Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Análises do Foreign Affairs Sobre a China e EUA

15 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo do Foreign Affairs, os perigos reais da China para os EUA, publicação do Council of Foreign Affairs

É evidente que uma potência econômica e militar como os Estados Unidos, a mais importante do mundo, precisa contar com grupos que fiquem estudando todas as possibilidades de evolução dos seus problemas de segurança nacional, que afetam também os seus muitos aliados. A China é hoje o contraponto aos Estados Unidos e seus aliados asiáticos, tanto pelo seu surpreendente crescimento econômico das últimas décadas como pelo aumento de sua influência nos mares que as cerca, onde existem muitas disputas territoriais, inclusive sobre ilhas estratégicas. Ainda que estes problemas venham sendo estudados com muito cuidado, o fato é que depois de diversos erros dos Estados Unidos no Iraque, no Afeganistão, além dos infindáveis problemas que enfrentam no Oriente Médio, enfraqueceu as possibilidades de elevados gastos militares dos norte-americanos na Ásia, gerando dificuldades adicionais. Não chega ainda ao nível da Guerra Fria que havia com a antiga URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mas é preocupante.

Um artigo recente de Avery Goldstein, que ocupa como professor a cadeira Devid M.Knott do Global Politics and International Relations e Director of the Center for the Study of Contemporary China na University of Pennsilvania, foi publicado no Foreign Affairs, sendo um resumo do publicado no International Security, da primavera deste ano no hemisfério norte.

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Avery Goldstein

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Mudanças Nas Pesquisas de Opinião nos EUA

15 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo no suplemento Economix do The New York Times, aumento das preocupações com os políticos, caso brasileiro, mais que a tradicional preocupação com a economia

Um interessante artigo foi publicado no suplemento Economix do The New York Times sobre as mudanças detectadas pelas pesquisas de opinião. Era tradicional que o comportamento da economia fosse a preocupação principal dos eleitores, mas neste mês de outubro o comportamento do Governo/Congresso/Políticos acabou superando os relacionados com a economia em geral, bem como o desemprego e o trabalho, como foi constatado numa pesquisa da Gallup. Isto significaria uma mudança das preocupações que vinham se mantendo por um longo período entre os eleitores, que se transformaram num fator considerado em todas as eleições em todos os países pelos candidatos e seus assessores.

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Jornalistas Indianos Esclarecem Problemas da Índia

15 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: adaptações dos novos investimentos japoneses, apesar do gigantesco projeto Delhi – Mumbai, baixa compreensão dos japoneses sobre a Índia, os problemas políticos

Um dos problemas comuns entre o Brasil e a Índia é a falta de explicações dos seus problemas no exterior. Um simpósio organizado em Tóquio pelo Keizai Koho Center com jornalistas indianos permitiu suprir parte desta lacuna, assunto que foi divulgado pelo The Japan Times num artigo elaborado por Takashi Kitazume, procurando mostrar o potencial da crescente classe média em expansão naquele país. Participaram das exposições Sankhadip Bas, do diário Anandabazar Patrika, Bharat Bhushan, do Conselho Indiano de Pesquisas em Ciências Sociais, Subhomoy Bhattacharjee, do Indian Expres, e Kaushik Mitter, do Asian Age.

Como é sabido, a Índia e o Japão firmaram um acordo entre seus governos onde o Japão ajuda na implementação de um corredor de exportação de Delhi a Mumbai, suprindo uma das grandes dificuldades de infraestrutura do país. Muitas empresas japonesas estão presentes na Índia, mas somente agora começam a entender as mudanças de comportamento daquele mercado, e os jornalistas procuraram esclarecer os problemas que enfrentam, inclusive com as próximas eleições que podem mudar a orientação do atual governo, que não vem contando com elevado prestígio na condução de sua gigantesca economia. A Índia, que também sofreu uma desaceleração no crescimento de sua economia, ainda não conta com um plano como o que vem sendo elaborado pela China.

