Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Equipe Chinesa Estuda os Problemas de Poluição

17 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: a gravidade do problema e metas ousadas, chineses estudam os problemas de poluição nas instituições norte-americanas, o trabalho de Zhu Liu noticiado no Nature

Todos reconhecem que os Estados Unidos e a China são os países que mais poluem no mundo. A gravidade do problema na China está obrigando que muitos, como Zhu Liu, um consagrado cientista chinês com muitos títulos nos Estados Unidos, e seus colegas desenvolvam estudos que permitam o seu país a liderar o mundo no desenvolvimento de baixo carbono. Ele possui o Ph.D. na prestigiosa Chinese Academy of Science de onde é membro, trabalha na Harvard Kennedy School dos Estados Unidos, apresentou muitos importantes estudos e formula, com ajuda de seus colegas, um programa de desenvolvimento de baixo carbono para países emergentes como a China e a Índia. Da mesma equipe participam Dabo Guan, da Universidade de Leeds, Douglas Crawford-Brown, da Universidade de Cambridge, Qiang Zhang e Kebin He, da Universidade de Tsinghua, e Jianguo Liu, da Universidade Michigan State. Eles formam, portanto, um grupo altamente credenciado, todos especialistas em sustentabilidade.

Eles mereceram a publicação de um artigo com o título “A low-carbon Road map for China” numa revista como Nature, de 8 de agosto último, que é do mais alto nível científico. Os interessados no assunto devem procurar esta revista que não é muito fácil de ser obtida no Brasil. O artigo informa que a China foi a principal consumidora de energia primária mundial em 2012 e consumiu metade do carvão mineral de todo o mundo. Foi responsável por um quarto das emissões de dióxido de carbono em 2011 e por 80% da emissão de CO2 desde 2008. Com a pressão que está sofrendo do mundo e de sua própria população, o país planeja reduzir sua intensidade de carbono, CO2 por unidade de PIB para 55 a 60% até 2020 dos níveis de 2005, uma meta que os Estados Unidos resistem em se comprometer.

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Os Problemas Que Ocorrem Nos Oceanos

17 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Depoimentos, Editoriais, Notícias | Tags: artigo de Andres Velasco no Project Syndicate, mais graves que as derrubadas das florestas, os problemas que estão ocorrendo nos oceanos

Andrés Velasco já ocupou diversos cargos importantes no Chile, em organizações internacionais e é atualmente professor da Universidade de Columbia, fazendo palestras em importantes universidades norte-americanas, como Harvard e New York. Seu artigo publicado no Project Syndicate aponta os riscos por que está passando os oceanos, assunto que deverá ser discutido no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Além do aquecimento que está sendo detectado pelos cientistas, ele afirma que o Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos informa que, além do dano à vida marinha com a pesca destrutiva e a poluição, outros problemas estão sendo gerados. Os oceanos fornecem pelo menos a metade do oxigênio que respiramos e eles absorvem mais dióxido de carbono do que as florestas.

A degradação é particularmente grave no alto-mar que deveria ser governado internacionalmente, que compreende dois terços dos oceanos e 45% da superfície terrestre. A Global Ocean Commission, uma iniciativa independente à qual ele se junta neste ano, apresentará uma recomendação como restaurar os oceanos plenamente, recuperando sua produtividade ecológica.

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Andrés Velasco

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Novas Proposições Para as Políticas de Desenvolvimento

17 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: aspectos que já são consensuais, necessidade de novas proposições implementáveis, tentando superar a impressão de déjà vu

Acompanhando os principais meios de comunicação social do Brasil, nota-se uma repetição de assuntos que já parecem consensuais, como a necessidade de maior agressividade na política comercial externa, procurando participar das diversas iniciativas regionais de livre comércio. Todos admitem que as medidas gerais de liberalização do comércio internacional, como as da OMC – Organização Internacional do Comércio com a sua Rodada Doha, já não apresentam mais esperanças de avanços, e multiplicam-se as iniciativas bilaterais e regionais, dos quais o Brasil não vem participando de forma agressiva, deixando o risco de se manter relativamente isolado dos diversos blocos, limitados pelos compromissos do Mercosul, que perde cada vez mais de expressão. É o reconhecimento de que as exportações são vitais para o desenvolvimento brasileiro.

