17 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Mario Draghi com política dura, melhoria das condições europeus, recuperação do euro
Desde julho Mario Draghi, o novo presidente do BCE – Banco Central Europeu, com uma política dura está conseguindo salvar o euro das 17 nações europeias, apreciado com relação as demais moedas relevantes no mundo. O custo para a proteção contra o default está o mais baixo dos últimos 15 meses, e a confiança nos bancos da região fez com que suas ações subissem 33% desde junho, segundo o artigo publicado no site da Bloomberg por John Detrixhe, Liz Capo McCormick e Allison Bennett.
Ele já tinha uma fama de elevada competência, conquistada na direção do Banco da Itália, o banco central daquele país, que está sendo confirmada por acadêmicos e operadores do mercado financeiro. Até agora o BCE não teve que desembolsar nada, conseguindo o que os políticos não tinham conseguido, transferindo a responsabilidade às entidades políticas.
Mario Draghi
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17 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: exposição no museu Victoria & Albert, longo intercâmbio, porcelana chinesa do período Song, Qing e Ming
Um artigo de Sheila Melvin do The New York Times foi publicado em português no suplemento da Folha de S.Paulo falando da importante exposição que se realiza em Londres, no Museu Victoria & Albert. É uma promoção conjunta do Museu Britânico com o Museu Nacional da China, com peças preciosas da dinastia Song (960 a 1279), da dinastia Ming (1368 a 1644) e da dinastia Qing (1644 a 1911), mostrando que o interesse pela porcelana chinesa na Europa remonta desde 1300. Mais informações podem ser obtidas pela Google: Passion for Porcelain: masterpieces of ceramics in Victoria & Albert Museum, inclusive no Images com algumas fotos.
Os chineses produziam cerâmicas de alta temperatura e até porcelana, que adiciona o caulim, na dinastia Song, quando na Europa só se trabalhava com cerâmicas de baixa temperatura, rudimentares. Informa-se que estas porcelanas foram objeto de comércio, junto com o chá e a seda, desde quando os mercadores portugueses chegaram à Ásia no século XVI, como comércio era feito antes pela Rota da Seda, por terra. A sua procura acelerou-se na dinastia Ming, quando com o uso do cobalto obtinha-se a coloração branca-azul.
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17 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Diplomat, desenvolvimento econômico das Filipinas, semelhança com outros países do Sudeste Asiático
Muitos países bastante populosos do Sudeste Asiático estão ingressando numa fase de desenvolvimento econômico, como a Indonésia, Mianmar e também as Filipinas, que é um arquipélago com mais de 7 mil ilhas e uma população próxima de 100 milhões de habitantes. Num artigo publicado pelo The Diplomat, Jon Morales, que é da The Asia Foundation para as Filipinas, mostra que o país se destaca na melhoria contínua do Índice Global de Competitividade elaborado pelo World Economic Forum, tendo subido dez posições nas duas últimas versões.
A agressividade da China nos mares da região provocam preocupações, pois as Filipinas, que tinham uma forte influência dos ibéricos antes da Segunda Guerra Mundial, ficaram do lado dos Estados Unidos para bloquear as pretensões japonesas de avanço na região. As perturbações políticas e militares não favorecem as pretensões atuais das Filipinas na conquista de padrões mais elevados de desenvolvimento, aproveitando os seus pobres recursos humanos que ainda procuram empregos nos países mais dinâmicos ou desenvolvidos daquela parte do mundo.
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17 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: aproveitamento do mercado norte-americano, artigo no Wall Street Journal, economia mexicana se beneficia com o aumento dos salários na China, vantagens com relação ao Brasil
Num artigo dos jornalistas David Luhnow e Bob Davis publicado pelo The Wall Street Journal informa que o México, cuja economia vem se destacando na América Latina pelo crescimento, aproveita a elevação dos salários na China para recuperar algumas atividades industriais que tinha perdido. Mantendo um sistema de livre comércio com os Estados Unidos e o Canadá, estabeleceu uma zona onde se instalam as indústrias conhecidas como “maquiadoras” que destinam sua produção principalmente para o mercado norte-americano. Vinha sofrendo a concorrência da produção feita na China, que volta ser competitiva no México.