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Subhomoy Bhattacharjee (right) of the Indian Express daily discusses the Indian economy during a symposium in Tokyo, as Kaushik Mitter of Asian Age listens. | SATOKO KAWASAKI

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Rakuten Anuncia a Ampliação de Suas Atividades no Brasil

14 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: lojas virtuais, notícia no Nikkei, plataforma para venda pela internet Rakuten

A Rakuten é uma empresa que funciona como uma plataforma, sendo a mais ampla no Japão, e continua ampliando suas atividades em todo mundo. Um artigo publicado no jornal econômico Nikkei informa que ela pretende ampliar da atual 535 lojas virtuais para 1.500 nos próximos 12 meses, depois da visita do seu Senior Executive Officer, Masatada Kobayashi, a São Paulo. A empresa começou a suas atividades no Brasil em abril de 2013, e já está em entendimento com outras 300 em andamento. Pretende atingir 20.000 lojas online até 2018, trabalhando com os mais variados produtos.

Ela planeja os fatores que determinam o sucesso de suas lojas populares como de calçados, móveis e outros itens que estão vendendo bem, dividindo os seus conhecimentos com os parceiros. As suas vendas globais, segundo suas informações, estão crescendo a uma inacreditável taxa de cerca de 20% ao mês, que soa exagerada para um mercado que mesmo tendo uma base baixa não aparenta crescer a este ritmo, o que poderia ser um erro com a anual.

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Estudantes de Origem Modesta em São Paulo

13 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: curso superior como na FGV, destaques e isolamentos, experiências passadas, reportagem da Folha de S.Paulo sobre estudantes de origem modesta

É lamentável que o assunto dos estudantes de origem nas famílias modestas que frequentam os cursos da FGV tenha se tornado um destaque que mereceu um artigo de Sabine Righetti na Folha de S.Paulo. A educação sempre foi um mecanismo de ascensão social, notadamente quando de nível superior efetuado em instituições consideradas de qualidade. No passado, os cursos básicos e intermediários públicos eram considerados entre os melhores em São Paulo, e muitos estudantes descendentes de migrantes vinham para esta Capital, do interior, de outras regiões brasileiras ou do exterior, para frequentá-los com sacrifícios mil. Mesmo sem efetuarem os chamados cursinhos, passavam pelos vestibulares. Tudo isto era considerado natural, e se habilitavam a frequentar os melhores cursos disponíveis, como da Universidade de São Paulo, inclusive nos cursos noturnos, trabalhando de dia para o seu sustento. Hoje, existem bolsas até nas instituições privadas, e estes estudantes mais humildes acabam se destacando pelo seu empenho natural, pois se agarram a estas oportunidades de ascensão social e realização pessoal.

O assunto deveria ser considerado rotineiro não merecendo especial destaque. Isto não acontece somente em São Paulo ou no Brasil. A mobilidade social é um mecanismo pelo qual os mais capacitados tendem a ascender, e a educação é fundamental. Os que nasceram em berços esplêndidos, em algumas gerações podem cair para patamares inferiores, com os dispêndios dos patrimônios que foram acumulados pelos seus ascendentes. O que parece vital é que a sociedade se mantenha aberta para estes movimentos.

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Campus da Universidade de São Paulo e do ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica

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Reportagem Sobre o Mercado de Carne Canina na Ásia

13 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo sobre o assunto no suplemento Ilustríssima da Folha de S.Paulo, elaborado por Kate Hodal, tentando entender a aversão, tradução e complementos de Francesca Angiolillo

Um longo artigo elaborado por Kate Hodal foi publicado no suplemento Ilustríssima do fim de semana da Folha de S.Paulo. Tenho também restrições ao consumo de carne canina, talvez por uma questão cultural, nas não consigo ver claramente por que a sua aversão acentuada, quando comparada com outros animais que também eram domésticos. Hoje, existem produções maciças de frangos, porcos, bovinos, cabras, perus, coelhos, cavalos, peixes e uma grande infinidade de outros animais, que no passado eram domésticos, mas passaram a ser fornecedoras de proteínas, que só sofrem restrições de vegetarianos. Conheci pequenos sitiantes que chamavam suas vacas, cavalos e outros animais pelos seus nomes. No antigo meio rural brasileiro, muitas aves e pequenos animais conviviam pela casa e seus arredores, de forma muito semelhante com os cães.

