19 de outubro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: a exposição do acervo do Museum of Fine Arts de Boston no The Ueno Royal Museum, apresentação dos trabalhos de Hokusai, percorreu o Japão e agora se encontra em Tóquio
Para ver a exposição do acervo do Museu de Belas Artes de Boston que inclui uma quantidade impressionante dos trabalhos de Hokusai, o artista japonês mais conhecido no Ocidente, que está exposto atualmente no The Ueno Royal Museum, há se sujeitar a alguns sacrifícios. Multidões de apreciadores japoneses da boa arte contam com rara oportunidade para conhecer em detalhes os trabalhos de Hokusai, o seu patrício que, tendo vivido longamente, produziu uma enormidade principalmente de xilografias, fornecendo uma perspectiva que não era conhecida no Ocidente. Seu trabalho mais conhecido no mundo é a Onda, cuja xilografia está neste acervo. Esta técnica japonesa ficou conhecida com o nome de ukiyo-e, e 140 trabalhos estão na exposição.
A onda de Hokusai, do acervo do Museu de Belas Artes de Boston, uma das xilografias mais conhecidas no mundo
Esta exposição já percorreu muitas cidades importantes do Japão, e na sua fase final encontra-se atualmente em Tóquio. Filas de japoneses e estrangeiros formam verdadeiros cordões e os que têm sorte pode apreciar todos os detalhes com as explicações em japonês, com um pequeno resumo em inglês. Apresentado de forma cronológica, pode se notar a evolução do seu trabalho, inclusive na utilização das cores.
Apresentações paralelas permitem a avaliação adequada dos trabalhos, com a reprodução de cenários onde as figura relatadas se encontravam, como nos palácios e edificações da época.
Todos sabem que as matrizes das xilografias são gravadas sobre as madeiras, e as diversas impressões vão se repetindo com as cores utilizadas, sendo importante, além do trabalho do artista, os que efetuam as cópias em número limitado. Havia na época uma evolução de todo o material utilizado, inclusive as tintas, podendo se notar as diferenças de colorações, notadamente nas figuras femininas e suas vestimentas.
O Museu de Belas Artes de Boston, que foi inaugurado no centenário da independência dos Estados Unidos, na sua coleção sobre arte japonesa conta com 90 mil trabalhos, incluindo 50 mil de ukiyo-e e trabalhos relacionados, inclusive milhares de livros que apresentam estas obras, algumas delas expostas no Japão.
Os artistas japoneses do século XIX reproduziam em detalhes figuras humanas, plantas e pássaros, incluindo paisagens e muitos destes trabalhos chegaram à Europa impressionando os ocidentais, inclusive na forma de livros que aparentam os mangás atuais. Colecionadores norte-americanos adquiriram parte destes preciosos trabalhos, muitos deles hoje doados ao Museu de Boston.
Se nós, que temos remotas ligações com a arte japonesa, ficamos emocionados frente a este impressionante acervo de trabalhos, notamos que muitos artistas japoneses, inclusive idosos, expressavam nas suas fisionomias a emoção de poder apreciá-los, sabendo que o mundo Ocidental também tem plena consciência de sua importância na história universal das artes.
O que parece relevante é que na Era Meiji houve um verdadeiro intercâmbio do Japão com o Ocidente, e os trabalhos japoneses geraram na Europa o japonismo que começou com Manet, como já expusemos neste site. Ao mesmo tempo, está havendo uma exposição da retrospectiva de Shunso Hishida, em comemoração ao seu centenário de nascimento, no The National Museum of Modern Art´s do Japão, que trouxe a contribuição Ocidental com o chamado Yoga para gerar a reação com o chamado Nihonga.
Quisera que estas disputas só ocorressem no campo cultural, deixando as lamentáveis guerras que continuam afligindo a todos.
