22 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: admiração pelo esforço brasileiro, casamento ecológico, satisfação dos convidados | 2 Comentários »
Um inusitado esforço começou a ganhar corpo no Japão, como noticia o Japan Today. Jovens casais começam a realizar casamentos que demonstram o seu engajamento com os esforços feitos por um funcionário do Ministério do Meio Ambiente e por uma funcionária da Universidade das Nações Unidas. Convidam os amigos para o seu casamento na forma de e-mail, solicitando esforços dos mesmos para utilizarem o mínimo de papel.
Ela vestiu uma roupa ecológica de fibras naturais durante o casamento e, em vez do tradicional bolo, plantaram uma árvore. Os presentes chamados “hidekimono” que os noivos costumam dar para os convidados eram de sabão ecológico, minimamente embrulhado de forma a evitar danos ecológicos. Em algumas festas, os pratos são servidos nas porções que os convidados irão consumir, para evitar desperdícios, todos preparados com matérias-primas orgânicas.
O casal apresentou um show assinando o compromisso proveniente do Brasil para evitar os gases de carbono nas greenhouses, fizeram uma doação para a campanha e informaram que na festa e na lua de mel deles estão economizando oito toneladas de emissão de poluentes.
Os convidados se mostraram solidários e satisfeitos por estarem colaborando com a campanha. Casamentos similares estão se multiplicando no Japão, dando conta do engajamento dos jovens em programas ecológicos. São notícias alvissareiras que demonstram que estão indo além dos discursos, com demonstrações concretas que existem muitas formas de colaboração para uma vida sustentável neste planeta.
21 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: artigo do Japan Times, um programa recomendado, visitando um produtor de Shizuoka
O chá produzido no Japão veio do continente asiático para o arquipélago há cerca de 1.500 anos, onde o tipo chamado verde se tornou o mais conhecido. Os que têm o privilégio de viajar de Tóquio para Hamamatsu, na província de Shizuoka, cidade que concentra muitos trabalhadores provenientes do exterior, como do Brasil, contam com uma vista parcial destas plantações. Mesmo pelo Shinkansen que vai a Osaka, passando por Quioto e seguindo para o Sul, é possível ter uma rápida visão desta maravilha.
A jornalista Mandy Bartók escreveu uma matéria ímpar com o título “Taking a tea break in Shizuoka”, que foi publicada no Japan Times do último dia 15, domingo, de onde se extraiu as informações básicas desta nota, sendo suas as espetaculares fotografias ilustrativas. A área visitada pela jornalista produz cerca de metade da produção japonesa, e já tem uma história de cerca de 800 anos.
Visitantes escolhem chá em Greenpia Makinohara. A cesta contém folhas suficientes para cerca de 20 gramas de chá. Fartura de copos para os visitantes. Refeição no restaurante do centro Maruobara. Fotos de Mandy Bártok
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19 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: diferenças regionais, salários em alta, salários mínimos
Um interessante artigo publicado no China Daily noticia que muitas províncias chinesas estão estabelecendo e elevando os seus salários mínimos, acompanhando a tendência da remuneração dos trabalhadores naquela economia. Muitas das empresas estrangeiras que se instalaram naquele país visavam tirar partido dos baixos salários da China, principalmente no litoral. Mas algumas estão sendo obrigadas a se transferir para o interior, onde ainda existe um excesso de mão-de-obra, e os salários ainda se mantêm mais baixos.
Outras empresas estão deixando a China para se instalar em outros países do Sudeste Asiático onde a oferta de mão-de-obra ainda é abundante, oferecendo salários mais baixos, sem uma adequada legislação trabalhista, principalmente previdenciária.
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19 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: diversificação das reservas externas, estímulo às importações, interiorização do desenvolvimento, maior ênfase no mercado interno
Examinando as notícias provenientes da imprensa internacional, mas principalmente do principal jornal chinês, China Daily, pode-se constatar que as autoridades daquele país promovem cautelosas mudanças na sua política econômica, que devem proporcionar resultados a médio e longo prazo nas demais economias relevantes no mundo. A China é hoje o principal investidor em títulos do Tesouro Norte-Americano e vagarosamente promove a sua redução, quer aplicando em títulos de outros países, quer aumentado seu investimento em ativos que possam transferir tecnologias para o seu país ou ampliar os seus acessos nos mercados externos.
