5 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: apesar dos atrasos nas obras, capacidade de improvisações, dificuldade em todo o mundo, galvanização dos esportes
Ainda que todos os brasileiros estejam preocupados com os atrasos nos preparativos da Copa do Mundo bem como todas as dificuldades previsíveis, parece que não existe alternativa do que acreditar na capacidade de improvisações deste povo do Brasil. Todos hão de concordar que as limitações aumentaram em todo o mundo, ao mesmo tempo em que a positiva disseminação das informações exacerba as aspirações populares, ainda que as limitações sejam crescentes e conhecidas. Que sempre as tensões poderiam ser menores, ninguém duvida, mas o Brasil veio ao longo de sua história realizando muitas coisas que muitos duvidavam. Já somos penta, o que seleção de nenhum país conseguiu.
Todos acreditam que os brasileiros estão entre os que mais apreciam o futebol, ainda que sempre estejam insatisfeitos com o que se pratica atualmente no país. Muitos dos melhores jogadores e a grande maioria dos que devem participar da seleção que disputará a Copa do Mundo estão atuando no exterior onde as condições de suas remunerações são gritantemente superiores. Mas, todos aspiram vestir a camisa da seleção, dando o melhor de si para conseguir resultados que possam dar alegria a um povo tão sofrido. Todas as providências desejáveis deveriam já estar concluídas, mas o grosso já está efetuado, faltando detalhes que se espera não prejudiquem o conjunto.
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2 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: artigos sobre os bancos, falta de levantamentos sistemáticos, os estudos da Reuters Institute at Oxford
Observando-se a imprensa internacional e a brasileira, fica-se com a impressão que no Brasil se divulga mais notícias com tons negativos que no mundo relevante, ainda que não se disponha de pesquisas sobre o assunto. O The Economist faz referência sobre uma pesquisa relacionada aos bancos no período 2007 a 2013 efetuado pelo Reuters Institute at Oxford nos países europeus influentes, que é o tipo de estudo que se dispõe, mas limitado a um assunto. No site da organização mencionada, encontra-se o estudo efetuado sobre a Cobertura da Mídia sobre Bancos e Notícias Financeiras, elaborado pelos: professor Robert G.Picard, um especialista líder sobre mídia econômica e políticas; Meera Selva, pesquisadora no Reuters Institute por Estudos de Jornalismo; e Diego Bironza, gerente sênior de Projetos da Prime Research do Reino Unido. Havia uma queixa que a imprensa estava muito negativa com o sistema bancário depois da crise da Lehman Brothers e a pesquisa foi feita pelo Reuters Institute junto com a Prime Research, e se constatou resultados diferentes.
O que se constatou em 140 mil artigos escritos pelos principais jornais e revistas europeus (Reino Unido, França, Alemanha e Itália) é que 25% tinham um tom negativo sobre o assunto, mas similarmente 24% tinham um tom positivo, e somente 3% foi julgado como mistos. Cerca da metade, 48%, foram julgados neutros. Especificamente no Reino Unido, quando um banco enfrenta dificuldades, as notícias tendem a ser apresentadas na primeira página, mais que as demais empresas listadas na Bolsa, e ficam no noticiário por mais tempo.
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1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: alimentos preparados pelas mães em casa, artigo no The New York Times parcialmente publicado na Folha de S.Paulo, reações das indústrias de alimentos para crianças
Sendo avô com três netos pequenos, nada mais natural que acompanhar sobre as evoluções das alimentações saudáveis dos bebês e das crianças, em qualquer parte do mundo. Um artigo de Stephanie Stromapril foi publicado no The New York Times e republicado parcialmente em português na Folha de S.Paulo sobre o assunto. Ainda que ocupadas, algumas mães estão preparando os alimentos dos seus filhos em casa, por entenderem que podem criativamente atender às características dos seus filhos, que são diferenciados entre eles. Uma minha neta tem a preferência de arroz, massas e ovos. Um neto não é muito entusiasmado com sua alimentação e outro parece uma draga, apreciando qualquer novidade que lhe é oferecido.