Diversas empresas de consultoria econômica e empresarial confirmam que as empresas instaladas no México contam com vantagens comparadas com as instaladas na China e nos Estados Unidos para aproveitamento do mercado norte-americano. As produtividades no México são mais elevadas que as chinesas, e a proximidade do mercado determinam custos de transportes mais baixos e prazos de entrega menores. Os seus custos são mais baixos que nos Estados Unidos, ainda que existam problemas como da elevada criminalidade ligada às drogas. Muitas indústrias estrangeiras de automóveis estão instaladas no México. E os mexicanos conseguiram montar uma cadeia de suprimento para o mercado dos Estados Unidos.
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16 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: atendimentos amplos, conveniência de estímulo aos novos interessados, publicações culturais no Brasil
Sempre houve no Brasil publicações voltadas aos que já possuem uma bagagem para consumir artigos de alto nível intelectual, em número mais limitado. Atualmente, nota-se que se multiplicam os esforços para incluí-las nos veículos de comunicação mais ampla, como são bons exemplos os suplementos Eu & Fim de Semana do Valor Econômico e o Ilustríssima da Folha de S.Paulo, iniciativas que devem ser elogiadas. Visando ampliar o público que possa se interessar por estas leituras mais profundas, poderia se sugerir algumas orientações mais acessíveis para os que possuem predisposição para ingressar nestes temas mais árduos, principalmente entre os jovens.
Isto não ocorre somente nos textos que exigem um mínimo de preparo intelectual. O mesmo acontece nas artes plásticas, onde o adequado entendimento da arte contemporânea exige uma orientação mais organizada. A maioria dos visitantes de exposições como a Bienal de São Paulo, apesar de ficarem impressionados por algumas obras, confessa que não conseguiram entender o que os artistas desejam apresentar. O mesmo acontece com a disseminação da música chamada erudita, que além dos clássicos vem apresentando peças contemporâneas que fogem aos que muitos se acostumaram a ouvir.
Como os editores destas publicações são competentes, tudo indica que a demanda por tais artigos mais difíceis de serem compreendidos está em alta, havendo também uma contribuição para que representem a vanguarda de uma tendência neste sentido. O que seria possível de se sugerir é que os mesmos contassem com introduções com linguagens mais acessíveis, sempre que possível, para facilitar o significado destas contribuições para aqueles que estão se iniciando nas suas apreciações. Muitas vezes isto é difícil, pois mesmo os autores ainda estão numa fase exploratória, especulando sobre assuntos que ainda não estão consagrados.
Ainda que nem tudo fique muito claro, pois poucos possuem a capacidade de avaliar muitos movimentos que ainda estão se iniciando, existem algumas tendências que já estão claras nos países culturalmente mais avançados, onde estas sofisticações já se tornaram usuais, estando consolidadas.
As elogiáveis tentativas de muitos intelectuais procurarem novas fronteiras dos conhecimentos, ou sofisticadas elaborações filosóficas são sempre bem-vindas, mesmo sabendo-se que não serão facilmente entendidas por todos. Mas poderiam se proporcionar alguns conhecimentos mais pedestres para os que estão se iniciando na apreciação de temas mais profundos, como uma forma quase educativa.
O Brasil já dispõe de intelectuais que possuem uma ampla formação que nos orgulha a todos. O que parece conveniente é uma massa crescente de brasileiros possa dar o devido valor às sofisticações que estão sendo alcançadas. Mesmo reconhecendo que existem especializações, nem sempre possíveis de serem compreendidos por todos, pode-se pretender que sejam acessíveis a um número crescente de leitores.
Um grave problema da comunicação faz com que mesmo pessoas que disponham de diversos cursos superiores na área das ciências humanas se desinteressem na leitura de artigos mais sofisticados, por exemplo, de economia, mesmo sabendo que suas consequências atinjam a todos. Alguns autores escrevem num “economês” difícil de ser compreendidos pelos que não são especialistas, ou entendidos superficialmente até por aqueles que possuem cursos superiores em economia.
Cada vez mais os seres humanos parecem necessitar de conhecimentos de humanidades que extravasam suas especialidades para poderem exercer seus papéis de verdadeiros cidadãos. Espera-se que os responsáveis pelos veículos de comunicação social possam ajudar a facilitar tais processos que são de interesse para o país. Escrever resumos introdutórios em linguagem acessível a todos certamente não desqualificará mesmo aqueles que se consideram que já conquistaram o elevado status de intelectuais.
