Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Brasil Visto por um Brazilianist Japonês

23 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: análise do Brasil atual pelo professor Kotaro Horisaka, manifestações populares, o relacionamento bilateral

Recebi do meu amigo professor emérito da Universidade de Sophia de Tokyo, Kotaro Horisaka, o seguinte artigo, cuja tradução livre para o português está abaixo. Ele é considerado merecidamente o mais credenciado “brazilianist” do Japão, tendo morado no Brasil por diversos períodos, onde trabalhou como correspondente do jornal econômico japonês Nikkei para a América Latina, além de participar de diversos trabalhos de vital importância no intercâmbio bilateral entre o Brasil e o Japão. Ele publicou recentemente este artigo em inglês que pode ser encontrado integralmente no site do Japanese Institute of Strategic Studies, que pode ser acessado pelo: http://www2.jiia.or.jp/en_commentary/201308/21-1.html .

A Onda de Choque na Meca do Futebol, Brasil – Uma Orientação Para Entender a Individualidade dos NICs – New Industrialized Countries

horisaka01O futebol está talvez entre as primeiras coisas que vem à mente dos japoneses quando se pensa no Brasil. Os atletas brasileiros participam com frequência como jogadores da Liga Profissional de Futebol do Japão (J-League), e alguns trabalham como técnicos nos clubes de futebol japoneses. Foi neste país com a rica história do futebol que incidentes ocorreram de forma veemente como a apresentar a pergunta: “Por que na Meca do futebol, Brasil?”. No meio à Copa das Confederações da FIFA – a competição intercontinental de futebol – um mês de protestos contra a corrupção varreu o país como se os manifestantes tivessem tomado o seu esporte preferido como refém.

Enquanto eventos esportivos internacionais como os Jogos Olímpicos ou a Copa do Mundo cativam as audiências pelo show dos esforços incríveis dos participantes e suas capacidades atléticas, eles são também oportunidades para a nação-sede mostrar sua prosperidade para o mundo. No Japão, os Jogos Olímpicos de Tóquio de 1964 serviram para apresentar o seu próspero desenvolvimento no cenário internacional. A rápida melhoria da sua infraestrutura se manifestou não só nos recintos desportivos, mas também nos trens de alta velocidade e na rede de rodovias que foi desenvolvido para atender os Jogos. Os taxistas japoneses que eram conhecidos tradicionalmente pelas conduções imprudentes e conhecidos como “kamikazes” puseram fim a tais procedimentos, e foi nesta época que o espírito de bons serviços aos clientes ou “omotenashi”, foi aperfeiçoado no Japão e consolidado no glossário da indústria da hospitalidade existente no país.

O Brasil está programado para sediar a Copa do Mundo da FIFA em 2014, apenas um ano após a Copa das Confederações, e em 2016 deve sediar também os primeiros Jogos Olímpicos na América do Sul, no Rio de Janeiro. Japão e Brasil compartilham laços históricos de mutuas imigrações. Por cerca de sete décadas, os imigrantes vieram do Japão para o Brasil desde 1908 (interrompido temporariamente durante a Segunda Guerra Mundial) e do Brasil para o Japão desde fins da década de 1980.

Os eventos a serem realizados no Brasil servem para aproximar ambos os países. É crescente o interesse pelo Brasil neste início do século 21 que se contrapõe o arrefecimento dos investimentos japoneses nas décadas passadas. Particularmente, tem havido uma mudança na área dos investimentos da tradicional indústria siderúrgica e recursos naturais para os varejos, publicidades e produtos industriais de consumo, uma tendência que acompanha o desenvolvimento da sociedade brasileira. Acompanhando esta tendência, novas empresas que no passado não obtiveram sucesso estão aumentando a sua presença no Brasil.

Foi no meio deste período de crescimento do interesse dos japoneses que as demonstrações populares ocorreram. Nas telas das televisões, os brasileiros que protestavam estavam pintados como os da “Primavera Árabe” ou o clamor público contra a austeridade econômica em certas partes da zona do euro e na Turquia. Os manifestantes portavam cartazes como “Escolas e Hospitais, não Copa do Mundo”, pareciam que projetavam a contrariedade até contra o esporte mais apreciado.

No entanto, examinando de perto as queixas individuais dos milhões de manifestantes, fica claro que as demonstrações não eram meras críticas ao governo, mas sim a erupção de demandas públicas que acompanham a democratização brasileira. O Brasil afastou-se do regime militar e deu inicio ao regime democrático em 1985. Desde então, reformas sistêmicas estão sendo executadas, enquanto aumenta a conscientização pública que tem contribuído para a elevação do nível de vida. No entanto, a paralisia política levou à falha na continuação em reunir respostas eficazes para a melhoria da infraestrutura defasada, talvez um ponto focal da indignação do público. Conquanto o presente clamor público possa se assemelhar com o de outros países, a fonte de tal descontentamento decorre de questões específicas do Brasil.

