29 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: detalhes dos interesses, dificuldades, esclarecimentos do China Daily
Já publicamos sobre o interesse revelado pelo secretário de defesa norte-americano, Leon Panetta, na sua primeira visita ao Brasil, em contrapartida à visita de Celso Amorim. Mas o inusitado está no destaque dado pelo China Daily, na sua versão para os Estados Unidos, ao publicar um artigo sobre o assunto. Já foram divulgadas amplamente as disputas dos norte-americanos, franceses e suecos no fornecimento de novos aviões de caças para a Força Aérea Brasileira que, depois de muito tempo, está para ser decidido.
Leon Panetta fez a sua exposição na Escola Superior de Guerra mostrando o seu forte empenho para que a Boing forneça o seu F-18 Super Hornet que representaria um valor estimado em US$ 4 bilhões, que seria um trunfo para as próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos. O Brasil solicitou a experiência da Índia com os recentes fornecimentos franceses. A França não conseguiu confirmar ainda o fornecimento dos seus Rafales da Dassoult, apesar das muitas notícias que as autoridades brasileiras tivessem interesse em fortalecer os intercâmbios tecnológicos com aquele país. A Suécia teria a preferência da Aeronáutica com os seus Gripen, mais baratos e que permitiriam maior transferência de tecnologia.
Leon Panetta, secretário de defesa dos EUA
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27 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo do Project Syndicate, desafios dos próximos lideres eleitos, publicado no O Estado de S.Paulo
Um artigo do Richard N. Hass, presidente do Conselho de Relações Exteriores, foi distribuído pelo Project Syndicate e publicado em português no O Estado de S.Paulo dando conta dos desafios que deverão ser enfrentados pelos próximos líderes a serem eleitos. Nos próximos meses, devem ocorrer eleições com muitas mudanças de comando na Rússia, China, França, Estados Unidos, Egito, México e Coreia, entre outros países. Quem for reeleito ou assumir o poder deve enfrentar grandes desafios decorrentes das limitações a que está sujeito, segundo o autor.
Apesar da discrepância das situações políticas nestes países, os desafios decorrentes das limitações econômicas apresentam situações semelhantes. Todos os países são dependentes do resto do mundo, tanto para suas exportações como para serem supridos em suas necessidades. Todos dependem de energia e o seu mercado apresenta vulnerabilidades. Todos enfrentam situações de terrorismo, dos armamentos, das doenças e das mudanças climáticas. As suas fronteiras não garantem o seu isolamento.
Richard N. Haass
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26 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: o câmbio chinês, o caso das relações sino-americanas, observações do experiente Stephen S. Roach
Mesmo que existam muitos vieses chineses, quase todos preferem atribuir a eles todas as dificuldades que enfrentam, sem tomarem as difíceis medidas para resolver seus problemas internos com as reformas indispensáveis. O experiente Stephen S. Roach publica um interessante artigo no Project Syndicate apontando a fixação norte-americana sobre o câmbio chinês, como também muitos fazem mundo afora, inclusive no Brasil. Eles atribuem os déficits comerciais dos Estados Unidos à manipulação do câmbio chinês mantido desvalorizado, o que é aceito por mais de 60% dos norte-americanos, sendo utilizado inclusive na eleição que se aproxima naquele país, tanto pela situação como pela oposição. Quando na realidade este déficit é multilateral, com 88 países em 2010, não se restringido à China, havendo necessidade de elevar a sua poupança e cortar o seu déficit fiscal.
O artigo mostra que o câmbio chinês foi valorizado gradualmente em 31,4% desde 2005 com relação ao dólar norte-americano, quando se estimava que a sua desvalorização fosse de 27,5%. O FMI estima que o superávit comercial chinês esteja se reduzindo, com a mudança de sua prioridade para a expansão do mercado interno chinês, que pode ajudar as exportações do resto do mundo para aquela economia. As pesquisas recentes indicam que somente 20 a 30% das exportações chinesas contam com valor adicionado local, sendo o restante das multinacionais que vinham utilizando a mão de obra chinesa, cujo custo está se elevando, provocando a transferência de muitas atividades para outros países asiáticos.
Stephen S. Roach
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26 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: alguns sinais evidentes, mudanças na Hitachi, o caso das agências de publicidade
Já houve ao longo da história da humanidade diversas ondas do processo de globalização, mas a atual parece prosseguir de forma inexorável. Recebemos todos os dias algumas notícias que mostram que este processo é duradouro e talvez permanente, com possibilidade de ocorrer atropelando os que insistem em apresentar resistências às mudanças. Os que se ajustam mais rapidamente a este processo possuem melhores condições de colher mais de suas vantagens. Dois casos notórios podem ser observados, como exemplos, sendo que o primeiro foi noticiado no site do The Wall Street Journal, num artigo de autoria de Daisakue Wakabayashi, referindo-se ao processo de designação dos novos diretores do centenário grupo japonês Hitachi, que conta com mais de 1.000 empresas espalhadas pelo mundo.
