28 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apoio governamental no Japão para construções em grande escala, diversos projetos no mundo, projeto da BASF com outras empresas, um exemplo em São Paulo
As economias de energia e residências não poluentes estão se tornando um foco importante de preocupações em variadas partes do mundo. A revista Inovação! Brasileiros de agosto/setembro apresenta um artigo elaborado por Fernanda Cireza com o título “Um Espaço de Conceito”, referindo-se a um projeto liderado pela BASF chamada CasaE (indicando eficiência) que conta com 19 parceiros brasileiros e estrangeiros e que também está sendo implantado na Alemanha, França, Itália, Coreia do Sul, Reino Unido, Estados Unidos e Argentina. Em São Paulo, a primeira unidade está na Avenida Prof. Vicente Rao, 1195, no bairro do Brooklin, visando comprovar a eficiência energética com uma economia de 70% no seu consumo.
Além disso, na sua construção haveria uma economia de 40% de energia global, redução de 30% na emissão de gases de efeito estufa, e somente de 10% da emissão da poeira global. Os materiais utilizados colaborariam na economia de recursos naturais, e sua construção seria mais rápida. O assunto teria sido discutido no 10º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e ExpoEficiência.
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28 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: notícia no The Wall Street Journal, pesquisa insuspeita, tremores constatados no Texas decorrentes da exploração do xisto
Todos sabem que os Estados Unidos estão considerando os custos da energia decorrentes da exploração do xisto (shale) um dos fatores que determinam a recuperação de sua economia. Além de poderem contar com a independência energética, como seus custos são baixos, acabam proporcionando maior competitividade para diversos setores de sua economia. Mas, mesmo as pesquisas efetuadas por fontes insuspeitas, acabam mostrando que existem pesados prejuízos para a sua sustentabilidade, provocando até pequenos tremores nas áreas próximas das explorações mais intensas do xisto mediante o processo do seu fraqueamento (fracking), como está se observando na área chamada de Eagle Ford Shale, no sul do Estado do Texas.
O jornalista Tom Fowler, do The Wall Street Journal, informa sobre o estudo que apareceu no Earth and Planetary Science Letters, constatando pequenos tremores considerados terremotos nesta área. O jornal tomou o cuidado de analisar os seus resultados antes da publicação da notícia. Os autores do estudo sugerem que extrair óleo e água do solo nas áreas próximas das pedras e areias provocam tremores que são pequenos, algumas vezes imperceptíveis na superfície.
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28 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a maioria que vai mudando responde que já passou, há um moderador, Kishore Mahbubani da Universidade de Cingapura apresenta argumentação contrária, o desenvolvimento já é o passado ou continua, os leitores podem apresentar suas contribuições, previsto para duas semanas, Rucher Sharma do Morgan Stanley defende intepretação, The Economist promove um debate sobre os BRICS
Parece natural, tanto pela natureza da revista como pela importância das economias envolvidas, que os debates se concentrem no que acontece na Ásia, notadamente na China e na Índia, com os demais emergentes do mundo aparecendo somente para compor o quadro geral. Na apresentação, o moderador Ryan Avent, um experiente editor do The Economist, aponta que o atual soluço está provocando um intenso debate, se seria o fim de um crescimento rápido dos emergentes ou não. A China estaria necessitando de uma adaptação e a Índia e Brasil se esgotando prematuramente, com problemas também em outros países emergentes mundo afora, mas haveria muito espaço para se chegar ao nível dos atuais desenvolvidos.
Ruchir Sharma, do Morgan Stanley, que também foi colunista em importantes meios de comunicação, afirma que a China e Índia que foram relevantes no século 17 voltariam a sê-los novamente no século 21. Cunhou-se o grupo dos BRICS e outros emergentes também assim podem ser considerados. Depois da crise de 2008, parecia que desafiariam a desaceleração que estava se observando no mundo, mas agora estaria com seus crescimentos em queda quando os desenvolvidos que são 35 retornam ao seu normal, e os demais dos 185 acompanhados pelo FMI continuariam emergentes.
Ruchir Sharma Kishore Mahbubani
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27 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: adaptações às condições locais, antes tarde do que nunca, dificuldades das grandes empresas japonesas
Interessante o artigo publicado por Yoree Koh no The Wall Street Journal e reproduzido em português no Valor Econômico de hoje. Mostra a dificuldade de grandes empresas japonesas, como a Toyota, na absorção de especificidades dos mercados de outros países, parte pela insuficiência de uso de consultores externos. No Japão, os conhecimentos acumulados numa grande empresa costumam ocorrer ao longo do tempo com a contribuição de muitos dos seus próprios funcionários. Com isto, ficam limitados em absorverem conhecimento de mercados externos, e não são poucos os equívocos decorrentes destas limitações. A Toyota foi uma das primeiras indústrias automobilísticas a iniciar a sua montagem no Brasil, inicialmente com um jipe denominado Bandeirantes, que era adequado às condições rústicas do país.
