Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

As Disputas das Ilhas Senkaku/Diaoyu Entre o Japão e a China

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: diferentes interessados em ambos os países, notícias em muitos jornais sobre a disputa de ilhas, novos incidentes | 8 Comentários »

Enquanto alguns japoneses e chineses procuram reduzir as tensões diante das disputas sobre as ilhas Senkaku para os japoneses e Diaoyu para os chineses, outros parecem provocar gestos perigosos que diante de qualquer acidente pode desencadear um conflito de difícil controle. Muitos jornais de todo o mundo noticiam que as autoridades japonesas estão protestando diante de algumas embarcações militares chinesas terem dirigidos seus radares, que usualmente são destinados a orientar disparos para as dos japoneses. Ainda que elas ilhas sejam desabitadas, o que estão em disputas são possíveis reservas de petróleo e gás no seu entorno, bem como a capacidade de pescas nos seus mares.

Os elevados interesses econômicos e comerciais entre ambos os países fazem com que algumas autoridades procurem meios para a superação do problema. No entanto, todas as disputas territoriais desencadeiam sentimentos nacionalistas que revolvem também problemas passados, principalmente entre a China e o Japão. Os analistas internacionais procuram informar sobre os riscos existentes, notadamente em que o mundo passa por um período de recuperação do nível de atividade econômica. A China enfrenta as dificuldades de reformas para voltar-se ao mercado interno, melhorar a sua distribuição de renda e redução da sua poluição, enquanto o Japão procura ativar a sua economia. Os Estados Unidos, que vinham se preocupando com a segurança na Ásia, também enfrentam outros problemas, que não permitem gastos destes tipos no Extremo Oriente.

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Cinquenta Anos de MPB no Japão

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: anos sessenta, gravações, influências, Joyce até os últimos anos, MPB no Japão, Nara Leão em 1985

Assisti a um show da Joyce no Sesc Pompéia, onde ela se prepara para escolher entre lançar no Brasil o álbum “Rio”, com as canções consagradas que cantam a sua cidade natal ou o “Tudo”, que ela explica que incorpora novas músicas, ambos gravados no Japão, como a maioria dos seus discos importantes, nesta sua volta ao país. O bom programa me levou a refletir um pouco da história do MPB – Música Popular Brasileira naquele país. Quando visitei o Japão, ainda nos anos sessentas do século passado, há cerca de cinquenta anos, este movimento ainda estava começando a se esboçar. Conhecia-se um pouco do sucesso que Sérgio Mendes já fazia nos Estados Unidos e alguns japoneses que já conheciam o jazz e que se encantavam com o samba e a nova batida da Bossa Nova.

Já em 1985, quando morei um tempo no Japão, tive a oportunidade de levar Nara Leão para lá, que estava acompanhada por Roberto Menescal. Depois desta época, o Japão passou a ser um dos principais mercados para bons músicos brasileiros, onde todos procuravam gravar seus discos, contando com as melhores instalações e equipamentos possíveis, visando também o mercado internacional. Todos os nomes importantes do Brasil passaram pelo Japão, alguns com temporadas mais longas como Joyce, outros por apresentações pontuais. A maioria dos brasileiros gravou no Japão nas três últimas décadas, aproveitando para apresentar shows. Muitas salas no Japão se especializaram na MPB, inclusive a filial do Blue Note de Nova Iorque que é melhor que a matriz, além de pequenos estabelecimentos que proliferam em Tóquio, alguns de alto luxo.