O segundo aparece em diversos artigos publicados no caderno especial Construção da Imagem, do Valor Econômico, mostrando que as atividades relacionadas com as agências envolvidas no assunto passaram a atuar de forma globalizada, fazendo parte de grupos multinacionais, visando atender as empresas que atuam no Brasil como em outros países mundo a fora.
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25 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cursos, intercâmbio de professores, outras iniciativas, parceria da FGV com Tsinghua, pesquisas | 2 Comentários »
Um artigo publicado por Letícia Arcoverde no Valor Econômico informa que a Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas assinou um acordo de cooperação com a Escola de Economia e Administração da prestigiosa Universidade chinesa de Tsinghua por onde passaram os mais importantes dirigentes recentes da China. Já havia um intercâmbio de alguns estudantes e agora a diretora da EAESP, professora Maria Tereza Leme Fleury, que esteve com o diretor Chen Guoqing da escola chinesa, diz que haverá pesquisas acadêmicas conjuntas, como maior intercâmbio de professores, dentro de um acordo firmado pelas duas instituições.
Os intercâmbios dos alunos costumam ser temporários, mas os aprofundamentos das relações entre professores e pesquisadores devem deixar resíduos permanentes. No ano passado, a escola chinesa abriu um centro de pesquisa sobre a América Latina que estuda assuntos legais, econômicos, culturais e os relacionados com as inovações na região.
Maria Tereza Leme Fleury e Chen Guoqing
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25 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: algumas análises, assuntos do Pacífico e da Ásia, revista e site do The Diplomat
Os que acompanham assuntos relacionados com o Pacífico e a Ásia consideram que no The Diplomat, que mantém uma revista e um site, é onde se encontram os artigos com análises mais abalizadas. Publicou no último dia 19 de abril um artigo de Mu Chunshan, tratando da ansiedade que afeta uma parte da diplomacia chinesa, que está crescentemente frustrada. Seus líderes devem adotar uma linha mais dura ou suave?, perguntam-se. Não há dúvidas que estão prestando mais atenções às questões diplomáticas, com a discussão destes assuntos proliferando pelas mídias sociais.
Houve um ataque a dois navios chineses no rio Mekong, no Vietnã, que resultou na morte de 13 membros da tripulação no ano passado. Há uma discussão online se a diplomacia chinesa na região falhou. Os culpados não foram localizados e os ataques lembram os chineses sobre as situações tensas no sudeste asiático. Há preocupações sobre a Birmânia, hoje mais conhecida como Myanmar, Filipinas e Vietnã, sendo que a construção de uma controvertida hidroelétrica sino-birmanesa, que foi suspensa, podendo desencadear outras semelhantes, levando muitos a se perguntarem o que vai acontecer no futuro.
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24 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Hirotaka Watanabe no The Diplomat, diplomacia cultural, pouca agressividade japonesa | 2 Comentários »
Um interessante artigo de Hirotaka Watanabe foi publicado no The Diplomat sobre a diplomacia cultural do Japão, principalmente com a sua experiência na França e na Europa. Apesar da crescente admiração mundial recente sobre aspectos da cultura japonesa, notadamente na gastronomia e no mangá, nota-se, quando comparada com a de outros países desenvolvidos, que o Japão tem uma atitude retraída na disseminação de sua cultura por países estrangeiros. O autor é professor e diretor do Institute of International Relations da Tokyo University of Foreign Studies, doutorou-se pela Sorbonne e trabalhou na embaixada japonesa em Paris.
A França é ativa no setor da diplomacia cultural com o governo coordenado com a Alliance Française, como é a Alemanha com o Instituto Goethe, os Estados Unidos com sua União Cultural, a Inglaterra com a Cultura Inglesa e agora é a China com o Instituto Confúcio. Mas se o Japão já era modesto com o seu Japan Foundation, seus orçamentos acabaram sendo restritos com a crise porque passa que já dura décadas. O autor nota que o Japão está praticamente ausente em iniciativas de envergadura. Muitos observam que o Japão reduziu a sua prioridade na disseminação do seu idioma e todos os setores complementares de sua rica cultura.
