2 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: auxílios emergenciais com dificuldades nas implementações, dificuldades nas execuções, Implementação dos Programas, o atendimento das casas dos idosos, programas no papel
No atual governo federal brasileiro, lamentavelmente, muitos programas já anunciados demoram exageradamente nas suas execuções, pois detalhes relevantes não foram devidamente estudados previamente. Um artigo de Iara Lemes, publicado na Folha de S.Paulo, por exemplo, informa que os auxílios emergenciais ainda não chegaram às casas dos idosos. Bons acadêmicos nem sempre conhecem as limitações burocráticas que existem no Brasil, havendo muitos que recebem estas ajudas sem terem direitos, ao mesmo tempo em que idosos que estão em casas voltados a eles ainda não viram a cor destes recursos. Também se observam longas filas nas frias madrugadas, pois algumas exigências não foram devidamente atendidas.
Filas intermináveis para receber auxílios emergenciais
O governo federal elegeu como prioritárias para recebimento de auxílio financeiro durante a pandemia as instituições que abrigam idosos, que até agora não receberam nenhum centavo. As Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPIS, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente da República, não receberam nenhum pagamento até agora. Isto depende do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Estes auxílios emergenciais não foram estudados em todos os seus detalhes e, por serem numerosos, acabam tendo dificuldades de documentações em muitos casos, havendo outros que não têm direito e que receberam indevidamente.
Infoma-se, segundo o IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas, que existem 3,5 mil organizações que atendem idosos com idade superior a 60 anos, do setor público e privado, abrigando 83 mil idosos. O Ministério não informa a causa da falta deste desembolso, pois não houve corte orçamentário.
Uma grande parcela deste tipo de benefícios emergenciais depende da Caixa Econômica Federal, que não preparou adequadamente todos os detalhes, havendo muitos que não têm direito a estes benefícios que já receberam os mesmos. Todos os que têm alguma experiência neste setor sabem que a burocracia destas instituições não conta com condições para atender muitos programas que são anunciados. Os adequadamente capacitados não são prestigiados pelo governo, que se volta mais para objetivos eleitorais, que com o tempo podem se voltar contra o governo quando estiver próximos às eleições.
1 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: ajuda do Banco Mundial na década dos sessenta, atual produção de leite, intercâmbio com a Nova Zelândia e a Austrália, na pecuária de corte além do Nerole, pecuária
A Agrofolha, suplemento da Folha de S.Paulo, mostra os esforços que estão sendo feitos no Brasil para encontrar tecnologias para superar a atual crise econômica que se seguiu à pandemia do coronavírus, com a redução da globalização que provocou uma recessão no mundo. Num artigo de Bruno Blecker, relata-se o que está sendo feito na pecuária leiteira brasileira, onde a Nova Zelândia serve como uma referência. Já na década dos sessenta do século passado, o Banco Mundial promoveu um programa que permitiu que os brasileiros conhecessem tanto aquele país na pecuária leiteira como a Austrália na de corte, quando tivemos oportunidade de participar, como diretor de crédito rural do Banco Central do Brasil.
Ordenha mecanizada na Fazenda Agrindus em Descalvado, São Paulo
Segundo Roberto Jank, responsável da área de produção da Agroindus, a produtividade da fazenda foi de 27.936 litros por hectare em 2010, tendo chegado ano passado a 40.287 litros.
Este esforço não se restringe à agropecuária. O Brasil já foi um importante produtor de suco de laranja que era fornecido para a Flórida e a Califórnia, de onde era reexportado. Atualmente, muitas das laranjas consumidas no Brasil são importadas, como da Espanha. Mas, com o coronavírus. parece que já há uma boa reação, pois muitos consumidores consideram as frutas como saudáveis, segundo a Abrafrutas, e os mais resistentes estão sendo exportados para mercados que não eram tradicionais para o Brasil. As exportações acabam provocando a melhoria na qualidade dos produtos, tudo indicando que no futuro os consumidores devem continuar com suas demandas de frutas brasileiras, pois, segundo especialistas do setor, não existem nada mais saudáveis.
