22 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: colocação pragmática, flexibilidade do Bank of Japan, receio dos efeitos depressivos de um aumento dos impostos
Diante dos receios no Japão de uma nova queda do nível de atividades em decorrência do aumento dos impostos que será necessário impor, o presidente do Bank of Japan, Haruhiko Kuroda, informa que maior flexibilidade monetária poderá ser concedida, segundo artigo publicado por Ben McLannahan no Financial Times. Ninguém pode assegurar qual o efeito que o aumento de impostos de venda, que passaria de 5% para cerca de 8% que se espera para abril próximo, poderia causar no início da recuperação que vem despertando um grande entusiasmo naquele país, com repercussões no resto do mundo. O artigo informa que o presidente do Bank of Japan estaria estimulando o primeiro-ministro Shinzo Abe que se mostraria temeroso com o aumento do imposto necessário diante da elevada dívida pública daquele país, e a possibilidade de uma redução do entusiasmo de hoje.
Segundo o presidente do BOJ, a política monetária é dinâmica e terá que se ajustar às circunstâncias que forem aparecendo, havendo riscos. Se os preços se ajustarem mais rapidamente, e eles perseguem uma elevação da inflação para 2% anual da atual deflação, ou a recuperação não se tornar óbvia, medidas monetárias terão que ser tomadas. Este discurso se ajusta à posição do Ministério de Finanças do Japão, que necessita de recursos adicionais e está pressionando o Chefe de Governo, que sendo político, tem receio das reações de segmentos da população.
Fachada do Banco Central do Japão
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21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a desvalorização cambial no Brasil, aplausos dos exportadores, defesa dos afetados, problemas dos fluxos financeiros exagerados
Continuam ocorrendo as fortes flutuações cambiais afetando agora os países emergentes com acentuadas desvalorizações de suas moedas. Eles decorrem da política norte-americana que, para recuperar a sua economia, inundou o mundo com dólares e créditos. Estes ativos financeiros foram especulares em outros países, mas, na medida em que suas condições macroeconômicas apresentam pioras, os fortes fluxos de retorno ampliam as dificuldades cambiais. No Brasil, enquanto o ministro de Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, aplaude a forte desvalorização que vem ocorrendo no ano que beneficia os exportadores, exigiu-se a atuação do Banco Central para evitar consequências inflacionárias exageradas, e outras autoridades se preocupam com os efeitos colaterais que estes fluxos provocam inclusive políticos.
Alem de encarecerem as importações e os serviços que foram prestados no exterior, muitas empresas que se endividaram em moeda estrangeira, confiando na sua estabilidade, passam a enfrentar problemas se não efetuar as operações adequadas de hedge contra estas flutuações bruscas. O adequado, para qualquer entidade pública ou privada que assume responsabilidades em moeda estrangeira, é que tenham receitas compensadoras destes riscos na mesma moeda. Aqueles que importam podem ficar prejudicados, mas, se estiverem exportando no mesmo montante, eles terão benefícios que os compensam.
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21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: advertência russa, controle sanitário para uso interno e exportação, novos produtos a serem evitados
Um vasto país com a dimensão brasileira sempre enfrenta problemas relacionados ao controle sanitário dos alimentos que produz, tanto para proteção dos consumidores locais como para os produtos que são exportados. A luta contra a aftosa que afeta principalmente o gado bovino é longa e vem se aperfeiçoando em todo o país com sucesso, mas novas drogas passam a ser utilizadas para melhorar a engorda, o que não costuma ser aceito pelas agências reguladoras, diante dos seus riscos para a saúde humana. Um artigo publicado por Iúri Paniev, pulicado na Gazeta Russa, que tem uma edição comercial que acompanha a Folha de S.Paulo de hoje, alerta sobre o assunto, pois o mercado russo será o mais importante para os suínos brasileiros, quando problemas foram localizados no sistema sanitário para a carne bovina.
Segundo o presidente do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, Serguêi Dankvert, se os mesmos problemas que suspenderam a exportação da carne bovina brasileira para aquele país em julho último for detectado na carne suína, a sua importação poderá ser embargada. Foi detectado um estimulador de crescimento muscular chamado ractapomina na criação bovina brasileira, havendo a possibilidade do mesmo ocorrer com os suínos. O problema foi apontado por uma missão russa que esteve no Brasil, constatando que os problemas detectados anteriormente não foram corrigidos.
Carnes bovina e suína brasileiras sob suspeita
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21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: informações sobre a descoberta de novas formas do seu uso, suplemento Comida da Folha de S.Paulo, variedades de missôs | 2 Comentários »
Um dos produtos asiáticos cujo uso está se generalizando é o missô, uma massa produzida a partir da fermentação da soja e do arroz, que no mundo se apresenta de formas diferentes que não eram muito conhecidas no Brasil. A matéria principal elaborada por Marília Miragaia no suplemento Comida da Folha de S.Paulo informa que diversos pratos são elaborados com a sua contribuição, além do mais conhecido missô giru, que costuma acompanhar as refeições, principalmente japonesas. O produto é originário da China, e também existem diversas versões em cada país, como na Coreia e no Japão, inclusive brancos.
