16 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: China Daily sobre o comunicado conjunto, dois maiores poluidores do mundo, esperanças para 2015, visita de John Kerry à China
Os dois maiores poluidores do mundo, os Estados Unidos e a China, se comprometem, num comunicado conjunto relacionado com a visita do secretário de Estado John Kerry à China, a reforçar seus diálogos para a partilha de informações sobre os respectivos planos pós 2020 para limitar as emissões de gases de efeito estufa. O jornal oficial da China, China Daily, divulga o comunicado conjunto, que em termos diplomáticos marcam os entendimentos que, ainda que vago, talvez seja o mais forte compromisso já assumido pelos dois países, que boicotaram o Protocolo de Kyoto de 1997. Como todos devem saber, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, patrocinado pelas Nações Unidas, disse num relatório de setembro passado que estavam convencidos que os seres humanos são os principais responsáveis pelo aquecimento global.
O secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, diz que um grande número de países trabalha objetivamente para chegar a um acordo em 2015 para combater o aquecimento global de forma operacional. Ele nomeou o ex-prefeito de Nova York, Michel Bloomberg, o ex-presidente de Gana, John Kufuor, e o ex-primeiro-ministro norueguês Jens Stoltenberg como enviados especiais da ONU sobre mudanças climáticas. Todos estão cientes que os grandes países poluidores resistem no estabelecimento de metas e mecanismos eficientes para se chegar a um acordo em 2015. O assunto vital para o mundo foi discutido na entrevista de John Kerry mantido com o primeiro-ministro chinês Li Keqiang.
John Kerry com Li Keqiang. Photo: Xinhua
Todos estão cientes que tanto os Estados Unidos como a China desejam estabelecer suas próprias metas e as formas pelas quais esperam contribuir para o mundo na redução das mudanças climáticas global, sem se comprometer com um acordo global no âmbito das Nações Unidas. Mas isto já não é aceitável para o resto do mundo, e esforços especiais estão sendo efetuados, e as dificuldades climáticas recentes em todo o mundo devem estar provocando mudanças nas opiniões públicas, tanto dos norte-americanos como chineses.
Os especialistas em questões ambientais, diante de tantas dificuldades encontradas no passado, são cautelosos sobre as possibilidades de um entendimento amplo, global e operacional, pois os países emergentes que querem preservar as florestas em pé, bem como outros projetos de sustentação, desejam que existam mecanismos efetivos de crédito de carbono para os mesmos projetos, com a constituição de fundos dos países avançados para tanto.
Muitos países europeus têm envidados esforços de formas técnicas para tanto, mas os obstáculos políticos têm prevalecido. O comunicado conjunto dos Estados Unidos e da China, de caráter eminentemente político, mostram que ambos se comprometem a contribuir significantemente para o sucesso global em 2015 para atender os desafios existentes, na reunião programada para Paris para o próximo ano. Espera-se que, desta vez, haja esperança para um avanço significativo, ainda que seja natural um pessimismo diante de tantos fracassos passados.
É preciso ser realista sobre um assunto tão complexo, mas sempre se deve manter as esperanças que os seres humanos continuam racionais diante de tantos e agudos problemas climáticos que estão afetando a todos, com evidências de um aquecimento global.
Tanto os Estados Unidos como a China, além de serem os principais responsáveis pelos lançamentos de gases de efeito estufa, também estão sofrendo com as grandes irregularidades climáticas que estão afetando diretamente a eles e a todos. Como estão sendo constantemente apontados pela opinião pública mundial, espera-se que, com suas determinações políticas que estão evoluindo, venham a adotar compromissos claros diante do mundo.
9 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: colocações cuidadosas do The Economist, despertar da direita japonesa, problemas na comunidade nipo-brasileira, radicalismos nas sociedades pouco miscigenadas, tendências de revisões das leituras históricas | 2 Comentários »
Parecem que existe uma tendência para posições políticas radicais nacionalistas entre povos como os japoneses que tiveram poucas oportunidades de miscigenação com outras etnias, orientações que pouco contribuem nas convivências com outros povos que pensam de forma diferente. O que vinha se discutindo no Japão acabou sendo objeto de artigo no The Economist, referindo-se às nomeações efetuadas para a direção da rede oficial de televisão do Japão, a NHK, quando o novo diretor geral Katsuto Momii expressou numa entrevista que problemas como os que ficaram conhecidos como “confort women”, quando mulheres coreanas, chinesas e filipinas foram utilizadas pelas tropas japonesas como escravas sexuais na Segunda Guerra Mundial. Ele expressou que isto era usual em guerras, como teria também acontecido na Europa, apesar de ter se desculpado posteriormente por ter provocado desconfortos internacionais.
