3 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: antigo exemplo japonês, experiência interessante, redução do consumo de medicamentos, reformas no sistema de saúde da China
A China está concentrando a reforma do seu sistema de saúde na redução do uso de medicamentos. Um interessante artigo publicado por Shan Juan e Wang Qingyun, publicado no China Daily (Xinhua), informa sobre os primeiros resultados que estão sendo obtidos em todos os hospitais públicos do próspero sul do país, em Shenzhen, e um em Beijing. A reforma visa a melhoria da qualidade dos serviços médicos e a redução dos gastos em medicamentos. Ma Xiaowei, vice-ministro da saúde, deu a informação ao visitar o Hospital da Amizade de Beijing (Beijing Friendship Hospital).
Os hospitais públicos da China, como muitos no Brasil, começaram a obter resultados econômicos com a venda de medicamentos, após o corte dos subsídios governamentais. Como resultado, os médicos tendiam a prescrever excessivamente medicamentos até os desnecessários, fortalecendo suas relações com os pacientes. No caso brasileiro, os laboratórios concentram suas atenções publicitárias nos médicos para prescreverem seus novos medicamentos, inclusive com a concessão de viagens para os congressos científicos, ao mesmo tempo em que as redes de farmácias se multiplicaram como não se vê no resto do mundo. No Japão, os medicamentos eram fornecidos pelos hospitais, na quantidade necessária, mas recentemente os receituários são encaminhados para as farmácias próximas das residências dos pacientes. No Brasil, muitos hospitais só fornecem embalagens completas, inclusive de materiais hospitalares, quando os pacientes necessitam somente de alguns comprimidos ou partes delas.
Mulher sai com medicamentos adquiridos no Beijing Friendship Hospital. Foto: Li Wen / Xinhua
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3 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: coluna do Delfim Netto no Valor Econômico, economia mundial, medidas brasileiras
Ninguém se sente confortável com o atual crescimento da economia mundial, principalmente quando até 2008 ele aparentava uma exuberância pouco conhecida no passado, alimentado por uma exagerada alavancagem do setor financeiro, que criou uma bolha imobiliária nos Estados Unidos, que acabou estourando, provocou um pânico e uma fuga para a segurança no mundo todo. Acabou-se a festa, e sua limpeza vai acabar exigindo um trabalho persistente de longo prazo.
Na coluna do professor Antonio Delfim Netto no Valor Econômico de hoje, ele registra a preocupante situação política, econômica e social no mundo atual, com um nevoeiro na Eurolândia que representa 25% da economia do mundo. Com os Estados Unidos, que conta com 20%, com um crescimento lento e demorado na sua recuperação. A China e os países asiáticos, que detêm 31% do globo, crescendo menos de 5%, com uma forte desaceleração quando comparada com as últimas décadas. Ainda que a inflação tenha sido praticamente banida do mundo, com pequenas exceções, isto não serve de consolo.
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2 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Toyohisa Kozuki no Project Syndicate, esforços regionais, prevenção de conflitos
Ainda que Toyohisa Kozuki seja um funcionário público, vice-diretor geral do Bureau de assuntos europeus no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, e acabe refletindo uma posição oficial, o seu artigo divulgado pelo Project Syndicate apresenta alguns aspectos que devem ser considerados importantes. Ele revela a surpresa com a declaração de Barack Obama sobre o esforço de aumentar a segurança na Ásia com a capacidade norte-americana, quando o seu país está sobrecarregado com outros encargos. Mas ele revela que também a Rússia promove a reunião de cúpula da APEC – Asia Pacific Economic Cooperation, em Vladivostok, mostrando interesse nos mecanismos regionais de fortalecimento da segurança internacional de forma preventiva.
Os dois países participaram da EAS – East Asia Summit que, junto com a ARF – Asean Regional Forum, representam os mesmos esforços, ao lado da segurança com relação ao meio ambiente. Segundo o autor, procura-se um padrão de relacionamento construtivo com o aumento da confiança, diplomacia preventiva e resolução de conflitos.
