Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Limites Para o Direito de Propriedade Intelectual

7 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: caso em julgamento na Suprema Corte dos EUA, conhecimento decorrente de outros, importante na medicina, Joseph Stiglitz discute os limites da propriedade intelectual

Joseph Stiglitz é Prêmio Nobel de Economia, professor da Universidade de Columbia e discute no seu artigo no Project Syndicate os limites para o direito de propriedade intelectual, com base num caso que está sendo discutido na Suprema Corte dos Estados Unidos. Uma empresa, Myriad Genetics, afirma que possui os direitos de qualquer teste para detectar a presença de dois genes críticos associados com o câncer de mama, mesmo os que foram desenvolvidos pela Universidade de Yale, de custos mais baixos. Ele menciona que para esta empresa o lucro supera todos os demais valores, incluindo o da própria vida humana.

Muitos economistas costumam relacionar o direito de propriedade intelectual com o incentivo às inovações. No caso em discussão, a Myriad descobriu o que decorre de um esforço internacional financiado publicamente para decodificar todo o genoma humano, um dos grandes avanços da ciência moderna. Há, segundo o autor, um reconhecimento que o atual sistema de patentes impõe custos sociais incalculáveis, tanto que muitas vacinas importantes hoje estão sendo produzidas no mundo, negando-se qualquer direito de patente. Medicamentos vitais para salvar vidas não podem ficar sujeitos à fome de lucros, pois todos dependem de conhecimentos anteriores acumulados pela humanidade.

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Joseph Stiglitz

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Problemas que Extravasam os Limites Nacionais

7 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: acordos convenientes para troca de informações, correntes migratórias, problemas de poluição

Existem alguns problemas difíceis de serem mantidos nos limites das fronteiras internacionais, exigindo cooperações entre países vizinhos para minorar alguns deles. Um se refere à poluição, como o que vem sendo enfrentado pela China, a Coreia e o Japão, e os seus ministros do Meio Ambiente resolveram criar um painel para a troca regular de informações, como noticiado pelo jornal econômico japonês Nikkei. Todos sabem que a China, principalmente, enfrenta problemas sérios de poluição de partículas minúsculas, abaixo de 2.5 microns, que acabam se espalhando fora de suas fronteiras.

Noticia-se que o ministro japonês do Meio Ambiente reuniu-se com o seu colega coreano Yoon Seong Kyu e o vice-ministro para proteção ambiental da China, Li Ganjie, numa reunião realizada em Kitakyushu, no sul do Japão, mais próximo dos países vizinhos. Numa declaração conjunta, resolveram estabelecer um painel periódico para troca de informações sobre a poluição do ar na região, bem como relato das providências que estão sendo tomadas.

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Diferenças nas Formas de Atuação dos Bancos Asiáticos

6 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apoio aos investimentos chineses, artigo de Eliane Velloso do Brasil Econômico sobre os bancos chineses no Brasil, atuação como bancos múltiplos, diferenças com os japoneses e coreanos

O jornal Brasil Econômico publicou um artigo de Eliane Velloso sobre a agressividade dos bancos chineses nas suas atuações com relação ao Brasil. Ela informa, com base nas informações do Banco Central do Brasil, que os dois maiores bancos chineses, o BOC – Banco da China e o ICBC – Banco Industrial e Comercial da China, já possuem autorizações das autoridades brasileiras para atuar como bancos múltiplos no Brasil. Eles são também os maiores bancos do mundo atualmente. Estas autorizações necessitam de reciprocidade, o que significa que o Banco do Brasil e outra brasileira devem receber autorização para atuar na China, de forma semelhante.

O artigo informa que estes bancos procuram dar o respaldo para os investimentos diretos chineses no Brasil que já atingem US$ 50 bilhões, que se estendem desde a indústria automobilística, eletrônica, aço, energia elétrica, petróleo e minérios. Atuando como bancos múltiplos, podem atender também os imigrantes chineses que figuram entre os que mais ingressam no Brasil, bem como expatriados das empresas chinesas, além de atenderem as empresas chinesas bem como outras estrangeiras ou nacionais. Eles já contam com suas dependências em São Paulo como o Rio de Janeiro, e nesta última cidade deve começar a atuar em junho próximo. Informa-se que ainda o Banco de Construção e o Banco de Comunicação da China também estão estudando suas entradas no Brasil, para dar apoio aos projetos de suas especialidades.