Muitas vezes, a simplicidade é a marca de um grande intelectual.
16 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: ambições humanas, superando propósitos coletivos, The Economist relata dificuldades no Vietnã
Mesmo com fortes disposições coletivas no Vietnã, verifica-se que fraquezas humanas ocorrem até nas sociedades sujeitas a fortes controles. The Economist relata fatos que mancham o cenário positivo geral que prevalece naquele país, mostrando que os seres humanos são propensos a cometer irregularidades difíceis de serem coibidas, mas que os culpados são punidos de forma a não disseminar a impunidade. Como todos sabem, os vietnamitas lutam para construir uma sociedade emergente no Sudeste Asiático, depois de passarem por histórias de guerra que galvanizaram a sua população, mas também lá ocorrem problemas que necessitam ser corrigidos, de forma a não comprometer a sua consolidação. São problemas que têm dificultado alguns países que passaram por períodos de forte controle central, para caminharem por sistemas com maior transparência.
O Vietnã enfrenta também problemas com instituições financeiras, executivos em fuga, prisões, saída de recursos para o exterior, como não tinha ocorrido nos últimos anos. A ponto de correrem boatos da necessidade do FMI para resolver seus problemas. Due Kien é um empresário extravagante que criou o ACB, um dos maiores bancos do país, e está sendo obrigado a deixar os seus negócios acusado de irregularidades, uma má gestão econômica. Quando a economia apresentava rápido crescimento com o ingresso de investimentos estrangeiros, muitos dos seus problemas foram negligenciados. Hoje, o Vietnã enfrenta concorrências na região com a melhoria de Camboja, Indonésia e Mianmar, segundo a revista.
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16 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: medidas duras contra grevistas, merece artigo no The Economist, política econômica brasileira
No mundo econômico atual, é difícil que alguém esteja satisfeito com as medidas duras que precisam ser tomadas pelas autoridades. Elas estão limitadas pelos constrangimentos existentes na economia, ainda que desejem ativar as atividades econômicas, e mesmo assim Dilma Rousseff consegue manter o seu prestígio pessoal, o que tem sido difícil para outros governantes. Mesmo no processo de combate à corrupção, onde o Supremo Tribunal Federal está surpreendendo com a sua dureza, a presidente Dilma Rousseff vem mantendo uma postura positiva, mesmo tendo alguns dos seus partidários atingidos.
O artigo do The Economist mostra que parte deste esforço está sendo reconhecido, notadamente no que se refere à política econômica. Ainda que não possa se igualar a Margareth Thatcher, o fato concreto é que conseguiu resistir às greves dos funcionários públicos que possuem estabilidade nos seus empregos, informando que o governo procura criar os que beneficiam os que ainda não contam com postos de trabalho. Conseguiram conter com um aumento de 15,8% nos próximos três anos, o que pode ficar abaixo da inflação, portanto sem nenhum ganho real.
Dilma Rousseff
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16 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: estrutura para realizá-los, primeiro depois de 1964, reunião do FMI e do Banco Mundial em Tóquio | 2 Comentários »
É surpreendente que somente depois de cerca de 50 anos, a reunião do FMI – Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial venham a se realizar em Tóquio. O Japão foi por muito tempo a segunda economia do mundo, e um dos grandes financiadores de ambas as instituições para poder assistir a outros países. A reunião deve atrair cerca de 20 mil visitantes do exterior, do mais alto nível, que acompanham as autoridades dos 188 países que devem estar representados. Um artigo do jornal japonês Nikkei informa que a maior parte da capacidade hoteleira da cidade já está reservada.
Todos sabem que estas reuniões ajudaram a acelerar as consolidações de importantes cidades como Seul, pois com estas reuniões acabam sendo vitrines para o resto do mundo. As estruturas hoteleiras bem como os locais para amplas reuniões necessitam ser preparadas, e Tóquio conta com as melhores condições para tanto. Ainda assim, as principais reuniões devem ocorrer nas dependências do tradicional Hotel Imperial. Como muitos bancos promovem reuniões paralelas aproveitando a oportunidade para contatos importantes, os principais hotéis de Tóquio já estão com suas dependências reservadas, estimando-se que sejam de 250 eventos. As reuniões devem se realizar entre os próximos dias 9 a 14 de outubro.
