Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Investimentos Estrangeiros e Chineses no Brasil

21 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: contribuições, cuidados a serem tomados, investimentos estrangeiros | 4 Comentários »

A Folha de S.Paulo publicou artigos dos jornalistas Julio Wiziack e Fabiano Maisonnave com informações sobre os investidores chineses no Brasil, principalmente das estatais State Grid, Sinochem, Wisco e ECE. Descrevem como as missões destas empresas se comportam quando no Brasil, com certo ar de admiração pelo seu comportamento modesto.

Todos os investimentos estrangeiros são bem-vindos na medida em que ajudam a transferir tecnologias que não temos no Brasil, ampliam as nossas exportações e criam empregos locais. Mas sempre é preciso defender os interesses nacionais, sabendo que eles não estão procurando desenvolver este país, buscando assegurar o suprimento da economia deles, notadamente quanto ao abastecimento de matérias-primas. O Brasil não pode se tornar colônia de outras potências e mero supridor de matérias-primas, mas utilizar os recursos naturais agregando valor e beneficiando a população brasileira. Se isto puder ser feito com benefícios para os estrangeiros, muito bem.

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Concorrência Brasileira do Trem Rápido e Outros Cuidados

20 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: outros critérios de avaliação, preços, qualidade

Os analistas mais responsáveis estão notando que importantes inovações, como os trens rápidos cogitados para implantação no Brasil, demandam estudos cuidadosos, não podendo ser subordinados a cronogramas esportivos ou políticos. Como são projetos de longa duração, é preciso ficar atento, além nos preços das construções como das tarifas, nas transferências de boas tecnologias.

Os editais cogitados ainda concentram demasiada atenção aos preços, sem que a qualidade seja considerada essencial. A topografia predominante em território brasileiro, principalmente na área prioritária que contaria com demanda expressiva, desde a região de Campinas, São Paulo, Guarulhos e até o Rio de Janeiro, é de apreciável desnível, que recomenda técnicas específicas, que nem sempre são as mais baratas.

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Gigantes Eletrônicos Japoneses se Movimentam

18 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: associações, celulares, concorrência externa

O jornal econômico japonês Nikkei de hoje informa que grandes movimentações de empresas eletrônicas japoneses começaram a ocorrer, pressionados pelas associações que ocorrem no exterior, procurando sinergias para novas batalhas, superando seus negócios deficitários. A mais significativa é a movimentação da Toshiba, associando-se com a Fujitsu nas operações com celulares. Os chairman Atsutoshi Nishida e o presidente Norio Sassaki, da Toshiba, forçaram a junção de seus esforços conjuntos, incluindo o Smartphones, mesmo o comando ficando com a Fujitsu.

O Nikkei informa que a Toshiba não se satisfez somente com entendimentos com a Panasonic e a Sharp neste setor. Isso em função das batalhas provocadas pela Hewlett Packard/Palm para enfrentar o iPad da Apple e as movimentações da Google, que já provocaram a associação da Yahoo/Nokya.

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Norio Sassaki, presidente da Toshiba

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Impacto do Aumento no Preço do Minério de Ferro e Carvão

17 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: demais setores, novo sistema de preços dos minérios, siderurgias

Um interessante artigo publicado no Nikkei mostra como está se propagando por toda a economia o aumento dos preços dos minérios de ferro. Refere-se ao acerto da Nippon Steel com a Toyota, mas mostra que esta mudança começou pelo acordo entre a BHP Billiton e a Rio Tinto, que conta com a participação da Mitsubishi.

A Vale brasileira só acompanhou o mercado, que passou de um sistema de ajustamento anual de preços para trimestral, ainda que a imprensa brasileira tenha destacado como grande responsável a mineradora brasileira. A Toyota foi obrigada a aceitar o reajuste trimestral de preços das chapas de aço que, além do minério de ferro, sofreu o aumento do preço do carvão mineral.

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Toyota Retoma a Segunda Planta em Sorocaba

17 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: anúncio no Nikkei, pequenos veículos para países emergentes, Toyota no Brasil

toyotalogo A matriz da Toyota na proximidade de Nagoya, Japão, divulgou no jornal econômico Nikkei desta quinta-feira, dia 17 de junho, a retomada do seu projeto da segunda planta em Sorocaba, Brasil, que tinha sido suspensa com a crise econômica. Ela terá capacidade de produzir pouco mais de 100.000 unidades anuais de veículos pequenos voltados ao mercado local e de países emergentes, com o início da produção prevista para o começo do próximo ano.

O mercado brasileiro acusou em 2009 um crescimento de mais de 11%, e nos primeiros quatro meses deste ano superou a Alemanha, tornando-se a quarta maior do mundo, depois da China, dos Estados Unidos e do Japão. O jornal Nikkei informa que a Fiat, Volkswagen e a GM controlam 60% do mercado brasileiro e a Toyota pretende aumentar a sua participação, mas com um orçamento menor que o inicialmente previsto.

