19 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: criação das espécies, Japão propõe restrições, maior consumidor, pesca do atum bluefin (honmaguro)
Um artigo publicado no The Japan Times com base na informação divulgada pela agência Jiji informa que o Japão está propondo um corte emergencial de 15% na pesca no Pacífico dos atuns conhecidos como bluefin (honmaguro) com idade até 3 anos, quando eles começam a desovar. O objetivo daquele país, que captura 70% deste tipo de atum no mundo e que é o seu maior consumidor, é reduzir a média do que ocorria em 2002-2004 neste percentual de 15%, pois as pesquisas indicaram que sua população está se reduzindo para uma baixa recorde de 22.606 toneladas estimada para o Pacífico em decorrência do excesso de pesca.
Haverá uma reunião em Fukuoka no começo de setembro próximo para recomendar esta decisão que será feita finalmente em dezembro na Austrália. As regras internacionais sobre a sua captura no Pacífico são decididas pela Comissão das Pescas do Pacífico Central. Os Estados Unidos estão mais ousados, perseguindo uma redução de 25%. O Japão também está propondo que a exceção concedida à Coreia do Sul também seja cancelada.
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18 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a questão no México, monopólios sempre ineficientes, paralelo com o Brasil, uma assunto emocional e político
A questão do monopólio estatal do petróleo no México, exercida pela Pemex é muito similar com a da Petrobras no Brasil, e está sendo objeto de mudança, como relata o artigo do The Economist desta semana. Também lá na década de 1930, o presidente Lázaro Cárdenas, considerado herói nacional, desenvolveu uma campanha com o mesmo lema do Brasil: o petróleo é nosso. Agora, diante da triste realidade da Pemex não dispor de recursos nem de tecnologia para continuar a sua exploração tanto em águas profundas como na exploração do xisto que ainda é poluente mesmo nos Estados Unidos, aquele país enfrenta a redução da produção nacional. O atual presidente Enrique Peña Nieto está propondo a reforma constitucional para permitir a exploração por outras empresas, ainda que poucos acreditem que o problema chegue a resultados compensadores, mesmo num prazo elástico.
Ainda que o assunto continue extremamente emocional em todo o mundo, com poucas empresas multinacionais dominando o mercado mundial de petróleo e seus derivados, a realidade é que está se caminhando a longo prazo para que este produto responsável pelo grosso do lançamento de poluentes na atmosfera perca a importância que já teve. Além das economias do seu consumo, fontes energéticas sustentáveis estão ganhando espaço e dia chegará, inclusive com a contribuição do hidrogênio, que o avanço tecnológico reduza ainda mais a sua importância na matriz energética mundial. No caso brasileiro também, ainda que continue persistindo a importância dos partidários do monopólio estatal pela Petrobras, vai ficando mais claro que ela, diante de suas limitações econômicas e tecnológicas, continue ampliando a importação de derivados do petróleo, causando um rombo na balança comercial. Fica cada vez mais evidente que o pré-sal é extremamente custoso, possivelmente não competitivo, principalmente com a atual expansão da exploração do xisto, por exemplo, e outros avanços tecnológicos nas fontes alternativas.
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16 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análises objetivas, avaliações de pessimismo exagerado, comportamento da agricultura, efeitos sobre o restante da economia
Economistas de diferentes orientações apontam o atual exagero no pessimismo do mercado, de analistas do setor financeiro e da imprensa sobre a evolução da economia brasileira. O Banco Central do Brasil apresentou o seu Índice de Atividade, conhecido como IBC-Br, estimado para junho último, reafirmando que não existem bases técnicas para este otimismo. Economistas reconhecidamente de posições diferentes, como o professor Antonio Delfim Netto e Francisco Lopes, ex-presidente do Banco Central e responsável pela consultoria Macrométrica, reafirmam que os dados mostram que o quadro não é tão difícil, mesmo que todos desejassem resultados de um crescimento mais robusto.
O assunto está sendo abordado num artigo elaborado por Francine De Lorenzo sobre as posições pessimistas, publicado no Valor Econômico. Elisa Soares, do mesmo jornal, reafirma a posição de Francisco Lopes, que também publicou nesta semana um artigo expressando a sua posição, como fez o professor Antonio Delfim Netto na sua coluna semanal no mesmo jornal. Também há um artigo de Arícia Martins explicando o significado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central, que ela gostaria que fosse mais indicativa de forte recuperação, mas que indica um sinal positivo para o segundo trimestre deste ano. O importante seria entender o “por que” de tanto pessimismo.