Na mesma linha, outro nomeado para o Conselho de Diretores da NHK, Naoki Hyakuta, teria afirmado que o massacre de Nanjing, onde muitos milhares de chineses foram executados, teria sido um episódio de propaganda, que nunca teria ocorrido. Estas manifestações ocorrem na esteira da visita do primeiro-ministro Shinzo Abe ao templo Yasukuni, onde restos mortais de muitos criminosos de guerra estão depositados, ao lado de outros considerados heróis pelos japoneses. Outras manifestações do atual governo procuram marcar uma posição nacionalista, diante das disputas de ilhas com a China, a Coreia do Sul e com a Rússia, cogitando-se de mudanças no Sistema de Auto-Defesa do Japão que poderia participar de ações militares mais amplas. Seriam declarações que procuram agradar a radical direita japonesa que era inexpressiva em termos eleitorais, mas que acabam ganhando projeção, mesmo que as pesquisas indiquem que os eleitores japoneses continuam apoiando as posições pacifistas que constam de sua Constituição.
Katsuto Momii, diretor geral da NHK
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4 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: coluna de Delfim Netto no Valor Econômico, entrevista de Luis Stuhlberger para a Folha de S.Paulo, participação da China e do resto do mundo, problemas dos EUA e dos emergentes
Duas apresentações magistrais esclarecem de forma simples os problemas de países emergentes, notadamente do Brasil, diante do quadro atual de acentuado nervosismo na economia mundial. Luis Stuhlberger, considerado um dos melhores operadores de fundos, atualmente no Credit Suisse-Hedging Griffo que administra fundos de RS$ 20 bilhões no Brasil, esclarece as responsabilidades pela atual crise numa entrevista concedida à Mariana Carneiro da Folha de S.Paulo. Para ele, não se trata da política do FED – Sistema Federal de Reservas, o Banco Central dos Estados Unidos, nem da redução do crescimento da China, pois quando o dinheiro estava fácil no mundo e o clima favorável, os países emergentes, inclusive o Brasil, não efetuaram as reformas que eram necessárias.
Outro esclarecimento é fornecido pela coluna do professor Delfim Netto no Valor Econômico mostrando Janet Yellen, hoje presidente do FED, mas já membro do Fomc – o Copom dos EUA em 2002, explicando as suas relações com os países emergentes. Os norte-americanos cuidam de sua economia, que, por ser importante no mundo, acaba provocando facilidades e dificuldades no resto do mundo. Mas caberia aos emergentes cuidarem de suas economias, o que nem sempre fazem quando o clima é favorável, para sofrerem quando as dificuldades se acumulam.
Prédio do do FED em Washington e do Great Hall of People em Beijing
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3 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: as características da presidente Dilma Rousseff, avaliação das mudanças iniciais dos ministros, indícios das melhorias possíveis, o melhor dentro das restrições existentes
Diante das conveniências eleitorais, a presidente Dilma Rousseff iniciou as primeiras mudanças no seu ministério, que dentro das limitações políticas existentes devem ser consideradas as escolhas mais convenientes. Todos sabem que a ministra chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann retorna ao seu cargo de senadora para disputar o governo do Estado do Paraná e o ministro da Saúde Alexandre Padilha o governo do Estado de São Paulo, em eleições disputadas, onde os candidatos já posicionados são considerados fortes. Dentro das atuais circunstâncias, as soluções adotadas parecem as mais recomendáveis.
O posto mais relevante é sem dúvida a da Casa Civil, que dentro do atual quadro exige um titular com experiência na administração pública, que tenha também um transito adequado junto aos políticos e empresários. Aloizio Mercadante já é uma figura conhecida e experimentada na política, e sendo senador sempre encontrará maior facilidade no difícil diálogo, mesmo nos bastidores com os seus colegas políticos e empresários podendo preparar o terreno para um acerto final com a presidente. Tendo sido ministro de Ciência e Tecnologia bem como da Educação conhece toda a burocracia indispensável para o bom funcionamento do Executivo, tendo também uma visão geral dos problemas brasileiros no contexto do mundo globalizado em que se encontra o Brasil. Deve tomar as precauções para não se chocar com outros ministros, notadamente da área econômica.
Aloizio Mercadante José Henrique Paim Arthur Chioro Thomas Traumann
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2 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo interessante no Nikkei Asian Review sobre a Malásia, comparações com o Brasil, efeitos do desaquecimento no crescimento econômico, os problemas étnicos religiosos
Conheci a Malásia, ela que apresenta muitas semelhanças climáticas com parte da Amazônia brasileira como as das áreas próximas do Estado de Pará com florestas tropicais. Ela se tornou uma importante fornecedora mundial de borracha que os ingleses levaram para aquele país, diante das dificuldades que encontravam no Brasil com pragas, como em Fordlandia. Como conseguiram grandes plantações, os brasileiros importam estas matérias-primas até hoje daquela região. Ainda que seus problemas sejam bastante diferentes dos brasileiros, eles conseguiram o desenvolvimento com investimentos estrangeiros no processo de globalização, mas hoje enfrentam problemas com os desaquecimentos que atingem a maioria dos países emergentes, diante do seu próprio crescimento que elevou seus custos de salários. É um país onde o sultanato é básico, e a sua população é 60% de origem malaia e muçulmana, mais pobres, e com 30% de descendentes de chineses, 25 vezes mais ricos que o outro grupo étnico, o que é dramático.
