4 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Política | Tags: como The Economist vê Dilma Rousseff, composição do governo, pé no chão
Na composição do ministério de Dilma Rousseff, The Economist vê que ela conseguiu um trabalho razoável, atendendo as demandas do seu partido e da coligação que a apoia. Atendeu as necessidades de equilíbrio regional, ideológico com cerca de um terço de mulheres como ela queria. Fazendo Antonio Palocci como o chefe de sua equipe, mostrou a sua autoconfiança. Muitos não acreditavam que ela colocaria uma figura importante numa posição chave. Colocando Alexandre Tombini no Banco Central, mostrou aos investidores que manterá uma economia ortodoxa. Dá continuidade a Lula da Silva, mas com sua marca pessoal.
Ela gerenciará no sentido da eliminação da pobreza extrema, melhorando a qualidade de vida, da saúde e da educação, mantendo a estabilidade econômica e a inflação baixa.
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4 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: muitos artigos na imprensa, problemas da economia japonesa, processo de globalização
Todos sabem que algumas economias desenvolvidas enfrentam grandes dificuldades para se adaptarem ao atual ritmo de globalização e estão à procura de caminhos para que isto possa ocorrer, conectando-os com as correntes dinâmicas proporcionadas pelas economias emergentes. Um artigo de Malcon Foster, do Associated Press, foi aproveitado em diversos jornais, inclusive O Estado de S.Paulo, referindo-se aos recentes problemas japoneses.
Generalizou-se no Japão o conceito de que os japoneses sofrem da chamada Síndrome de Galápagos, por terem desenvolvido num arquipélago uma cultura com condições muito particulares, sem uma miscigenação que dificulta suas atividades do exterior. Suas lideranças políticas, empresariais e da administração pública, depois de impressionarem o mundo com o milagre econômico de recuperação do pós-guerra, enfrentam décadas de baixo crescimento, enquanto a sua população envelhece rapidamente. Suas iniciativas para romperem este estado de coisas ainda são limitadas, quando comparado com as efetuadas por outros países.
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3 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Política | Tags: revista de grande prestígio internacional, um balanço de peso, versão em português da Carta Capital
The Economist é uma das revistas inglesas mais conceituadas no mundo, e ela costuma publicar anualmente um balanço global sobre todos os continentes, os principais problemas existentes, avanços científicos, bem como as tendências que entendem do que ocorrerá nas próximas décadas. Uma versão em português foi licenciada para Carta Capital e merece a atenção de todos, mesmo que alguns analistas entendam que existe uma natural tendência liberal e democrática desta revista, que reflete muito a posição da London School of Economics, de cuja organização faz parte.
No seu conjunto, esta publicação dá a impressão que ela reflete os problemas que existem nas economias industrializadas, enquanto os emergentes ganham uma projeção acentuada, principalmente com a Índia com possibilidade de registrar um crescimento econômico superior ao da China em 2011, tendência que poderá persistir nas próximas décadas. Nota-se um mínimo de matéria relacionada ao Japão e nenhuma ao Brasil, ainda que algumas referências sejam feitas em diversos artigos.
Esta não é a única análise no mundo que destaca esta possibilidade hindu, pois a sua estrutura demográfica é mais jovem e acaba influenciando fortemente as questões de desenvolvimento a longo prazo. Evidentemente, existe uma crença que o regime hindu já tem uma longa tradição democrática, com uma forte herança da Grã-Bretanha, por ter sido uma de suas colônias, o que favorece o seu desenvolvimento, segundo os ingleses.
Apontam que existem problemas de finanças públicas, pois os diversos países fizeram substanciais esforços para saírem da recessão que se iniciou em 2008, ao lado dos encargos de uma população idosa dentro do modelo de democracia social.
Ainda que deixe transparecer as faltas de convergências na posição de muitos países, como nos problemas de desenvolvimento sustentável, bem como outros que afetam as relações entre os países, acaba adotando a posição de confiança no desenvolvimento tecnológico para superar o crescimento demográfico mundial que se aproximará dos sete bilhões de habitantes. O dramático é que mais de 60% deles estarão no continente asiático, fazendo com que o chamado Ocidente torne-se minoritário.