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Joyce                                                Nara Leão                    Blue Note Tokyo

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Aperfeiçoamentos nos Cadastros do INCRA

5 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avanços com o GPS, cadastros com declarações voluntárias, novos passos, Radam Brasil, uso de satélites

Quando foi criado o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, com a fusão do INDA – Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrária e do IBRA – Instituto Brasileiro de Reforma Agrária, instituiu-se um cadastro das propriedades rurais, com declarações voluntárias para a tributação do ITR – Imposto Territorial Rural, pois não havia uma estrutura administrativa para examinar a veracidade destas declarações. Aperfeiçoamentos foram introduzidos ao longo do tempo. Com a instalação do Radambrasil, iniciou-se o mapeamento de parte deste imenso Brasil, começando pela Amazônia, ainda de forma precária. Com o avanço das tecnologias dos satélites, conseguiu-se um bom mapeamento do Nordeste brasileiro, que era uma área crítica do ponto de vista da documentação fundiária, muitos que tinham origem nos precários registros paroquiais cujas delimitações eram extremamente deficientes. Os dados da Amazônia sempre foram imprecisos, até porque alguns pontos de referência como os rios mudam de posicionamento depois das inundações anuais. Origens de diferentes países foram aceitos para a definição das fronteiras internacionais.

Com a ajuda de instituições de fomento internacional como o Banco Mundial foi se aperfeiçoando estes mapeamentos que permitiram acelerações das ações jurídicas de discriminações das terras, que conferiam o confronto das diversas propriedades. Só com a implantação do uso e aperfeiçoamento do GPS – Global Position System, originalmente de uso militar, tornou-se factível determinar com maior precisão os pontos que marcam as delimitações das propriedades. A longa experiência no INCRA permitiu-me contribuir com parte destes avanços que foram ocorrendo nas últimas décadas, que tinham começado com as trabalhosas tarefas de fixação de pontos determinados pelos levantamentos topográficos.

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Satélites permitem o uso do GPS para maior precisão nas delimitações de propriedades rurais

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Garimpando Notícias Otimistas

3 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a admiração por Cingapura, adaptações para os emergentes, pequenas economias, The Economist aponta os países nórdicos como modelos

No mundo em que vivemos, parece que todos copiaram o Brasil e muitos ficam se arrastando na repetição dos seus problemas até o Carnaval, a partir do qual soluções mais criativas esperam ser propostas para as superações de suas atuais dificuldades. O The Economist, mesmo com sua clara ideologia liberal, elabora no seu número desta semana uma série de artigos sobre os países nórdicos, apontando os como possíveis modelos para o futuro, mas acaba citando sempre Cingapura, como se as soluções fossem mais fáceis em países de pequenas dimensões. Mas também apontam as dificuldades passadas, bem como o exagero da presença do Estado no presente, ainda que as empresas privadas estejam sendo beneficiadas com os tributos reduzidos substancialmente, o que não se ajusta ainda às doutrinas da revista. Deve-se registrar que o petróleo do Mar do Norte está beneficiando principalmente a Noruega, que vem o administrando de forma exemplar.

Isto nos leva a especular um pouco sobre o que poderia ser feito em países emergentes de grandes dimensões, adaptando o que vem sendo feito em economias como aquelas. A soma das populações da Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e Islândia chegam somente de 26 milhões de habitantes, apresentando ainda a maior mobilidade internacional conhecida. Cingapura é uma cidade país com somente 5 milhões de habitantes. Que lições podem ser extraídas destes exemplos para condições tão diferentes como o Brasil, a China, a Índia ou a Rússia, para citar somente os que foram originalmente incluídos no BRIC? O que se poderia aproveitar para a Europa e os Estados Unidos que continuam enfrentando uma baixa recuperação, ou o Japão que luta oralmente com suas dificuldades?

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Bolha de Crescimento da Mongólia

3 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Foreign Affairs, corrupção, dependência com relação à China, desenvolvimento elevado com base na mineração, piora da distribuição de renda

O professor Morris Rossabi leciona história na Queens College da City University de New York e história da Inner Asia na Columbia University e elaborou um artigo para o Foreign Affairs sobre a Mongólia, que vem chamando a atenção mundial por um astronômico crescimento nos últimos anos, mas que é considerada uma bolha decorrente da expansão de sua mineração. Os minérios descobertos vão das gigantescas reservas de cobre, ouro, urânio, carvão mineral e estanho no sul do país, mais próximo da China. A Mongólia é um país que participava da União Soviética, que depois de sua dissolução passou por uma crise muito profunda.