Um artigo publicado por Wataru Yoshida, do Nikkei Asian Review, esclarece alguns destes problemas. Com a maioria da população de origem malaia, eles ganharam as eleições, o que vêm aumentando as tensões locais, diante de uma política que procura melhorar as condições da população desta etnia, provocando migração para o exterior dos de origem chinesa, que estão mais qualificados. É preciso entender que a Malásia faz fronteira com Cingapura que é uma ilha, onde o seu desenvolvimento continua acentuado com serviços, contando hoje com 60% de população de origem chinesa, consolidando-se com uma capital regional extremamente dinâmica.
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1 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo de Tony Capaccio do site da Bloomberg, capacidade para atuar contras seus vizinhos asiáticos, elevação da capacidade militar chinesa, informação da Força Aérea dos EUA, novos testes de mísseis chineses de ultra-alta velocidade | 6 Comentários »
Tony Capaccio publica no site da Bloomberg uma matéria com base nas exposições de Lee Fuell, diretor do Centro de Inteligência da National Air and Space da Força Aérea dos EUA, sobre a elevação da capacidade militar da China. Desde que Xi Jiping assumiu o comando da Comissão Militar Central daquele país, os chineses realizaram exercícios militares no Pacífico e no Mar Sul da China, e ampliaram a zona de defesa aérea sobre ilhas em disputa com o Japão. Ainda que seus gastos militares sejam um quinto dos norte-americanos, estão criando um exército forte e disciplinado, bem como aumentando o poder aéreo e naval, principalmente para média distância, podendo bloquear ou invadir Taiwan. Eles procuram deter ou evitar a intervenção militar dos EUA na região.
Bill Gertz, do The Washington Free Beacon, publica uma matéria sobre os novos mísseis chineses testados no último dia 9 deste mês de janeiro que são considerados de ultra-alta velocidade, destinadas a transportar ogivas através de defesas antimísseis dos Estados Unidos. Eles estão apelidados de WU-14 pelo Pentágono e parecem projetados para serem lançados transportados inicialmente por um dos mísseis balísticos intercontinentais da China, deslizando posteriormente à velocidade de até 10 vezes a do som a partir da proximidade do alvo, deixando de ser somente para a guarda costeira. O assunto ainda não está sendo comentado pelas autoridades norte-americanas.
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29 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: alterações nos livros escolares, anexação de uma antiga resolução do Congresso Norte-Americano na ata das dotações de 2014, combustível na fogueira, declarações do novo chairman da NHK, necessidade de entendimentos em nível elevado
As disputas dos japoneses com os chineses e coreanos sobre ilhas nos mares que circundam o Japão, a China e a Coreia continuam sendo alimentadas por declarações e atos que em nada contribuem para a redução das tensões que poderiam almejar soluções diplomáticas ou arbitradas. O Peru e o Chile aceitaram a arbitragem feita pela Corte de Haia sobre as áreas do Pacífico que eram pretendidas pelos dois países, estabelecendo os limites dos mares territoriais de ambos os países. É verdade que os problemas no Extremo Oriente decorrem de guerras mais violentas, mas sempre estas decisões diplomáticas são preferíveis às tensões que podem resultar em alguns incidentes de maior monta, que em nada contribuem para o mundo que já conta com excessivos problemas.
O novo presidente da rede de televisão estatal NHK do Japão, Katsuto Momii, respondeu numa entrevista a uma questão sobre o chamado “comfort women”, que se refere às mulheres chinesas, coreanas e filipinas que foram utilizadas sexualmente pelas tropas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial, e minimizou a sua importância, o que irrita os povos afetados, informando que isto ocorreu não só com os japoneses, mas em outros países até europeus quando havia guerras. Paralelamente, o ministro da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia Hakubun Shimomura anuncia que os livros didáticos japoneses serão revisados, explicitando que as ilhas Senkaku e Takeshima, objetos de disputas com os chineses e coreanos do sul, deixando claro que são territórios inerentes do país, quando deveria se constar que estão em litígio.
