12 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: belezas naturais e patrimônios culturais, iniciativas do Vietnã, promoção do turismo internacional para o Brasil, recomendação do New York Times | 2 Comentários »
Apesar da importância econômica do turismo internacional, o Brasil ainda está numa situação deficitária, quando conta com importantes recursos naturais, culturais e humanos que permitiriam a inversão da situação com um mínimo de promoção. Os brasileiros continuam sendo considerados boas fontes de receitas até pelos Estados Unidos, que procuram facilitar a concessão de vistos para nossos turistas. Apesar do Brasil contar com interesses dos estrangeiros, ainda não promovemos suficientemente para atraí-los, o que aumentaria significantemente o emprego, além de gerar importantes divisas para a nossa economia.
O site do jornal O Globo faz referência que o The New York Times citou o Rio de Janeiro como o primeiro lugar a ser visitado pelos turistas em 2013. Como o Brasil sediará a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, o Rio de Janeiro está citado como o primeiro lugar a ser visitado este ano pelo influente jornal norte-americano.
Baía da Guanabara é um dos cartões postais do Rio de Janeiro
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12 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo sobre plágios na arquitetura chinesa, cópias de projetos brasileiros, reproduções de trabalhos chineses no mundo
Um artigo publicado por Silas Marti na Folha de S.Paulo informa que muitos trabalhos arquitetônicos de todo o mundo foram copiados pelos chineses. A torre Eiffel tem uma cópia idêntica na China, como outros trabalhos de arquitetos conhecidos, inclusive de projetos executados no próprio país. Alguns estão provocando processos legais sobre os direitos de autorias, mas outros, como a reprodução de um vilarejo austríaco de Hallstatt em Guangdong na China, geraram a simpatia da original, cujo prefeito firmou uma parceria com os chineses, estimulando o turismo para a Áustria.
Segundo o artigo, este costume de copiar os projetos é considerado uma habilidade na China, desde a antiguidade, informando que alguns imperadores reproduziram palácios que foram conquistados, mostrando que são capazes de construí-los até melhores. No caso da Eiffel, torres semelhantes também existem em Tóquio, que serviam para as transmissões de telecomunicações, que está sendo substituído pelo atual novo Skytree.
Torre Eiffel de Paris, Tower de Tóquio e réplica da Eiffel em Beijing
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11 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: informação do BBC, metade dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados, relatório de uma organização britânica
Existe uma expressão em japonês, “motainai”, que fez parte da cultura do Japão há muito tempo, hoje menos utilizado. Referia-se ao desperdício, quando as crianças aprendiam que nem um simples grão de arroz deveria ser deixado no prato, pois era produto do trabalho de muitos, começando do agricultor. Este tipo de cultura não era somente dos japoneses, mas de todos os povos que passaram pela fome, notadamente em decorrência das guerras. No site da BBC Brasil, consta uma matéria que atualmente metade da produção de alimentos no mundo é desperdiçada, pelas mais variadas razões.
Os consumidores, atualmente, dão muita importância para a boa aparência dos produtos sem se preocupar tanto com o seu conteúdo, e muitos que apresentam mesmo algumas desigualdades nos seus formatos acabam sendo descartados. Os consumidores mais conscientes evitam produtos que exageram no conteúdo de fertilizantes e defensivos químicos, por exemplo, preferindo os “naturais”, e sabem que mesmo aqueles que não apresentam as melhores aparências podem ser mais saudáveis, utilizando-os para o seu consumo.
Retratos dos alimentos desperdiçados no Brasil
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11 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: caso das licitações dos portos, críticas agudas mesmo sobre tentativas de correção, falta das críticas locais, os problemas tributários, posição ideológica do The Economist
Todos conhecem as posições ideológicas do The Economist e seus artigos, mesmo quando tratam de assuntos que os governos procuram corrigir como no caso dos portos brasileiros. Acabam soando como extremamente severos quando se trata de países que possuem governos com tendências que denominam esquerdistas. E até quando as autoridades fiscais impõem multas pesadas, não somente sobre empresas privadas como estatais como a Petrobras. No número do The Economist da próxima semana, estes dois assuntos estão abordados com um tom crítico que supera as dos veículos de comunicação social do Brasil que fazem oposição ao governo atual, ainda que tenham algumas razões para apontar muitas irregularidades. Como também atingem, muitas vezes, o próprio Reino Unido, deve-se concluir que faz parte da ironia inglesa, que chega a ponto de cansar os seus leitores, que não possuem o mesmo fair play.