Conta somente com cerca de 2,8 milhões de habitantes, muitos que viviam do pastoreio, ocupando uma área de pouco mais de 600 mil quilômetros quadrados, um pouco maior que o Estado de Minas Gerais. Tem como capital Ulaanbaatar, que já concentra mais de 40% da população do país. Segundo os dados do FMI – Fundo Monetário Internacional, a economia da Mongólia cresceu 6,4% em 2010, assustadoramente 17,3% em 2011 e está estimado que em 2012 possa crescer 12,7%, que seria dos mais altos no mundo. Mas isto, infelizmente, está ocorrendo concentrado na mineração, com poucos benefícios para os mongóis e a predominância de empresas estrangeiras, australianas, canadenses, chinesas, francesas e russas. Inclusive a Vale brasileira conta com um projeto naquele país para a produção de carvão mineral indispensável para o Brasil.

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Difícil Compreensão dos Dados da Economia Brasileira

1 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises afetadas pelos interesses, as dúvidas intrigantes, nível de emprego elevado e PIB com baixo crescimento, os problemas metodológicos destes dados estatísticos

Fica extremamente difícil para um veterano economista entender como um nível expressivo de crescimento persistente do emprego e do salário médio real de uma economia como a brasileira, por um longo período, seja compatível com um crescimento modestíssimo no PIB. Ainda que a importação esteja se elevando e que haja um pouco de pressão inflacionária. Ninguém discute que uma formidável melhoria na distribuição de renda esteja ocorrendo, tanto em termos pessoais como regionais, com impactos apreciáveis em toda a economia.

Para quem trabalhou para compreender todas as metodologias utilizadas no Brasil, bem como em outros países, acaba desconfiando que parte desta incompatibilidade possa decorrer de algumas de suas dificuldades, notadamente quando as mudanças na economia são expressivas, afetando os coeficientes que podem ser utilizados dentro das melhores técnicas. Elas ficam defasadas, nem sempre sendo capazes de expressar uma realidade com fortes mudanças.

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Intercâmbio Nipo-Brasileiro em Artes Plásticas

1 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Estadão sobre Marco Giannotti, pinturas e livros, um ano no Japão em Quioto

Ainda que seja difícil de avaliar os trabalhos de um artista plástico como Marco Giannotti depois de passar um ano no Japão, com base em Quioto, pela crítica de Antonio Gonçalves Filho, publicado no jornal O Estado de S.Paulo, deve-se noticiar sobre os programas anunciados. Na Galeria Raquel Arnaud efetua-se a exposição com o título Penumbra que, segundo o jornal, mostra as telas que louvam a sombra e evocam o Japão. Segue-se uma exposição no Instituto Tomie Ohtake, falando do Diário de Kyoto, que também promove o lançamento do livro com o mesmo título. E, finalmente, no Centro Universitário Maria Antonia, promove-se um seminário onde se lança o seu livro Doutrina das Cores.

Como Marco Giannotti vem publicando regulamente seus artigos no O Estado de S.Paulo, compreende-se o destaque que vem sendo dado a esta importante sequência de eventos, culminando com o seminário que deverá contar com participações de convidados japoneses. Como ele é um artista plástico experiente, que leciona sobre o assunto, não é surpresa que tenha notado a falta de dinamismo japonês nesta área, atualmente. Acaba se socorrendo da literatura, usando os trabalhos de Junichiro Tanizaki, para constar que na cultura japonesa usa-se muito a sombra, que não permite desnudar claramente qualquer tipo de trabalho, sendo parte da cultura japonesa.