A jornalista está se surpreendendo que estabelecimentos como o Aizomê, de Shin Koike, o Kinoshita, de Tsuyoshi Murakami, estão, entre outros, apresentando pratos com o seu uso, que é tradicional no Extremo Oriente. Socorre-se das informações de Mari Hirata, a mais conhecida chef brasileira com longa experiência no Japão. No passado, o missô era produzido caseiramente, e o aroma decorrente da fermentação gerava reclamações dos vizinhos que afirmavam que os japoneses e seus descendentes comiam alimentos deteriorados. A fermentação vem sendo usada por milênios em diversas culturas, possivelmente por elevar o valor alimentício de diversos produtos.
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21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ajustamento que está sendo efetuado, artigo de Andrew Sheng e Xiao Geng, as estatais, autoridades locais, modelo de desenvolvimento baseado no urbano e na exportação, necessidade de coordenação do Estado, o crescimento do passado, reequilíbrio
Por: Paulo Yokota Seção: Economia, Editoriais e Notícias, WebTown Tags:
Andrew Sheng e Xiao Geng são autores que escrevem regularmente para o Project Syndicate com foco principal na análise da economia chinesa, estando sediados em Hong Kong. Apontam no seu último artigo que a economia chinesa veio crescendo entre 1978 a 2012 com uma elevada taxa média de 10% anual. Isto decorreu de um modelo utilizando uma urbanização e ênfase na exportação, que teve o mérito de tirar 500 milhões de chineses da pobreza. Mas este processo criou grandes desafios que necessitam ser agora superados, como as bolhas de propriedades imobiliárias, engarrafamentos no trânsito, poluição, dívida elevada do governo, corrupção, agitação com a desigualdade social, entre outros problemas. A mudança para um crescimento voltado ao consumo, com estabilidade, inclusão social e sustentabilidade está no topo da agenda chinesa.
O novo modelo de crescimento considera os principais fatores de produção, a terra, o trabalho, o capital e a produtividade total dos fatores mostrando a sua eficiência. Afeta, com isto, a dimensão humana dos chineses, a forma de viver dos cidadãos comuns. Exige uma nova configuração das instituições sociais, políticas e econômicas, com o estabelecimento de normas, procedimentos, leis e mecanismos de sua aplicação, segundo os autores. Conduz a necessidade de respeito pela natureza, um desenvolvimento harmonioso e inovador.
Andrew Sheng Xiao Geng
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21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: avaliação do Prêmio Nobel, bem ou mal a economia caminha para uma estabilidade, decisões na China, definição na Europa, otimismo com relação aos EUA
Michel Spence, Prêmio Nobel de Economia e professor da Universidade de Nova Iorque, publica no Project Syndicate um artigo otimista com relação à economia no mundo, afirmando que neste segundo semestre serão tomadas as decisões chaves que definirão uma estabilidade, eliminando a incerteza atualmente existente. Segundo ele, a economia norte-americana, mesmo com a eliminação do atual incentivo com a política monetária flexível, continuará crescendo, ainda que abaixo do que seria possível. Ele entende que os distúrbios que ocorreram em países como a Turquia e o Brasil tendem a estabilizar-se com a redução das incertezas, mostrando que não há como insistir somente no crescimento econômico nos países emergentes.
De outro lado, com a próxima eleição na Alemanha ficará definido o apoio que aquele país pode dar ao euro, eliminando a incerteza que impera atualmente, aumentando a turbulência na economia mundial. Ele entende que a China, com a nova administração, acabará definindo numa decisão do Partido Comunista Chinês o nível da redução do seu crescimento, determinando a magnitude da intervenção governamental. Ele entende que os Estados Unidos virão mais turbinados, mesmo com a redução do incentivo monetário que provoca instabilidade nas economias emergentes. E o Japão também contará com suas definições.
Michael Spence
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21 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: colaboração com uma universidade e com um laboratório de produtos farmacêuticos, testes para detectar câncer de cólon, trabalhos adicionais da Fujifilm, tradição na área da medicina
Ainda que seja conhecimento restrito aos meios médicos, muitos sabem que a Fujifilm trabalha tradicionalmente na área da medicina. Ela é pioneira e detém o monopólio da tecnologia de transformação das imagens utilizadas na medicina, como a de raio X para formas digitais que permitam ser utilizadas na telemedicina. Já prestou importantes colaborações para o Hospital Santa Cruz em São Paulo. Agora, num artigo publicado pelo jornal econômico japonês Nikkei, anuncia-se que numa colaboração com a Tokyo Medical Dental University e com a Eiken Chemical, que é uma grande indústria de produtos farmacêuticos do Japão, ela oferecerá testes para detectar câncer de cólon.