Usando como gancho a iniciativa do governo brasileiro de ampliar a concorrência nos portos, concedendo novos terminais privados, além dos que já existe tradicionalmente no Brasil, o artigo tem o título de “a Pirataria à luz do dia”, referindo-se às taxas cobradas para atracamento dos navios e descargas, que seriam o dobro da média observada na OECD, segundo observações do Banco Mundial para os contêineres. Além dos subornos e outras taxas para intermediários, assunto que não é tratado em profundidade pela imprensa local. É preciso lembrar que a irregularidade só existe quando existem no mínimo o corruptor e o corrupto, sendo que uma parte costuma ser privada.
Vista aérea do porto de Santos, o principal do País
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11 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: artigo do Bloomberg reproduzido no Valor Econômico, Blanca, nova sensação em Nova Iorque no Brooklyn
Ryan Sutton publicou um curto artigo com rara felicidade no Bloomberg, reproduzido em português no Valor Econômico, fazendo uma descrição sucinta sobre o restaurante Blanca, instalado numa garagem reformada na área de Bushwick, no Brooklyn, em Nova Iorque, portanto fora da área onde se espera encontrar estabelecimentos de elevada qualidade em gastronomia. Um lugar simples e modesto do ponto de vista de instalações, que é apreciado por alguns guias voltados mais para o luxo. Um jantar completo no Blanca compreende 25 pequenos pratos, podendo exigir três horas de degustação, com um preço modesto de cerca de US$ 700 por casal, com tudo incluído, inclusive serviços, quando se avalia os materiais utilizados, acompanhado com os vinhos compatibilizados com os mesmos, que também não são os mais caros.
O crítico considera o estabelecimento o destaque de 2012, cujo jantar costuma começar às 18 horas, às 16h45 nos sábados. Suas 12 banquetas, confortáveis segundo o autor, permitem uma visão completa da cozinha, onde o chef Carlo Mirarchi trabalha com materiais que demonstram o seu conhecimento do que se dispõe de melhor no mundo. O jantar começa com uma grande dose de caviar dourado de nome osetra, da Alemanha, devidamente temperado como se costuma fazer no Japão, com um vinho. Segue-se com um ouriço do mar de Maine, numa piscina de iogurte com rabanete, mostrando que algumas técnicas como as de origem japonesas foram adaptadas, procurando neutralizar o colesterol. As suas sequências mostram muitos frutos do mar como sashimis, arenques, atum vermelho, sardinhas com um tipo específico de limão.
O chef Carlo Mirarchi e seus pratos no pequeno Blanca
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9 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: desperdícios das doações, organização da defesa civil, os constantes desastres naturais, rotinas
Lamentavelmente, os desastres naturais estão se tornando frequentes também no Brasil, com chuvas torrenciais a cada início de verão, afetando áreas frágeis já conhecidas com inundações e deslizamentos. A cada acontecimento dramático, com perdas de vidas e patrimônios, as autoridades e a população são mobilizadas para movimentos voluntários, inclusive com doações generosas de roupas e alimentos, muitas desperdiçadas. Em muitos países, estas defesas civis são mais organizadas para o atendimento eficiente e não eventual dos flagelados.
No Japão, onde os terremotos são frequentes, existem treinamentos regulares da população para enfrentar estas calamidades, ainda que algumas sejam excepcionais diante da sua escala. Mas os danos procuram ser minimizados, com cuidados que procuram não agravá-los. O governo japonês já se ofereceu a transferir as tecnologias destas assistências, sem que isto despertasse um interesse maior das autoridades brasileiras.
Enchentes e deslizamentos na região de Petrópolis há dois anos
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9 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: jovens criando starups, notadamente na área das tecnologias eletrônicas, pequenas e médias empresas, redução da importância das grandes organizações | 2 Comentários »
A longa crise pela qual passa a economia japonesa, que já dura décadas, vai obrigando a introdução de mudanças que não se observaram no passado. O conceito de um emprego para toda a vida parece não mais prevalecer, aumentando a mudança de muitos profissionais para outras empresas. As grandes organizações que eram o forte do Japão já partilham sua importância com pequenas e médias, que antes eram as que terceirizavam alguns serviços. A força criativa da economia japonesa parece residir agora nestas que possuem maior agilidade e criatividade, inclusive na geração de novas tecnologias.
