10 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Valor Econômico, diversos tipos existentes, prosseguimento dos projetos de smart grid
Se há uma tecnologia já comprovada como eficiente em diversas partes do mundo, ela é a do smart grid que procura gerenciar sistemas que utilizam de forma eficiente o consumo de energia. Como as elevações das tarifas de energia tendem a se elevar no Brasil, com as inúmeras dificuldades que estão sendo enfrentadas pelo setor, nada mais racional e rentável que os investimentos que permitem o seu gerenciamento eletrônico. Isto ocorre numa região que conta com uma rede de distribuição de energia para consumos industriais, comerciais, de serviços bem como em complexos empresariais ou de residências que contam com variadas demandas, onde muita energia continua sendo desperdiçada.
O ex-ministro Dias Leite costumava insistir que a energia mais barata é a economizada, pois, por mais que tenham se aperfeiçoadas determinadas gerações e distribuições, os investimentos que proporcionam a economia na sua demanda acabam sendo mais interessantes. E todos admitem que os desperdícios existentes no Brasil são gritantes, começando na rede de distribuição que se encontra em situação calamitosa. O smart gride permite detectar onde os consumos estão sendo exagerados, permitindo a tomada de medidas para a sua racionalização. Ainda que algumas empresas já estejam procurando a eficiência no uso de energia, ela ainda é pouco significante, condicionado pelos hábitos e pela cultura consolidada ao longo de períodos onde as tarifas eram relativamente baixas.
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10 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: importância do mercado chinês no mundo, notícia no site da Bloomberg, tendência inevitável de ligação
Um artigo publicado por Kana Nishizawa no site da Bloomberg informa que a China pretende ligar as operações efetuadas pelas bolsas de Shanghai e de Hong Kong que resultariam em negociações diárias de US$ 3,8 bilhões. Um comunicado da China Securities Regulatory Commission afirma que ações listadas nestas bolsas, 10,5 bilhões de yuans de Hong Kong e 13 bilhões de Xangai, poderiam ser negociadas na outra, o que está estimado em 21% dos negociados em Hong Kong e 14% dos de Xangai, segundo a Bloomberg. Os especialistas entendem que estas operações apresentam tendência de aumento.
Desde a incorporação de Hong Kong na China continental, dentro do conceito de um país e dois sistemas, estas integrações tendem a se elevar. Basta lembrar que o Hong Kong Shanghai Bank já atuava nas duas praças antes da implantação do regime comunista. Com o tempo, pode ser que Taipé também seja integrado, na medida em que avancem os entendimentos políticos entre as autoridades de Taiwan e da China, sendo que esta última já considera aquele arquipélago uma de suas províncias. Na medida em que se encontrou um sistema para a incorporação de Hong Kong, a tendência pode ser neste sentido, ainda que Taiwan já contasse com uma população anterior à chegada dos nacionalistas chineses adeptos de Chang Kai Check, expulsos da China por Mao Tsetung.
Bolsa de valores de Xangai e de Hong Kong
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10 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo sobre arqueologia no China Daily, dificuldade da seleção dos 10 mais importantes no ano, invejável descobertas
Um artigo publicado por Wang Kaihao no China Daily causa inveja aos brasileiros como a todos os ocidentais que vivem em países de histórias recentes. A Administração Estatal do Patrimônio Cultural dos chineses teve dificuldade para escolher as 10 mais importantes descobertas arqueológicas de 2013. Se no Brasil uma descoberta ocorresse numa década já seria um acontecimento memorável, e ela teve que escolher entre dezenas que ocorreram num ano, relegando alguns muitos mais antigos. É até difícil de compreender exatamente a dimensão desta diferença, mas devemos fazer um esforço para respeitar culturas de povos com longa história.
Uma das descobertas destacada e selecionada entre as dez mais importantes foi o túmulo do Imperador Yang, o último da dinastia Sul (581 a 618 AD). As autoridades chinesas esclareceram que a importância da influência destas descobertas junto ao público é uma parte dos critérios da seleção. Mas a importância acadêmica da descoberta é considerada relevante, esclareceu Wang Wei, diretor do Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um dos membros de um grupo de 21 juízes encarregados destas escolhas.
Shigushan Tomb of Western Zhou Dynasty (c. 11th century-771 BC), Baoji, Shaanxi province. Photo provided to China Daily
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9 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: entrevista sobre o projeto nacional, o problema da escolha dos setores privilegiados numa política industrial, observações bem elaboradas
O Valor Econômico publicou uma longa entrevista de Vanessa Jurgenfeld com o professor Wilson Cano, do Instituto de Economia da Unicamp, que critica que o Brasil está sem rumo, havendo necessidade do estabelecimento de um projeto nacional. Ainda que suas observações críticas sejam adequadas, a falta da formulação de maiores detalhes de uma proposta para preencher a lacuna existente, a não ser em termos vagos, mostra a dificuldade para tanto. Sempre é mais fácil criticar, mas sugerir uma política para o país, notadamente no setor industrial, mostra a dificuldade de sua concepção, os instrumentos que seriam utilizados, bem como a escolha dos setores que seriam considerados prioritários.