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Marco Giannotti. Foto: J. F. Diorio/AE

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Desenvolvimento de Novos Materiais

1 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico sobre grafeno, até em atividades esportivas, múltiplas aplicações tentativas, pesquisas e patentes em todo o mundo

Se existe um novo material que entrou em moda em todo o mundo, ele é o grafeno, que é extremamente flexível, resistente e forte, que pode ser cogitado para os mais variados usos, que estão sendo intensamente pesquisados, com muitos já patenteados. Um longo artigo sobre o assunto foi publicado por Clive Cookson no Financial Times, e reproduzido em português no Valor Econômico. Afirma-se Novak Djokovic, atualmente o número um do tênis profissional, já utiliza uma raquete que usa este material, que é identificado com a letra G. Ele vem tirando partido do desenvolvimento tecnológico usando uma roupa da Uniqlo japonesa, que reduz em cerca de 30% a temperatura no calor, e outro que aumenta cerca de 30% no frio, que além de beneficiá-lo deve estar proporcionando uma elevada receita promocional.

Informa-se que a China está na vanguarda das patentes já obtidas, superando os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Reino Unido. O artigo informa que, além da Head que produz materiais esportivos, a Samsung e a IBM também já estão se programando para o seu uso. O artigo informa que a revista científica Nature, um grupo de cientistas consideram o grafeno está sendo considerado um verdadeiro milagre, incluindo-se entre eles o Kostya Novoselov, o primeiro a isolá-lo em parceria com Andre Geim, na Universidade de Manchester em 2004.

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Professores  Andre Geim e Kostya Novoselov. Foto:  Jon Super/AP

As áreas potenciais para o uso do grafeno são amplas, indo desde a eletrônica, para transistores ultrarrápidos, computadores com telas dobráveis e diodos de emissores de luz. Lasers e fotodetectores mais eficientes, transformadores de eletricidade e fabricação de baterias solares. As asas dos aviões podem se tornar mais resistentes, e serão amplamente utilizados em equipamentos médicos e até medicamentos.

Mais de dez mil monografias sobre o assunto já foram publicados, somente no ano passado, segundo o artigo. Afirma-se que o campo do seu uso é tão vasto, que não é possível determinar onde estão as maiores potencialidades.

Os gastos em pesquisas sobre o grafeno já teriam atingido a US$ 1 bilhão, segundo os relatórios elaborados, tendo recebido da União Européia outro bilhão de euros para seus estudos. A Universidade de Manchester está instalando um Instituto Nacional de Grafeno, bem como a Universidade de Cambridge também anunciou um Centro de Grafeno.

Os ingleses já estão com o receio de serem superados pelos Estados Unidos e pelos asiáticos, como quando ocorre qualquer descoberta de importância, como já estão indicando os estudos que resultaram em patentes. Somente a Samsung já possui mais de 400 destas patentes, inclusive com o anuncio de telas flexíveis para diversas finalidades.

A IBM seria segunda empresa que está anunciando diversos produtos que já incorporam o uso do grafeno, inclusive equipamentos médicos. Também pequenas empresas inglesas estão utilizando o grafeno para ajudar nas pesquisas. Os professores Geim e Novoselov usaram o grafite como matéria-prima, que é extraída de diversas minas, e consiste na sobreposição de trilhões de folhas de grafeno.

Muitas pequenas empresas que seriam startups estariam entrando no setor usando este material como a Head. Também está se anunciando tintas condutivas usando o grafeno, e como o assunto está na mídia, surgem ideias de todos os lados. Os celulares seriam carregados quando se está andando.

Muitos materiais exigirão mudanças na composição atual do grafeno, e os bancos já estão considerando a possibilidade de um Fundo para o grafeno. Alguns projetos podem ser demorados. Os retornos mais elevados podem demorar um pouco, mas poderão estar relacionados com a saúde e a vida.

Os descobridores, apesar de entusiasmados, não desejam que haja uma expectativa exagerada. Eles alertam que, normalmente, um novo material exige um ciclo de 40 anos para chegar do meio acadêmico para os consumos finais, mas parece que este tempo está sendo encurtado, e muito.

O que se pode perguntar é: o que o Brasil estaria cogitando nesta área?