Os pais procuram alimentá-los de forma balanceada com o que preparam pessoalmente. Nota-se que eles apreciam comidas que apresentam colorações com uso de cenouras e beterrabas, e legumes são misturados no arroz para apresentar uma coloração, juntamente com algumas proteínas, evitando-se a concentração de carboidratos. Carnes, peixes também são oferecidos, preparados juntos com o arroz ou com as massas. Muitas frutas naturais são oferecidas de formas mais atraentes, como misturadas com gelatinas coloridas, ao lado de laticínios de diversos tipos. Nos Estados Unidos, as indústrias de alimentos para crianças procuram inovações para competir com as donas de casa, utilizando também embalagens variadas que fogem dos tradicionais.
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1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Financial Times, cálculo pelo poder de paridade de compra, em português na Folha de S.Paulo
Já há algum tempo que os economistas estão usando o chamado PPP – Poder de Paridade de Compra para medir os tamanhos das economias do mundo, como a unidade mais adequada, pois os câmbios variam demasiadamente, e o custo dos produtos e serviços muda exageradamente de um país para o outro. Por exemplo, um dólar norte-americano pode comprar muito mais no Brasil do que na Suíça, que é considerado o país mais caro do mundo. Mesmo com todas as precariedades das estimativas do chamado Produto Nacional em muitos países, todos procuram utilizar uma metodologia básica sugerida pelas Nações Unidas. Com base nestas informações, Chris Giles, editor do Financial Times, utilizou os dados compilados pelo International Comparison Program do Banco Mundial, publicando o seu artigo que também foi parcialmente traduzido para o português na Folha de S.Paulo.
As indicações atualizadas com o uso de novas metodologias informam que a China pode ultrapassar os Estados Unidos ainda neste ano, quando todos esperavam que isto pudesse ocorrer possivelmente em 2019, pois o crescimento da economia norte-americana é bem menor do que a chinesa, ainda que em termos per capita ela ainda esteja bem mais elevada, pelas diferenças das dimensões populacionais nos dois países. Os países pobres e emergentes continuam crescendo mais que os ricos, fazendo com que a distância entre os países tendam a diminuir com o tempo. As indicações permitem observar que a Índia tenha atingido uma posição elevada, talvez dos primeiros lugares. Os Estados Unidos mantinham a liderança desde 1872, quando ultrapassaram o Reino Unido na época.
Cidade de Xangai, um exemplo de pujança da China
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1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: eficiência na medicina preventiva, possibilidade de redução das despesas de saúde, proposta conjunta explicada no Yomiuri Shimbun, proposta para um sistema padrão
Há um razoável consenso de que a medicina preventiva pode reduzir as despesas com a saúde, um problema que é universal. O Japão tem sido pioneiro na adoção dos check up de forma ampla, um sistema que se chama Ningen Dock, efetuando-se os exames aprofundados setorialmente, ou seja, para os que apresentam maior propensão para determinadas moléstias, no qual os exames são detalhados. Com isto, reduz-se o custo destes exames para todos que são somente básicos. Como os padrões utilizados variam por instituições, há um esforço no sentido de unificação dos critérios propostos conjuntamente pelo The Japan Society of Ningen Dock e The National Federation of Health Insurance Societies para estabelecer quem são as pessoas consideradas supersaudáveis. Com o simples exames das pressões arteriais e dos níveis de colesterol, tenta-se estabelecer um padrão para eles, ainda que sempre existam vozes discordantes sobre doenças que podem estar sendo negligenciadas. O assunto foi objeto de um artigo elaborado por Jun Sugimori e Masanori Tonegawa e publicado no Yomiuri Shimbun.