Também se tornam cansativas as reclamações sobre as limitações impostas no plano macroeconômico do que se convencionou chamar-se de custo Brasil, como os elevados tributos e seus desorganizados sistemas, elevados juros locais, câmbio defasado, deficiências na infraestrutura, ineficientes burocracias, corrupções generalizadas, ineficiências nas gestões públicas e toda uma ampla gama de outros problemas, que são expressos em muitas conferências e entrevistas, dando uma impressão de déjà vu. Parecem meras repetições das quais todos estão cansados de saber, que também existem em outros países, mas que não resultam nas medidas para as suas superações.

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Inusitado Colecionador de Antiguidades Chinesas

17 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: apresenta em diversas localidades, colecionador chinês determinado de antiguidades, está construindo um parque temático, nunca vendeu uma peça, outros projetos

A matéria elaborada por Xu Junqian está publicada no China Daily, e refere-se a um obstinado colecionador de antiguidades chinesas, Qin Tongqian, de 50 anos, que possui uma invejável coleção digna de um respeitável museu. Ele é colecionador de casas centenárias, possuindo mais de 200 delas que, desmontadas, estão na forma de peças em três armazéns próximos a Xangai, na maioria obras do período Ming (1368-1644). Mas também compreendem dezenas de milhares de peças de mobiliários, centenas de vasos, pinturas, obras de caligrafia, e Qin nunca vendeu nenhuma delas, cujo preço hoje seria de apreciável fortuna. Algumas delas, isoladamente, já seria objeto de estudos de especialistas, excitando historiadores e outros colecionadores de antiguidades chinesas, que se encontram atualmente em moda, com preços elevadíssimos nos leilões, inclusive internacionais.

Ele veio trabalhando com jardins. Sua coleção começou com sua primeira aquisição, em 1988, quando ele deparou um conjunto de mobiliário chinês tradicional que um estrangeiro, um dos seus clientes, desejava substituir por novos ocidentais, como acontecia também com chineses. Ele adquiriu um conjunto de oito janelas da dinastia Qing (1644-1911), depois uma cadeira, e depois um conjunto de mobiliário, chegando à porta, para completar com toda a casa.

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Sem uma regra para as aquisições, foi colecionando o que outros compatriotas seus desejavam se livrar. Ele chegou a contar uma equipe de 10 pessoas para localizar os tesouros, e com 200 carpinteiros para consertar as casas e mobiliários para ele.

Ele afirma que hoje as réplicas são abundantes, principalmente depois de 1990. Ele evita peças de cerâmicas e porcelanas, pois muitos estão inflacionados nos seus preços com a procura que virou uma moda, havendo os falsificados.

O governo vem declarando algumas casas antigas como patrimônios culturais, impedindo suas vendas. Ele não tem adquirido mais depois de 2005. Segundo o professor de planejamento urbano, Ruan Yisan, da Universidade de Tongji, de Xangai, a preservação destas casas é importante para salvaguardas as esculturas nas colunas, vigas e janelas, sendo fundamental para conhecimento de como viviam seus ancestrais.

Atualmente, Qin Tongqian utiliza suas peças para decorar sua casa, escritórios bem como clubes privados, combinando-os com ambientes novos, mostrando a diversidade existente. Mas está construindo um parque temático, o Ahn Luh Lanting, em cooperação com um hotel de luxo da Indonésia, do grupo Aman resorts, com um custo de mais de US$ 115 milhões.

O local contará com piscina, dois restaurantes, uma biblioteca, e 35 mansões, todos remontados com a coleção de Qin, inclusive uma ponte de pedra, uma peça centenária. Na sua concepção, estas peças só tem sentido quando utilizadas por seres humanos, dispostos a pagar diárias elevadas para usufruir das suas proximidades.

Segundo ele, “cada peça de escultura, seja de madeira, tijolo ou pedra, é um livro de um século de idade, no qual nossos ancestrais tentaram passar suas lições de vida, através da arte viva e elaborada” (tradução livre).

Ele pretende construir outras unidades semelhantes no delta do Rio Yangtze, fazendo pleno uso de sua coleção. Para ajudar a preservar um pouco do artesanato, ele planeja construir uma oficina ao lado destes empreendimentos, tendo artesãos comprovados para mostrar como polir, corrigir e restaurar esculturas que estão se deteriorando, bem como outros componentes.