Eficiência da Pecuária no Brasil

1 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: aumento da produtividade, eliminação do desmatamento, possibilidades concretas, programas passados, proposições do Imazon no O Estado de S.Paulo

Um artigo elaborado por Giovana Girardi e publicado no O Estado de S.Paulo refere-se aos estudos do Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostrando que o aumento da produtividade na pecuária daria lucro sem desmate. Podemos concordar integralmente com a afirmação e recorremos ao texto completo do estudo efetuado, seguindo a orientação do artigo, que é extenso, mas conta com um resumo executivo adequado para a compreensão do mesmo. Elabora-se um diagnóstico correto do desmatamento, mas ainda não se inclui um programa para conseguir este aumento da produtividade.

Com a experiência acumulada no Banco Central do Brasil, já há muitas décadas, quando acumulei também o comando do Conselho Nacional de Desenvolvimento da Pecuária, podemos discutir a respeito. Executamos um programa de aumento da eficiência da pecuária com a ajuda do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, absorvendo as experiências efetuadas na Austrália e na Nova Zelândia. Posteriormente, encarregado do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, continuei acompanhando o problema da ocupação da Amazônia, com lamentáveis desmatamentos além dos necessários, e podemos concordar que muitas destas áreas continuam ocupadas por uma pecuária de tipo extensivo.

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A Filantropia de Bill Gates

1 de fevereiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: convencendo outros a fazerem filantropia, educação e pesquisas, que haja mais bilionários como Bill Gates, reconhecimento da Embrapa e do Instituto Butantã

Uma entrevista brilhante concedida por Bill Gates a alguns jornalistas, inclusive a Raul Juste Lores, correspondente da Folha de S.Paulo em Nova Iorque, e publicado hoje no mesmo jornal, mostra a importância e a visão deste bilionário. Ele e sua esposa já doaram 95% de sua fortuna pessoal, que é considerada a maior do mundo, para trabalhos filantrópicos, notadamente para as pesquisas voltadas à saúde e também para a educação. Ele já convenceu 92 outros bilionários americanos a efetuarem doações, antes dos seus testamentos.

A íntegra da carta anual da Bill & Melinda Gates Foudation pode ser acessada no seu site, inclusive em português: bit.ly/11hemKd. Deve ser fortemente recomendada para todos, pessoas simples até os bilionários. Mostra que além de um dos fundados da Microsoft deve ser reconhecido como uma das maiores personalidades atuais, com profunda preocupação sobre o que está acontecendo na África e na Ásia, notadamente com os menos favorecidos.

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Bill e Melinda Getes já doaram 95% de sua fortuna pessoal

Para os brasileiros, é motivo de orgulho na medida em que a Fundação Lemann, instituída por Paulo Lemann, acionista controlador da Ambev mundial, é reconhecida pelo seu trabalho no acordo com a Academia Khan para a divulgação gratuita de cerca de 300 aulas, como já foi postado neste site.

Ao mesmo a Embrapa é considerada por Bill Gates como um ”tesouro mundial”, pois além de desenvolver a tecnologia na produção de alimentos, está transferindo a mesma para países africanos de língua portuguesa, que apresentam condições semelhantes de solos e climas.

Também o Instituto Butantã que vem produzindo vacinas aplicadas não somente no Brasil, que poderia ter a sua produção elevada, foi reconhecida por Bill Gates.

Apesar do pessimismo de alguns, estes exemplos devem animar a muitos, para trabalhos efetivos a favor da humanidade. Espera-se que com estes gestos o governo brasileiro se sinta estimulado a reverter o atual estado de desaceleração dos trabalhos da Embrapa, como melhores condições sejam oferecidos ao Instituto Butantã que tem uma capacidade técnica para ampliar as suas atividades.

Que outros grupos brasileiros, de grande porte, também se sintam motivados a seguir os passos como da Fundação Lemann para modernizar o ensino no Brasil e no mundo, permitindo que as insuficiências do sistema de ensino sejam superadas, para que não se tornem cidadãos de segunda classe, num mundo que caminha a passos largos.