17 de outubro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: alertas da Austrália, artigo no Financial Times, Estados Unidos, Europa, possibilidade de uma crise como a de 2008
Um interessante artigo de Gillian Tett publicado no prestigioso Financial Times de Londres, informa sobre o alarmante risco do sistema financeiro internacional provocar uma nova paralisação do mercado, apesar da excessiva liquidez existente no mundo. Seria algo tão terrível como o que aconteceu em 2008. Segundo Guy Debelle, um importante alto executivo do Banco Central australiano, pode agravar a volatilidade que está se observado no mercado financeiro mundial. Quatro razões importantes estariam contribuindo para esta possibilidade. O primeiro seria a paralisia do fornecimento dos créditos diante da possibilidade de elevação dos juros nos Estados Unidos, onde um levantamento efetuado pela Bloomberg com analistas do setor financeiro chegou a um incrível consenso de que isto ocorreria, ainda que o FED norte-americano esteja procurando uma atitude cautelosa com relação ao assunto.
O segundo seria um ajustamento da oferta e da procura que estaria sendo efetuada pelos operadores do mercado, principalmente dos fundos de riscos, pela utilização dos mesmos indicadores do chamado benchmarket, como observado pelo BIS – Banco Internacional de Compensações. O terceiro seria a generalização das operações efetuadas pelos computadores no mercado, sem que os verdadeiros banqueiros tenham muita interferência nas volumosas operações que ocorrem diariamente no mercado. Mas o terceiro e mais importante comportamento seria uma ação orquestrada visando a resistência do mercado financeiro mundial às regulamentações restritivas dos fluxos financeiros internacionais. Ainda que as autoridades monetárias concordem com a necessidade de alguns controles, os que usufruíram elevados ganhos com a liberdade que contavam antes de 2008 entendem que as ações reguladoras ou intervenções das autoridades aumentariam os riscos do mercado.
Evidentemente, todos sabem o que poderia ser interessante para os empresários que vivem da produção e de sua comercialização nem sempre são os que interessam ao setor financeiro, que vem abusando de suas especulações e ganhos com as liberdades dos fluxos financeiros, que ocorrem num volume absurdo.
Não se pode desprezar este alerta, pois todos sabem que os interesses do setor financeiro têm prevalecido no mundo nos últimos anos.
16 de outubro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: atendimentos de emergência, problemas odontológicos durante as viagens, serviços odontológicos em Tóquio para turistas internacionais
Ainda que muitas pessoas não apresentem sintomas de problemas odontológicos, os dentistas informam que durante os voos aéreos eles podem se manifestar de forma inoportuna e desagradável. Uma experiência pessoal acabou ocorrendo depois de um voo de Cingapura para Tóquio, num fim de semana mais longo em decorrência de um feriado no Japão, que costuma ser deslocado para a segunda-feira. Durante a noite num hotel, a dor se tornou insuportável, mas no dia seguinte, devido à efeméride, quase nada funcionava adequadamente numa grande metrópole como a capital japonesa. Fui informado que existia em cada bairro um plantão odontológico de emergência nos feriados. Fui encaminhado para o mais próximo que ficava no próximo bairro de Mita, com um profissional, uma enfermeira e uma atendente numa instalação adequada e confortável. Mas fui informado que só se atendia em situação de emergência, sem um procedimento definitivo depois do diagnóstico da situação.
O dentista, para segurança do seu diagnóstico, apesar do inchaço que no rosto que era evidente, decidiu pela necessidade de um raio-x com todo o cuidado, que efetuado mostrou que a base de um dos dentes estava infeccionado em decorrência da mudança de pressão a que os passageiros estão sujeitos nos voos. Para agravar a situação, havia um forte tufão que caminhava em direção a Tóquio, com os meios de comunicação, principalmente a televisão, acompanhando este fenômeno climático, a velocidade de seu deslocamento, bem como os ventos que provocava com uma precipitação pluviométrica elevadíssima em torno do seu trajeto. Mesmo que as previsões fossem feitas, não havia uma segurança exata do seu rumo como da intensidade dos ventos, mas era possível se prever chuvas e ventos fortes na região. Com o diagnóstico feito pelo dentista, foram receitados medicamentos para a redução das dores, como da infecção, recomendando-se resfriar a região para redução do inchaço. Ainda bem que, como em muitas clínicas e hospitais japoneses, os medicamentos já eram oferecidos, pois não seria fácil localizar uma farmácia num dia destes, pois elas são poucas no Japão, principalmente quando comparado com o Brasil.
Os medicamentos para quatro dias foram fornecidos, bem como a recomendação de que se procurasse um profissional de odontologia depois deste período. Em Tóquio dispõe-se de alguns que atendem inclusive em inglês para pacientes estrangeiros. A companhia de seguro de viagem recomendou alguns, para possível reembolso. Do hotel que estava utilizando, apesar da redução das dores e da inflamação, optei pelo mais próximo, o Shiodome City Center Dental Clinic.
