30 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: atividades culturais, destaque na atuação de Danilo Santos Miranda, SESC merece um artigo no The New York Times, sociais e esportivas
O SESC – Serviço Social do Comércio de São Paulo tem o seu trabalho reconhecido num artigo publicado no The New York Times, escrito por Larry Rother, e republicado em português no site da UOL. O prestígio que esta instituição conquistou não somente a destaca das suas similares brasileiras como no atual cenário internacional onde organizações voltadas à cultura lutam com dificuldades de doações. O artigo destaca que a integração de tudo, teatro, piscina, biblioteca, restaurante, curso e museu, é muito inteligente, como reconhecido por Nan van Houte, diretor do Netherlands Theater Institute e ex-presidente da Rede Internacional para Artes Performáticas Contemporâneas.
Para quem começou a frequentar o SESC há mais de 50 anos, quando se resumia a algumas poucas atividades, há que se reconhecer a influência do seu diretor regional do Estado de São Paulo, o sociólogo Danilo Santos Miranda, que possui um conhecimento invejável e conseguiu montar uma equipe eficiente que cuida de todas estas atividades, que está no seu comando há mais de 25 anos. Consegue ter uma visão completa das necessidades sociais humanas, promovendo eventos nacionais, regionais e internacionais que qualificam a instituição como uma das mais influentes do Brasil.
Danilo Santos Miranda e unidades do SESC Pinheiros e SESC Pompeia
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29 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: cobertura da China Daily, Financial Times, pouco destaque na imprensa brasileira
Há um reconhecimento geral de que o BRICS é só um grupamento de países que foram reconhecidos como emergentes, de grandes dimensões geográficas. Eles têm poucos interesses em comum, sendo difícil operacionalizar uma ação coletiva destes cinco países, o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul. A sua última reunião de cúpula realizada em Nova Delhi mereceu pouca cobertura da imprensa brasileira, que acabou se concentrando mais no discurso que a presidente Dilma Rousseff fez quando recebeu da Universidade de Delhi o título de doutora honorária, quando insistiu contra o tsunami monetário como já vem fazendo há algum tempo. E os contatos bilaterais do Brasil com a Índia, cujas dimensões não justificam os atuais volumes de transações comerciais e investimentos diretos recíprocos ainda muito baixos.
O China Daily destacou, naturalmente, os discursos de Hu Jintao que pediam uma maior confiança política entre os países membros apelando por compromissos com desenvolvimentos comuns e promoção da prosperidade dos países membros, intensificando suas cooperações. Não se conseguiu um consenso sobre a ideia de um banco de desenvolvimento cogitado para tanto, onde a China e Índia contam com maiores interesses, concordando-se que este assunto seria estudado mais profundamente.
Dilma Rousseff recebeu o titulo de honoris causa e com os quatro presidentes dos países do Brics
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28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dispêndios externos, opções difíceis, recursos que podem fazer falta
As economias em desenvolvimento, como as emergentes como a do Brasil, tendem a necessitar de divisas para arcar com os compromissos externos decorrentes das importações necessárias de equipamentos com tecnologia avançada, honrar os empréstimos obtidos no passado, bem como seus serviços de juros. Ainda que conte momentaneamente com um forte influxo de recursos de financiamentos externos, acumulando as nossas reservas e tendendo a valorizar o câmbio, a possibilidade de necessitar de poupanças externas para arcar com os investimentos indispensáveis no futuro é bastante grande. Entre os dispêndios que não afetam demasiadamente o processo de desenvolvimento estão os decorrentes do turismo externo e as importações a ele associados.
Quando do término da Segunda Guerra Mundial, o Brasil contava com uma reserva externa razoável que acabou sendo utilizada para a importação de quinquilharias como gomas de mascar e uvas passas, mesmo considerando que deveria ser evitada a elevação da sua tributação. Era ainda um período em que a intervenção governamental era elevada na pauta das importações. Os tributos mais elevados de importação acabam estimulando a substituição das mesmas com produções locais, quando o desejável era o incentivo às produções locais de equipamentos e matérias-primas indispensáveis ao desenvolvimento brasileiro.
