28 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, Saúde, webtown | Tags: artigo de Makiko Itoh, conserva de ameixa japonesa, múltiplos usos, The Japan Times | 2 Comentários »
A maioria das culinárias do mundo conta com alguns produtos que são de consumo generalizado da população, quase popular, que nem sempre chega ao conhecimento de estrangeiros, mesmo os apreciadores de uma boa gastronomia. Parece ser o caso de uma conserva chamada umeboshi, ácida e salgada, feita com o fruto de uma ameixeira japonesa. Makiko Itoh, famosa pelos seus livros de culinária japonesa em todo o mundo, escreveu um artigo sobre o assunto, publicado no The Japan Times, fornecendo o seu histórico, bem como as lembranças dos preparados pelas suas avós, de formas diferentes.
Este umeboshi é uma espécie de picles, hoje com variações bastante amplas, mas muitos japoneses costumam utilizá-lo para o preparo de um prato reconfortante. É fornecido aos que sentem doentes, normalmente somente com um arroz branco, muitas vezes regado por um chá verde, que leva o nome de umetchá. Também é adequado para depois de uma noitada com exagero de bebidas fortes. Alguns são apresentados com sabores sofisticados que são adicionados, decorrentes das bases dos molhos mais conhecidos no Japão, como o de algas, cogumelos ou bonito seco. Podem ser apreciados como ingrediente do hosomaki, um conhecido sushi envolto na alga, também reconfortante.
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27 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Yuriko Koike no Project Syndicate, aumento das dificuldades, novas colocações chinesas | 2 Comentários »
Yuriko Koike foi ministra de Defesa do Japão e é atualmente a líder da oposição na Dieta daquele país, considerada uma das mais competentes especialistas em assuntos internacionais. Num novo artigo distribuído pela Project Syndicate, ela expressa que a China está expandindo o conceito de seus “interesses fundamentais”, fazendo fracassar a recente reunião de cúpula entre os três países do Extremo Oriente, o Japão, a Coreia e a China, além de aumentar as tensões com relação aos seus vizinhos. Intensificou-se a ação chinesa nas disputas das chamadas Scarborough Schoal com as Filipinas e as ilhas Senkaku do Japão.
A autora explica que a China está reafirmando as suas posições com relação a Taiwan, Tibet e Xinjiang, não admitindo discutir os problemas dos direitos humanos relacionados aos seus habitantes, considerando os como seus “interesses fundamentais”. Quando da recente reunião de cúpula do Japão, Coreia e China, o premiê Wen Jiabao mencionou que os movimentos de independência de Xinjiang Uyghur e os relacionados com as Ilhas de Senkaku também faziam parte dos seus “interesses fundamentais”, sendo a primeira vez que tal qualificação era usada com relação ao Mar do Sul da China. Isto levou ao fracasso da reunião de cúpula, não permitindo sequer a condenação da Coreia do Norte sobre seus testes com foguetes, segundo a autora, como esperado pelo Japão e pela Coreia.
Yuriko Koike
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26 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: locutor Ricardo Miyata, matéria com vídeo no WebTown, originário da IPC – TV Globo, Planeta Brasil | 2 Comentários »
Como é do conhecimento de muitos, a cidade de Hamamatsu na província japonesa de Aichi, é uma das que contam com maior número de habitantes estrangeiros, principalmente brasileiros. Uma matéria publicada na WebTown, que mantém um intenso intercâmbio com este site, fala de um interessante programa de rádio, transmitido em FM pela Haro Japão, com o locutor Ricardo Miyata. A matéria é originária da IPC – TV Globo, que transmite os programas da TV Globo brasileira no Japão. O programa é transmitido todos os domingos a partir das 18 horas, tendo a duração de uma hora. Intercala falas básicas em japonês com expressões e trechos em português, de forma extremamente descontraída como é do estilo brasileiro.
Segundo as explicações constantes do vídeo que pode ser visto integralmente acessando o que consta abaixo, o programa visa os ouvintes japoneses e brasileiros falando de assuntos relacionados com o Brasil. Muitos japoneses estão se interessando como vivem os brasileiros, cuja imagem ainda se concentra na Amazônia, carnaval e no futebol. O locutor passou a morar no Japão quando a sua família para lá se transferiu, e na ocasião não falava nada em japonês e ainda recebe instruções da produtora sobre as formas de se comportar diante do microfone, evitar algumas gafes e outros detalhes.