Katsuto Momii (foto: AP) Hakubun Shimomura
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27 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: Carta aos Brasileiros de Dilma Rousseff em Davos, dificuldades econômicas e políticas, dificuldades que se acumulam num período difícil da economia, PT admite o segundo turno
Num artigo publicado por João Domingos no O Estado de S.Paulo informa-se que muitos dirigentes do PT – Partido dos Trabalhadores admitem que na próxima eleição presidencial a possibilidade de um segundo turno seria extremamente elevada, quase certa. Entre eles estaria Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, e o presidente nacional do partido Rui Falcão, ainda que o marqueteiro João Santana tenha revelado uma opinião diferente em outubro do ano passado. A continuidade de muitas manifestações contrárias às vultosas obras da Copa do Mundo, ainda que com um número mais limitado de participantes, seria um dos motivos que provocaria a redução do apoio à presidente, o que já se observou também com Lula da Silva. Os resultados econômicos, com a falta de um crescimento mais robusto, e uma persistente pressão inflacionária e um desemprego em ascensão seriam fatores que estariam contribuindo para esta situação.
Dadas as claras resistências dos empresários brasileiros e estrangeiros em apoiarem o atual governo, entendendo que existe uma exagerada interferência governamental no mercado, em setores que variam da energia à elaboração da infraestrutura, levaram a presença de Dilma Rousseff na reunião do Fórum Econômico Mundial realizado em Davos. O governo está sendo culpado pelo baixo crescimento econômico, persistência das pressões inflacionárias e até um aumento do desemprego. Ela fez um longo pronunciamento informando sua posição ideológica, que seria algo semelhante com a Carta aos Brasileiros de Lula da Silva, que deixou uma clara posição a favor do comando do mercado, além de participar de uma reunião restrita com os empresários, como noticia o artigo de Claudia Safatle publicado no Valor Econômico, tentando reduzir a desconfiança do mercado.
Gilberto Carvalho Claudia Safatle
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27 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigos no Project Syndicate, condições a serem preservadas, dois eminentes autores comentam, exceções, problemas decorrentes, tanto no crescimento como na estagnação
Dois eminentes autores, o Prêmio Nobel de Economia e professor da New York University Michael Spence e o presidente do Council on Foreign Relations Richard N. Haass, que também desempenharam papéis importantes em diversos organismos oficiais, sendo autores de importantes livros, comentam em artigos recentes publicados pelo Project Syndicate sobre o agravamento das desigualdades econômicas no mundo, notadamente entre pessoas. Apesar de estarem preocupados com a necessidade de coesão social e política influenciada pela melhoria nesta distribuição, mostram-se preocupados com tendências para uma redistribuição induzida que afete as possibilidades de manutenção do processo de desenvolvimento, o que resulta na perpetuação destas diferenças, com honrosas exceções como a do Brasil que infelizmente não apresenta um crescimento vigoroso.
Michael Spence observa que, depois da crise de 2008 experimentada pelas economias desenvolvidas, esperava-se uma discussão sobre o crescimento, emprego e a desigualdade da renda. A recuperação está se mostrando lenta, com pouca criação de empregos, piorando a distribuição de renda, antes e depois da crise. Os ganhos de renda estão concentrados nas classes altas, com diferenças na qualidade da educação. Ele tece uma série de considerações teóricas e acadêmicas sobre o assunto, não se mostrando muito otimista sobre a possibilidade de melhoria na distribuição de renda, que dependeria fortemente dos investimentos públicos.
Michael Spence Richard N. Haass
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25 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: a manutenção da demanda, a melhoria na distribuição de renda, boas vindas para os investimentos estrangeiros, discurso longo e cheio de explicações, necessidade de colaboração do setor público e privado, os investimentos programados | 2 Comentários »
Como está se tornando rotineiro, o discurso da presidente Dilma Rousseff para os empresários, agora reunidos no Fórum Econômico Mundial em Davos foi uma longa explicação das medidas tomadas pelo governo brasileiro, mostrando que muitos projetos necessários já estão em andamento, conseguindo a manutenção do emprego, promovendo a ampliação da classe média brasileira, mesmo com a crise mundial que foi a mais forte desde 1929. Estas explicações olho no olho, de quem é a responsável principal pela política brasileira são sempre importantes e devem induzir esclarecimentos adicionais para os que estão interessados em investir no Brasil.
O que estes experientes empresários gostariam de saber é a causa da falta de crescimento da produção interna, notadamente de produtos industriais que acompanhasse esta ampliação da demanda que se observou no Brasil. Uma parte substancial dela teve que ser atendida pelo aumento das importações, agravando a situação da balança comercial.
É positiva a declaração do seu empenho pessoal em manter o controle da inflação, bem como dos gastos públicos, contando com a colaboração do setor privado nos investimentos indispensáveis, que são muitos e foram adequadamente listados. Muitos deles estão, infelizmente, atrasados, dadas as dificuldades conhecidas de gestão que continuam emperrando a boa execução dos mesmos.
Dilma Rousseff duraante discurso em Davos
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