Segundo ele, pagar com dinheiro ajuda, mas pagar respeito é importante também.


FIESP Divulga Estudos Com Projeções Para os Agronegócios

17 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: estudos contratados pela FIESP com a MB Associados, projeções sobre os agronegócios, sustentação da economia brasileira

Uma expressiva matéria elaborada por Fernando Lopes sobre os agronegócios brasileiros foi publicada pelo jornal Valor Econômico, mostrando que o Departamento de Agronegócios da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deagro/Fiesp) está acompanhando o que vem acontecendo neste setor fundamental da economia brasileira. Elaborado em colaboração com a MB Agro, braço da MB Associados, ficou com o nome de “Outlook Fiesp 2023 – Projeção para o Agronegócio Brasileiro”. Na realidade, o conjunto destas atividades conta com importantes segmentos de elevado interesse das indústrias, tanto pela produção de muitos dos seus insumos e equipamentos como das atividades industriais para agregar valores sobre os produtos de origem agropecuários. No Brasil, as variações do que ocorre neste importante segmento primário acabam também influenciando fortemente os demais segmentos da economia, pois os mais variados serviços como os bancários, de seguro, transportes, armazenagens e até governamentais são diretamente afetados pelo seu comportamento.

Muitos analistas se equivocam quando examinam os diversos setores da economia brasileira somente pela sua participação no PIB – Produto Interno Bruto. As análises mais cuidadosas procuram verificar as variações do setor agropecuário sobre as variações do PIB, que chegam a ser de 50%. Quando o setor agropecuário enfrenta dificuldades, como os decorrentes das secas, excessos de chuvas, pragas, baixos preços internacionais e outros dos seus muitos problemas, costumam ocorrer pressões inflacionárias, limitações nas gerações de divisas, quedas nas arrecadações de tributos, redução dos empregos, diminuição nas atividades financeiras e muitos outros problemas. Portanto, mais que natural que os seus problemas não se restrinjam as entidades relacionadas diretamente com as agropecuárias.

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Ensino de Gastronomia no Brasil

17 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: artigo do Valor Econômico sobre o Anhembi Morumbi, formação internacional de Rosa Moraes, pioneirismo do Senac

Um interessante artigo foi publicado por Maria da Paz Trefaut no Valor Econômico sobre a participação da Rosa Moraes na estruturação do curso da Faculdade de Gastronomia Anhembi Morumbi, um destaque na especialidade no Brasil. Dentro do processo de aumento expressivo do interesse dos brasileiros pela gastronomia, havia necessidade de um suporte para a formação de pessoal especializado, espaço que veio a ser completado por esta escola, hoje vinculada a Laureate International Universities. Antes só se conhecia a atividade pioneira do Senac – Serviço Nacional do Comércio que preparava recursos humanos mais modestos, utilizando suas instalações em São Paulo, o hotel em Águas de São Pedro, e mais recentemente em Campos do Jordão, para os seus restaurantes populares destinados basicamente aos comerciários. Hoje, seus cursos melhoraram, atendendo as demandas do mercado.

O artigo destaca as atividades internacionais de Rosa Moraes, que se intensificaram com a responsabilidade de assumir a Diretoria de Hospitalidade, Artes & Design daquela organização internacional, que no Brasil já conta com 140 mil alunos, espalhados por 11 universidades. Até o período em que se acelerou a recente globalização, com a intensificação do intercâmbio das diversas culinárias do mundo com o que ficou conhecido como fusion com as asiáticas, o que mais merecia destaque era a francesa em termos internacionais. Ainda que a chinesa tivesse uma tradição milenar se mantendo bastante diferenciada, ao lado da indiana que ficou conhecida pelos seus muitos temperos, com adaptações para uso pelos europeus, principalmente com a contribuição dos ingleses, que tinham uma culinária muito rudimentar.