No entanto, como ele era montado com um motor da Mercedes Benz, não teve condições de evolução, e a sua produção acabou sendo abandonada, deixando saudades. Também a Toyota ficou estagnada no país, perdendo para outras concorrentes, inclusive a Fiat que chegou bem depois no Brasil, produzindo veículos de menor porte adaptadas às condições do poder aquisitivo dos consumidores brasileiros. Mesmo alertado por consultores que com a nova classe média brasileira haveria demandas para automóveis baratos de pequeno porte, seus dirigentes no Brasil alegavam que isto seria para tecnologias chinesas e indianas. Agora, com novos dirigentes que vieram de outros grupos como a GM, como está no artigo citado, procura recuperar décadas perdidas, que começou com a produção do Etios e que deve evoluir para outras versões mais baratas.
Toyota Etios
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26 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: causas dos problemas, desvalorizações das moedas, diferenças de sofisticações das economias
Um interessante e esclarecedor artigo foi publicado por José de Castro e Roberta Costa no Valor Econômico de hoje mostrando as diferentes formas pelas quais as economias emergentes estão defendendo suas moedas. Inicialmente, seria interessante explicar que as atuais fortes flutuações cambiais ocorreram a partir da ameaça do FED – Banco Central dos Estados Unidos alterar a sua atual política de ampliação das disponibilidades monetárias, que se dirigiam parcialmente para estas economias nas formas de fluxos financeiros. Quando aumentaram com os chamados easing monetary policy as disponibilidades de dólar no mercado, alguns foram especular nestas economias. Com a ameaça de término destas operações, registrou-se um refluxo das mesmas provocando valorizações exageradas nos seus câmbios.
No Brasil, que conta com um sistema financeiro bastante sofisticado, as empresas que possuem responsabilidades em moedas estrangeiras procuraram se defender dos riscos de um câmbio desvalorizado, ainda que elas acabem beneficiando as exportações e tendendo a reduzir as importações. A mudança de patamar, que não se sabe em que nível se situaria, fez com que elas procurassem no mercado futuro assegurar-se de sua disponibilidade para neutralizar os riscos. Nos outros países, como a Indonésia ou a Turquia, que não contam com mercados tão sofisticados, as operações acabam ocorrendo com a compra de moedas estrangeiras, ou de ouro como o que aconteceu na Índia, sem que o mercado futuro e seus derivativos sejam utilizados.
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26 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: jovens são os mais visados, mudanças na orientação japonesa, promoção da cultura e do turismo no exterior | 2 Comentários »
Relativamente aos outros países considerados desenvolvidos, como os Estados Unidos e muitos países europeus, o Japão não contava com muita agressividade oficial para a promoção no exterior. O jornal Nikkei anuncia que mudanças estão sendo implementadas pelo governo, dentro da orientação do “Cool Japan”, nomeando embaixadores entre os jovens estrangeiros que sejam fãs de animes japoneses conhecidos como mangá, inclusive de filmes e jogos. A iniciativa começa pela Europa e pelo Sudeste Asiático. As iniciativas visam estimular a cultura pop japonesa e o turismo.
A notícia informa que o governo japonês vai selecionar 150 jovens comuns, principalmente na França, na Indonésia e em Cingapura, já no começo do mês de setembro, com base na recomendação de estudantes estrangeiros que já vivem no Japão. Entendem que nestes países o interesse pela cultura japonesa é mais acentuado. Estes jovens serão estimulados a utilizarem suas redes sociais para espalhar estas notícias entre seus amigos.
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26 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apoio interno e externo para o Japão, notícias sobre pequenas melhorias, produção industrial na China, TPP – Transpacific Partnership
Ainda que as dificuldades que tenham que ser superadas seja apreciável, tudo indica que o Japão está recebendo o apoio de sua população como dos países estrangeiros. Artigos, como os publicados no jornal econômico japonês Nikkei, informam que as pesquisas de opinião indicam que 70% da população japonesa apoia até o aumento dos impostos que precisa ser imposto pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, dentro do seu programa que recebeu o nome de Abeconomics, enquanto a desaprovação ao seu governo caiu para 23%. O aumento sobre as vendas que passariam dos atuais 5%, inicialmente para 8% para chegar a 10% em 2015 é entendida pela população que deve ter etapas e prazos flexíveis, dependendo do comportamento da economia.