Toyohisa Kozuki
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2 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de J. Bradford DeLong, críticas aos que não consideram as perspectivas históricas, necessidade de evitar previsões, os perigos da profecia
J. Bradford DeLong é um conhecido e polêmico professor de economia da Universidade da Califórnia em Berkeley e ocupa diversas posições, como no consagrado National Bureau for Economic Research, que publica os principais trabalhos acadêmicos na área da economia. Ele divulgou, através do Project Syndicate, um artigo com o título “The Perils of Prophecy” ,que deve ser de leitura obrigatória para todos os economistas e outros profissionais travestidos nesta especialidade, mas também deve ser de interesse geral, pois todos acabam afetados pelas análises econômicas. O artigo pode ser encontrado na sua íntegra, em inglês, no http://www.project-syndicate.org/print/the-perils-of-prophecy, mas sua compreensão exige um bom conhecimento de economia para notar algumas das nuances colocadas por ele.
Vou tentar dar a minha interpretação dos principais assuntos por ele discutidos. Segundo ele, os economistas que conhecem a história econômica e financeira, como regra, conscientes das lições da evolução do pensamento econômico sobre as crises financeiras e seus efeitos, têm motivos para se orgulhar das análises efetuadas por eles nos últimos cinco anos. Eles entenderam para aonde a economia caminhava e caminha, porque sabiam o que tinha acontecido no passado. Em particular, entenderam que os preços dos imóveis, alimentado pelo aumento dos recursos do sistema financeiro, ampliaram os riscos macroeconômicos. Grandes bolhas alimentadas pelas instituições financeiras exageradamente alavancadas geram pânicos quando ocorre a fuga para a segurança, e a prevenção e correções das profundas depressões econômicas requerem mais que intervenções oficiais das autoridades monetárias como emprestadores de última instância.
J. Bradford DeLong, da Universidade de Califórnia, Berkeley
Muitos dos economistas que incorporaram os conhecimentos da história entendem que as medidas monetárias não são suficientes para resolver os atuais problemas. Os créditos soberanos necessitam, muitas vezes, garantir os demais concedidos pelo sistema financeiro, pois as eliminações dos créditos insolventes apresentam grandes riscos sistêmicos. Eles sabem que a prematura atenção para atingir o equilíbrio fiscal de longo prazo podem dificultar as crises de curto prazo. A recuperação econômica sem a do emprego é um problema cíclico e não estrutural.
Segundo o autor, sobre todos estes assuntos, os que disseram que não haveria uma longa depressão na economia, que a recuperação seria rápida, que o problema fundamental seria estrutural, que suportar a economia geraria inflação, e que a austeridade fiscal imediata seria expansionista estavam todos completamente errados. E muitos que incorporaram conhecimentos históricos já sabiam que eles estavam errados.
J. Bradford DeLong não se furta de indicar quem são eles, pois é um crítico agudo e polêmico. Ele aponta os que trabalharam na tradição de Walter Begehot, Hyman Minsky e Charles Kindleberger. Os analistas que acreditaram em Paul Krugman, Paul Romer, Gary Gorton, Carmen Reinhart, Ken Rogoff, Raghuram Rajan, Larry Summers, Barry Eichengreen, Olivier Blanchard e seus pares são incluídos, todos eles conhecidos e respeitados economistas, profundos conhecedores da teoria, que costuma ser elaborada da experiência passada. Ele entende que muitos deles propuseram a distribuição dos frutos futuros.
Ele se considera entre os que achavam que as análises dos últimos quatro anos estavam erradas. Ele considerava e ainda considera que três aspectos foram surpreendentes nestes fenômenos. O primeiro foi a falha dos bancos centrais na adoção da regra como a meta do PIB – Produto Interno Bruto ou seu equivalente. O segundo, ele esperou que a inflação de salários no Atlântico Norte cairia até a zero, até mais que ocorreu de fato. Ele esperava que a curva de juros inclinasse para cima ao longo do tempo, o que não aconteceu ou aconteceu menos que esperava.