Espera-se que o governo esteja atento às potencialidades destes mercados, adotando uma política de exportação adequada, não permitindo que o câmbio venha a ser valorizado, como já ocorreu no passado.
31 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: a antecipação da renúncia provoca dificuldades, opiniões diferentes dos jornais japoneses, prognóstico difícil, Sucessão de Shinzo Abe, uma composição considerando o futuro
Nos bastidores da política japonesa, as mulheres dos políticos costumam ser as mais informadas. O sistema distrital exige que o político esteja em Tóquio, que é a Capital, e sua mulher é quem cuida dos eleitores nos seus distritos. Encontrei uma que me afirmou que não interessava quem seria o sucessor imediato, mas, pensando a longo prazo, havia de se considerar muitos lances à frente, como nos jogos estratégicos como o xadrez, o shogi (xadrez japonês) ou o go (ocupação dos espaços). Mas, quando se trata de uma renúncia antecipada por motivo de doença, o quadro tende a mudar, ficando mais difícil saber o que vai acontecer, principalmente para os leigos, quando o poderoso Taro Aso, que é o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, declara que não estará na disputa.
Os candidatos potenciais à sucessão no sentido horário a partir do canto superior esquerdo: Shigeru Ishiba, Fumio Kishida, Toshimitsu Motegi, Yoshihide Suga e Taro Kono, constante do artigo no site do Japan Today, que vale a pena ser lido na sua íntegra.
É preciso considerar também que existem facções dentro dos partidos, contando com muitos parlamentares, como a necessidade de coalizão com outro partido para se contar com uma maioria estável. É algo muito difícil, principalmente para os brasileiros, que tendem a pensar somente nas próximas eleições. O secretário chefe do Gabinete, Yoshihide Suga, deve estar entre os que conhecem melhor a situação, figurando como um dos candidatos.
Além dos cargos no governo atual, os potenciais candidatos podem ocupar posições estratégicas dentro do seu partido, o PLD – Partido Liberal Democrata, que vem ocupando por décadas uma posição majoritária, fazendo uma coligação com o Komeito, que quase sempre tem sido seu aliado. Fumio Kishida é o chefe da política partidária, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, considerado de preferência de Shinzo Abe. O ex-ministro da Defesa Shigeru Ishida é considerado o mais popular entre os eleitores, mas menos apoiado pelos parlamentares. Taro Kono, atual ministro da Defesa e ex-ministro de Negócios Estrangeiros, é considerado que entende de mídia social. A situação atual no mundo é considerada fora do normal, com a pandemia atual. Os especialistas consideram que a política japonesa não deve mudar muito com o novo governo. A pesquisa de opinião feita pelo jornal Yomiuri Shimbun deu por ora 24% para Ishiba, muito à frente de Suga e Kishida, com 4% cada.
Como existem muitos problemas importantes em pauta no Japão, tudo indica que as eleições do novo governo se realizem em 15 de setembro próximo, o que é possível, por se tratar de um regime parlamentarista.
31 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: a estabilização monetária não foi completa provocando a valorização do câmbio, artigo de uma equipe da FEA-USP no Project Syndicate, o que interrompeu o desenvolvimento que vinha ocorrendo, o que poderia ser acrescido
É pouco usual que autores brasileiros consigam publicar seus estudos no prestigioso Project Syndicate. A equipe constituída de Carlos Antonio Luque, Simão Silber, Francisco Vidal Luna e Roberto Zagha, todos da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo – FEA/USP, num artigo procuram explicar algumas causas da crise econômica brasileira que se agrava agora com a pandemia Covid 19, mas que vem de longa data. Entre 1950 a 1980, o Brasil vinha crescendo a uma média anual de 7%, sendo considerada uma das mais promissoras economias no mundo.