Também o apoio à participação do Japão ao TPP – Transpacific Partnership está aumentando, conseguindo a compreensão de sua população que já chegou a 48%, enquanto a oposição ficou reduzida a 30%. Mesmo a carga maior dos serviços sociais para os idosos, 48% disse que não poderia ser evitada, enquanto naturalmente os atingidos entendem que deve ser evitada. As sondagens foram feitas por um setor do Nikkei junto a TV Tokyo.
Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe
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26 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a elevação dos investimentos, análise de Danny Leipziger, aumento da produtividade total dos fatores, necessidade de aprender com os asiáticos
Mesmo não se concordando totalmente com o artigo de Danny Leipziger, da Universidade de George Washington, é sempre interessante observar o que foi apontado no seu artigo publicado no Project Syndicate. Ele se mostra frustrado com a performance da economia brasileira, que só perde da Venezuela e de El Salvador na América Latina, com um crescimento modesto e desvalorização de sua moeda. Ao mesmo tempo, ainda que os investimentos no Brasil sejam baixos, as autoridades impõem restrições ao ingresso de financiamentos externos. A arrogância dos seus dirigentes estaria sendo perdidas.
Ele aponta que algumas coisas boas foram feitas, como a melhoria de sua distribuição de renda. Mas a produtividade do seu trabalho continua abaixo do observador no México ou no Chile. E o país pensava aproveitar o seu bônus demográfico, por contar com muitos jovens, quando o quadro já está se alterando com o aumento dos idosos. Ele entende que o Brasil não aprendeu com o que aconteceu na Ásia Oriental, e com a corrupção estimulando grandes obras, enquanto não foram feitos os investimentos para melhorar os seus recursos humanos e elevação de sua produtividade. O crescimento que foi observado foi somente devido à melhoria da economia mundial.
Danny Leipziger
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24 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alternativas disponíveis, artigo no The Economist, o caso da reversão econômica na Indonésia, pressões inflacionárias, redução do crescimento, vendo o que acontece no mundo
Quando conversava com um amigo que se queixava da situação em que se encontra a economia brasileira, pedindo que observasse o que vem acontecendo também no resto do mundo, ele afirmou que morava e trabalhava no Brasil. Ainda que isto seja importante em qualquer país, no atual economia globalizada, parece recomendável que tudo seja considerado relativamente ao que vem se observando no mundo, principalmente em países que apresentam semelhança com onde se vive. A revista The Economist apresenta num artigo a brusca mudança de cenário que se observou na Indonésia, este país emergente com 240 milhões de habitantes, que vinha crescendo cerca de 6% ao ano, que também está sofrendo uma desaceleração no seu crescimento, com pressões inflacionárias ascendentes.
O país que era considerado como um dos mais promissores do Sudeste Asiático, com a maior população muçulmana moderada do mundo, que conta com recursos naturais abundantes, inclusive petróleo, carvão mineral, uma política macroeconômica estável, passa a sofrer uma desvalorização cambial em decorrência do fluxo de recursos externos, depois dos anúncios que os Estados Unidos tendem a reduzir a sua flexibilidade monetária. Este problema não é isolado, e está ocorrendo em maior ou menor grau em todos os países emergentes, necessitando ser avaliado relativamente.
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24 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avaliação feita por Carola Blinder diplomada pela UC Berkeley, efeito do salário, efeito riqueza, pesquisa de opinião | 2 Comentários »
Num simples site mantido por Carola Blinder, diplomada pela Universidade da Califórnia, Berkeley, como aproximação da pergunta direta ao consumidor sobre os efeitos da Abeconomics, ela utilizou os dados de um Banco de Pesquisa da Opinião Pública, um levantamento trimestral com uma amostra de 4.000 indivíduos com pelo menos 20 anos de idade no Japão. Os resultados de junho deste ano dão um vislumbre como a Abeconomics está afetando a vida da população. Quando perguntado sobre o potencial de crescimento, os resultados são menos pessimistas que nos trimestres anteriores. Mas, quando se refere à experiência em sua própria família, a situação não é muito otimista. Apenas 4,9% dos entrevistados informam que melhoraram de situação com relação ao ano anterior, enquanto 39,2% informam que pioraram.
Indicam uma pequena melhora, pois os resultados da pesquisa anterior eram de 3,6% e de 47% respectivamente. Das famílias que afirmaram que pioraram, 73% disseram que a razão era que sua renda diminuiu e 42% que sua renda não era suscetível de aumentar no futuro, entre diversas opções de escolha que foram oferecidas. Das pessoas que entenderam que melhoraram, 22% responderam que suas rendas de juros e dividendos aumentaram e 26% era porque os valores dos seus ativos aumentaram. As cotações na bolsa acabam influindo um pouco neste sentimento de melhoria.
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