Ele não compreende ainda por que os bancos centrais objetivam só crescimento do PIB e ele não escreveu e escreverá à respeito até entender as razões para tanto. Sobre os salários, mesmo que um terço da força de trabalho tenha mudado de emprego nos Estados Unidos, fatores sociológicos e relacionamentos humanos aparentam ter influenciado fortemente esta taxa de mudanças, prejudicando o equilíbrio da oferta e da procura, como ele esperava.
A terceira surpresa pode ser mais interessante, segundo ele. Em março de 2009, Robert Lucas, um prêmio Nobel, previu que a economia norte-americana retornaria ao normal em três anos. Segundo J.Bradford DeLong, os juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos de prazos variados estão indicando que a economia não volta a crescer em menos de 8,75 anos.
Segundo o autor, as conclusões possíveis são gritantes. Uma possibilidade é que aqueles que investem nos mercados financeiros esperam que a política econômica encontra-se tão disfuncional que a economia mundial vai permanecer mais ou menos no estado atual por décadas. A outra explicação é que três anos depois da crise financeira ter eclodido, a capacidade dos mercados para precificar riscos parece prejudicada de tal forma de forma que seja incapaz de canalizar as poupanças para empreendimentos empresariais.
Ele confessa que nenhuma das hipóteses atuais era algo que ele próprio poderia ter previsto ou imaginado, numa leve autocrítica. O que se poderia ousar acrescentar é que a crise de confiança ainda domina a economia norte-americana e mundial. Isto mantém um volume impressionante de recursos financeiros que foram elevados pelas autoridades monetárias na esperança de ativação da economia, bem como conquista dos mercados externos com câmbios desvalorizados, sem que sejam aplicados em novos empreendimentos produtivos e criadores de emprego e renda.
Como todos estes fenômenos se propagam de forma diferenciada pelas diversas economias, inclusive com defasagens no tempo no atual mundo globalizado, continua ocorrendo efeitos que voltam a provocar fenômenos deletérios nos países de onde se originaram as dificuldades.
De qualquer forma, parece que os conhecimentos ficaram demasiadamente fragmentados, com exageradas influências do setor financeiro com operações de arbitragens internacionais de grandes velocidades. E parecem demonstrar que os fenômenos econômicos carecem de análises mais multidisciplinares e universais, onde a história pode englobar muitas delas.
Provam, também, que os acadêmicos de economia ainda carecem da compreensão das limitações políticas a que estão sujeitos os que estão em posição de decidirem sobre as diretrizes econômicas operacionais. O mundo é mais complexo que todos gostariam.
Agradeço as observações que foram feitas pela economista Patrícia Stefani sobre este texto, mas todos os seus erros são de inteira responsabilidade minha.
1 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: decisão da Unesco, obrigação de preservação, outros bens culturais e naturais do Brasil
Ainda que a decisão da Unesco em reconhecer Rio de Janeiro como um patrimônio da humanidade seja uma grande honra e gere obrigações de aperfeiçoar o que a natureza proporcionou para a cidade, e seja importante para manter a sua invejável atração turística, inclusive internacional, há que se compreender que isto gera obrigações para o Brasil e para os cariocas. Ninguém que conhece o mundo pode negar que o Rio é privilegiado pela natureza, mas quando se compara com os demais bens culturais já reconhecidos do Brasil, como Ouro Preto, Olinda, São Miguel das Missões, Bom Jesus em Congonhas, Centro Histórico de Salvador, Brasília, Centro Histórico de São Luiz, Diamantina, Centro Histórico de Goiás e São Cristovão de Sergipe pode entender a controvérsia que já está gerando.
O Brasil tem outros bens naturais reconhecidos, como as Cataratas do Iguaçu, costa do descobrimento na Bahia, Parque Nacional da Capivara, Reserva da Mata Atlântica, Parque Nacional do Jaú na Amazônia, Pantanal matogrossense, reserva do cerrado, Parque Nacional de Veadeiros e Emas, Fernando de Noronha e seria compreensível que no Rio fosse reconhecido nesta categoria.