Conseguiu criar a Embraer, uma das empresas competitivas no mundo na faixa dos seus produtos. Com a Embrapa, conseguiu uma melhoria significativa na eficiência de sua agropecuária. A Petrobras conseguia explorar o petróleo e o gás em águas profundas e poderia se acrescentar que o Incor – Instituto do Coração figurava entre as inovadoras na medicina no mundo. Os investimentos na infraestutura de transportes e na Itaipu para geração de energia elétrica impressionaram o mundo. Mas o Brasil não se preparou para a crise petrolífera mundial e para combater a inflação com o Plano Real acabou-se mantendo o câmbio valorizado, não conseguindo mais continuar com o desempenho econômico do passado.
Tudo indica que o artigo publicado no Project Syndicate contava com limitação do seu tamanho, não permitindo analisar mais detalhes que aparentam serem importantes para a adequada compreensão da situação presente do Brasil. Não parece conveniente atribuir-se as dificuldades atuais somente aos governos de Lula e Dilma Rousseff, pois a inadequada valorização cambial ocorreu a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso, diante do “sucesso” do Plano Real, que certamente era incompleto, havendo que tirar partido das relações com o exterior. Também os juros foram mantidos elevados, entre os mais altos do mundo, que facilitava a continuidade dos investimentos que eram indispensáveis, inclusive com a ajuda externa.
Para a economia brasileira, os seus relacionamentos internacionais são relevantes
Também parece importante que se aponte que o déficit fiscal veio crescendo no Brasil, com o aumento consequente da dívida pública. Depois de terminado o regime autoritário, o sistema democrático veio elevando os gastos do custeio da máquina pública, sem um correspondente aumento da tributação que continuou a ser regressiva, pesando mais fortemente sobre os assalariados do setor privado, beneficiando os servidores públicos, com destaques para os magistrados, militares e penduricalhos dos membros do legislativo.
Ocorreram também muitas criações de municípios com suas custosas máquinas administrativas, quando agora não conseguem se sustentar com suas tributações, dependendo somente de suas cotas nas tributações estaduais e federal.
Existem, portanto, muitas “reformas” indispensáveis e o governo não conta com forças políticas para aprová-las no Congresso Nacional, não dispondo de uma estratégia de desenvolvimento, concentrando-se no objetivo político de sua reeleição, num pleito que está muito distante.
30 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: a sucessão, frequentes exames médicos recentes, renúncia do primeiro-ministro Shinzo Abe, um dos mais longos no comando do Japão, uma administração mediana
Ainda que a administração do primeiro-ministro Shinzo Abe chegue ao seu final por motivo de doença, e tenha sido longa e regular, há que se considerar que isto reflete o Japão de hoje, sem uma figura carismática no seu comando. Tanto que não figura uma personalidade que possa ser considerada a favorita para ocupar o cargo que ficará vago, acrescentando a incerteza que predomina hoje no mundo.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anuncia a sua renúncia por motivo de saúde
Ainda que Shinzo Abe tenha ocupado o cargo de primeiro-ministro do Japão por um período mais longo do que outros que ocuparam o comando daquele país, sua administração é considerada de altos e baixos, não havendo ninguém que tenha sido preparado para ocupar o seu cargo. Já surgem alguns nomes, mas também medianos, sem um carisma que mude a posição do Japão no mundo atual, quando muitas mudanças estão sendo previstas. Talvez isto seja a característica daquele país que em tudo tende a ser burocrático, com muito do poder estando nas mãos de funcionários de carreira.
Os que estavam se preparando para saltos mais ousados ainda não contam com o poder suficiente nos partidos políticos, que estão em fusões ou consolidações, com forças somente em algumas regiões do país. O atual partido no poder deve continuar na sua liderança. Muitos consideram que os japoneses ainda continuam com resquícios da Segunda Guerra Mundial, com forte dependência dos norte-americanos para sua defesa externa. Também não conseguem se livrar dos resquícios da guerra com os chineses e coreanos, e outros vizinhos, o que só podem fazer com vagar, aumentando aos poucos seu poder militar por pressão dos Estados Unidos, que já não têm como sustentá-los na Ásia e no Pacífico.