Por outro lado, admitindo que as economias de seus parceiros comerciais não apresentam a vitalidade desejada, estimulam o desenvolvimento do seu mercado interno. Para tanto, estão promovendo as importações, tentando reduzir o seu superávit comercial, ainda que cautelosamente, anunciando que esta política deve ser mantida no mínimo até o final do ano.
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17 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: diferenças entre desenvolvidos e emergentes, expansões no exterior, venda de apartamentos de luxo, viagens ao exterior
Observando o noticiário dos jornais japoneses, pode se notar as diferenças de comportamento dos consumidores de diferentes níveis de renda. Enquanto a média da população empenha-se na redução dos seus consumos, numa atitude cautelosa, os que se encontram em melhores situações econômicas efetuam dispêndios surpreendentes, ou inversões acima do padrão normal, depois de um longo período em que se mantiveram conservadores.
Assim, informa-se que estão sendo vendidos apartamentos que superam o valor de US$ um milhão nos melhores lançamentos imobiliários de Tóquio, chegando a se constituírem alternativas para aqueles que possuem confortáveis residências em regiões um pouco mais afastadas do centro. Neste mês de agosto, aproveitando alguns feriados e o verão, as viagens para o exterior dos japoneses crescem com relação ao mesmo período do ano passado, segundo o jornal Nikkei. As empresas japonesas aumentam seus investimentos no exterior, aproveitando o yen fortalecido, procurando localidades onde o custo da mão-de-obra não é tão elevado, ainda que isto sacrifique o emprego no próprio Japão.
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16 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: compras de luxo, elevado nível de renda, empresas especializadas, turistas chineses em Odaiba
Os turistas chineses continuam surpreendendo no Japão. O bairro de Odaiba, uma nova atração criada sobre uma ilha artificial na baía de Tóquio, é adequado para o turismo das marinas, ao mesmo tempo em que facilidades para suas compras estão aumentando. A empresa japonesa Laox, que já era conhecida no famoso bairro de Akihabara pelas lojas de materiais eletrônicos, passou a contar com a participação da empresa chinesa Suning Applience. Montaram um esquema para atender os turistas chineses que são consumidores de produtos de qualidade, ainda que de elevado custo. Todas as facilidades são oferecidas, como vendedores falando fluentemente em chinês, cartões de crédito chineses, além de um serviço de “duty free”.
Uma pesquisa efetuada entre estes turistas mostra jovens entre 26 e 30 anos de idade, com 36% ganhando cerca de US$ 10.000 mensais, 51% graduados em universidades, exercendo atividades em nível gerencial, 53% residentes em Beijing e 25% em Xanghai. Antes eram empresários, que ficaram reduzidos a 6%.
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15 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: exemplo para outros países, maior percentual de população idosa, seu consumo ajuda a economia
São frequentes as informações de que a idade média dos japoneses continua se elevando, tendência que deverá ser seguida, com defasagens variadas, pelos demais países. O que lá acontece poderá se observar em outras economias, com pequenas variações, pois as tendências demográficas apresentam uma razoável estabilidade.
O jornal econômico japonês Nikkei informa que o grupo dos consumidores de mais de 60 anos constitui-se hoje no mais importante que ajuda a sustentar a economia. Eles procuram novas atividades e manter a sua qualidade de vida. Muitos produtores estão desenvolvendo modelos específicos para atender a suas necessidades. A Fujitsu, por exemplo, desenvolveu um telefone celular com teclados maiores e outras especificações voltadas para este segmento dos consumidores, vendendo de 2 a 2,5 milhões destes modelos anualmente.
Consumidora da terceira idade experimenta o celular da Fujitsu em uma loja do Japão
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13 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: efeitos sobre as exportações japonesas, extrema valorização do yen, investimentos no exterior, lições para o Brasil | 1 Comentário »
Com a extrema valorização do yen, a moeda japonesa, segundo um importante editorial do jornal econômico Nikkei, a economia japonesa corre o risco de entrar em colapso. Os norte-americanos e os europeus adotam posição para desvalorizar as suas moedas, e como muitas moedas no mundo, inclusive o yuan chinês que fica, praticamente, vinculado ao dólar, poucas moedas acabam se valorizando, inclusive o real brasileiro.
Se isto facilita as exportações dos países que desvalorizam as suas moedas, provoca efeito contrário nos países que ficam imobilizados, como o Japão e o Brasil. Suas moedas ficam valorizadas, facilitando suas importações. Como consequência, o emprego e o crescimento destas poucas economias ficam prejudicados, num cenário internacional cada vez mais recessivo.