É possível que os cães tenham muitas relações afetivas como os seres humanos, havendo também felinos, como gatos, aves, como papagaios e outros, e até cágados e outros animais que são apreciados em suas companhias com as crianças. Para mim, há atualmente um exagero nos cuidados com estes animais, fazendo com que as lojas que oferecem produtos para os pets, as clínicas que cuidam de suas saúdes e manutenção estejam lotados, no Brasil como no exterior. Os gastos com os mesmos acabam sendo superiores quando comparados com as crianças, que continuam aos milhares abandonados sem merecerem adoções sempre burocratizadas. Muitos se dedicam à defesa dos animais, principalmente os em riscos de extinção o que é considerado altamente meritório.

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Entrevista de Lakshimi Mittal na Folha de S.Paulo

13 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: maior empresário siderúrgico do mundo, o problema no Brasil, suas avaliações do mercado mundial

Quando a Folha de S.Paulo entrevista Lakshimi Mittal, CEO do maior grupo siderúrgico do mundo, há que se prestar atenção às suas informações, ainda que ela tenha sido prestada pelo e-mail, com todo o cuidado. Como todos os grandes empresários, com tradição familiar no setor industrial pesado, revela um otimismo moderado com uma visão de longo prazo. Pois, na realidade, a China, hoje a maior produtora de materiais siderúrgicos, com capacidade para um bilhão de toneladas ano, está utilizando somente 70% de sua capacidade, situação que não é muito diferente em todas as partes do mundo, mas voltado basicamente para o mercado interno. Ele acredita que a China vai continuar a demandar produtos siderúrgicos, notadamente na demanda para a infraestrutura e produções que devem ocorrer no Oeste chinês, menos desenvolvido que a parte litorânea.

A grande marca dos empresários do setor pesado é que possuem uma visão ampla, dando importância para o desenvolvimento tecnológico, fundamental para o que acontecerá no futuro de muitas décadas, ainda que considerem as situações presentes. E o setor siderúrgico, apesar das dimensões dos seus investimentos, passa por um período de grandes transformações com novos produtos voltados para as condições atuais, que exigem economia de energia e desafios para a exploração de recursos menos poluentes em condições mais difíceis. A indústria pesada, pela sua natureza, não conta com flexibilidades para mudanças rápidas, pois seus investimentos demandam anos para se efetivar, o mesmo acontecendo com suas desmobilizações.

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Lakshimi Mittal

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Surpreendente Programação na Sala São Paulo

13 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Beethoven e Verdi, coros da Osesp e Acadêmico, ótima programação na Sala São Paulo, peças de André Mehmari, regência de Isaac Karabitchevisky, Sinfônica Heliópolis

Na Paulicéia Desvairada atual e no contexto de um mundo hoje envolvido em calamitosos problemas, no feriado de Nossa Senhora Aparecida, uma plateia privilegiada foi contemplada com um programa de raro deslumbramento, algo totalmente fora do comum. O coral da Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo em conjunto com o coral Acadêmico, com o apoio da Sinfônica Heliópolis, que se encontra em ascensão, criada na favela do mesmo nome, magnificamente regido pelo consagrado maestro Isaac Karabitchevisky, ofereceu um consagrador concerto, comovente sob todos os aspectos. Teve o dom de provocar a lavagem da alma de todos quantos estavam na plateia, uma experiência próxima da religiosa.

O ponto alto foram as Quatro Peças Sacras de Giuseppe Verdi, compreendendo Ave Maria, Stabat Mater, Laudi Alla Vergine Maria, Te Deum, raramente tocadas no seu conjunto. Sublime, confortante, de rara beleza, com todos os dois coros preparados pela maestrina Naomi Munakata e pelo maestro Marcos Thadeu. Algo raro de se assistir, com a ajuda da jovem Sinfônica de Heliópolis, que está sendo reconhecida no seu esforço de pessoas humildes, regida com competência por Isaac Karabtchevsky, que conta com uma larga experiência e um consagrado nome. Uma peça para revigorar qualquer pessoa que esteja sobrecarregada com os problemas do duro cotidiano. Algo como uma ressurreição, comovente, como poucas vezes apreciada pelos que atendem regularmente as apresentações na Sala São Paulo, considerada pelos especialistas como uma das melhores do mundo.