Na Copa das Confederações, o Brasil derrotou a Espanha em 24 de julho, considerada frequentemente como o Rei do Futebol, triunfou contra o Paraguai na Copa Libertadores – o torneio organizado pela Confederação Sul Americana de Futebol. O público brasileiro tem apreciado as consecutivas vitórias de sua seleção nacional. Não se pode concluir que os protestos foram intencionalmente organizados para serem realizados durante os eventos esportivos internacionais que colocavam o Brasil em evidência. No entanto, não se pode negar que as demonstrações serviram para impulsionar ainda mais a demanda dos manifestantes por reformas.


Comparando as Maiores Economias da América Latina

23 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análise do The Economist sobre o Brasil e o México, dados contrariando as impressões, México dependendo dos Estados Unidos, projeções complicadas

Na edição mais recente do The Economist aparecem perplexas análises comparando o Brasil com o México, as duas maiores econômicas da América Latina. As impressões acabam conflitando com os dados registrados, mas talvez por um viés ideológico a revista prefere projetar tendências futuras que divergem dos dados mais recentes. As razões apresentadas acabam demonstrando que estão perplexos, e estão relacionando a situação com informações que apoiam seus pontos de vista, o que não parece uma boa prática. Seria mais honesto afirmar que todo o mundo continua enfrentando incertezas, sendo difícil expressar opiniões seguras sobre o que poderá acontecer no futuro, que dependem ainda das decisões a serem tomadas. Não existe um determinismo histórico.

A revista afirma que o México começou o ano de forma mais promissora, mas acabou registrando uma queda de 0,7% no segundo trimestre. O Brasil, que gerava muita angústia com as dificuldades relacionadas com as exportações para a China, deve registrar um dado mais decente na estimativa para o mesmo período. Continuam considerando que o setor industrial mexicano está em melhor situação pela sua dependência dos Estados Unidos, mas afundou 1,1% no período, devido ao seu setor de construção civil, enquanto o Brasil apresentou um crescimento no mesmo percentual de 1,1%. Não seria mais inteligente admitir que seus pré-julgamentos estivessem errados?

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Economia Indiana no Foco da Atenção do The Economist

23 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a Índia é a mais afetada dos BRICS, economia indiana no The Economist, possibilidade de mudança da política monetária dos EUA

O simples anúncio da possibilidade de mudança da política monetária do FED norte-americano já está afetando os mercados cambiais, principalmente dos países emergentes, notadamente da Índia que se encontra em situação mais frágil. O The Economist que circulará na próxima semana considera o assunto como de capa, informando que exige uma resposta ousada, como não se verificada desde 1991. Os investidores do mundo estavam acostumados a juros baixos, mas somente a ameaça futura de sua elevação já provoca grandes distúrbios cambiais, pois os fluxos financeiros especulativos são maiores que os movimentos comerciais, representados pelas exportações e importações, bem como as demais circunstâncias que os cercam.

O primeiro-ministro da Índia, o consagrado economista Manmohan Singh, afirmava em 2008 que 8 a 9% ao ano de crescimento era a velocidade de cruzeiro daquele país, permitindo superar a pobreza, a ignorância e a doença do seu povo. A rupia, a moeda indiana, despencou 13% somente nestes três últimos meses, como também está ocorrendo em outros países, que não estão em situação tão crítica.

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Manmohan Singh

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Suspeitas Japonesas de um Crescimento Mais Baixo na China

23 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises do Nikkei, anúncios modestos de Li Keqiang, consolidação do poder, informações de jornais chineses de Hong Kong

No passado, as autoridades chinesas anunciavam as medidas de estímulo ao crescimento com grande ênfase. Observa-se que agora algumas medidas que procuram preservar o crescimento ao nível de 7% ao ano estão sendo anunciadas pela imprensa chinesa de Hong Kong com mais discrição, com observa uma análise publicada no jornal econômico japonês Nikkei, elaborado por Hisatsugu Nagao. Apesar do objetivo de um crescimento de 7,5% neste ano, muitos analistas suspeitam que os chineses possam ficar ligeiramente abaixo, em torno de 7%, como vem se observando em todo o mundo. Li Keqiang, o novo primeiro-ministro procura se manter discreto, mas também não pode ficar num crescimento muito baixo, pois sofreria críticas de outros dirigentes do Partido Comunista Chinês.

O jornal South China Morning Post, de Hong Kong, informou que o China Development Bank, vinculado diretamente ao State Council of the People’s Republic of China, trocou memorandos com os governos das cidades de Hebei, Jiangsu e Qinghai sobre o desenvolvimento da infraestrutura. Também sobre construção de aeroportos e habitações públicas, que envolveriam cifras elevadas. Outra notícia informou que o Agricultural Bank of China fez um acordo com o governo local de Xangai, que corresponderia a 12,5% do produto da localidade, estimulando a elevação da cotação do índice de sua bolsa de valores.