Para quem não está familiarizado com Tóquio, Shiodome é um verdadeiro bairro novo criado sobre a área de um antigo pátio ferroviário na capital japonesa, onde se localizam grandes edifícios bem atualizados. Suas instalações são modernas, comportando uma grande série de atividades, até uma importante estação de televisão.
Shiodome, bairro construído sobre um antigo pátio ferroviário
A clínica contava com o que de mais contemporâneo e atualizado pode se contar para atender aos pacientes que necessitam dos mais variados cuidados odontológicos, com uma equipe de profissionais habilitados para atender em japonês como em inglês. Com todas as informações do paciente, eles fizeram o primeiro exame que recomendava um novo raio-x, agora panorâmico, que fornecia a imagem completa da arcada dentária. O paciente tinha uma tela à sua frente com toda a imagem ampliada, onde o dentista explicava o que estava ocorrendo. Havia claramente uma bolsa de pus na retaguarda de um dos dentes, que com a pressão na viagem aérea procurava uma saída.
Exemplo de um raio-x panorâmico, mas o meu tinha uma qualidade de imagem bem superior
Isto provocava a infecção e a dor, que estavam aliviados pelas medicações anteriores, mas não recomendaria que o paciente utilizasse um transporte aéreo, pois o problema se repetiria. A recomendação era, mediante o uso de uma anestesia, se procedesse à extração de todo o pus possível, deixando até um canal para a eventual saída de um resíduo, ao mesmo tempo em que medicamentos anti-inflamatórios e anti-infecções fossem ministrados por alguns dias, até a avaliação da evolução do quadro.
Uma técnica utilizada pelos profissionais japoneses é o uso do sal antes da picada do anestésico, evitando problemas de infecção e de uma eventual intensidade da dor.
Tudo transcorreu de forma brilhante, sem a mínima dor, ao mesmo tempo em que na junção de dois dentes, um superior e outro inferior, fosse efetuado uma espécie de redução do contato, para evitar pressões exageradas na hora da mastigação.
Muito interessante foi também a experiência do uso de uma farmácia no Japão. Com o receituário na mão, o paciente é solicitado optar por medicamentos genéricos ou de marca, necessitando fornecer um quadro do seu passado médico, por escrito como se fosse numa consulta médica, para as possibilidades de alergias ou qualquer outra contraindicação. Um profissional de farmácia informa todos os detalhes dos medicamentos, suas indicações, dosagens, as formas de serem utilizados. Os medicamentos são fornecidos somente nas quantidades necessárias para os dias do seu uso recomendado pelo odontologista, e não em caixas com quantidades além do indispensável.
Com toda esta qualidade de serviços, fiquei imaginando os preços cobrados, e fiquei muito surpreso ao notar que não chegam a ser a metade dos serviços prestados em outros países ou no Brasil. Um intercâmbio cogitado pelo governo brasileiro com o japonês pode proporcionar uma melhora que muitos destes aperfeiçoamentos também estejam disponíveis para os brasileiros.
15 de outubro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: destaque na imprensa mundial, os aspectos financeiros, trabalhos sobre regulamentação, tradição liberal | 2 Comentários »
Muito oportuna a escolha do Prêmio Nobel de Economia de 2014, o acadêmico francês Jean Tirole que também já exerceu atividades no MIT – Massachusetts Institute of Technology, além de muitas ações em organismos internacionais. Ele é considerado um especialista em regulação dos mercados e o seu primeiro pronunciamento para a Bloomberg referiu-se à necessidade de regulação adequada do mercado financeiro internacional, onde as grandes instituições bancárias do mundo abusam da liberdade de fluxos financeiros que em nada contribui para a adequada necessidade de suprimento dos créditos para a ampliação das atividades produtivas, fomentando somente a especulação.