Como muitas empresas japonesas que atuam na medicina, a Fujifilm visa a expansão de suas atividades no Brasil, que certamente é o maior mercado da América do Sul. Ela já trabalha com este produto no Chile e no Equador, mas deseja ampliar suas atividades oferecendo os testes em dois hospitais públicos, um em São Paulo e outro em Porto Alegre. Os testes utilizam sangues que estão ocultos nas fezes, em pessoas de mais de 50 anos, para diagnosticar o câncer de cólon, que se mostrando positivos serão acompanhados por colonoscopia ou biópsia.
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20 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: infraestrutura rodoviária, suplemento especial do Valor Econômico, trechos em licitação
Já informamos que as licitações para as concessões rodoviárias no Brasil serão estratégicas, tanto para a redução dos custos de escoamento como para a ativação da economia. O jornal Valor Econômico publica uma série de suplementos especiais, e o de hoje cuida da Infraestrutura Rodoviária, falando da licitação que deverá ocorrer no próximo dia 18 de setembro, numa matéria elaborada por Juan Garrido. Os investimentos que deverão ser provocados por estas rodovias superam a R$ 50 bilhões e devem resolver diversos gargalos que existem hoje para o escoamento das safras como de outros transportes estratégicos no país.
O artigo informa que as licitações devem ser divididas em sete lotes, que servem o Centro-Oeste, ligando ao litoral e ao Sudeste, compreendendo mais de 7.000 quilômetros, devendo ter um retorno de 7,2% ao ano, em valores reais, no mínimo. Os vencedores serão os que oferecem tarifas mais baixas para os transportes que serão escoados pelas mesmas. Estima-se que o pedágio só deve começar a ser cobrado a partir de 2015.
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20 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: comando das iniciativas, esperanças com as licitações de infraestrutura, panorama geral no mundo, somente pequenas iniciativas
Percorrendo o noticiário internacional, verifica-se uma falta de iniciativa que não se restringe ao Brasil. Constata-se uma generalizada iniciativa de desvalorização das moedas das economias emergentes como defesa do que vem sendo provocado pelos Estados Unidos. O quadro geral não se torna animador para os empresários, salvo a redução do custo de energia com o uso do xisto, infelizmente poluente. Mesmo os dados das últimas vendas não acusam um quadro muito otimista. Os diversos governos procuram tomar a iniciativa para reverter este quadro, e no caso brasileiro torna-se indicativo o esforço que se faz para melhorar as condições atrativas para os empresários, nas licitações programadas para os diversos projetos de infraestrutura.
O governo brasileiro vem aprendendo que não pode contar com o entusiasmo do setor empresarial se não proporcionar condições de adequado retorno, como expressa o professor Delfim Netto na sua coluna semanal no Valor Econômico. Se conseguir uma adesão, o quadro poderá se alterar, injetando um pouco de entusiasmo ainda para o segundo semestre deste ano. Na realidade, fica-se com a impressão que as autoridades brasileiras estão correndo atrás dos problemas, e não assumindo uma atitude de comando, e quando o fazem, como no episódio da reforma política, acaba criando mais atritos com os parlamentares do que galvanizar os seus interesses que são parcialmente da população brasileira.
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19 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Barack Obama advertindo sobre bolhas, dificuldades com o poder do sistema financeiro, problemas similares na China
Barack Obama expressou suas preocupações com as bolhas artificiais que poderiam ser criadas com os atuais estímulos à recuperação econômica em muitas partes do mundo, principalmente nos Estados Unidos. O assunto está apresentado no site da Bloomberg de hoje num artigo escrito por David J. Lynch que explica que ele assumiu quando enfrentava as consequências de uma das bolhas. Na realidade, a criatividade do setor financeiro internacional que ganhou uma importância inusitada nas últimas décadas vem repetindo estas bolhas com período de profunda contração como a que se seguiu a crise imobiliária de 2007/2008, espalhando seus efeitos deletérios pelo mundo.
Também na China noticia-se que o setor financeiro, diante das dificuldades que enfrenta, inclusive com um sistema paralelo ao bancário e elevado endividamento, com muitos créditos não realizáveis, está sendo criados novos papéis sobre eles. São operações típicas de bolhas financeiras, ao mesmo tempo em que o setor imobiliário passa por outra. No Japão, na esteira dos Estados Unidos, para recuperar o seu nível de atividade, facilita-se créditos de todos os tipos, formando-se um novo boom imobiliário, de elevado risco, ao mesmo tempo em que a Bolsa de Valores atinge recordes sucessivos. Em muitos países emergentes, os resultados estão sendo superados pelos que se observam atualmente nos países chamados desenvolvidos.
Presidente Barack Obama
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