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Rosa Moraes

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Discutíveis Premiações das Contribuições Econômicas

16 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: as premiações do Nobel para a economia, questionamento do Financial Times, relevância para os desenvolvimentos futuros

Existem muitas opiniões de que as premiações concedidas pela Real Academia Sueca de Ciências, no mínimo na área da Economia nos últimos anos, não expressam necessariamente as contribuições relevantes para o aumento dos conhecimentos neste discutível ramo que denominam ciência. Se existe um setor onde os economistas estão falhando gritantemente são nos setores relacionados com o mercado financeiro, criando dificuldades como os que provocaram os problemas recentes em todo o mundo. O Financial Times expressa o estado de confusão em que se encontram os economistas com a premiações deste ano, ainda que pessoalmente este acadêmicos, Eugene F. Fama e Lars Peter Hansen, da Universidade de Chicago, e Roberto J. Shiller, da Universidade de Yale, todos eles possuam trabalhos interessantes.

Parece que procuraram premiar em 2011 os que contribuíram à capacidade de prever no longo prazo o movimento dos preços dos ativos, segundo o artigo. Neste ano, o professor Fama e Shiller escreveram sobre a hipótese de eficiência do mercado, principalmente no mercado financeiro, com Fama apontando que era extremamente difícil fazer estas previsões no curto prazo, sendo que Shiller é crítico com relação a esta hipótese. Hansen teria contribuído com métodos estatísticos para estes trabalhos. Alguns desconfiam que as opiniões do setor financeiro mundial acabaram influenciando nestas escolhas para as quais não parece existir um consenso.

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Eugene Fama                               Roberto Shiller                          Lars Hansen

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Expectativa dos Mercados Ainda Emergentes

16 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Richard Cooper e Jaana Remes no Project Syndicate, aumento das cidades dos países emergentes, localização das novas multinacionais, versão em português no Valor Econômico

Depois de um boom de interesse pelos países emergentes, notadamente dos chamados BRICS, após a crise que começou em 2008 nos mercados financeiros dos países desenvolvidos, muitos avaliavam que o mundo voltaria ao comportamento anterior. No entanto, este artigo de Richard Cooper, professor de economia internacional na Harvard University, e da Jaana Remes, do McKinsey Global Institute de San Francisco, USA, publicado no Project Syndicate e reproduzido em português no Valor Econômico, estima que muitas multinacionais futuras terão sede em cidades do mundo emergente, notadamente chinesas, mas incluindo até São Paulo e Campinas, no Brasil.

Eles utilizaram nas suas análises e projeções dados do MGI CompanyScope (http://bit.ly/ZN2Y95), uma nova base de dados de todas as empresas com receitas superiores a US$ 1 bilhão, que são atualmente 8 mil em todo o mundo, 75% localizadas no mundo desenvolvido. Informam que até 2025, o número deverá aumentar em 7 mil novas empresas, com 70% localizadas em regiões de mercados emergentes, não se explicando claramente a metodologia utilizada. Fizeram um mapeamento (http://cnnmon.ie/13xktBp) da localização de suas sedes, constatando que as 20 maiores cidades abrigam 30% destas empresas, sendo que somente cinco delas estão em mercados emergentes.

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Richard Cooper, da Universidade de Harvard, e Jaana Remes, da McKinsey

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Inaceitável Ameaça do PCC Sobre a Copa do Mundo

15 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: ameaça da PCC, ampla divulgação pela imprensa, inaceitável sobre todos os aspectos, unificação nacional dos esforços

Consta dos principais noticiários brasileiros a ameaça que teria sido feita pelo PCC – Primeiro Comando da Capital, organização criminosa que estaria comandando dos presídios as principais ações de violência, inclusive com a ameaça à integridade física do Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, aventando a possibilidade de disseminação da violência na próxima Copa do Mundo. Isto exige uma resposta à altura de todas as autoridades, quer seja do governo federal, dos Estados pelas suas polícias civis e militares, com o suporte de todos quantos possuem uma parcela de poder, com amplo apoio da opinião pública. Tudo que for necessário teria que ser desencadeado com a maior urgência, pois isto ameaça o Brasil como um país organizado.

Se, eventualmente, os moradores das proximidades dos presídios terem que contar com limitações nas suas comunicações por celulares, o interesse maior da sociedade brasileira tem que exigir este inconveniente temporário. Os conhecidos criminosos que comandam estas facções, com o amplo apoio do Judiciário, teriam que ter cerceadas as suas ações, com o isolamento em presídios de segurança máxima, sem a possibilidade de comunicação irregular com o exterior. São assuntos que não podem ser deixados para serem tratados com medidas paliativas, pois os direitos humanos de todos os cidadãos brasileiros estão em jogo.