Do ponto de vista econômico, conseguiram chegar aos primeiros lugares, mas não o suficiente para ser o primeiro ou segundo, ainda ocupados pelos Estados Unidos e pela China. Tudo isto tende a aumentar as dúvidas no mundo, indicando que o mais provável é que nas próximas décadas os japoneses não correrão riscos para tomar atitudes mais ousadas.
30 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: adaptações de outros conhecimentos, artigo de Esper Kallas na Folha de S.Paulo, avanços nos conhecimentos ainda que não se chegue a uma solução definitiva, outros conhecimentos paralelos
O médico infectologista Esper Kallas, titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, publica seu artigo sobre o coronavírus na Folha de S.Paulo, onde é colunista. Apesar de não se chegar ainda a uma solução definitiva, ele registra que em pouco mais de seis meses acumulou-se um montante de descobertas científicas e o rápido desenvolvimento de produtos médicos impressiona, em decorrência da pandemia do coronavírus. São milhares de projetos de pesquisas em vários países do mundo, inclusive no Brasil.
Médico infectologista, titular da Faculdade de Medicina da USP, colunista da Folha de S.Paulo. Foto em seu artigo no site da Folha de S.Paulo, que vale a pena ser lido na sua íntegra
Estas recentes descobertas vão de medicamentos a vacinas, incluindo métodos inovadores de proteção, que estão sendo intensamente estudados, mais que outras pragas no passado. Segundo o autor, sabe-se como o vírus é transmitido, como ele agride outros diversos sistemas, como se faz o seu diagnóstico de infecção, os tratamentos dos casos graves em UTI, o uso de anticoagulantes e corticoides e com 173 vacinas em estudo, inclusive o que não funciona em casos de Covid 19.
A maioria destes estudos está baseada em inúmeras pesquisas que já estavam em andamento para tratar de outras viroses, como as causam a febre amarela, ebola e zika. Vacinas contra o HIV, malária e tuberculose foram aproveitadas.
Os novos conhecimentos de medicina que estão sendo acumulados serão usados no futuro para novas pragas. Existe um intercâmbio de instituições públicas e privadas. O que vem sendo feito no exterior está sendo utilizado internamente, apesar das limitações brasileiras, mesmo recebendo parte dos investimentos. Os brasileiros contam com experiências passadas e um grande contingente de especialistas credenciados de forma internacional. Já citamos num outro artigo o Instituto Butantan e a Fiocruz, que além de produzirem vacinas em escala, ajudaram a formar os estratégicos recursos humanos em diversas instituições.
Segundo o autor, os países que criarem um ambiente favorável para estes trabalhos, que resultam em desenvolvimento e inovação científica, com estratégias de prevenção e tratamento de doenças infecciosas, sairão na frente para proteger as suas populações. Não haveria tempo a perder.
29 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: aumento dos testes para constatar contaminações do Covid 19, e depois dos resultados?, recomendações para reduzir as ansiedades, tratamentos posteriores
Seguindo as recomendações saudáveis no mundo e no Brasil, estão aumentando as medidas para ampliar o uso dos testes para o Covid 19, como uma medida preventiva de muitos tipos. As pessoas mais vulneráveis, como os idosos, diabéticos, com pesos superiores aos recomendados, com problemas respiratórios, os profissionais de medicina e outros, estão efetuando estes importantes testes. O que parece pouco divulgado é o que se faz depois dos resultados. Os que derem negativos não devem abusar dos riscos a que todos estão sujeitos. Os que derem resultados positivos precisam de orientações adicionais. Os que possuem condições podem ser internados em hospitais privados, cujos custos são elevados e seria útil saber quanto costuma ser os seus preços, diferentes por estabelecimento. Os hospitais públicos não podem atender a todos, salvos as altas autoridades e muitos devem permanecer isolados em suas residências, mas necessitam ser auxiliados por profissionais habilitados para estas situações, que nem sempre são conhecidos e também são custosos.