Ator Humberto Carrão causa tumulto entre turistas brasileiros na Disney
Turistas brasileiros são um dos que mais gastam em compras no exteior
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28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: boatos, diferenças nos comportamentos dos empresários, fatos, potencialidades
Os comportamentos dos empresários e seus efeitos acabam dependendo dos públicos aos quais eles se voltam, bem como as culturas dominantes em que estão inseridos. No passado, um importante banqueiro brasileiro procurava evitar aparecer na imprensa, procurando manter-se discreto, que ainda é considerado como uma postura adequada em muitas culturas, mesmo obtendo bons resultados nas suas atividades usuais. Outro empresário agrícola queixava-se sempre das condições desfavoráveis para os seus negócios, reclamando dos prejuízos, mas adquiria todo ano uma nova fazenda. Existem também os que alardeiam com rara capacidade seus empreendimentos, que potencialmente podem ser interessantes, conseguindo impressionar muitos analistas e colocar os seus papéis no mercado e junto a grupos investidores, mesmo que os seus resultados obtidos até agora não sejam apreciáveis, até pelo contrário.
É evidente que estes resultados dependem do tempo em que são avaliados (curto, médio ou longo), e as hipóteses que são utilizadas para tanto e o futuro é, infelizmente, sempre incerto envolvendo riscos. Os otimistas podem avaliar que a maioria das condições continuará positiva e os resultados mínimos podem ser satisfatórios, mesmo que não atinjam todos os projetados. Que o otimismo sempre ajuda nos empreendimentos ninguém pode duvidar. Mas, entre um comportamento discreto e o pessimismo, existe uma grande diferença, parecendo sempre conveniente ser um pouco cauteloso quando se trata de negócios.
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28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: manchas mongólicas, pterossauro da China e do Brasil, relacionamento recente | 2 Comentários »
Surpreendendo a muitos que ficam impressionados com os intensos intercâmbios recentes do Brasil com a China, o paleontólogo do Museu Nacional brasileiro, Alexander Keller, junto com os pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências, Xiaolin Wang, Shunxing Jiang e Xin Cheng, anunciou a descoberta de restos uma nova espécie de pterossauro, chamada Guicado venator, com características semelhantes as do Brasil como os Ludodactylus sibbich, encontrados no Nordeste do país, na formação chamada Crato. O trabalho destes cientistas será capa da próxima edição de abril da principal revista alemã de ciências naturais, a Naturwissenschatten.
Estes animais tinham uma envergadura de 3 metros e dentes enormes e foi encontrado na China na região de Jiufotang, em Liaoning. A pergunta que se pretende esclarecer é se as espécies brasileiras vieram da China. A semelhança principal é a crista. Os seus enormes dentes ficavam aparentes, mesmo com a boca fechada. A notícia a respeito pode ser encontrada no site: http://araripinanews.blogspot.com.br/2012/03/pterossauro-da-china com todos os detalhes técnicos para quem se interessar pelo assunto.
Pterossauro encontrado na China tem características de espécie brasileira / Divulgação: Maurilio Oliveira
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28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: câmbio no OMC, dificuldades no consenso, reunião dos BRICS
Para sair do atual “imbroglio” em que está envolvido o mundo, vêm sendo realizadas muitas tentativas, mas ainda não se encontrou um mecanismo adequado para a sua superação. No passado, problemas como o do realinhamento cambial eram decididos dentro do G7, onde os Estados Unidos podiam impor, com a ajuda dos mais poderosos parceiros europeus, uma valorização do iene japonês como ocorreu no Acordo de Plaza. O Brasil provocou uma reunião na OMC – Organismo Mundial do Comércio para discutir o efeito dos câmbios nos fluxos comerciais, mas com as acusações generalizadas, principalmente entre os norte-americanos e chineses, sugeriu-se que o assunto fosse discutido no G20, como está noticiado em diversos jornais. Entre eles, o Valor Econômico, num artigo do Assis Moreira, com o título “China defende acordo temporário sobre o câmbio”. Realiza-se a reunião do BRICS, mas não se atinge um consenso sobre a criação de um novo banco de desenvolvimento entre os seus membros, como noticia Sergio Leo no mesmo Valor Econômico.