Certamente, o baixo crescimento da economia brasileira depois da crise do petróleo e da dívida pública somente interrompido pelo curto período da melhoria das condições da economia global, ao lado dos elevados preços dos produtos exportados, é uma realidade incontestável. Diagnosticar o que teria resultado neste comportamento poderia ser mais explorado. Se o Brasil não consegue estabelecer um plano de longo prazo, mesmo nos diversos governos que se sucederam neste longo período, deve haver uma razão para tanto, no que o entrevistado denominou de crise estrutural. Isto teria ocorrido tanto no período do regime militar como no que chama de neoliberal que teria se seguido.
Wilson Cano
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9 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: áreas que evocam o período Edo, artigo The Japan News, proximidades de Tóquio em Saitama
Os japoneses procuram aproveitar a cultura que o longo de sua história deixou para o presente. Nos arredores de Tóquio, como em Hanyu, na vizinha província de Saitama, promovem-se turismos que atraem muitos interessados que vivem na grande metrópole apresentando lembranças do período Edo (1603-1867). De acesso fácil pelos metrôs e ferrovias suburbanas, aproveitam as construções antigas, complementadas por outras que mantêm o mesmo estilo. Acabam se tornando regiões para um bom fim de semana ou mesmo uma noitada, oferecendo culinárias como o Shamo nabe (refeições com um pote de galinha), macarrão sobá (de trigo sarraceno) ou enguias, que atraem multidões.
O ambiente local lembra a parte da cidade baixa de Tóquio, que denominaram Onihei Edo-dokoro, que pode ter-se tornado famoso com algum caso, livro ou novela, e todo o pavilhão mantém o clima da época Edo, ficando numa das antigas entradas da Capital, conhecido como estacionamento Hanyu. Outros centros temáticos também estão sendo criado pela ferrovia que serve a área como o Pequeno Príncipe, todo ambientando no que consta do livro Antoine de Saint-Exupéry.
Áreas nos arredores de Tóquio remetem ao perído Edo. Fotos: The Japan News
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9 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: aperfeiçoamentos contínuos, aproveitamento dos veteranos liberados pela robótica, artigo no The Japan Times
A Toyota vem sendo pioneira no estabelecimento de muitos sistemas de trabalho nas suas unidades fabris. Um artigo elaborado por Craig Trudell, Yuki Hagiwara e Ma Jie para a Bloomberg e publicado no The Japan Times informa sobre inovações na utilização da experiência dos operários veteranos da Toyota que estão sendo substituídos por muitos robôs nos trabalhos repetitivos. Os japoneses sempre deram importância para as experiências dos veteranos que ajudaram a gerar as tecnologias hoje utilizadas, com contribuições que vieram sendo acumulados ao longo do tempo. O diretor técnico da Toyota Mitsuro Kawai tem consciência de todas as habilidades manuais que vieram sendo desenvolvidas pelos operários, lembrando que os mestres eram considerados como deuses com suas experiências que eram transmitidas para os jovens.
Hoje, com o largo emprego da robótica, muitas tarefas repetitivas estão sendo efetuadas pelas máquinas, mas sempre ocorrem dificuldades que não conseguem ser superadas por elas que não pensam. O número de recall da indústria automobilística é elevado, resultando em altos custos para as empresas. Os operários sabem que existem tarefas que foram aperfeiçoadas pelos verdadeiros artesãos, com o desenvolvimento contínuo do nível de arte e habilidade, que nem sempre as máquinas conseguem executar. A Toyota, com o seu período de crescimento rápido, também acabou ficando com muitas dificuldades que estão procurando sanar.
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9 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: Bloomberg sobre os entendimentos da Austrália com o Japão e a Coreia, tendências da formação de blocos, Wall Street Journal sobre entendimentos chineses e brasileiros sobre o milho
Diante do crescimento da economia e da defesa chinesa, muitos dos seus vizinhos aliados dos Estados Unidos procuram estabelecer alianças para a possibilidade de tensões na região. O site da Bloomberg informa num artigo de Isabel Reynolds e Sam Kim que, além do fortalecimento das relações da Austrália com o Japão e a Coreia em termos de defesa recíproca, avançam os entendimentos para o estabelecimento de acordos comerciais, que tendem a ajudar o chamado TPP – Transpacif Partnership, inclusive com a participação dos Estados Unidos. A Austrália se tornaria uma forte fornecedora de produtos agropecuários e facilitaria a importação de produtos industrializados, começando com o Japão e a Coreia do Sul, visitada pelo primeiro-ministro Tony Abbott. Isto dificultaria a competitividade do Brasil como fornecedor atual e potencial de importância para aqueles mercados.
De outro lado, a China, segundo o Wall Street Journal num artigo elaborado por Chuin Wei Yap, procura reduzir a sua dependência do fornecimento de milho dos Estados Unidos que é responsável por 90% do importado pelos chineses estabelecendo um acordo com o Brasil. Evidentemente, o Brasil possui interesses nas exportações para a Ásia, o que vem fazendo com muitos produtos, tendo potencial para o seu aumento significativo. Os chineses procuram também o fornecimento da Argentina para produtos agropecuários. As providências começam pelos acordos fitossanitários, mas também empresas especializadas procuram se aparelhar, para superar os elevados custos de transportes a grandes distâncias.