Os testes mais completos parecem ser os de sorologia 1g M e 1g G para SARS COV2 (Covid 19), com sangue retirado dos pacientes
Quando seria indispensável contar-se com hospitais que possuem os meios para atender os pacientes considerados mais graves, dispondo de equipamentos adequados para auxiliar na respiração, principalmente. O que seria indispensável nos isolamentos em suas residências, e que ajudas profissionais mínimas seriam necessárias, e seus custos médios aproximados, pois os tempos indispensáveis variam por pacientes. O que fazer com outros moradores destas residências, bem como os cuidados necessários para as desinfecções das suas dependências. São dados práticos que poderiam ser divulgados pelas autoridades e pela imprensa, pois não temos conhecimento destes aspectos, como muitos outros da população brasileira.
Tudo indica que novos testes são indispensáveis para se constatar que o paciente piorou ou se curou. Como eles seriam feitos, sem que isto contamine outros, principalmente quando o paciente é assintomático? Deslocar-se para algum laboratório deve aumentar os riscos para todos, e fazê-los nas residências devem implicar em custos adicionais, que seria útil saber em torno de quanto.
Estas e outras questões que pessoas mais experientes no assunto poderiam ajudar a divulgar, principalmente para aliviar as preocupações dos pacientes e seus familiares, que poucas vezes enfrentaram situações semelhantes. E que já estão tensos com os problemas a que estão submetidos, exigindo em muitos casos a assistências de psicólogos.
Além das medidas que atingem a população como um todo, cada indivíduo merece uma atenção para o seu caso concreto, que pode ser simples, mas acaba se agigantando na situação atual, onde as autoridades, infelizmente, não estão dando o devido cuidado para seus diversos problemas.
28 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Eleições | Tags: as eleições nos Estados Unidos, assuntos sensíveis para os eleitores, força de quem está no governo, influências raciais, meios de comunicação social eficientes com as novas redes, o caso brasileiro | 3 Comentários »
Apesar da maciça declaração formal a favor da democracia, as atuais polarizações que ocorrem em muitos países do mundo indicam que existem, infelizmente, outros meios que acabam distorcendo a preferência da maioria dos eleitores nas eleições. No caso dos Estados Unidos, ainda que estejam avançando, nos casos de diminuição das influências raciais, de sexos, das disparidades de poder econômico e outros fatores paralelos, principalmente nos momentos de crise, existem preferências que não são expressas publicamente antes das eleições. Isso além do sistema federativo, onde os grandes eleitores expressam as preferências dos estados, acima do número de eleitores populares, cujos votos não são obrigatórios. Algo semelhante acaba ocorrendo em outros países como o Brasil, onde as técnicas para identificação dos aspectos sensíveis para os eleitores e as escolhas dos meios como as redes sociais acabam tendo mais influência na opinião dos eleitores do que a imprensa tradicional. Existem ainda notícias não confirmadas de influências de outros países até nos Estados Unidos.
Donald Trump aceita ser candidato dos republicanos nas eleições presidenciais deste ano nos Estados Unidos. Foto do Deutche Welle, cujo artigo no seu site vale a pena ser lido na sua íntegra
Tudo indica que as pesquisas de opinião acabam tendo uma importância relativa e, mesmo depois das eleições, o sistema demorado das apurações em alguns estados permitem suspeitas de algumas irregularidades. Como naquele país é possível votar pelo correio, há uma discussão inclusive dos recursos que são dotados para o acúmulo dos seus trabalhos no período das eleições, colocando em dúvida a sua eficiência. Se isto acontece nos Estados Unidos, surgem muitas dúvidas em outros países menos estruturados para estes pleitos.