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Primeiro-ministro chinês Li Keqiang

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Evolução das Medidas de Política Econômica no Japão

22 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: colocação pragmática, flexibilidade do Bank of Japan, receio dos efeitos depressivos de um aumento dos impostos

Diante dos receios no Japão de uma nova queda do nível de atividades em decorrência do aumento dos impostos que será necessário impor, o presidente do Bank of Japan, Haruhiko Kuroda, informa que maior flexibilidade monetária poderá ser concedida, segundo artigo publicado por Ben McLannahan no Financial Times. Ninguém pode assegurar qual o efeito que o aumento de impostos de venda, que passaria de 5% para cerca de 8% que se espera para abril próximo, poderia causar no início da recuperação que vem despertando um grande entusiasmo naquele país, com repercussões no resto do mundo. O artigo informa que o presidente do Bank of Japan estaria estimulando o primeiro-ministro Shinzo Abe que se mostraria temeroso com o aumento do imposto necessário diante da elevada dívida pública daquele país, e a possibilidade de uma redução do entusiasmo de hoje.

Segundo o presidente do BOJ, a política monetária é dinâmica e terá que se ajustar às circunstâncias que forem aparecendo, havendo riscos. Se os preços se ajustarem mais rapidamente, e eles perseguem uma elevação da inflação para 2% anual da atual deflação, ou a recuperação não se tornar óbvia, medidas monetárias terão que ser tomadas. Este discurso se ajusta à posição do Ministério de Finanças do Japão, que necessita de recursos adicionais e está pressionando o Chefe de Governo, que sendo político, tem receio das reações de segmentos da população.

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Fachada do Banco Central do Japão

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As Fortes Flutuações Cambiais

21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a desvalorização cambial no Brasil, aplausos dos exportadores, defesa dos afetados, problemas dos fluxos financeiros exagerados

Continuam ocorrendo as fortes flutuações cambiais afetando agora os países emergentes com acentuadas desvalorizações de suas moedas. Eles decorrem da política norte-americana que, para recuperar a sua economia, inundou o mundo com dólares e créditos. Estes ativos financeiros foram especulares em outros países, mas, na medida em que suas condições macroeconômicas apresentam pioras, os fortes fluxos de retorno ampliam as dificuldades cambiais. No Brasil, enquanto o ministro de Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, aplaude a forte desvalorização que vem ocorrendo no ano que beneficia os exportadores, exigiu-se a atuação do Banco Central para evitar consequências inflacionárias exageradas, e outras autoridades se preocupam com os efeitos colaterais que estes fluxos provocam inclusive políticos.

Alem de encarecerem as importações e os serviços que foram prestados no exterior, muitas empresas que se endividaram em moeda estrangeira, confiando na sua estabilidade, passam a enfrentar problemas se não efetuar as operações adequadas de hedge contra estas flutuações bruscas. O adequado, para qualquer entidade pública ou privada que assume responsabilidades em moeda estrangeira, é que tenham receitas compensadoras destes riscos na mesma moeda. Aqueles que importam podem ficar prejudicados, mas, se estiverem exportando no mesmo montante, eles terão benefícios que os compensam.

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Constante Aperfeiçoamento do Controle Sanitário

21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: advertência russa, controle sanitário para uso interno e exportação, novos produtos a serem evitados

Um vasto país com a dimensão brasileira sempre enfrenta problemas relacionados ao controle sanitário dos alimentos que produz, tanto para proteção dos consumidores locais como para os produtos que são exportados. A luta contra a aftosa que afeta principalmente o gado bovino é longa e vem se aperfeiçoando em todo o país com sucesso, mas novas drogas passam a ser utilizadas para melhorar a engorda, o que não costuma ser aceito pelas agências reguladoras, diante dos seus riscos para a saúde humana. Um artigo publicado por Iúri Paniev, pulicado na Gazeta Russa, que tem uma edição comercial que acompanha a Folha de S.Paulo de hoje, alerta sobre o assunto, pois o mercado russo será o mais importante para os suínos brasileiros, quando problemas foram localizados no sistema sanitário para a carne bovina.

Segundo o presidente do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, Serguêi Dankvert, se os mesmos problemas que suspenderam a exportação da carne bovina brasileira para aquele país em julho último for detectado na carne suína, a sua importação poderá ser embargada. Foi detectado um estimulador de crescimento muscular chamado ractapomina na criação bovina brasileira, havendo a possibilidade do mesmo ocorrer com os suínos. O problema foi apontado por uma missão russa que esteve no Brasil, constatando que os problemas detectados anteriormente não foram corrigidos.