Um artigo publicado originalmente no Financial Times, elaborado por Michiyo Nakamoto, está hoje publicado no Valor Econômico em português, informando que jovens japoneses criam starups, como tem acontecido em muitos lugares, principalmente nos Estados Unidos. Com suas iniciativas, criam novos produtos que recebem suporte de financiadores especializados, e algumas delas conseguem resultados expressivos, ainda que muitas não noticiadas não tenham obtido sucessos.
Takuma Iwasa
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9 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: acostumados a trabalhar com regras estáveis, artigo no Nikkei sobre as dificuldades de adaptação, mudanças no Sudeste Asiático, problemas em todo o mundo | 6 Comentários »
Diante da falta de crescimento da demanda interna do Japão, muitas empresas japonesas estão ampliando suas atividades no exterior, principalmente nos países asiáticos. Com as atuais dificuldades na China e na Coreia do Sul, decorrentes das disputas de ilhas, procuram-se mais os países do Sudeste Asiático, mas as condições que encontram diferem muito das japonesas, com as quais estão acostumadas. Um artigo publicado no jornal econômico Nikkei informa as dificuldades que encontram com as mudanças nas regulamentações, as diferenças culturais e religiosas, que aumentam seus riscos.
No Vietnã, por exemplo, a partir deste ano, os aparelhos eletrodomésticos passaram a exigir a anexação da informação sobre o seu consumo de energia, e como isto é um dos pontos fortes do Japão, os empresários ficaram satisfeitos. Mas as faltas dos detalhes desta regulamentação estão deixando-os nervosos, diante das constantes alterações que são introduzidas. Na Indonésia, os empregados de uma indústria automobilística japonesa estão protestando diante da embaixada japonesa. Na China, ainda que parte da produção japonesa seja voltada para a exportação para outros países, as dificuldades políticas estão ampliando as dificuldades.
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9 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do Financial Times, esforço norte-americano para a independência energética, importação de petróleo mais baixo nos últimos 25 anos
Se há um grande esforço que vem sendo desenvolvido pelos Estados Unidos, este é atingir a sua independência energética. Um artigo publicado no Financial Times informa que no próximo ano a sua importação de petróleo deve ser a mais baixa dos últimos 25 anos, ao mesmo tempo em que a demanda cresce lentamente, de acordo com a previsão do governo daquele país. As autoridades norte-americanas preveem que em 2014 a importação de petróleo bruto como seus derivados devam chegar a cerca de 6 milhões de barris/dia, que seria o nível mais baixo desde 1987. Seria a metade do pico de 12 milhões de barris do período 2004-2007.
Isto decorre, em grande parte, da intensa exploração do xisto que está proporcionando óleo e gás a baixos custos, ainda que existam críticas que está se poluindo o subsolo com produtos químicos. O artigo informa que algo semelhante também está ocorrendo na proximidade do Iraque e na Nova Zelândia, além da exploração dos poços de petróleo que estavam se esgotando na Dakota do Norte e no Texas. Além de diminuir a dependência dos Estados Unidos da importação do petróleo, os seus preços estão baixando, prevendo-se que devem ser mais baixos que no ano passado.
Superpetroleiros utilizados para transporte entre o Golfo e os Estados Unidos,
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9 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apesar dos Estados Unidos e da Europa, artigo de Jim O’Neill no Project Syndicate, o BRIC ampliado
Jim O’Neill, do Goldman Sachs, foi quem primeiro utilizou a expressão BRIC – agregando países emergentes de grandes dimensões como o Brasil, Rússia, Índia e China. Num seu artigo publicado no Project Syndicate, ele informa agora que o mundo emergente, ao qual poderiam ser acrescentados outros países como a Coreia do Sul, a Indonésia, o México e a Turquia, que somados equivaleria a um Reino Unido, já atingiram em 2011 US$ 3 trilhões em oito países, ou seja, cerca de um quarto da economia norte-americana, estimada em torno de US$ 15 a 16 trilhões.
Os 15 países que incluiriam, além do que ele chama de Next 11, Filipinas, Bangladesh e a Nigéria teriam dois terços da população mundial, que continua crescendo do ponto de vista econômico em 2013, mesmo com o desaquecimento dos últimos anos. Os crescimentos nestes emergentes compensam as quedas observadas na Europa, segundo o autor. No fundo, só o crescimento dos BRIC equivale a uma Itália.
Jim O’Neill. Foto: Thomas Lee/Bloomberg
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