Quando autoridades monetárias de diversos países e regiões, começando pelo FED norte-americano, começaram, depois da crise de 2007/2008, a abusar da chamada easing monetary policy, inundando o mundo de dólares americanos, acabou-se beneficiando um pouco os Estados Unidos, mas provocando uma guerra cambial no mundo, fazendo com que os japoneses e os europeus também acompanhassem o mesmo tipo de política, para evitar a exagerada valorização de suas moedas, que prejudicavam suas exportações e facilitavam as importações, provocando um desequilíbrio na balança comercial. Países emergentes como o Brasil, que não possuem moedas aceitas no mercado internacional, acabam sofrendo estas valorizações, que prejudicam suas economias. Isto acaba ampliando as injustiças mundiais, que ajudam os países já industrializados e dificultam os demais, que são a maioria.
Se no setor financeiro estes problemas são graves, não deixam de também gerar problemas nos mercados onde um número limitado de empresas acaba dispondo de um forte poder monopolístico, o que é uma dura realidade com que se conta no mundo. Ainda que muitas entidades venham discutindo a necessidade de uma adequada regulamentação que não são aceitas, também em alguns setores de produtos estratégicos os tipos similares de situações monopolísticas acabam resistindo igualmente às regulamentações.
Prêmio Nobel de Economia de 2014, Jean Torole
Os esforços de medidas antimonopólios resultam em algumas adequações nos mercados de diversos produtos, mas quando se trata do setor financeiro, que tem um poder mais generalizado e de influência em todas as economias, as resistências são mais acirradas, esperando que a concessão deste prêmio ajude a generalizar a consciência destas necessidades de regulações. É evidente que a ganância de alguns continuarão com suas restrições, mas espera-se que a opinião pública acabe induzindo a todos para regulamentações mais razoáveis.
14 de outubro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: a divulgação da vitória brasileira sobre o Japão por 4 a 0, Imprensa japonesa, novo ídolo asiático
O futebol sempre foi uma atividade que ajudava a disseminação da imagem brasileira na Ásia. Astros como Pelé, Ronaldo e muitos outros eram mais conhecidos que artistas, políticos ou outras personalidades, identificando-se com a imagem do Brasil nesta parte do mundo, ainda que isto também seja um fenômeno mundial. Encontrando-se com asiáticos, a primeira face atual do Brasil que lembrada é do Neymar e do seu futebol, pois está destacada por todos os mecanismos de comunicação de massa. Quando informamos que somos brasileiros, no passado a primeira impressão no interior dos países do Sudeste da Ásia como nos confins da China era Pelé. Hoje já é Neymar, cujo nome é repetido centenas de vezes pela televisão, como a sua foto aparece em todos os jornais e revistas. O Brasil hoje já é reconhecido pelos simples asiáticos com o nome e a face de Neymar.
Além das empresas privadas que possuem o seu interesse comercial nesta parte do mundo, as autoridades precisar aproveitar a oportunidade para a divulgação do Brasil tanto em termos turísticos como de toda a sua imagem de um bom brasileiro. Como Pelé ajudou o Brasil a ingressar até no mercado russo de café, a boa imagem que se têm deste novo ídolo precisa ser aproveitada para todo e qualquer publicidade. Se mesmo astros futebolísticos pouco conhecidos no Brasil servem para ajudar a vender produtos nos mercados asiáticos, ainda mais de um jovem ídolo mundial como Neymar que tem uma imagem de um bom mocinho, que mostra que o país dispõe de talentos criativos.
Neymar, a nova face do Brasil na Ásia
O Brasil conta com uma imagem positiva na Ásia porque não é considerado por nenhum dos seus aspectos problemáticos. Necessita mais do que nunca da ajuda desta parte do mundo que mantém um dinamismo econômico superior ao mundial. Neymar, por jogar também pelo Barcelona, é bastante divulgado entre os asiáticos. Com quatro gols sobre o Japão na partida disputada em Cingapura, eleva a sua imagem que precisa ser ressaltada como de um bom ídolo brasileiro.
Ainda que sua imagem seja dispendiosa do ponto de vista comercial, entidades, como a EMBRATUR, que se preocupam com o aumento do turismo internacional para o Brasil precisam utilizá-lo para suas publicidades. Aviões como da EMBRAER, a desgastada imagem da PETROBRAS, como do BANCO DO BRASIL ou do BNDES necessitam aproveitar a sua imagem, tanto para as vendas, promoção de exportação como para a captação de recursos.