Muitos temas importantes são abordados por especialistas, alguns editores do próprio The Economist, além de muitos outros convidados. Inovam ao colocar a opinião de muitos sobre o que pode acontecer daqui a 25 anos, ao mesmo tempo em que registram algumas possibilidades, ainda que colocados em dúvida pelos próprios responsáveis pela revista.
De qualquer forma, todas estas respeitáveis opiniões, com uma perspectiva de longo prazo, devem ser objeto de atenção de todos os leitores, que certamente meditarão sobre os temas abordados.
28 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: equipamentos submersos e automatizados, importante artigo no Valor Econômico, um novo Vale do Silício para o pré-sal | 2 Comentários »
Um importante artigo publicado pelos jornalistas Cláudia Schuffner e Francisco Góes, no Valor Econômico de hoje, informa sobre a verdadeira revolução tecnológica na qual está se engajando a Petrobras para a exploração em águas profundas da camada do pré-sal. Os atuais equipamentos que utilizam plataformas flutuantes serão transferidos para uma verdadeira cidade submersa onde os principais equipamentos estarão localizados, e funcionarão comandados à distância ou de forma automática.
Para o desenvolvimento destas tecnologias está se instalando um verdadeiro Vale do Silício na Ilha do Fundão, na área da UFRJ, com a cooperação de universidades, Petrobras e empresas fornecedoras, segundo Segen Estefan, diretor de tecnologia e inovação da Coppead, instituto de pesquisa em administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
UFRJ na Ilha do Fundão. Plataforma da Petrobras
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27 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Empresas | Tags: atuação no mundo globalizado, comportamento na crise, duas últimas notas de Carlos Ghosn
Carlos Ghosn, o empresário brasileiro que comanda a aliança da Renault-Nissan, completa com duas notas sua série de cinco artigos publicados no jornal japonês Nikkei, referindo-se ao comportamento de uma empresa global durante a crise e a liderança empresarial no mundo globalizado. Ressalte-se que esta série é algo inusitado na imprensa japonesa, demonstrando o elevado prestígio que ele tem no mundo empresarial do Japão, quando o país tenta superar sua estagnação econômica.
Na quarta nota, ele constata as lições que absorveu na superação da crise mundial de 2008/2009, considerada sem precedentes. Como um terço da população mundial vive hoje na China e na Índia, ele entende que há novos desafios, que precisam ser superados com novas parcerias, como as que estabeleceram com a Mitsubishi, paralelamente ao aprofundamento da aliança Renault/Nissan. A consolidação de um grande grupo tornou-se uma necessidade.
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27 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: acordo do Asean com a China, artigo no New York Times, investimentos estrangeiros | 2 Comentários »
O Vietnã é mais conhecido em todo o mundo por causa da guerra que acabou expulsando as tropas norte-americanas do seu território, mesmo com armamentos precários. Este país tem uma população mais que o dobro do Estado de São Paulo e um território cerca de 30% maior e vem chamando a atenção mundial pelo seu rápido desenvolvimento econômico recente. Sua determinação política é marcante, consolidada por muitas guerras, tendo conquistado a sua independência da Indochina controlada pelos franceses. E consegue manter a China fora de suas terras, mesmo que na antiguidade tenha feito parte do seu território.
Wayne Arnold, do The New York Times, escreveu um artigo publicado no O Estado de S.Paulo afirmando que ela prospera seguindo a receita da China. Não há dúvida que a elevação salarial que se observa na economia chinesa transfere parte dos investimentos estrangeiros para o Vietnã, mas isto não parece refletir toda a sua história que é mais rica nos fatores que lhe asseguram uma importância no futuro.