Os organismos multinacionais como o FMI – Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, e muitos outros que são considerados como componentes das Nações Unidas não conseguem a eficácia nas suas ações para equacionar estes problemas que estão afligindo a todos nesta economia globalizada. Com o desejo legítimo de todos os países participarem das decisões de medidas que os afetam, ainda não se atingiu um novo sistema de governança eficiente em escala global.
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27 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: expectativas, ministro Marco Antonio Raupp na Fiesp, problemas, situação presente do Brasil | 2 Comentários »
O ministro Marco Antonio Raupp, um especialista em ciência e tecnologia já comprovado pelos seus trabalhos no Centro Tecnológico da Aeronáutica, em São José dos Campos – SP, fez uma ótima apresentação na Fiesp – Federação da Indústria do Estado de São Paulo. Mostrou uma situação preocupante do Brasil, onde na última década os investimentos em P& D são extremamente baixos quando comparados com os principais países desenvolvidos e emergentes como a China. Mostrou que as inovações, com os dados mais recentes disponíveis, ainda são baixos nos principais países da América Latina e mesmo dos chamados BRICS, com participação insignificante do setor privado.
Mostrou ainda que dos formados em ciências naturais e engenharia em 2008, o Brasil conta com uma participação insignificante, 3% na primeira especialização, e 2% na segunda, quando os outros concorrentes, principalmente a China, contam com 17% e 34% dos mesmos, e os países asiáticos em bloco, incluindo a Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Coreia, Taiwan e Tailândia, estão com 26% e 17% respectivamente.
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26 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: análises incompletas, mudanças substanciais, potenciais consequências
Todos os importantes jornais do mundo estão anunciando que Barack Obama indicou, em nome dos Estados Unidos, Jin Yong Kim, nascido coreano, mas criado em Iowa e reitor da prestigiosa Dartmouth College, como candidato à Presidência do Banco Mundial. Ele conta com um curriculum brilhante, formado na Universidade de Brown, médico e doutorado em antropologia em Harvard, tendo atuado em muitos países em desenvolvimento na área da saúde pública, mas sem experiência em finanças ou na diplomacia. Tradicionalmente, o Fundo Monetário Internacional fica sob o comando de uma personalidade indicada pelos países europeus e o Banco Mundial pelos norte-americanos que juntos possuem os votos suficientes para tanto. Mas está havendo uma forte pressão internacional para que estas decisões fiquem mais descentralizadas com a participação de outros países, refletindo as mudanças que estão se observando nas últimas décadas no mundo.
Outra candidata está sendo colocada na disputa, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala. Ela já foi vice-presidente do Banco Mundial, ex-ministra das Finanças da Nigéria, é uma brilhante diplomada em Harvard com “magna cum laude” e com doutorado no MIT – Massachusetts Institute of Techonology em desenvolvimento econômico regional. No presente quadro, que está sofrendo pressões para ser alterado, os votos dos países, excluídos os europeus e norte-americanos, não são ainda suficientes para a sua vitória.
Jim Yong Kim, entre Hillary Clinton e Barack Obama / Ngozi Okonjo-Iweala
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26 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: além das notícias sobre o evento, causas e consequências, pano de fundo
A opinião pública foi informada que houve uma gigantesca reunião de 28 empresários convidados com a presidente Dilma Rousseff na semana passada, mas quais foram às razões que a provocaram e quais serão as suas consequências? Ainda que uma equipe da revista Veja tenha efetuado numa longa entrevista com a presidente logo depois da mesma e Sérgio Leo, do Valor Econômico, tenha feito um resumo do evento na sua coluna semanal, somente alguns poucos pontos ficaram esclarecidos.
Já foram feitas diversas destas reuniões no passado, na tentativa de coordenação da ação governamental com as aspirações e ações do setor privado, com efeitos limitados. É sempre difícil que haja eficácia em reuniões desta magnitude sem um preparo prévio e adequado, sem que uma minuta de um documento seja submetida na tentativa de aprovação de uma posição razoavelmente consensual.