Os materiais esportivos de grifes internacionais já estão utilizando a sua imagem. Outros produtos industriais brasileiros como de serviços precisam aproveitá-lo e a sua imagem, antes que outras empresas multinacionais acabem contratando-o.
13 de outubro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: inauguração do novo estádio em Cingapura, partida com o Japão, vitória sobre a Argentina na China
Por uma mera coincidência, quando estou viajando por Cingapura e pelo Japão, a seleção brasileira de futebol acaba merecendo um destaque na imprensa esportiva dos dois países, com a importante vitória sobre a Argentina por 2 a 0 na China. É que o Brasil conseguiu atrair maior atenção, pois será o protagonista na inauguração do novo estádio nacional em Cingapura, quando disputará a partida com a seleção japonesa. Ainda que tenha sofrido um desgaste com a derrota perante a Alemanha na última Copa do Mundo, o Brasil continua merecendo um destaque no mundo, pois muitos dos seus jogadores atuam na Europa, sendo divulgados internacionalmente.
O novo estádio de Cingapura é uma maravilha, como muitos dos grandes empreendimentos imobiliários desta cidade/país, que também é uma espécie de capital regional do Sudeste Asiático e que tem um respeitável nível de renda. No Japão, uma parte da consolidação do futebol profissional dependeu muito de jogadores e técnicos brasileiros, que continuam tendo destaque no futebol mundial. Por exemplo, Kaká é um destaque e todos ficaram satisfeitos com sua convocação feita pelo técnico Dunga, e ainda que tenha participado somente de poucos minutos já no final da partida com a Argentina.
Aspectos do novo estádio nacional de futebol de Cingapura, que será inaugurado numa partida entre a seleção brasileira e a japonesa
É evidente que a brilhante vitória brasileira sobre a Argentina na China aumentou o interesse pela inauguração, que certamente estará totalmente ocupada com a venda antecipada dos ingressos, ainda que Cingapura não esteja esportivamente envolvida na partida. O Japão vem se destacando como campeão asiático e também tem muitos jogadores atuando em equipes internacionais que têm seus jogos televisionados.
Como um grande espetáculo de interesse internacional, a partida está sendo divulgada nos mais variados jornais com grande destaque, o que acaba ajudando na imagem brasileira no exterior.
10 de outubro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: mudanças, o tufão mais forte da temporada, previsibilidade, tufão denominado Vongfong
Encontro-me nestes dias em Cingapura e estou programado para seguir domingo próximo para Tóquio. Os noticiários informam que está ocorrendo atualmente um forte tufão denominado Vongfong, o mais forte da temporada nesta parte do mundo, caminhando das Filipinas em direção a Okinawa, no Japão, tendo uma previsão de poder atingir o arquipélago japonês exatamente no período em que está prevista a minha chegada naquele país, com menor intensidade. Pelas experiências passadas, tenho conhecimento que tanto a velocidade do deslocamento, a intensidade dos ventos, bem como o roteiro podem sofrer alterações, ainda que os especialistas utilizem todos os seus conhecimentos para estas previsões. Elas são importantes por alertarem a população para que tomem as precauções possíveis.
Japanese time Thursday (5 a.m. EDT in the U.S.), the eye of Vongfong was just under 500 miles south-southeast of Kadena Air Base on Okinawa, moving north-northwest at 7 mph.
A partir de 18h no horário japonês da quinta-feira (05h00 EDT nos EUA), o olho de Vongfong estava a menos de 500 quilômetros ao sul-sudeste da base aérea de Kadena, em Okinawa, movendo-se em direção norte-noroeste a 7 mph. Os ventos máximos tinham cauda um pouco fina, mas ainda eram cerca de 155 mph, solidamente o equivalente a um furacão de categoria 4, de acordo com o Centro de Atenção Joint Typhoon do exército norte-americano.
Um par de características sutis nos pisos superiores da atmosfera norte de Vongfong, incluindo uma fraca perturbação no ar superior se movendo para o oeste do Japão. Em seguida, um sistema de alta pressão de bloqueio temporário irá desempenhar um papel significativo na determinação de quão perto o núcleo de faixas Vongfong chegará para algumas partes do Japão, segundo os especialistas. Infelizmente, esse bloqueio temporário alto agora parece prestes a empurrar o núcleo de ventos mais fortes do Vongfong para mais próximo das Ilhas Ryukyu, incluindo Okinawa, neste fim de semana.