No caso brasileiro, ainda sua economia continua se sustentando, com o brutal crescimento da produtividade do seu setor agropecuário, mantendo-se razoavelmente competitivo. Mas a sua indústria acaba sendo prejudicada, ao mesmo que o turismo para o exterior cresce de forma significativa. As melhorias que deveriam ocorrer no setor rural acabam sendo transferidas para o exterior.
Na economia japonesa, que tem um nível de renda e de patrimônio mais elevados, há uma relativa estagnação, com muitas de suas empresas transferindo parte de sua atividade produtiva para países asiáticos que continuam competitivos, principalmente porque os salários pagos aos seus trabalhadores ainda são relativamente modestos.
Como o quadro geral é de aumento do desemprego, com os consumidores mais arredios, acaba ocorrendo uma deflação, ou seja, um processo continuo de queda de preços. Ao mesmo tempo em que há uma tendência recessiva.
Do ponto de vista de política econômica, este quadro é mais difícil de ser modificado, principalmente quando a maioria dos países está com uma dívida pública elevada, como consequência da política antirrecessiva que veio sendo adotada nos últimos anos.
Ou seja, não se podem aumentar os gastos públicos num tipo de política pós-keynesiana para estimular o consumo visando estimular a produção. Todo o quadro se torna mais complexo, pois psicologicamente os consumidores tendem a retrair, aumentando suas poupanças.
Como os juros pagos nos países que desvalorizam suas moedas são baixos, há uma tendência de aumento das aplicações financeiras nas economias que praticam juros mais elevados, como o Brasil, agravando ainda mais os problemas cambiais. Estes recursos são perigosos, pois se concentram em aplicações de curto prazo, ficando arredios para qualquer mudança do quadro, introduzindo uma instabilidade prejudicial a todos.
Os riscos acabam ficando mais elevados, mas o sistema bancário mundial resiste às tendências de regulamentações mais rígidas que evitem movimentos especulativos. Eles continuam usufruindo lucros, tanto com o aumento dos fluxos quanto dos riscos, que sempre provocam aumento dos custos dos financiamentos, para proporcionarem margens para eventuais perdas.
Chega a ser uma situação que um novo entendimento se torna indispensável entre os países e autoridades, não dos países economicamente poderosos, como também os emergentes, sem o que todos acabam sendo prejudicados.
8 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Categoria?, Notícias | Tags: industrializações nas zonas produtoras, produtos alimentícios com marcas próprias
A imprensa japonesa registra o aumento de produtos de grandes fornecedoras de alimentos da Europa no mercado do Japão com marcas próprias. Parte destes produtos, adequados aos paladares japoneses, como apresentações ajustadas às exigências dos consumidores daquele mercado está sendo oferecida nos pontos de venda do Japão. Vão desde produtos típicos, como o shoyu ou o natto, apresentados em embalagens adequadas escritas totalmente em japonês.
Como o Brasil é um importante produtor de matérias-primas agropecuárias de alimentos largamente consumidos no Japão e outros mercados asiáticos, parece que seria uma oportunidade para a produção local destes produtos, com marcas específicas, apresentados de forma a atender as exigências daqueles mercados.
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6 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: atum, criação, demanda mundial, mudanças e controles
Os profissionais ligados aos negócios relacionados com o atum de boa qualidade (os chamados bluefin, pois existem mais de dez espécies), mostram que existem turbulências à frente, como noticiado no jornal econômico japonês Nikkei. A demanda mundial deste produto, muito consumido na forma de sashimi e sushis ampliou-se em todos os países, inclusive na China. Os chineses que não tinham o hábito de consumir produtos crus (inclusive saladas), no seu processo de globalização estão adotando hábitos novos, e como representam 25% da população mundial, em forte ascensão econômica, ajudam a desequilibrar alguns mercados, inclusive de atum.
Os japoneses investiram pesadamente nestas atividades, inclusive com a criação de atum, como já ocorre em alguns países. No Mediterrâneo e no Atlântico, estão se propondo medidas de restrição da exportação, principalmente das espécies chamados bluefin. Ainda assim, as pesquisas efetuadas pelos organismos internacionais mostram que as pescas que demandavam cinco anos após o nascimento dos atuns caíram para três anos.
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