O sucesso é tamanho que o programa está recebendo muitos retornos de todas as partes do mundo, tendo um colaborador permanente que vive em Manaus, no Amazonas. O locutor trabalha regularmente como modelo e vem recebendo convites para participar de comerciais no Japão. Planeja ampliar as suas atividades para outros setores relacionados com o intercâmbio bilateral. No fundo, tudo está colaborando no sentido de uma compreensão mútua entre brasileiros e japoneses.
24 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: área da concessão da espanhola Repsol com a chinesa Sinopec (35%), confirmação das reservas de petróleo e gás, participação da norueguesa Statoil (35%) e Petrobrás (30%)
Está sendo confirmada a reserva de 700 milhões de barris de petróleo leve (o mais valorizado) e gás equivalente a 545 milhões de barris de petróleo na área de concessão denominado BM-C-33, na região do pré-sal na Bacia de Campos. As informações foram divulgadas pela Repsol espanhola (que vendeu 40% das suas operações no Brasil para a Sinopec chinesa) que possui uma participação de 35%, e pela Petrobras que conta com 30%. Isto aumenta a participação chinesa nesta exploração, que vem mostrando um grande apetite para assegurar o seu abastecimento de petróleo e gás. Esta concessão conta também com a participação da norueguesa Statoil (que tem uma longa experiência no Mar do Norte como em todo o mundo) com 35%. Esta confirmação é uma das maiores reservas do mundo em 2012 e está em muitos meios de comunicação social, como o site da IG.
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24 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do The Wall Street Journal, autoria de Tom Doctoroff, reprodução no Valor Econômico
O Valor Econômico reproduziu um artigo de Tom Doctoroff, que é o presidente da J. Walter Thompson para a Ásia Maior, publicado originalmente no The Wall Street Journal, tratando das características dos novos consumidores na China. Ele tem uma experiência de 20 anos trabalhando em publicidade naquele país, e informa que eles estão se modernizando com o consumo de produtos de luxo consagrados no Ocidente, mas não se ocidentalizando. Eles estão ficando cosmopolitas, mas continuam mantendo os costumes chineses.
Os produtos de marcas ocidentais que estão consumindo são globais e isto está ocorrendo dentro de um processo para tornar a China uma superpotência. Os fundamentos culturais do país continuam os mesmos de milhares de anos, com influências como do confucionismo (o que se observa em todo o Extremo Oriente, englobando o Japão e a Coreia). A estrutura hierárquica de clã continua sendo mantida na China. Neste processo, alguns aspectos entram em conflito, havendo comportamentos diferenciados entre os chineses, principalmente os mais jovens e os que atuam no mundo globalizado.
Tom Doctoroff
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24 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as dúvidas sobre os dados chineses, as limitações dos dados estatísticos, estatísticas brasileiras
Sempre houve dúvidas sobre alguns dados estatísticos chineses, ora subestimados ora superestimados. Os próprios acadêmicos chineses não confiavam muito na sua validade e agora até as autoridades chinesas afirmam que elas são “elaboradas por homens”. Como dentro da “meritocracia” daquele país, alguns resultados obtidos podem estar inflados para beneficiar a ascensão de alguns líderes. De outro lado, os japoneses sempre acreditaram que os dados populacionais chineses estavam subestimados, pois no meio rural o número de filhos considerados gêmeos e trigêmeos eram bem acima do normal internacional, com idades físicas diferentes, como consequência da política oficial de filhos únicos, mais efetivas nos centros urbanos, com a existência das chamadas “inspetoras de quarteirão”.
Estas deficiências dos dados estatísticos não ocorrem somente naquele país. Nas pesquisas estatísticas efetuadas no Brasil, como na maioria dos países em desenvolvimento ou emergentes, acredita-se na hipótese que nos grandes números os erros se compensam, quando podem apresentar vieses tendenciosos. Muitas das informações estatísticas começam pelas fornecidas pelas empresas, havendo uma forte tendência à sonegação, ainda que algumas correções sejam efetuadas. As unidades municipais de estatísticas são consideradas encargos para os municípios, salvo no que se refere aos dados demográficos que servem para efeito das cotas de participações nos tributos estaduais e federais. O mesmo acontece na agregação por Estados e acabam chegando às nacionais, cujos censos não são tão precisos como desejados.