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Jornal Brasil Econômico Cobre Missão Japonesa

6 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: da missão japonesa não noticiada em outros jornais nacionais, dificuldade para ganhar expressão nacional, jornal Brasil Econômico

É um acontecimento raro o lançamento de um jornal econômico no Brasil, a partir do Rio de Janeiro, o que ocorreu sem muita divulgação nacional. Aparenta ser bastante completo e furou os principais jornais brasileiros ao noticiar a vinda da missão econômica japonesa, comandada pelo ministro de Indústria e Comércio do Japão, Toshimitsu Motogi, composta de 68 empresários, alguns de grande peso. Foram recebidas pela chefe da Casa Civil, ministra Gleisi Hoffmann. A notícia, elaborada por Edla Lula, proveniente de Brasília, informa que estiveram também com os ministros Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Edison Lobão, de Minas e Energia. A não divulgação do assunto pelos principais jornais nacionais pode indicar a pequena importância dada ao assunto, ou as dificuldades de comunicação de fatos ocorridos na sexta-feira em Brasília.

A notícia informa que os japoneses revelaram interesse em investir na área do petróleo e da infraestrutura no Brasil. Entre os empresários japoneses de maior destaque figuram o vice-presidente da Mitsubishi Heavy, Atsushi Maekawa, o chairman da Honda Motors, Fumihiko Ike, o presidente da Toyota para o Mercosul, Shunishi Nakanishi, e o vice-presidente da Nippon Steel & Sumitomo Metal, Kozuka Shuichiro, recentemente fundidas.

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Ministra Gleisi Hoffmann e o ministro japonês Toshimitsu Motegi

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A Solução do Plantio Direto

4 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: contribuição de Herbert Bartz, demais condições, plantio direto para evitar a erosão, reconhecimento da Embrapa

Duas matérias publicadas na Folha de S.Paulo informam como o agricultor Herbert Bartz, que enfrentava os problemas relacionados com a erosão, acabou criando a técnica do plantio direto. Hoje, a Embrapa e a agricultura brasileira consagram a nova tecnologia que provou uma verdadeira revolução, permitindo que a história da agricultura fosse dividida em antes e depois desta inovação. Acaba sendo uma demonstração que as dificuldades enfrentadas acabam provocando inovações que podem se tornar revolucionárias, contribuindo para mudar a faceta de uma agricultura ampla como a brasileira.

Como é do conhecimento de muitos, existem solos no Brasil que são vulneráveis à erosão de forma acentuada, como no noroeste do Estado do Paraná. No depoimento de Herbert Bartz, fica claro que ele enfrentava estes problemas na região de Rolândia, e a cada forte chuva todos os trabalhos e investimentos efetuados, como o tratamento da terra, uso de sementes e fertilizantes, acabam perdidos. Procurando soluções, inclusive na Alemanha e na Inglaterra onde nada conseguiu, foi descobrir que o agricultor Harry Young já utilizava o plantio direto ha dez anos nos Estados Unidos. Quando trouxe a inovação para o Brasil, foi motivo até de riso, quando hoje esta técnica vem se comprovando praticamente em todo o território brasileiro como mais eficiente, inclusive do ponto de vista ecológico, além de proporcionar elevada produtividade.

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Herbert Bartz: criador do plantio direto no País

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Reportagem do The Economist Sobre Belo Monte

4 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: as discussões ideológicas, avaliações de custo/benefício, correções que não agradam a todos, os muitos fatores emocionais, sempre difíceis opções energéticas do Brasil

Se existe um projeto no Brasil extremamente convertido é o da Usina de Belo Monte, que, apesar de muitas correções, continua gerando discussões intermináveis, internas e externas. O The Economist, mesmo tentando uma avaliação mais objetiva, enviando um jornalista para a área, admite que os seus danos foram minimizados, mas se trata de um projeto irreversível e considera os seus elevados custos para benefícios pequenos, acabando por sugerir que existiriam opções mais racionais no Brasil, como as solares, eólicas e decorrentes de biomassa, utilizando a cana de açúcar e todas as suas variadas possibilidades.