Escolheu-se pesquisar um conjunto de 340 mil homens e mulheres para se estabelecer o padrão dos supersaudáveis entre 1,5 milhão de beneficiários de Ningen Dock. Os escolhidos não deviam possuir doenças crônicas, não fumar e o seu consumo de bebida alcoólica não exceder a 0,18 litro de saquê por dia. Os limites propostos, para que houvesse uma posição comum, foram flexibilizados, como na pressão arterial sistólica subindo dos 129 atuais para 147, o índice de massa corporal superior ao atual de 25 para 27,7 para os homens e 26,1 para as mulheres. Alguns críticos consideram que não foram considerados os riscos de AVC – acidente vascular cerebral. Outros indicadores associados estão sendo sugeridos como níveis de colesterol e açúcar no sangue, ou parentes com AVC ou infarto cardíaco, como pessoas que precisam também receber exames médicos adicionais.
Tabela publicada no Yomiuri Shimbun
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1 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo no Yomiuri Shimbun, mudanças na estruturação das cooperativas agrícolas, perigosa reforma
Se existiu uma estruturação eficiente para a gestão da agricultura que funcionou por muitas décadas com grande eficiência, ela se deve à forma de organização do sistema cooperativista do Japão. A partir de um sistema de cooperativas locais, chegava-se a uma agregação provincial (que chamam de prefeituras), que acabava numa cúpula nacional muito poderosa chamada Zen-No, que seria a cabeça de toda a agricultura organizada. Paralelamente, havia um sistema financeiro chamado Norinchukin (banco central da agricultura) que chegou a ser o mais importante banco no mundo. Decorria da elevada poupança do setor rural japonês, possibilitado pela exagerada proteção da produção agrícola, notadamente do arroz, considerado básico para a independência alimentar daquele arquipélago. É evidente que com o tempo haveria necessidade de reformas, como em todo o mundo, para o setor rural sempre protegido como na França onde é considerado parte do estilo de vida de sua população, ou nos Estados Unidos que considera a segurança alimentar como um dos esteios de um país realmente independente.
Ilustração publicada no Yomiuri Shimbun
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30 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: alternativa para guerrilheiros, artigo no The Japan Times, trigo sarraceno nas Filipinas
Algumas empresas japonesas estão ajudando os filipinos a produzirem o trigo sarraceno, também conhecido como trigo mourisco, nas Filipinas, na parte meridional da ilha de Mindanao visando exportar para o Japão. Este tipo de assistência técnica também visa criar uma alternativa de atividade econômica rentável para os que estão abandonando a guerrilha. Os japoneses são grandes consumidores do trigo sarraceno, na forma de macarrão conhecido como sobá, que apreciam quente e frio, que importam as matérias-primas dos Estados Unidos, da China e da Rússia. O Brasil também é um pequeno produtor deste produto, mas a sua exportação ainda é insignificante.
Das áreas para plantio que estão sendo experimentadas, as mais promissoras parecem estar ao nível de 1.200 metros de altitude, onde se encontram pequenas áreas com solos mais adequados. As variedades do trigo sarraceno também são diferentes, e as sementes de Kumamoto aparentam ser as mais promissoras, mas também foram experimentadas as de Miyasaki e Kagoshima. Já se consegue uma produtividade de 30 quilos por um quilo de sementes, quando no Japão chegam a 20 quilos. Existem áreas onde as experimentações já se repetem por 4 anos. Há cooperações com entidades de pesquisas do governo filipino.
O empresário Takeyoshi Sumikawa e o agricultor filipino Kashan Panambulan conferem o plantio de trigo sarrraceno em Mindanao Island em Filipinas. Foto: The Japan Times
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29 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias | Tags: artigo no The Japan Times, produções de qualidade, produtos que a utiliza, uso da soja
Um artigo ilustrativo foi elaborado por Nancy Singliton Hachisu e publicado no The Japan Times sobre a preparação de muitos ingredientes utilizados na gastronomia japonesa, principalmente os derivados da soja. Embora o arroz seja considerado o rei nesta culinária, a soja é considerada a rainha. Pequenos produtores artesanais de missô, de shoyu e tofu se espalham por todo o Japão, mas muitos estão fechando por não conseguirem concorrer com os supermercados que vendem produtos mais baratos produzidos em escala industrial. Eles também produzem o natto, soja fermentada, e picles que utilizam estes condimentos.