Hirotaka Watanabe / Japan Expo
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23 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: fluxos em novas direções, manifestações de insatisfações, mobilidade dos recursos humanos
Aumentam as notícias sobre o aumento da mobilidade de recursos humanos no mundo globalizado. Até algumas décadas passadas, só havia informações sobre a migração de populações dos países menos desenvolvidos procurando oportunidades para se realizar em economias mais avançadas. Hoje, notam-se alguns refluxos, inclusive de recursos humanos mais preparados. Kirk Semple publicou um artigo no The New York Times sobre o assunto, que está reproduzido no site do IG registrando alguns casos de filhos de imigrantes que estudaram nos Estados Unidos e estão procurando desafios na Índia, na China, no Brasil e na Rússia, de onde vieram seus pais, até para surpresa de muitos deles.
Muitos brasileiros procuraram oportunidades de trabalho no mundo desenvolvido, legal ou ilegalmente. Foram para os Estados Unidos, Europa, muitos sem um visto regular. Para o Japão, descendentes de japoneses de segunda e terceira geração, residentes na América Latina, receberam vistos de trabalhos temporários que acabavam se renovando. Agora, com o desaquecimento destas economias desenvolvidas, e as oportunidades que ser criaram nas chamadas economias emergentes, é expressivo o volume dos que retornam. Mas também imigrantes de outras partes do mundo, como chineses, estão aumentando a sua imigração para o Brasil.
Soldadores nikkeis retornaram ao Brasil para trabalhar em estaleiro pernambucano. Aumenta o número de trabalhadores estrangeiros no Brasil
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23 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a forma de contribuição na evolução de uma China complexa, estilo de entrevista de Han Han, semelhança com Eu & Fim de Semana do Valor Econômico
A entrevista concedida por Han Han, o escritor que mantém o blog mais lido na China, ao jornalista David Pulling, publicado pelo Financial Times, apresenta o mesmo estilo do adotado pelo Eu & Fim de Semana do Valor Econômico. Ocorreu durante um almoço no Yi Shu Jia Can Ting (o restaurante dos artistas) nos subúrbios de Xangai. Pratos e serviços são comentados no artigo enquanto se conversa sobre os aspectos vitais para a compreensão atual dos principais acontecimentos na China, como a queda de Bo Xilai.
Han Han é um descontraído autor da novela “Triple Door”, best seller que vendeu rapidamente 2 milhões de cópias, tornando-o famoso. Com 29 anos, casado com uma esposa adorável e pai de uma linda menina, bem sucedido financeiramente, dedica-se com sucesso a pilotar carros de corrida. É o blogueiro mais lido no mundo, admirado pela sua inteligência e habilidade em contornar a censura chinesa, numa disputa como de gato e rato. Postou em 2010, quando o escritor chinês aprisionado Liu Xiaobo ganhou o Prêmio Nobel da Paz, um simples “ “, que equivale tipograficamente à cadeira vazia da cerimônia em Oslo.
O blogueiro chinês Han Han
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23 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Colin Barraclough no Financial Times, biodiversidade pesquisada no cerrado, outros exemplos | 2 Comentários »
Um interessante artigo foi escrito por Colin Barraclough e publicado no Financial Times, ele que veio ao cerrado mineiro como convidado por uma fazenda Toucan Cipó, que funciona como uma espécie de reserva de pesquisa e também recebe turistas na Serra do Espinhaço, no interior do Estado de Minas Gerais. A fazenda é hoje de propriedade de um inglês de nome Charles Frewen, contando com 10.000 acres, ou seja, um pouco mais de 4.000 hectares, e foi formada pelo seu pai adotivo que chegou ao Brasil em 1970, que foi juntando pequenas propriedades vizinhas. A íntegra do artigo pode ser encontrado em inglês no: www.ft.com/intl/cms/s/2/7b46e1da-8564-11e1-a394-00144eab49a.html com o titulo “Plant kingdom”.
Há 8 anos, Frewen herdou Toucan Cipó, onde somente 10% é usado para criação de gado e produção agrícola, e começou com entusiasmo de amador descrevendo as plantas que lá existiam que não eram encontradas em nenhuma bibliografia. Ele pediu ajuda ao Kew Gardens, da Inglaterra. Para sua satisfação, os botânicos do UK’s Royal Botanical Gardens Kew e da Universidade de São Paulo descobriram 13 espécies de plantas novas para a ciência na propriedade e em seu entorno, além de duas espécies consideradas extintas e 20 só conhecidas por uma coleta feita em 1825 pelo botânico prussiano Ludwig Risdel. A pesquisa conjunta de brasileiros e ingleses acabou identificando 1.145 espécies em torno da fazenda, num raio de 20 milhas, um pouco mais de 30 quilômetros, mais que a metade das espécies nativas da Grã Bretanha.
Fotos do UK’s Royal Botanical Gardens Kew e vista aérea da Universidade de São Paulo
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