Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Problema do Estádio do Pacaembu

15 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: assunto mereceu um editorial do Estadão, evolução inevitável, o sistemático descumprimento, os problemas das áreas tombadas, situações de fato

O prefeito Fernando Haddad anunciou que frente aos investimentos que seriam necessários para a preservação e o bom aproveitamento do Estádio Municipal do Pacaembu, hoje denominado Paulo Machado de Carvalho, optaria pela sua concessão ao setor privado por um longo prazo. Mas observam-se reações como a que está expressa no editorial do Estadão do dia 14 de junho, cujos controladores residem no bairro, que lutam pela sua manutenção como no passado. Na realidade, quando ele foi construído como parte do projeto urbanístico da região, São Paulo era bem diferente do que é atualmente. O tombamento de todo o bairro não está sendo obedecido, e praças como Charles Miller sofreram profundas modificações nos seus imóveis, com muitas agências bancárias operando no que antes eram residências. A FAAP – Fundação Armando Penteado também fez alterações e pretendia estender suas construções por toda uma quadra de forma organizada, no que foi impedida por movimentos que pretendem ser conservacionistas do antigo bairro, na forma que foi projetada pela Companhia City.

Isto não acontece somente no Pacaembu, mas em muitas outras áreas que foram construídas por empresários brasileiros com a ativa colaboração inglesa. Os famosos Jardins, onde São Paulo conta com boas áreas verdes e residências que não deram espaço para um exagero de edificações de prédios, deveriam ser preservados. Mas os tombamentos foram efetuados, em grande parte, somente por alguns, sem uma ampla consulta à comunidade, que não se sente solidária com algumas preservações que nem fazem sentido, diante da dura realidade que já se impôs à cidade por muito tempo.

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Estádio Municipal do Pacaembu em 1939 e em foto recente

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Confirmação da Visita de Dilma Rousseff ao Japão

15 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: encontros com o imperador e imperatriz, mudanças nos protocolos do Itamaraty, nota oficial do Ministério de Negócios Estrangeiros do Japão, reuniões com o premiê Shinzo Abe, visita de trabalho entre 26 a 28 de junho próximo

Uma nota oficial do Ministério de Negócios Estrangeiros do Japão divulgada no dia 14 de junho informa que Dilma Vana Rousseff, Presidente da República Federativa do Brasil, irá ao Japão numa visita de trabalho, entre os dias 26 de junho, quarta-feira, e o dia 28 de junho, sexta-feira. Durante a visita, ela efetuará uma entrevista de Estado a suas majestades imperiais, ao imperador e a imperatriz que oferecerão um almoço oficial em honra à presidente. O preimeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, também terá um encontro com ela, e oferecerá um jantar à presidente.

Este tipo de nota costuma ser anunciado reciprocamente pelo Itamaraty, mas tudo indica que a atual orientação do Gabinete da Presidência da República evita divulgar suas viagens, inclusive externas, ainda que seja de conhecimento de muitos em Brasília. Outro aspecto que altera os hábitos diplomáticos é que seria a vez do primeiro-ministro japonês visitar o Brasil, depois da última visita do presidente Lula da Silva.

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Presidente Dilma Rousseff e primeiro-ministro Shinzo Abe

Tudo indica que a visita de trabalho procurará estimular a participação japonesa no projeto de trem rápido no Brasil, que vai de Campinas, passa por São Paulo e terminará no Rio de Janeiro, que deverá ser licitado ainda nos próximos meses, inicialmente com o fornecimento da tecnologia e execução de sua operação. Numa segunda fase, seria licitada a construtora pesada que cuide da elaboração da infraestrutura física de engenharia pesada.

Outro assunto em pauta é o fornecimento de uma grande plataforma dos japoneses de apoio às atividades da Petrobras no pré-sal. Os japoneses vêm acelerando o fornecimento de tecnologia de construção naval para o atendimento local dos fornecimentos indispensáveis para as atividades offshore, tanto envolvendo o petróleo como o gás.

Existem outros interesses comerciais que estão sendo ativados entre os dois países, em que pesem as dificuldades enfrentadas pela economia mundial. O Japão procura ativar a sua economia, o mesmo acontecendo com o Brasil, e esta colaboração bilateral é de grande importância.

Tudo indica que Shinzo Abe deverá visitar o Brasil nos próximos meses, pois ele está agendado para estar presente em Buenos Aires quando se decidirá o local das Olimpíadas de 2020, onde Tóquio é uma forte candidata.


