 bilhões anuais em pinturas chinesas em todo o mundo, cifra que é superior ao que a Sotheby’s e a Christie’s, as duas mais conhecidas casas de leilões, venderam no ano passado de obras combinadas de impressionistas, modernas e contemporâneas.
Com o desenvolvimento econômico da China, os chineses se tornaram os mais importantes colecionadores do mundo atual, e eles estão prestigiando as obras produzidas na China, antiguidades como contemporâneas. O mercado mundial está se ajustando às preferências destes colecionadores, e objetos de arte da era Qing, como um vaso que está custando o mesmo preço que uma pintura de Van Gogh. Em breve, uma pintura com tinta chinesa ink vai acabar custando mais que um Picasso, segundo especialistas.
Vaso da Era Ming atinge valor recorde de US$ 22 milhões / Vaso de vinho da dinastia Shang foi vendido por US$ 3,330 mil. Foto: Imagens de Christie
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12 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: ajustamentos indispensáveis, China no mundo, vantagens e incômodos | 4 Comentários »
Muitos foram surpreendidos pelo aumento da presença da milenar e gigantesca China no mundo, principalmente nas últimas décadas. Além de se tornar o mais importante parceiro comercial de países como os Estados Unidos, o Japão e o Brasil, tanto pelas exportações como importações, transformou-se no maior supridor de recursos financeiros internacionais, até para atender continentes que passam por períodos difíceis como a Europa. Esta nova situação não é fácil de ser absorvida, pois vem acompanhada também do aumento de suas presenças política e militar, que sempre incomodam os que detinham até agora a hegemonia no cenário internacional, com destaque para os norte-americanos.
É uma situação singular, pois sempre existem os beneficiados e os prejudicados em todos os países como os relacionamentos com a China. Os que fornecem, com suas exportações, para este novo mercado que vem substituindo os que perderam dinamismo, como os Estados Unidos, a Europa e o Japão, podem se sentir aliviados, pois sem a demanda chinesa estariam numa situação complicada. Mas os que sofrem com as concorrências de produtos chineses, muitas vezes produzidos com a ajuda de empresas do seu próprio país que utilizam somente os recursos humanos baratos da China, se sentem incomodados. E quando este gigantesco dragão se movimenta militarmente para assegurar o suprimento de energia e matérias-primas que necessitam, mesmo com a incapacidade de fazer frente a estas manobras, as tensões se elevam de forma significativa, com os mais pessimistas prevendo uma inevitável confrontação, que seria catastrófica para todos.
Congresso Norte-americano e o Grande Salão do Povo
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