As próximas eleições em qualquer país também estão influenciadas pela pandemia do coronavírus e suas consequências econômicas e sociais, que mergulhou o mundo numa das maiores recessões que ninguém sabe quando acabará sendo superada. O problema da saúde pública ganhou uma importância que não se conhecia no passado de algumas décadas.
A substancial redução da globalização com o aumento dos sentimentos nacionalistas terão consequências eleitorais e quando se fala de problemas raciais, não se refere somente com relação aos negros, mas a todos os estrangeiros, tanto a favor como contra, mesmo que haja manifestações públicas a respeito.
Os que declaram conhecer o assunto em profundidade podem ser apanhados com resultados eleitorais surpreendentes, o que poderia ser interpretado como avanços, ou como conservadores. Até a confirmação dos resultados persistirão dúvidas e suas repercussões em outros países.
27 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia | Tags: artigo no Estadão, flor com base saborosa, muitas formas de apreciar esta iguaria, origem no Mediterrâneo, trazida ao Brasil pelos imigrantes italianos | 2 Comentários »
Muitos imigrantes que vieram para o Brasil trouxeram consigo hábitos alimentares dos seus países de origem. Os italianos, conhecidos pela sua cozinha, trouxeram muitos, incluindo a alcachofra, que é uma flor, cuja base é muito versátil e aproveitada em muitos pratos, dos mais simples até os mais sofisticados. Um pouco trabalhosa no seu adequado preparo, mas que pode ser apreciada isoladamente ou em combinação com outros ingredientes. Seus temperos podem ser adaptados às preferências dos seus muitos apreciadores.
Alcachofra recheada. Foto constante do artigo publicado no site do Estadão, que vale a pena ser lido na sua íntegra
A alcachofra recheada parece simples no seu preparo, que é razoavelmente longa, mas há que se retirar algumas de suas “folhas”, bem como os fiapos que ficam sobre sua base chamadas coração, devidamente recheadas. Estas folhas ainda contêm uma parte apreciável na sua parte inferior, com o devido molho que pode ser adaptado ao gosto dos consumidores. É a forma mais comum de consumir uma alcachofra.
Mas, também, as alcachofras de tamanho médio são consumidas simplesmente com um molho ácido de um limão, quase na forma de uma entrada. Ela é apreciada aos pouco, aguçando o apetite para os pratos que costumam segui-las.
Alcachofra ao vinagrete. Foto do artigo no Estadão
Na cozinha de origem italiana não pode faltar uma massa, e a alcachofra pode fazer parte do seu tempero, junto com o funghi. Mas com o preço atual deste cogumelo, muitos o substituem pelo shitake de origem japonesa.
Penne com alcachofra e shitake. Foto no artigo do Estadão.
Neste artigo publicado no Estadão, muitos chefs consagrados no Brasil apresentam variados pratos incluindo a alcachofra, combinando com outros ingredientes, como carnes, massas, feijão branco e até vegetais, dando uma demonstração de sua diversidade na adequada combinação com outros produtos.
Em todos eles, a sua presença é suave, sofisticada, dando um toque diferenciado, capaz de agradar aos consumidores que evitam pratos com sabores exagerados, como os mais comuns nos países tropicais.
24 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: a atuação coletiva, especialistas em cada área, funções definidas, necessidade de um orientador, um destaque individual não resolve | 2 Comentários »
Quando se observa a atuação do atual governo federal brasileiro, fazendo um paralelo grosseiro com o que acontece no futebol, nota-se a falta de um técnico que oriente todo o conjunto, que seria o presidente, para o que ele não está preparado. Valores individuais são insuficientes para a eficiente atuação da equipe governamental, surgindo muitos buracos sem que todos saibam o que se procura executar coletivamente para minorá-los. O risco de um caos aumenta sensivelmente e, mesmo que alguns setores funcionem, não se consegue bons resultados.
Neymar chora depois da derrota do PSG frente ao Bayern. Foto constante de matéria no site da Jovem Pan, que vale a pena ser lida na íntegra
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