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Coro da Osesp com a Naomi Munakata, Coro Acadêmico da Osesp com Marcos Thadeu

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Sinfônica Heliópolis com Isaac Karabtchevsky

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Seminários Folha Sobre Mobilidade Urbana

13 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: exemplos internacionais, o problema do transporte no Brasil, problema dos zoneamentos residenciais e dos empregos, transportes coletivos e de autos particulares

A Folha de S.Paulo também aderiu ao sistema de promover seminários sobre determinados assuntos, para depois publicar um suplemento, conseguindo publicidade abundante voltado para um público interessado neles. O desta semana refere-se à mobilidade urbana, uma das reivindicações das manifestações populares que começaram em junho deste ano. Diante do inusitado aumento de veículos, principalmente automóveis de uso particular, em detrimento ao transporte público, sem que a infraestrutura para tanto fosse providenciada, provocou-se um aumento do tempo gasto pela população para os deslocamentos indispensáveis de suas residências para os locais de trabalho e em condições precárias.

Especialistas foram reunidos num debate promovido pelo jornal, e o assunto acabou merecendo o suplemento, com abundante publicidade, que ajuda no difícil equacionamento econômico-financeiro que está sendo enfrentado por parte substancial da imprensa escrita não somente no Brasil, mas em todo o mundo. Dois aspectos parecem se destacar nestas discussões, que também envolvem exemplos de outras cidades. Uma seria a necessidade de um novo planejamento da ocupação das cidades, aproximando os locais de trabalho das residências, minimizando a necessidade de demorados deslocamentos. Outro seria a prioridade para o transporte coletivo, pois até o momento o aumento de veículos particulares para uso de um número limitado de pessoas veio sendo privilegiado, considerando que a indústria automobilística teria um forte impacto sobre os demais setores econômicos na promoção do desenvolvimento.

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Especialistas sugerem pedágios nas marginais (Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapres)

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Procurando Entender Um Pouco da China

12 de outubro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: artigo do The Economist sobre a economia global, lições possíveis, o caso da Haier, tornou-se a maior empresa de aparelhos domésticos

A revista The Economist publica um artigo sobre a empresa chinesa Haier que se tornou a maior em aparelhos eletrodomésticos no mundo, com a liderança de Zhang Ruimin, que assumiu o seu comando em 1984, quando ela estava em péssima situação aproveitando algumas coisas que ele aprendeu na Alemanha. Informa-se que este destacado empresário tem um obcecado estilo inovador, aceitando examinar aperfeiçoamentos cujas sugestões provenham de funcionários, clientes como fornecedores, conseguindo reverter o quadro de uma precária empresa que produzia refrigeradores. Deu prioridade para o mercado interno, mas também conseguiu qualidade competitiva nos Estados Unidos e na Europa, e as suas receitas estão em contínua ascensão, passando de cerca de US$ 10 bilhões em 2003, quando tinha 3,1% do mercado global, para mais de US$ 25 bilhões em 2012, conseguindo 9,6% de participação no mercado mundial, ultrapassando as marcas tradicionais no mundo.

A empresa que tinha 80.000 funcionários em áreas tradicionais como produção, venda e outros, conta hoje com 2.000 das chamadas ZZJYT’s, equipes que executam muitos papéis diferentes, ficando responsáveis pelos ganhos como pelas perdas do seu setor. Os funcionários são pagos pelos seus desempenhos, com os gestores contando com suportes para pesquisas e marketing, objetivando incentivar inovações de uma empresa marcantemente aberta. Algo parecido já se adotava em algumas empresas japonesas, fazendo com que houvesse um empenho de cada uma das equipes, que concorriam entre si.

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