Pão de Açúcar, Cristo Redentor, Arco de Santa Tereza, aterro do Flamengo
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1 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo longo de uma grande equipe, artigo sobre as relações milionárias de Xi Jinping, futuro presidente da China
É mais que natural que um líder chinês designado para ser o futuro presidente do país mereça uma consideração detalhada da sua vida na imprensa internacional. No entanto, o artigo que leva o título em inglês “Xi Jinping Millionaire Relations Reveal Fortunes of Elite” dá a impressão de estar carregado de uma posição ideológica sobre a formação duvidosa de fortunas das elites de países considerados não democráticos como a China. A sua íntegra pode ser obtida em inglês no http://www.bloomberg.com/ e traz uma linha de tempo da família de Xi Jinping cujo pai, Xi Zhongxun, tinha sido vice-premiê, tendo caído em desgraça apesar de revolucionário que lutou ao lado de Mao Zedong. O filho foi enviado para o campo na época da Revolução Cultural para a sua reeducação, mas conseguiu voltar para fazer um curso de elite na renomada Universidade de Tsinghua, exercendo funções importantes em diversas regiões da China, que lhe angariaram prestígios para ser apontado para o posto máximo no futuro próximo.
O artigo foi elaborado por uma grande equipe da Bloomberg localizada em diversos locais, tratando inclusive do seu relacionamento com a esposa Peng Liyuan, uma famosa cantora do Exército de Libertação do Povo, que também tem seus negócios, bem como seus familiares. Mas se concentra nos grandes investimentos de Xi Jinping que se estendem por diversas regiões como Hong Kong, e em atividades variadas.
Xi Jinping
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1 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: algas kombu, artigo de Makiko Itoh no Japan Times, cogumelos shitake seco, dashi de diversos tipos, flocos de bonito seco, peixes secos niboshi | 10 Comentários »
Makiko Itoh é uma reconhecida autora de livros de culinária japonesa e suas indicações são sempre didáticas. Ela reafirma o nem sempre é conhecido pelos que preparam a culinária japonesa em todo o mundo, que o molho é especialmente fundamental na japonesa, como também acontece nas outras de muitos países. E deles depende o que ficou conhecido no mundo como umami, o quinto sabor. Os mais conhecidos têm como base os flocos de bonito seco, conhecido como katsuobushi. E da alga japonesa seca, denominada kombu.
Mas também existem os que são extraídos com cogumelo seco conhecido como shitake, ou de peixes secos conhecidos como niboshi. Alem das combinações destes molhos básicos, que resultam em outros que são mais marcantes das diversas culinárias regionais do Japão.
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1 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Daily Yomiuri Online anuncia importante descoberta de reservas de terras raras, offshore, volume expressivo | 6 Comentários »
Grandes e ricas reservas de terras raras foram descobertas no Japão, equivalente a 220 vezes o consumo anual do país, segundo notícia anunciada pelo Daily Yomiuri Online deste 30 de junho. A sua localização é próxima à ilha de Minami-Torishima, que faz parte das Ilhas Ogasawara, no Oceano Pacífico, a uma profundidade de 5.600 metros, segundo informações da equipe técnica comandada pelo professor Yasuhiro Kato da Universidade de Tokyo. As amostras de sedimentos do fundo do mar mostram um grande depósito de elementos preciosos de terras raras, numa lâmina de 10 metros, colhidas a cerca de 300 quilômetros a sudeste da ilha, dentro da Zona Econômica Exclusiva do Japão.
A equipe de pesquisa confirmou que grandes depósitos foram também localizados a 500 quilômetros ao norte e sudeste do local, sendo que a última já está fora da Zona Econômica Exclusiva. Como existem diversos elementos classificados como terras raras, as localizadas estão entre as mais estratégicas, sendo utilizadas em produtos de alta tecnologia, notadamente na área eletrônica. São utilizadas para lâmpadas usando diodos emissores de luz, TV de cristal líquido e smartphones, entre outros usos.
A densidade das terras raras está entre as mais elevadas, ou seja, 1.070 partes por milhão, superando as outras disponíveis no mundo. Os depósitos estão distribuídos por uma grande área de 1.000 quilômetros quadrados, e estão estimados num total de 6,8 milhões de toneladas.