Os Suplementos do Valor Econômico

14 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises de qualidade, combinações com seminários, suplementos sobre a soja e a sustentabilidade

Já postamos neste site que o Valor Econômico encontrou um mecanismo interessante, combinando seu setor de promoção de seminários com a publicação de suplementos especiais. Isto acaba dando qualidade para os artigos, ao mesmo tempo em que os suplementos recebem patrocinadores e se voltam especificamente para determinados segmentos interessados num assunto. Enquanto muitos jornais encontram dificuldades para o seu custeio, com a manutenção de ume equipe de jornalistas especializados, os seminários acabam fornecendo importantes subsídios de especialistas, que são publicados nestes suplementos.

Hoje, dois importantes suplementos decorrentes deste processo cobrem a área do potencial da produção de soja no Brasil, e outro publica sobre o assunto da sustentabilidade que acaba sofrendo uma tendência a menor prioridade. Ainda que o problema seja grave, diante das restrições de patrocínios das empresas, que continuam preocupadas com suas imagens. Mas as atividades de produção e venda, para gerar resultados, acabam ganhando a prioridade de muitos dos seus dirigentes sobre os ecológicos.

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Controvérsias Sobre o Protecionismo Brasileiro

13 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do Wall Street Journal reproduzido pelo Valor Econômico, menos protecionista entre os integrantes do G-20, relatório do Global Trade Alert

Lamentavelmente, com a crise que assola o mundo, muitos países estão tomando medidas protecionistas explícitas, como a elevação das tarifas bem como outras disfarçadas. O Brasil vem sendo acusado por alguns deste protecionismo, mas o artigo publicado por Paul Hannon do The Wall Street Journal, e reproduzido hoje em português pelo Valor Econômico, refere-se ao relatório do Global Trade Alert, organização independente que monitora o comércio global. Por este levantamento, que inclui todas as medidas, inclusive as reduções de algumas tarifas que foram efetuadas recentemente, o Brasil é considerado o menos protecionista entre os integrantes do G-20, quando considerado o período de outubro de 2012 a março deste ano.

O estudo informa que a Argentina, dada à emergência que se encontra no momento, é a que tomou as medidas mais protecionistas que vêm comprometendo a sua economia, com muitos parceiros internacionais evitando tomar riscos com ela, pois algumas não se revelam muito racionais. Este subsídio importante deve influenciar os líderes do G-20 que reúne os países mais ricos, inclusive a Rússia, e deverão promover um encontro na próxima semana, segundo o artigo.

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O Hibisco Utilizado Como Substituto do Umeboshi

13 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: adaptações dos imigrantes japoneses, hibisco como substituto do umeboshi, matéria no suplemento Paladar do Estadão

Os competentes editores do suplemento Paladar do jornal O Estado de S.Paulo procuram sempre matérias interessantes para seus artigos. Os imigrantes japoneses não podiam importar o umeboshi, uma conserva de um tipo especial de ameixa, normalmente bastante azedo e salgado com grandes variedades de qualidade, durante o período anterior e durante a Segunda Guerra Mundial. Utilizaram o hibisco, vinagrisco ou hibisqueira, principalmente o seu fruto como substituto, que era utilizado com o arroz branco, muitas vezes regado com chá verde. Era uma espécie de canja muito recomendada para os que estavam com resfriado ou gripe, com o que se dispunha no meio rural.

Muitas adaptações desta natureza foram efetuadas. Existia uma conserva chamada narazuke, que utilizava um tipo especial de legume, transformado em conserva com o missô e o sakekasu, ou seja, o resto do arroz fermentado para a produção do sakê. Como não se dispunha deste legume, os imigrantes utilizavam casca de melancia ou de melão, que proporcionavam efeitos semelhantes. Atualmente, o chef Shin Koike vem utilizando uma conserva produzida do chuchu curtido com um molho que utiliza a cachaça, que está fazendo um sucesso, inclusive com os expatriados japoneses.