Hotel Imperial de Tóquio
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16 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo no The Wall Street Journal, esperanças de desenvolvimento de Mianmar, também a líder da oposição, visita do presidente aos EUA
Como é do conhecimento de todos, no Sudeste Asiático, Mianmar foi o último país que resolver os problemas políticos de um regime militar e está tentando consolidar uma democracia, o que lhe proporciona esperanças de desenvolvimento econômico e social. O seu presidente Thein Sein visita os Estados Unidos para participar da assembleia geral das Nações Unidas em Nova Iorque. Ao mesmo tempo, a famosa oposicionista prêmio Nobel de Paz, Aung San Suu Kyi, que ficou isolada por muito tempo e conquistou nas últimas eleições uma posição no Parlamento, receberá um prêmio de reconhecimento do Congresso do mesmo país. O The Wall Street Journal revela num artigo a esperança dos Estados Unidos poder incentivar as reformas necessárias.
Esperam que as restrições às importações de produtos de Mianmar sejam flexibilizadas, ao mesmo tempo em que se permitem que empresas norte-americanas façam investimento naquele país. Muitos estrangeiros estão identificando oportunidades em Mianmar, diante do seu atraso com relação aos outros países da região. Mesmo que ainda possam existir pequenos problemas, as esperanças são de impulsos significativos para a integração deste país na globalização que vem ocorrendo em todo o mundo.
Thein Sein e de Aung San Suu Kyi
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14 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: cirurgia de câncer no fígado, estágios iniciais, jornais japoneses e agência Kyodo costumam ser cautelosos, muitos rumores, reaparecimento breve
A imprensa japonesa costuma ser muito cautelosa, e mesmo com a divulgação de muitas notícias no mundo, inclusive rumores sobre as causas do desaparecimento de Xi Jinping do noticiário após 2 de setembro último, com o cancelamento de muitos importantes compromissos internacionais, não se encontrava as versões japonesas. Agora, o respeitável jornal econômico japonês Nikkei, noticia com muita cautela uma informação que teria sido obtida pela agência Kyodo de Hong Kong.
Segundo um grupo de vigilância dos direitos humanos baseado em Hong Kong, The Information Center for Human Rights and Democracy, teria sido detectado células cancerígenas num estágio inicial durante um check up em 2 de setembro feito por Xi Jinping, e ele teria sido operado no hospital militar 301 de Beijing. Ele teria condições de reaparecer em público na próxima semana, segundo a fonte.
Xi Jinping
A imprensa internacional noticiou diversos rumores, como a que ele teria sofrido um problema nas costas durante exercícios de natação, e muitas outras hipóteses. Além do cancelamento da entrevista com a secretária de estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, também foram cancelados encontros com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, e com o primeiro-ministro russo, Wladimir Putin, bem como o primeiro-ministro dinamarquês, Helle Thorning-Schmidt, todos em cima da hora, e sem maiores explicações. Isto preocupou a todos, como noticiamos neste site, desencadeando muitas especulações.
Ainda que a notícia não tenha sido confirmada oficialmente pelas autoridades chinesas, a versão noticiada pelos japoneses parece das mais críveis, mostrando que o problema é grave, mas não insuperável, pois o fígado tem a possibilidade de regeneração. Mas tudo isto pode ter consequências nos desdobramentos políticos que devem ocorrer proximamente na China. As histórias de problemas de saúde com muitos dignitários mostram que muitas pessoas podem mudar de comportamento, quando passam por crises profundas.
Além dos problemas de reformas profundas na economia chinesa, a passagem do comando para uma nova geração de líderes está sendo aguardada ansiosamente. Sem Xi Jinping, que seria o presidente e o poderoso secretário-geral do Partido Comunista Chinês, até as reuniões para estas mudanças ainda não foram confirmadas nas datas previstas.
Estes fatos não afetam somente a China, mas todo o mundo, dada a importância política e econômica que aquele país adquiriu recentemente na aldeia global onde todos vivemos.