O artigo admite que o Brasil continue necessitando atualmente de mais 6.000 MW anuais e, apesar de contar com uma matriz energética diversificada e das menos poluentes do mundo, em quaisquer das opções necessitará continuar investindo muito na área energética. O seu potencial hidroelétrico estaria concentrado na Amazônia, longe das maiores áreas de consumo que se encontram no sudeste do país, cogitando-se ainda de muitos projetos de baixa capacidade de geração energética e longe das áreas urbanas e industriais do país.

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Construção da Usina de Belo Monte em ritmo acelerado

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Suplemento Sobre Rumos da Economia do Valor Econômico

3 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigos dos jornalistas, depoimentos, entrevistas, falta de uma ideia força, opiniões variadas, pontos importantes apontados, suplemento especial do Valor Econômico

Como parte da comemoração do 13º aniversário do Valor Econômico, elaborou-se um Suplemento Especial sobre os Rumos da Economia, levantando o problema de por que o Brasil não cresce, com alguns artigos de conhecidos economistas brasileiros, entrevistas e alguns artigos de jornalistas. Resultou num conjunto de ideias, que devem ser levados seriamente em consideração, apontando variados aspectos, que não necessitam ser consensuais. O conjunto aparenta ser difícil de ser transformado num programa de governo, que teria que ser simples com uma ideia força fácil de ser transmitida para os eleitores, havendo muitas resistências que teriam que ser superadas e que não dependem somente do Brasil, mas também como evoluirá a economia mundial nos próximos anos, principalmente envolvendo os principais parceiros externos.

Naturalmente, muitos analistas se expressaram, dando ênfase em alguns aspectos que consideram estratégicos e que mereceriam mais atenções. O que parece comum entre a maioria é que há uma necessidade de se adicionar uma visão de longo prazo, com o estabelecimento de uma estratégia que, mesmo sem entrar em todos os detalhes, trace as linhas mestras da forma com que a economia brasileira se inserirá na economia mundial, tirando o melhor partido de suas condições disponíveis, efetuando muitas correções que foram apontadas. Há um reconhecimento que o desenvolvimento industrial é indispensável e que a desvalorização cambial torna-se conveniente dentre um elenco de outras medidas, ainda que não se precise a magnitude da mesma.

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O Problema dos Atendimentos dos Idosos no Brasil

2 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: as novas legislações sobre empregadas domésticas, o que pode se aprender com a Ásia, os problemas com as ajudas aos idosos | 2 Comentários »

Intensos debates estão sendo travados nos meios de comunicação social sobre as equiparações das pessoas que estão ajudando nos atendimentos dos idosos com os empregados domésticos, diante da nova legislação, ainda que haja muitos detalhes a serem estabelecidos por uma regulamentação pragmática. O debate parece estar se tornando mais emocional que técnico e seria interessante que o assunto fosse equacionado com as experiências acumuladas em outros países. O fato inevitável é que o número de idosos no Brasil que necessitam de alguma assistência, tanto de familiares, instituições especializadas como profissionais de diferentes níveis de qualificação, é crescente, ao mesmo tempo em que os recursos humanos disponíveis para tanto tendem a se tornar escassos. Há que se adaptarem tecnologias para tanto, que já estão sendo utilizadas por países que já enfrentam estes problemas há mais tempo.

Em muitos países, como os europeus, estão sendo intensificadas as técnicas para reduzir que muitos idosos se tornem dependentes das ajudas de terceiros. Na Áustria, por exemplo, observa-se a multiplicação de conjuntos habitacionais para idosos, casais ou individuais com todas as facilidades indispensáveis para eles continuarem com suas vidas, onde todos continuam contando com algumas responsabilidades como as culturais, esportivas, de lazeres, as legais etc., de forma a evitar que fiquem desocupados acelerando o processo de sua natural esclerose. Rampas evitando escadas, banheiros que evitam quedas, luzes que se ascendem automaticamente e muitas outras facilidades são comuns.