A equipe de pesquisa estima que os depósitos contém também o chamado disprósio, que é utilizado em motores de automóveis híbridos, equivalendo a 400 anos de consumo anual do Japão.
Atualmente, a China detém 90 por cento dos elementos de terras raras consumidos no mundo, gerando com a restrição de suas exportações fricções com outros países do mundo. O Japão, os Estados Unidos e a União Européia já tinham apresentando suas queixas junto à Organização Mundial de Comércio.
Até agora a equipe de pesquisas estava concentrada na localização de cobalto e outros contidos nos nódulos de manganês. Mas as novas descobertas devem mudar a estratégia de exploração de recursos minerais no alto mar.
Estas lamas localizadas quase não contêm substâncias radioativas como o urânio e tório, e a separação das terras raras se tornam mais fácil, mas mesmo assim exigem-se tecnologias complexas. Os custos da exploração devem ser baixos, mas existem ainda pesquisas que deverão ser completadas para a sua exploração comercial.
É evidente que as localizações em mar profundo exigem tecnologias sofisticadas, mas os japoneses já dispõem de submergíveis que atingem a mais de 6.000 metros de profundidade.
Estas descobertas abrem grandes perspectivas para o Japão, podendo equivaler ao pré-sal brasileiro, devendo provocar um novo impulso nas inovações tecnologias no país, com possibilidade de nova aceleração do seu crescimento econômico, o que beneficiaria também o resto do mundo.
1 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo sobre o trabalho da mulher brasileira, preparo desde os mais simples aos universitários, revolução com pequena resistência
Com o título expressivo de “Amazonas no trabalho”, a prestigiosa revista internacional The Economist informa num artigo que a mulher brasileira, que na década dos 1960 do século passado tinha uma modesta participação no mercado de trabalho formal, hoje apresenta uma presença impressionante. Cita a ONG Mão na Massa que prepara faveladas para trabalhos duros como as de encanadoras hidráulicas, pintoras de residências, pedreiras de construção civil desde 2007. Muitas desejam trabalhar nas indústrias, e seus ganhos reais vêm aumentando expressivamente nos anos recentes, ainda que na média sejam inferiores aos dos empregados masculinos. Encontram pequenas resistências dos homens, nas tarefas que eram tradicionalmente deles, diante do crescimento do emprego formal e baixo nível do atual desemprego na economia brasileira, segundo a revista.
O artigo mostra que as mulheres estão estudando mais tempo que os homens nas escolas, e dois terços dos atuais diplomados em curso superior são do sexo feminino. Com isto ,está sendo possível com que elas ingressem nos concursos do serviço público, pois na média são mais aplicadas nos estudos. Numa impressionante revelação, informa que a think tank de Nova Iorque, Centre for Talent Innovation, encontrou que entre as diplomadas universitárias brasileiras 59% são muito ambiciosas, cifra que nos Estados Unidos chega somente a 36%.
Operárias brasileiras da construção civil, presidente Dilma Rousseff e Graça Foster
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29 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: dificuldades do Judiciário, duas decisões duvidosas e incompreensíveis, imagem dos políticos
Lamentavelmente, como em muitos países, a imagem dos políticos no Brasil não se encontra no patamar elevado que seria desejável para uma das mais nobres missões que são possíveis nas sociedades democráticas. As recentes decisões, ainda que tomadas pelo STF – Supremo Tribunal Federal e pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral, nada contribuem para melhorar esta situação, aperfeiçoando no que vem sendo praticado.
De um lado, o TSE libera que os candidatos considerados “contas sujas”, conforme publicado em quase todos os jornais, e especificamente na Folha de S.Paulo, possam concorrer nas próximas eleições desde que tenham apresentando suas contas nas eleições passadas, ainda que não aprovadas. De forma adicional, o STF reconheceu que o recém-criado Partido Social Democrático tem o direito de propaganda eleitoral gratuita na TV e nas rádios, com base ao número de deputados que possui na Câmara Federal.
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