Vale a pena visitá-los, mesmo nos arredores de grandes metrópoles como Tóquio, na província de Saitama. Nestas localidades, a autora explica que existem também bons restaurantes que apresentam pratos baratos como mais sofisticados, muitos na forma de bentos, localizados em regiões de paisagens que aparentam ser jardins. Existem muitos tipos de tofus, como os conhecidos como seda, algodão, yuzu, gergelim, yuba, bem como missos conhecidos como do interior, arroz, cevada, feijão de soja, todos difíceis de serem obtidos no exterior. Em alguns estabelecimentos, é possível apreciar da sobreloja, através do vidro, os grandes barris de cedro em que são fermentados, alguns por mais de dois anos.
Preparo da soja em Yamaki Jozo, uma fábrica em Saitama, Foto: The Japan Times
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28 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo do New York Times reproduzido em português no Estadão, avanços na indústria eletrônica, centro de pesquisa no Mackenzie, outras possibilidades
Já noticiamos neste site sobre o grafeno descoberto há alguns anos que, pelas suas potencialidades, continua entusiasmando os pesquisadores dos mais variados setores. Muitos meios de comunicação social estão sendo utilizados para a sua divulgação. Ele é mais fino, resistente, transmissor de eletricidade e calor, excedendo em flexibilidade todos os materiais que se conhecem, com custos baixos. A indústria eletrônica e a nanotecnologia já começam fazer uso do grafeno, não se sabendo ainda claramente em que setor ela terá maior importância, havendo os que acreditam que seja na medicina. O jornal O Estado de S.Paulo reproduz em português um artigo publicado por Nick Bilton no The New York Times sobre o assunto.
O setor de eletrônica tem sido um dos que apresentam mais possibilidades para a utilização da inovação, sendo que os coreanos vêm se destacando na sua velocidade. Mas as qualidades do grafeno são tantas que os centros de pesquisas de todo o mundo se apressam no desenvolvimento de outras utilizações. A Sociedade Americana de Química informou que ele é tão fino que um grama cobre um campo de futebol, apresentando a resistência que pode revolucionar a indústria aeronáutica. Mas a sua utilização na computação pode permitir que, pela nanotecnologia, fosse aproveitada na medicina injetando diagnosticadores no corpo humano.
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28 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: artigo na Folha de S.Paulo sobre o humor, observações sobre a imprensa internacional, problemas com os meios de comunicação brasileiros
Um interessante artigo de Reinaldo José Lopes foi publicado na Folha de S.Paulo relacionado com a ciência do humor, informando que o neurocientista Scott Weems, da Universidade de Maryland, publicou um livro com o título “Ha! A ciência de quando e por que rimos”. No seu resumo das conclusões de “humorologia” ou investigação científica do humor, o riso e o senso de humor seriam mecanismos que os cérebros complexos como os humanos desenvolveram para resolver contradições e, de quebra, obter prazer. Todos sabem que existem grupos que repetem gargalhadas coletivamente, como uma forma de se sentir melhor. Isto acaba ocorrendo nos mais variados segmentos do comportamento humano.
Observando a mídia internacional e a nacional, nota-se que atualmente, ainda que a mundial aponte os problemas existentes, eles estão intercalados por notícias que procuram ressaltar os aspectos positivos também existentes. Sempre as informações sobre o turismo como os prazeres da gastronomia acabam descrevendo os lados positivos, pois ninguém procuraria estes programas para ficar na fossa. Os idosos e os que sofrem de doenças necessitam manter o seu otimismo, para melhorar a sua saúde. E até a economia só tem condições de melhora em ambientes mais positivos. Mas, na mídia nacional, parece predominar um exagero crítico que em nada contribui para a melhoria do quadro presente ou futuro, pois não costuma indicar os caminhos possíveis para a sua melhora.
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