Vongfong will continue to weaken slowly as it moves north, and will lose super typhoon status (150 mph or greater max sustained winds) shortly, but will still be a formidable typhoon as it draws close to southwest Japan this weekend.
O que acontece com estes tufões é que acaba provocando ventos fortes com elevadas precipitações na sua periferia. Ao mesmo tempo, ainda que as previsões dos especialistas sejam baseadas em muitos dados e modelos, sempre existem fatores que acabam determinando suas mudanças, não havendo uma segurança muito elevada nestas projeções.
23 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: mudança de polarização da URSS com a ascensão chinesa, o complexo quadro geopolítico atual, posicionamentos e evoluções futuras, redução da hegemonia dos Estados Unidos
Todos estão observando que se registram importantes mudanças recentes no quadro geopolítico mundial, com a redução da hegemonia dos Estados Unidos, até sobre os seus aliados. Tinha como polo dialético a antiga URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas comandadas pela Rússia, que sofreu uma desagregação. Mas aquele país procura recuperar a sua ascendência sobre a Criméia como outros países que participavam do seu bloco, como a Ucrânia e outros vizinhos, mesmo com a contrariedade da maioria dos países ocidentais. A recente derrubada de um avião civil na região, possivelmente atingido por um míssil, complica mais a situação mundial.
United States of America
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16 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: artigo no site da Bloomberg, Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, estudos de Framingham na Massachusetts e outros
Uma perspectiva alvissareira está se abrindo, segundo artigo de Caroline Chen publicado no site da Bloomberg, com relação ao retardo do Alzheimer, que dá margem às medidas de prevenção. A reunião da Conferência Internacional da Associação de Alzheimer realizada em Copenhague chegou à conclusão que a extensão da escolaridade e a saúde vascular são fatores fundamentais para reduzir o risco, no mínimo retardar. Os medicamentos até agora não ofereceram resultados, mas os exercícios físicos, a escolha de bons alimentos que evitam problemas vasculares e o treinamento cognitivo vêm ajudando a retardar o Alzheimer como vem se observando nos Estados Unidos e na Europa, principalmente entre as mulheres.
O estudo mais longo e completo vem sendo feito desde 1975 em Framingham, no Estado de Massachusetts, mostrando que os que possuem educação, no mínimo média, conseguem melhores resultados no retardo da doença, ainda que não se possa curá-lo. Um trabalho efetuado na Finlândia sugere que a doença pode ser retardada, cuidando-se da saúde cardiovascular, e permanecendo-se ativo mentalmente, especialmente durante a meia idade, segundo a pesquisadora chefe Claudia Satizábal, que acompanha os estudos multigerações dos moradores daquela cidade.
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16 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: a volta da seleção alemã de futebol, além da unificação do leste e oeste alemão, descendentes de diversas etnias
Simbolicamente, as comemorações da volta da seleção alemã de futebol com o seu tetracampeonato mundial foram realizadas no Portão de Brandemburgo que separava a Alemanha Ocidental da Oriental com o muro de Berlim. Ainda que os níveis de renda das duas Alemanhas tenham diferenças acentuadas, elas estão tendendo a reduzir-se. Mais do que isto, a seleção inclui alemães de diversas origens como turcos, nigerianos e albaneses, mostrando o quando aquele país mudou desde o período do nazismo. Sendo uma vitória esperada por 25 anos, com esforços concentrados em todo o país para a renovação do seu futebol, acaba servindo de exemplo para muitos outros. O lema adotado pela FIFA de condenação veemente da discriminação racial acaba se ajustando a estas comemorações.
Não se pode dizer que o processo de aperfeiçoamento constante deste esporte tenha se esgotado. Todos admitiam que os alemães sempre fossem disciplinados, empenhando-se quase militarmente nos seus exercícios, mas há que se admitir que as mudanças observadas se refletissem nas suas atitudes no Brasil. A seleção alemã destacou-se, não somente no futebol, mas na simpatia nos seus relacionamentos com a população brasileira, que tem uma marca forte de hospitalidade que foi reconhecida por todos. O Brasil perdeu no futebol, mas ganhou a admiração de todos pela hospitalidade do seu povo, que volta a ter a marca da cordialidade.
Alemães comemoram título no Portão de Brandemburgo
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