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A Copa do Mundo é Um Grande Negócio Mundial

14 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: mesmo nos países não participantes, patrocinadores, publicidade mundial, turismo

As informações disponíveis dão conta que metade das verbas publicitárias relacionadas a todos os esportes é destinada ao futebol, o que dá uma ideia da sua importância. As empresas de materiais esportivos e de bebidas populares, bem como as televisões e outros meios de comunicação, além dos relacionados com as construções e os turismos, aproveitam a Copa do Mundo que atrai as atenções do público. E desenvolvem campanhas que disseminam mundialmente esta competição, chamando a atenção sobre a África do Sul e todos os astros envolvidos. Muitos começam a conhecer este país que é de zona temperada, localizando-se abaixo do Trópico de Capricórnio, quando a imagem é de um país africano tropical.

Mesmo nos países que não participam, ficando fora dos 32 que participam diretamente da atual Copa do Mundo, as televisões, os de bebidas e as lojas de material esportivo, principalmente, dão destaque ao evento. Como são produtos de consumo popular, como a Coca Cola, o evento se torna uma festa que só se rivaliza com as Olimpíadas, num mundo que necessita de ídolos.

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Kaká, garoto propaganda da alemã Adidas e da grife italiana Giorgio Armani. E as empresas brasileiras?

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Dificuldades Estimulam a Criatividade

12 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: criatividade para superar dificuldades, Nippon Steel, Oji Paper, produção de etanol

Quem não tem cão caça com gato. Duas grandes e tradicionais empresas, como a Nippon Steel, pela sua subsidiária de engenharia, estabeleceram com a Oji Paper, uma gigante do setor de papel, um projeto conjunto para aproveitar resíduos de papel e de celulose para produzir etanol. Estas empresas já operam no Brasil. Normalmente, o etanol vem sendo produzido da cana ou de cereais como o milho, produtos escassos no Japão, com maior eficiência.

As dificuldades estão forçando as empresas a usar de todos os seus conhecimentos para aproveitar tudo o que é possível, utilizando os conhecimentos e as matérias-primas que dispõem, para produzirem energias limpas.

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O METI Anuncia Suporte Para Atividades Culturais

8 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: atividades culturais, design, mangá, serviços

O governo japonês, por intermédio do seu Ministério de Economia, Indústria e Comércio Exterior, anuncia que vai dar suporte para atividades culturais no exterior. Envolveria “design”, “fashion” de toda natureza como serviços, o que pode parecer estranho, pois melhoraria a compreensão da cultura daquele país, mas teria um impacto baixo na promoção de sua economia interna.

É evidente que para os envolvidos em atividades culturais é uma boa notícia, e ainda que possa promover o intercâmbio comercial, seu poder multiplicador aparenta ser baixo. Pode estar envolvendo a prestação de serviços como já vem sendo efetuado no Brasil, na área do saneamento. Ou mais recentemente na Índia, onde está se propondo cooperar nos estudos de projetos de infraestrutura e suas avaliações, como foi feito no passado.

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Esforços da APEC e Melhoria do Comércio Internacional

7 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: APEC, Doha, esforços, limitações | 2 Comentários »

As declarações dos ministros de diversos países agregados na APEC – Associação dos Países da Bacia do Pacífico registraram que avanços foram alcançados, mas foram somente manifestações diplomáticas, afirmando serem a favor do avanço da Rodada de Doha. Na realidade, os discursos são todos a favor de avanços na maior liberalização do comércio mundial, mas metas não foram estabelecidas. Desta organização faz parte o México e o Chile, concorrentes do Brasil.

Lendo cuidadosamente os dados divulgados, nota-se que existem resistências de todos os lados. Como a tentativa de separar os entendimentos dos principais países asiáticos, como a China, o Japão e a Coreia do Sul com a Asean – Países do Sudeste Asiático, que tendem a acelerar algum tipo de acordo de livre comércio entre eles. Os Estados Unidos e os sul-americanos ficariam fora, pois as resistências americanas são conhecidas.

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Comportamento das Empresas Asiáticas

4 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: empresas asiáticas, instalações em outros países, operação globalizada

Procurando acompanhar o comportamento de diversas empresas asiáticas, nota-se uma tendência cada vez mais acentuada na procura diversificada de suas presenças produtivas e operacionais em diversos países, notadamente na Ásia. Que continua apresentando um crescimento acentuado, com destaque para a China e a índia, mas se espalhando por outros vizinhos.

Comportam-se como se fossem indiferentes, e estivessem dentro de um mesmo país, com pequenas diferenças regionais. Ainda que as moedas sejam diferentes, observa-se que este comportamento é possível, pois seus juros e impostos costumam ser baixos, e as tarifas continuam caindo com o crescente estabelecimento de acordos de parceria econômica ou de livre comércio. As empresas procuram os mercados mais promissores, levando em conta os custos dos salários, que ainda apresentam diferenças, mas estão se atenuando.

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