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Automóveis Mais Eficientes e Menos Poluidores na China

2 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo sobre exigências chinesas sobre automóveis, mais econômicos e menos poluentes, metas para os próximos anos | 2 Comentários »

Todos sabem que a China enfrenta problemas de tráfego dos automóveis como os problemas de poluição, como o que acontece também em países como o Brasil. O jornal econômico japonês Nikkei informa que as autoridades daquele país adotaram exigências duras similares anos que se encontram no Japão, na Europa e nos Estados Unidos sobre estes aspectos. A versão chinesa assemelha-se aos dos Estados Unidos, que em 1975 apelaram para a melhora de 50% na eficiência no consumo de combustíveis dos automóveis para 2020 com relação aos níveis atuais, bem como a redução de 30% nas emissões de CO2, ou seja, dióxido de carbono.

A meta de eficiência no uso do combustível para as montadoras será elevada para uma média de 14,5 quilômetros por litro de gasolina em 2015, uma melhora de 10% a partir de 2012. A meta para 2020 é de 20 quilômetros, comparável ao dos países desenvolvidos. As metas de emissão de CO2 serão semelhantes às europeias. Os veículos novos que não atenderem estas exigências não poderão ser comercializados, o que até especialistas japoneses consideram exigências duras que poderão diminuir as possibilidades de produção até das montadoras japonesas naquele país.

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Congestionamentos na China e em São Paulo: problemas de mobilidade e poluição do ar

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Glicínia no Japão Atual

1 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: atual temporada no Japão, diversas variedade em todo o mundo, muito apreciado no Oriente, origem chinesa (wistéria sinensis), vídeo admirável

Não sendo um especialista no assunto, o que posso registrar são somente as belezas das glicínias nesta época do ano no Japão. Como informa o seu nome científico que se imagina original (wistéria sinensis), tudo indica que seja originária da China, mas como recebem também nomes científicos variados em diversos países, tudo indica que houve adaptações e aperfeiçoamentos que lhes permitiram ganhar características locais, com cores que vão do branco até os lilás, em muitos tons e intensidades. Aparentam serem plantas que podem ser adaptadas, com preferência onde os climas apresentem fortes contrastes entre os dias frios e ensolarados.

O vídeo abaixo, que esperamos que todos possam apreciar consta do site divulgado no Japão, www.web-town.org/ com o qual mantemos um intenso intercâmbio. São cenas colhidas no chamado Parque Tennogawa (possivelmente Rio Imperial, dependendo do ideograma) e mostram que os japoneses preparam armações que favorecem o desenvolvimento ordenado destas trepadeiras, ficando com suas flores pendentes ainda que suspensas. Mas também são encontrados em outras formas, inclusive de bonsai, todas denotando que são cuidadosamente tratadas para poder apresentar-se com toda a sua beleza.

Estes tipos de glicínia também são encontrados no Brasil, notadamente nas regiões com alguma altitude, que proporciona um clima montanhoso, com frios intensos em algumas épocas, mas fortes insolações em outras. Quando devidamente tratadas, desenvolvem-se rapidamente, parecendo que se recomendam podas para que novos ramos tenham melhores condições de floradas intensas.

Parece que também são exigentes em nutrientes, pelo seu rápido desenvolvimento, recomendando-se suplementações adequadas. Como trepadeiras, se contarem com locais de apoio, acabam permitindo que suas flores acabem apresentando-se para baixo, onde contam com espaços adequados para a sua admiração.

Algumas tentativas mostram que as glicínias devem evitar sombras e precisam de tratos contínuos para poder se desenvolver adequadamente, proporcionando a cada estação uma beleza digna de ser apreciada, proporcionando satisfações a todos que sabem apreciar o belo, sabendo que por trás dele existem intensos trabalhos cuidadosos.