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Flor e fruto Hibisco

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Plantas Medicinais no New York Botanical Garden de Bronx

13 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: biblioteca rara, exposição imperdível sobre plantas medicinais, exposições nos seus ambientes controlados, muitos produtos da biodiversidade brasileira

Os que desejarem conhecer sobre plantas medicinais em todo o mundo, especialmente da biodiversidade brasileira, devem visitar o The New York Botanical Garden, que fica em Bronx, podendo se chegar a menos de 30 minutos do Grand Central Terminal de Nova Iorque, que fica no Manhattan, utilizando um trem. Ele apresenta até 8 de setembro próximo uma rica exposição onde as plantas podem ser observadas nas grandes estufas, inclusive reproduzindo o clima tropical da Amazônia brasileira. Muitas das plantas que são do nosso cotidiano, nos vasos e nos jardins mais simples, contam com princípios ativos que são utilizados para medicamentos e cosméticos, ajudando a preservar o meio ambiente e proporcionar atividades rentáveis para os que vivem da exploração racional das florestas. Muitas informações estão disponíveis no seu site: www.nybg.org/, tanto sobre as suas pesquisas como uma biblioteca fabulosa que contém preciosidades sobre as plantas e seus aproveitamentos medicinais deste da Idade Média, em várias partes do mundo. Os dados sobre a Europa são mais ricos, sentindo-se a insuficiência das informações sobre a Ásia, notadamente sobre a medicina chinesa que utiliza muito dos medicamentos fitoterápicos, que exigem seus cuidados.

O Brasil deveria aprender um pouco sobre o que se faz naquela instituição, pois apesar dos esforços que estão sendo feitos por algumas instituições tradicionais de pesquisas da Amazônia, ainda o aproveitamento da biodiversidade brasileira é limitada, contando com um enorme potencial. No passado, infelizmente, muitas das plantas brasileiras foram contrabandeadas para o exterior, inclusive por cientistas e missionários, o que exige grande cuidado da parte das autoridades brasileiras. Mas hoje os controles são mais rigorosos, ainda que acabem implicando em algumas burocracias que não favorecem as pesquisas, e elas podem ser promovidas em conjunto com instituições de elevado respeito internacionais.

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IHI Anuncia a Intenção de Adquirir 25% do Atlântico Sul

13 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo publicado no Nikkei anuncia a operação, Atlântico Sul é comandado pela Camargo Correa com participação da Queiroz Galvão, IHI comanda outras empresas japonesas | 2 Comentários »

Depois de longas negociações, a IHI – antiga Ishikawajima Harima, tradicional estaleiro japonês que detinha o controle total da Ishibrás – Ishikawajima do Brasil, o maior estaleiro que estava instalado no passado no Rio de Janeiro, anuncia que junto com outras empresas japonesas adquirirá 25% das ações do Estaleiro Atlântico Sul. Este estaleiro brasileiro está localizado em Recife, no porto de Suape, controlado pela Camargo Correa e com participação da Queiroz Galvão. A notícia foi publicada no jornal econômico japonês Nikkei, na edição de 13 de junho. Ela virá associada com a JGC que tem experiência na liquidificação do gás e a Japan Marine United que decorre de um desmembramento da IHI, que trabalha com o transporte marítimo. Sabe-se que a IHI, além de embarcações, hoje produz equipamentos pesados de diversos tipos, e no passado contava com uma unidade para tanto no Estado do Rio de Janeiro.

Esta operação dotará o Estaleiro Atlântico Sul com as tecnologias que não dispunha e que não permitiram a produção das volumosas encomendas da Petrobras, cujas entregas estavam atrasadas, obrigando que muitas embarcações fossem transferidas para importações do exterior. Pelo que se sabe no mercado, a operação foi coordenada pela Mitsui que é a general trading japonesa mais ativa no Brasil, ainda que não disponha de tecnologia de estaleiros, mas é uma hábil empresa na montagem destas operações. Segundo a notícia, o Brasil continua desenvolvendo seus campos de petróleo localizados no mar, como outras fontes de energia como o gás, que no momento está sendo queimado nas plataformas.

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Manifestações de Insatisfações Sem Organização Política

12 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: acontecimentos na Turquia, fracasso dos partidos políticos, manifestações em São Paulo e Rio de Janeiro, primavera árabe, regimes com poucos diálogos | 4 Comentários »

Qualquer motivo, como a elevação das tarifas de transportes, acaba desencadeando manifestações populares violentas, como está se observando em São Paulo e no Rio de Janeiro, que começam a se organizar na forma de Passe Livre. As insatisfações populares generalizadas não conseguem ser captadas pelas organizações políticas que gozam hoje de baixa credibilidade, tendendo a tornar estas manifestações anárquicas. Aproveitam as situações onde as autoridades contam com menos disposição de diálogos com as massas, com reações policiais também violentas, como também se observa na Turquia, onde Taksin virou um campo de batalha. Imita-se o que ocorreu na chamada primavera árabe em vários países. E a mídia, principalmente eletrônica, espalha as imagens que proporcionam oportunidades para uma evidência imediata, mesmo momentânea daqueles que desejam aparecer.