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7 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Valor Econômico, certificado para o café do cerrado mineiro, evolução
O Brasil, por ser o maior produtor mundial de café, acomodou-se na política de manter a sua participação no mercado internacional sem procurar aprimorar a sua qualidade, ainda que sempre tenha existindo alguns esforços isolados neste sentido. A política oficial se concentrava na obtenção de bons preços, inclusive com a retenção de parte da produção, procurando maximizar as receitas cambiais que dependiam muito do café. Mas, na medida em que a demanda mundial e local caminha para uma maior sofisticação, multiplicam-se os esforços para consolidar a conquista da qualidade que se diferencia por regiões.
Depois de um deslocamento do Vale do Paraíba para a região de Campinas com a mão de obra de imigrantes, depois pelas terras roxas da região de Ribeirão Preto, caminhou-se pelas terras virgens do oeste paulista até chegar ao norte do Paraná, onde os solos eram convenientes, mas existiam os problemas como a geada, que, além de prejudicar a sua qualidade, geravam monstruosas flutuações no mercado internacional. Com a elevação dos custos da mão de obra, caminhou-se da região de Franca para o Sul de Minas, e de lá para o cerrado, já com o uso das técnicas de renque confinado, onde as colheitas mecânicas ficavam facilitadas. Sempre houve esforços de melhoria da qualidade da bebida, como o sombreamento e as seleções das cerejas nos chamados cafés lavados. Só mais recentemente, com a consolidação de Minas Gerais como importante produtora, estendendo-se pela Bahia e Espírito Santo, onde se produzia variedades mais pobres, caminhou-se na procura das elevadas qualidades, com produções certificadas por fazenda.
Foto: Valor Econômico
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7 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Valor Econômico, exposição no evento para pequenas e médias empresas, grupo Odebrecht e seus investimentos
Um artigo elaborado por Fábio Pupo e publicado no Valor Econômico informa sobre a posição tomada pelo empresário Marcelo Odebrecht, presidente do seu grupo, num seminário para pequeno e médio empresário promovido por aquele jornal. Ele expressou que os empresários, como temos insistido neste site, se guiam com suas visões de longo prazo no que vai acontecer na economia global, examinando os projetos mais interessantes, independente das posições que são tomadas pelos investidores financeiros que se relacionam com os retornos de prazo mais curto. A Odebrecht é um dos grupos empresariais brasileiros que estão mais globalizados nos seus empreendimentos, que vão da infraestrutura, construção pesada como no setor petroquímico e de energia.
As visões financeiras de curto prazo acabam se alterando com frequência, gerando pessimismos exagerados não somente com relação ao Brasil como em todo o mundo globalizado. Mas este ritmo mais modesto de crescimento econômico recente gera as oportunidades para crescimentos futuros que precisam ser considerados, pois continua havendo um crescimento demográfico principalmente nos países emergentes, que estão incorporando importantes contingentes nos mercados consumidores. Apesar das dificuldades, há um avanço nos sistemas democráticos eleitorais que estão expressando as aspirações de grandes camadas da população mundial por padrões mais elevados de qualidade de vida.
Marcelo Odebrecht participa da Maratona PME 2014. Foto: Silvia Costanti
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5 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: a aquisição de ingressos, a chave dos Estados Unidos, artigo no site da Bloomberg | 2 Comentários »
Um artigo publicado no site da Bloomberg por Kavitha A. Davidson tenta entender porque os norte-americanos adquiriram cerca de 10% dos bilhetes até agora vendidos pela FIFA para a Copa do Mundo no Brasil neste ano. Dos quase 1,6 milhão dos vendidos, 65% foram adquiridos pelos brasileiros, mas os norte-americanos chegaram a próximo a 10%, seguido de longe pelos australianos, ingleses e colombianos. A surpresa é a baixa venda para os argentinos, possivelmente pela crise econômica por que passam. Como é sabido, o futebol que chamam de soccer não está entre os esportes mais populares nos Estados Unidos, sendo superado pelo futebol americano, pelo basquete e pelas competições automobilísticas. Mas sabem que no mundo é o futebol que mais atrai público, e os meios de comunicação, como a televisão, devem estar ajudando na sua divulgação.
Como é sabido, os Estados Unidos foram sorteados para o grupo chamado da morte na primeira fase da Copa do Mundo, composta também pela Alemanha, Portugal e Gana, não havendo muito otimismo entre os especialistas para passarem para a segunda fase. Mas os fãs que adquiriram até agora os bilhetes da FIFA parecem mais otimistas, sabendo-se que dois países entre os quatro serão classificados. Parada dura, pois muitos consideram que a Alemanha e Portugal são os favoritos, mas não se pode desprezar nem Gana e nem os Estados Unidos. As informações são que mesmo na África do Sul, quando os norte-americanos ainda não estavam tão bem, muitos foram fazer turismo naquele país.
Alemanha, Portugal, Estados Unidos e Gana compõem um grupo difícil
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