Reunião da presidente Dilma Rousseff com 28 empresários brasileiros.Foto: Sergio Lima/Folhapress
Tudo indica que a economia passa por um período de substanciais investimentos, com parte suportada pelo governo, com recursos orçamentários e financiamentos, e a maioria pelo setor privado. O governo encontra-se numa fase de contenção dos seus gastos para não agravar o seu endividamento, e enfrenta problemas de gestão em muitos dos seus projetos. E o setor privado conta com restrições decorrentes da alta tributação e confusa, juros altos ainda que em queda, inadequada infraestrutura, câmbio desfavorável e tudo que se convencionou chamar de “custo Brasil”, que limita sua competitividade com empreendimentos em outros países. Todos concordam com estes problemas agravados pelas condições externas. E alguns empresários aproveitam a plateia para manifestar seus investimentos futuros, com grande eloquência.
Ninguém seria ingênuo para concluir que um evento desta natureza seria suficiente para desencadear uma nova onda de investimentos, mesmo com as promessas governamentais de minorarem alguns dos problemas. A promessa de que tais reuniões se repetirão trimestralmente e que medidas adicionais do governo serão anunciadas brevemente confortam, mas ainda não são suficientes para entusiasmar e estimular o espírito animal dos empresários.
Mesmo aceitando-se que o papel aceita tudo, parece que seria conveniente que as próximas reuniões contem com diagnósticos claros dos principais problemas, as metas que serão perseguidas e os esboços das estratégias que serão adotadas pelo governo. Sendo os recursos sempre limitados, opções necessitam ser tomadas e elas são importantes como orientações para os demais empresários e investidores privados. Ainda que não sejam planos, as múltiplas mudanças de condições que se observam em todo o mundo ficariam com menores riscos se contarem com diretrizes claras. Até porque o Congresso, o Judiciário e principalmente a opinião pública também são relevantes.
Como os investimentos privados não serão feitos somente pelos 28 empresários que foram convidados para o evento, e os estrangeiros possuem um peso muito grande, seria interessante que uma ata resumida à semelhança das divulgadas depois do Copom fosse elaborada, principalmente porque a imprensa não teve acesso direto à reunião.
Em qualquer hipótese, a evolução dos sistemas de administração da economia brasileira, a demonstração que o Executivo está sensível a algumas das reivindicações do setor privado, o desejo manifesto que muitos empresários desejam ampliar os seus investimentos são confortadores. Seria interessante acrescentar que as principais economias emergentes que competem com o Brasil contam com Planos Quinquenais mais expressivos, refletindo a visão de longo prazo existente no país.
26 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aspirações por análises com profundidade, evolução dos meios, mudanças observadas | 2 Comentários »
Os empresários envolvidos com a mídia brasileira podem aspirar por padrões elevados, mas devem compreender que precisa também ficar atentos às demandas existentes, a disposição das verbas publicitárias bem como os custos de produção. Os que foram condicionados por culturas mais humanísticas que se perseguia no passado acabam desejando análises com maiores profundidades, que só encontram em alguns veículos, tendo que se socorrer ao que ainda restam dos provenientes em alguns brasileiros ou do exterior. No Brasil, o Valor Econômico procura preencher este espaço com Eu &, que passou a ser diário, com uma edição mais completa no Eu & Fim de Semana, publicado nas sextas-feiras.
A quase totalidade das televisões, rádios e jornais dispõe hoje de meios eletrônicos que permitem que suas informações sejam obtidas também pela internet. A Rádio Jovem Pan de São Paulo faz um esforço no sentido que parte do seu noticiário possa ser acessado por um sistema eletrônico que inclui também vídeos quase na forma de televisão, que chamam de rádio com imagens, que pode ser conectado em qualquer lugar do mundo. O jornal Folha de S.Paulo passou a contar com um pequeno espaço semanal na TV Cultura de São Paulo, ao mesmo tempo em que publica artigos e suplementos com matérias de jornais estrangeiros. Informa-se que o The New York Times obteve um aumento de suas assinaturas na versão impressa, ao permitir também assinaturas que permitem a sua reprodução pela internet como muitos jornais já o fazem.
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