A administração pública brasileira conta com mecanismos para a redução das burocracias que evitam possibilidades de irregularidades nos fornecimentos de equipamentos e tecnologias, quando a segurança nacional está em jogo. Licitações e outros mecanismos poderiam ser dispensados, com a assistência da promotoria pública, do Judiciário e até dos Tribunais de Conta. Não está se tratando da normalidade, mas de uma visível contestação ao poder público organizado, eleito democraticamente com eleições livres.

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Governador Geraldo Alckmin diz que não vai se intimidar com as ameaças do PCC

Os noticiários informam que policiais criminosos estão mancomunados com estas organizações. Como afirmou categoricamente o governador Geraldo Alckmin, as autoridades não podem ficar acuadas com estas ameaças, pelo contrário, trata-se da oportunidade para erradicar o mal pela raiz, fazendo tudo que for necessário.

Todos reconhecem que mesmo as legítimas manifestações populares estão sendo utilizadas por vândalos que não respeitam o patrimônio público e privado. É preciso preservar o direito da população e das instituições privadas, ou estaremos sob o império da anarquia.

Lamentavelmente, existem forças organizadas da sociedade, como ensinava o professor de sociologia Heraldo Barbuy, que não deveriam ser utilizadas, mas, quando necessário para a salvaguarda dos interesses mais amplos da população, elas precisam e devem ser acionadas.

Se estas forças organizadas, que contam com o monopólio do uso legal do poder de polícia, não forem utilizadas, as autoridades estarão desmoralizadas, sendo mais conveniente que renunciem. O poder existe para ser utilizado, e quando isto não ocorre, ele desaparece consumido pela inércia.

O noticiário internacional está focado sobre o Brasil, tanto pelas manifestações públicas, eventos esportivos internacionais, bem como a elevada incidência da criminalidade, infelizmente. Se ações corajosas não forem tomadas, já não basta os discursos e as declarações para atender a esta ansiedade e reverter o quadro.

A sofrida população brasileira, vítima destes poucos maus criminosos, está a ponto de não aguentar mais, esperando que as autoridades tomem as providências drásticas e necessárias, pois será muito pior se tiver que fazer a justiça pelas próprias mãos.

Não há mais tempo a perder, é preciso ação bem planejada, que vá ao fulcro onde estão as origens destes comandos criminosos.


Opiniões Contrárias a Abeconomics no Japão

15 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo de Takamitsu Sawa da Universidade de Shiga, dúvidas sobre a eficácia da Abeconomics, o que poderia recuperar a economia japonesa

Um artigo bem articulado de Takamitsu Sawa, presidente da Universidade de Shiga, foi publicado no The Japan Times expressando pesadas dúvidas sobre a eficácia da Abeconomics para a recuperação da economia japonesa, apesar do sucesso popular até hoje alcançado. O autor relata que até o final do século 20, o Japão teve que reconstruir com sucesso o país derrotado na Segunda Guerra Mundial, com avanços industriais que foram comandados pelo MITI – Ministério de Comércio Exterior e Indústria japonesa. Em 1993, o Banco Mundial publicava um artigo falando do milagre no Leste Asiático, comandado pelo Japão. O mesmo foi alcançado com políticas econômicas e sociais adequadas, conseguindo igualar-se aos países desenvolvidos do Ocidente.

Segundo o autor, a recessão japonesa começou em 1991, e mesmo com as políticas governamentais não foi possível evitar a desaceleração do crescimento e a deflação. Junichiro Koizumi tinha alertado no ano 2000 que sem reformas substanciais não haveria como recuperar o crescimento com a consolidação do regime democrático, utilizando basicamente os mecanismos dos mercados livres e competitivos. Ainda que se tenha alterado muito, Koizumi não conseguiu efetuar as reformas indispensáveis, resultando em fracasso. A atual administração de Shinzo Abe, que começou pela segunda vez em dezembro de 2012, tem como meta acabar com a deflação e voltar ao processo de crescimento com a identificação de setores estratégicos para tanto.

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Takamitsu Sawa

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