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23 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: opinião nos BRICs, pesquisa da Gallup International, resultado no Brasil
Ainda que as pesquisas de opinião da população sobre como será 2011 não signifique que ela seja decisiva, pode-se concordar que o otimismo sempre é um fator que favorece a obtenção de melhores resultados. Como realiza anualmente, a Gallup International fez uma abrangendo 52 países e 64 mil entrevistados, e no Brasil, segundo o site da Folha, ela esteve a cargo da Ibope Inteligência. 73% dos pesquisados brasileiros acham que 2011 será melhor que o ano anterior, só sendo superado pelo resultado da Nigéria.
As populações dos países que fazem parte do grupo BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China estão entre as mais otimistas, o que certamente contribui para que obtenham melhores resultados. Os africanos estão entre os que esperam um ano melhor, enquanto o mesmo otimismo não se observa no mundo chamado desenvolvido.
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23 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: alimentos saudáveis, amazônicos, criação de peixes, marítimos e fluviais
Com o aumento substancial da demanda de alimentos saudáveis em todo o mundo, a criação de peixes generalizou-se, com o intenso uso da piscicultura, tanto dos originários dos mares como de rios e lagos. As tecnologias para tanto estão se desenvolvendo, de forma que novas variedades de pescados estão sendo criadas, a partir de algumas práticas mais eficientes e produtivas. Hoje, são muitas que estão sofrendo melhoramentos genéticos, com cruzamentos das que apresentam algumas vantagens, como facilidade de criação, sabor adequado ou elevada produtividade.
No Brasil a estatal Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, com a colaboração de outras instituições de pesquisa, vem coordenando trabalhos para o melhor desenvolvimento de algumas variedades de pescados ou frutos do mar, como tilápia, cachara, camarão-branco e tambaqui.
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20 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: absorção chinesa da tecnologia estrangeira, atração do gigantesco mercado, concorrência no exterior, tecnologia do trem rápido
Um interessante artigo do jornalista John Gapper, do Financial Times, publicado na Folha de S.Paulo, apresenta um bom resumo do atalho tecnológico chinês, como vem sendo divulgado por este site. Como observamos, todos ficam impressionados, inclusive este jornalista inglês, quando usam os novos trens rápidos chineses, que estão sendo implantados com uma velocidade impressionante. Somente a Kawasaki Heavy reclama que sua tecnologia foi utilizada com pequenos aperfeiçoamentos introduzidos pelos chineses, pois os demais fornecedores como a General Eletric, Bombardier, Siemens e Alstom preferem se calar publicamente, diante da possibilidade conseguir ainda algumas vantagens dos chineses.
O fato concreto é que os chineses passam a competir no mercado internacional com pequenos aperfeiçoamentos efetuados em cima da tecnologia que lhes foi transferida pelos grupos estrangeiros, deixando de ser utilizada somente na China. Inclusive em grandes projetos nos Estados Unidos, num entendimento consorciado, que retira a força de uma reclamação internacional.
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16 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: China, investimentos em P&D, japao, ritmo de crescimento chinês, USA
Os dados publicados por Gautan Naik num artigo no Wall Street Journal Asia informam que a China supera em 2011 os investimentos que serão efetuados em pesquisa e desenvolvimento pelo Japão, tornando o segundo no mundo, ainda liderados pelos Estados Unidos que despenderam US$ 395,8 bilhões em 2010. Eles estão baseados nos estudos efetuados pelo Battelle Memorial Institute, que pode ser considerada uma instituição insuspeita, pois gerenciam seis laboratórios nacionais para o Departamento de Energia dos Estados Unidos.
Os chineses continuam aumentando seus investimentos nestas áreas, tendo despendido US$ 141,4 bilhões em 2010 e programam US$ 153,7 bilhões em 2011, enquanto os japoneses investiram US$ 142,0 bilhões e pretendem despender US$ 144,1 bilhões em 2011. Outros dados desta instituição informam que o Brasil firma-se como líder latino-americano, ainda longe dos asiáticos, pois também a Índia apresenta uma perspectiva auspiciosa.
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