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23 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: Ásia ou América Latina, coincidências internacionais, na Europa, o normal é a instabilidade | 2 Comentários »
Dois artigos de autores diferentes, um de R.Daniel Kelemen, professor de Ciência Política e Diretor do Centro para Estudos Europeus da Rutgers University, New Jersey, USA, outro de Noeleen Heyzer, de Cingapura, subsecretária geral das Nações Unidas e secretária executiva da Comissão Econômica e Social para a Ásia e o Pacífico, utilizam a mesma expressão “novo normal” para países europeus e do Sudeste Asiático. O primeiro foi publicado no Foreign Affairs e o segundo no Project Syndicate, ambas as instituições são respeitáveis e se dedicam à divulgação de estudos de profundidade. Os dois credenciados autores informam sobre as instabilidades dos países europeus e asiáticos no atual quadro internacional. Como isto também ocorre na América Latina, notadamente no Brasil, pode-se deduzir que se trata de um fenômeno praticamente universal, sendo necessário se adaptar ao novo quadro.
Noeleen Heyzer e R.Daniel Kelemen
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22 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: antecipação à crise, aumento do crédito, críticas, redução de impostos e juros
Diante do conjunto de medidas tomadas pelo governo brasileiro visando a ativação de sua economia, alguns críticos se apressam a apresentar suas objeções, observando que a da demanda não seria a melhor das soluções. Quando os pátios das montadoras de automóveis estão abarrotados com produtos que aguardam a sua colocação, haveria alternativas mais inteligentes? A economia mundial está desaquecida, e a tentativa de ampliar as exportações teria limitadas possibilidades, e os investimentos públicos em infraestrutura demandaria muito tempo para produzir resultados. Poucas seriam as alternativas para ativação da economia, num prazo curto.
Todos os meios de comunicação do país divulgam as medidas tomadas, e entre elas a redução dos encargos tributários e de juros sobre a aquisição de bens de produção como caminhões, equipamentos etc.. Também ajudam a desovar parte do estoque, diante de uma produção realizada, e cujo consumo ficou limitado com os endividamentos assumidos com encargos pesados. Esta nova rodada de medidas tem, evidentemente, um efeito mais limitado que a primeira do mesmo tipo em 2008. Sem a redução do atual estoque não haveria condições para novos investimentos no setor automobilístico, que tem um forte impacto em toda a economia brasileira. O outro setor equivalente em resultados, o da construção civil, já está suficientemente beneficiado.
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22 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Wall Street Journal, ativos líquidos internacionais, títulos e investimentos diretos
Ainda que a China já tenha ultrapassado o Japão como a segunda economia do mundo, e esteja ampliando seus ativos financeiros e investimentos diretos em todo o mundo, um artigo publicado por Takashi Nakamichi, que atua em Tóquio no The Wall Street Journal, baseado nos dados fornecidos pelo FMI – Fundo Monetário Internacional, informa que o Japão continua como o primeiro do mundo nestes ativos líquidos. O líquido considera a diferença entre os ativos que os japoneses possuem no exterior, inclusive os títulos do Tesouro norte-americano, deduzidos os que os estrangeiros possuem no Japão. O artigo recebeu o título “Japan Retains Status as Biggest Creditor”.
Segundo os dados informados pelo Ministério de Finanças do Japão em fins de 2011, o país tinha um saldo de cerca de US$ 3,19 trilhões, apesar de um declínio de 5,5% com relação ao ano anterior. A China, junto com Hong Kong, possuía cerca de US$ 2,43 trilhões líquidos, mas continua aumentando estes ativos, como uma tendência do aumento das economias emergentes. Nos últimos quatro anos, os chineses triplicaram seus ativos no exterior, segundo o artigo, mas também estão desacelerando estes investimentos nos últimos meses.
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22 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Robert Skidelsky no Project Syndicate, discussão sobre a liderança chinesa, posições acadêmicas variadas
A China vem registrando um crescimento econômico e político respeitável no cenário internacional, e são muitas as discussões sobre o que acontecerá no futuro se ela vier a superar os Estados Unidos. Robert Skidelsky, professor emérito de Política Econômica da Warwick University e biógrafo de John Maynard Keynes entre outros, elaborou um artigo que está sendo distribuído pela credenciada Project Syndicate, com o título “Why China Won’t Rule”, informando sobre as restrições que existem no próprio país que nunca se dedicou à expansão de seu domínio político, mesmo pelos seus vizinhos.
O autor argumenta que parece inevitável que a China continuará crescendo mais que o resto do mundo, enquanto o mundo desenvolvido permanece atolado em recessão ou perto dela. Pode chegar à primeira do mundo em 2017, ao mesmo tempo em que seus gastos militares crescem mais rapidamente que o seu PIB. Segundo o autor, para a mente norte-americana só pode haver uma superpotência, e se a China conquistar esta posição será em detrimento dos Estados Unidos, e isto constitui um grande desafio.
Robert Skidelsky
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