Não parece ser preciso ser especialista em ciências políticas, sociólogos ou antropologistas para diagnosticar esta situação que ainda não é clara. A credibilidade das autoridades, quer seja do Executivo, do Legislativo e até do Judiciário, parece baixa. Os jovens que não se manifestavam por muito tempo acabam encontrando espaços para expressarem seus desejos de participação, ainda que inicialmente de forma quase anárquica, aproveitando a ampla gama de insatisfações, sem que haja propostas organizadas. A classe política está evidenciando o seu fracasso, sendo incapaz de organizar um sistema onde estas massas de insatisfeitos tenham uma forma de se expressar de forma democrática.

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Manifestações em São Paulo e  Rio de Janeiro contra aumento das passagens, e Taksin, na Turquia

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As Constantes Mudanças nas Condições Para o Trem Bala

12 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, informações de Bernardo Figueiredo, nova mudança nas condições para o edital de concorrência

O governo brasileiro insiste na construção do trem bala entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, ainda que as condições não sejam as ideais para este tipo de trem, cujas tecnologias vêm melhorando ao longo dos últimos anos, exigindo muitas mudanças nas condições estabelecidas no edital. Anuncia-se agora que as propostas para a operação por 40 anos e a tecnologia a ser utilizada devem ser entregues até 13 de agosto próximo, com a União reduzindo o lance inicial para atrair os investidores. Segundo os estudos da EPL – Empresa de Planejamento e Logística, informa-se que o mínimo por trem quilômetro de R$ 70,31 deve ser reduzido para R$ 65,00, procurando proporcionar uma TIR – Taxa Interna de Retorno de 7,2% ao ano, segundo a informação do presidente Bernardo Figueiredo ao Valor Econômico.

O Brasil é um país extenso, com uma população ocupando um amplo território, com concentrações urbanas dispersas, que não pode contar com elevada intensidade de tráfego em curtas distâncias. Dos diversos tipos de trens rápidos existentes no mundo, informa-se que somente dois trechos apresentam resultados econômicos: de Tóquio a Osaka, que conta com diversas cidades intermediárias de porte; de Paris a Lion, também numa região amplamente ocupada. Todas as demais são deficitárias, mesmo na Europa que conta com um território limitado e grande intensidade demográfica, o que também ocorre na China e em Taiwan. Sem uma massa significativa de potenciais passageiros, um trem de alta velocidade dificilmente contará com uma razoável viabilidade econômica.

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Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento Logístico

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Ajustando Comportamentos Brasileiros

12 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: ajustamentos brasileiros, comportamentos nas economias desenvolvidas, o problema dos empregados domésticos

Diante da história brasileira que remonta aos períodos coloniais e da escravidão, as mudanças que estão ocorrendo recentemente no problema dos empregados ou empregadas domésticos mostram que há necessidades de mudanças radicais nesta cultura. Herdamos uma cultura consolidada ao longo de séculos que abusava do uso de empregados ou empregadas domésticos com baixos custos, fazendo com que os chamados patrões deixassem a maioria dos encargos domésticos com eles ou elas, quer seja com base num acerto mensal, semanal ou diário. Observando o que predomina nos países desenvolvidos da Europa, nos Estados Unidos ou países asiáticos como o Japão, onde tais empregados não estão disponíveis, nota-se que muitos destes encargos eram divididos pelos membros da família, pois o custo de contar com auxiliares era extremamente elevado, havendo facilidades para a execução de parte destas tarefas. É evidente que famílias muito ricas contam com empregados domésticos, mas em número hoje restritos.

Por exemplo, em muitos países os serviços de lavagens das roupas são executados em máquinas de lavar coletivas de um condomínio, ou em empresas de terceiros, inclusive com a sua secagem elétrica. Cada membro da família cuida da limpeza do seu quarto, e os serviços relacionados com as refeições domésticas costumam ser partilhados, sendo natural que crianças ou homens cuidem da preparação da mesa, ou da limpeza posterior às refeições. Há muitos casos de arranjos diferenciados, onde os homens cuidam até dos cuidados relacionados com os bebês, quando as mães necessitam de tempo, inclusive para trabalhos externos, principalmente entre os mais jovens. No Brasil, parece que se consolidou a cultura que estes trabalhos braçais deveriam ser inicialmente dos escravos, depois dos empregados, enquanto os patrões deveriam cuidar dos relacionamentos com seus amigos, do ócio e da cultura.

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