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Carnes bovina e suína brasileiras sob suspeita

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O Uso do Missô de Diversos Tipos em Variadas Formas

21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: informações sobre a descoberta de novas formas do seu uso, suplemento Comida da Folha de S.Paulo, variedades de missôs | 2 Comentários »

Um dos produtos asiáticos cujo uso está se generalizando é o missô, uma massa produzida a partir da fermentação da soja e do arroz, que no mundo se apresenta de formas diferentes que não eram muito conhecidas no Brasil. A matéria principal elaborada por Marília Miragaia no suplemento Comida da Folha de S.Paulo informa que diversos pratos são elaborados com a sua contribuição, além do mais conhecido missô giru, que costuma acompanhar as refeições, principalmente japonesas. O produto é originário da China, e também existem diversas versões em cada país, como na Coreia e no Japão, inclusive brancos.

A jornalista está se surpreendendo que estabelecimentos como o Aizomê, de Shin Koike, o Kinoshita, de Tsuyoshi Murakami, estão, entre outros, apresentando pratos com o seu uso, que é tradicional no Extremo Oriente. Socorre-se das informações de Mari Hirata, a mais conhecida chef brasileira com longa experiência no Japão. No passado, o missô era produzido caseiramente, e o aroma decorrente da fermentação gerava reclamações dos vizinhos que afirmavam que os japoneses e seus descendentes comiam alimentos deteriorados. A fermentação vem sendo usada por milênios em diversas culturas, possivelmente por elevar o valor alimentício de diversos produtos.

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Economia Chinesa na Visão de Financistas de Hong Kong

21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ajustamento que está sendo efetuado, artigo de Andrew Sheng e Xiao Geng, as estatais, autoridades locais, modelo de desenvolvimento baseado no urbano e na exportação, necessidade de coordenação do Estado, o crescimento do passado, reequilíbrio

 

Por: Paulo Yokota Seção: Economia, Editoriais e Notícias, WebTown Tags:

Andrew Sheng e Xiao Geng são autores que escrevem regularmente para o Project Syndicate com foco principal na análise da economia chinesa, estando sediados em Hong Kong. Apontam no seu último artigo que a economia chinesa veio crescendo entre 1978 a 2012 com uma elevada taxa média de 10% anual. Isto decorreu de um modelo utilizando uma urbanização e ênfase na exportação, que teve o mérito de tirar 500 milhões de chineses da pobreza. Mas este processo criou grandes desafios que necessitam ser agora superados, como as bolhas de propriedades imobiliárias, engarrafamentos no trânsito, poluição, dívida elevada do governo, corrupção, agitação com a desigualdade social, entre outros problemas. A mudança para um crescimento voltado ao consumo, com estabilidade, inclusão social e sustentabilidade está no topo da agenda chinesa.

O novo modelo de crescimento considera os principais fatores de produção, a terra, o trabalho, o capital e a produtividade total dos fatores mostrando a sua eficiência. Afeta, com isto, a dimensão humana dos chineses, a forma de viver dos cidadãos comuns. Exige uma nova configuração das instituições sociais, políticas e econômicas, com o estabelecimento de normas, procedimentos, leis e mecanismos de sua aplicação, segundo os autores. Conduz a necessidade de respeito pela natureza, um desenvolvimento harmonioso e inovador.

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Andrew Sheng                                                       Xiao Geng

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Hora de Decisão Segundo Michael Spence

21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avaliação do Prêmio Nobel, bem ou mal a economia caminha para uma estabilidade, decisões na China, definição na Europa, otimismo com relação aos EUA

Michel Spence, Prêmio Nobel de Economia e professor da Universidade de Nova Iorque, publica no Project Syndicate um artigo otimista com relação à economia no mundo, afirmando que neste segundo semestre serão tomadas as decisões chaves que definirão uma estabilidade, eliminando a incerteza atualmente existente. Segundo ele, a economia norte-americana, mesmo com a eliminação do atual incentivo com a política monetária flexível, continuará crescendo, ainda que abaixo do que seria possível. Ele entende que os distúrbios que ocorreram em países como a Turquia e o Brasil tendem a estabilizar-se com a redução das incertezas, mostrando que não há como insistir somente no crescimento econômico nos países emergentes.

De outro lado, com a próxima eleição na Alemanha ficará definido o apoio que aquele país pode dar ao euro, eliminando a incerteza que impera atualmente, aumentando a turbulência na economia mundial. Ele entende que a China, com a nova administração, acabará definindo numa decisão do Partido Comunista Chinês o nível da redução do seu crescimento, determinando a magnitude da intervenção governamental. Ele entende que os Estados Unidos virão mais turbinados, mesmo com a redução do incentivo monetário que provoca instabilidade nas economias emergentes. E o Japão também contará com suas definições.

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Michael Spence

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