Antonio Delfim Netto Francisco Lopes
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16 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: efeitos sobre o Brasil, perigo de contágios, perigos da avaliação superficial da Índia, problemas ainda localizados
Todos os sinais disponíveis são de um exagerado nervosismo nos mercados internacionais, o que acaba beneficiando os pessimistas, mesmo existindo dados que permitem avaliações mais realistas. O site do The Economist publica um artigo sobre as medidas tomadas pelas autoridades indianas impondo algumas regras ao fluxo de recursos que estão saindo daquele país, que atingem os mais abonados da Índia que sempre gozaram de privilégios comparados com a massa de sua pobre população. O artigo mostra que os cidadãos daquele país ficam limitados ao transporte de US$ 75 mil por ano, quando anteriormente era de US$ 200 mil. As empresas indianas só poderão fazer investimentos no exterior equivalentes ao seu capital, medidas que atingem somente aqueles que custeavam estudos dos seus filhos em prestigiosas universidades do exterior, ou que efetuavam grandes gastos como os de casamentos luxuosos em Maurício. Não é preciso lembrar que a distribuição de renda na Índia sempre foi desigual.
O Banco Central da Índia parece preocupado com as fugas de capital nos momentos mais difíceis de sua economia, como já postamos neste site. Bem como as compras de ouro que ocorrem nestes períodos ficaram limitadas. O fato concreto é que está ocorrendo uma deterioração da economia indiana, como também ocorre entre na maioria dos países emergentes, inclusive no bloco que ficou conhecido como BRICS. Não há como diferencial a Índia do que acontece em outros seus vizinhos como a Indonésia. Mas, as cotações na Bolsa de Mumbei como da rupia indiana mostram que existem tendências a serem observadas.
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15 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, Saúde, webtown | Tags: artigo no Estadão, preocupações explÍcitas, primeiro passo no Senado brasileiro, tramitação demorada
Um artigo da Débora Álvares foi publicado no O Estado de S.Paulo informando sobre uma primeira aprovação na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal brasileiro estabelecendo limitações para a venda de alimentos não saudáveis nas cantinas das escolas. A matéria que terá que transitar pela Câmara Federal para ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff necessitará ainda de regulamentações adicionais. Mas já é um primeiro passo mostrando que há uma preocupação com a saúde dos estudantes, notadamente nos que estão contribuindo no aumento da obesidade.
Todos sabem que os brasileiros possuem o costume de se alimentar com frituras que contêm grande quantidade de gorduras saturadas, como os pastéis, coxinhas e assemelhados. Também os alimentos industrializados com elevado teor de sódio e gorduras trans e os que contêm açúcar em excesso, inclusive nos refrigerantes. Eles estão aumentando a obesidade precoce, pois os esforços que são efetuados hoje pelos jovens, principalmente nos centros urbanos, diferem do período em que a maioria da população se encontrava no meio rural.
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15 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigos na Folha de S.Paulo, Black Blocs e Anarcopunks, esclarecimentos importantes, papel da mídia
Eu, no mínimo, estou assustado e espero que outros também estejam com a multiplicação destes protestos violentos que não ocorrem somente em São Paulo, no Brasil, mas também em algumas localidades no exterior. Uma matéria elaborada por Patrícia Campos Mello, Fabiano Maisonnave e Giba Bergamin Jr. na Folha de S.Paulo junto com outras relacionadas informam sobre a ação conjunta de manifestantes pertencentes ao Black Blocs, que já começaram no Occupy Wall Street, com anarcopunks e pichadores. O que parecem ter em comum é a característica de cobrirem seus rostos e praticarem atos violentos, inclusive com os policiais, demonstrando sua inconformidade com a situação atual. Ainda que não seja simpático, as forças policiais existem para tentar manter a ordem dentro da legislação atual, e mesmo as manifestações pacíficas deveriam ser canalizadas para não prejudicarem os direitos de outros, num entendimento prévio com as autoridades, na minha modesta opinião.
Não penso que a anarquia possa representar um avanço no sistema democrático que está se consolidando no Brasil. Em qualquer sociedade existem os anarquistas que são coibidos em suas ações pelas forças organizadas, os policiais que devem contar com o monopólio do uso da força, quando necessário. Pode se afirmar que muitos policiais não estão preparados para dosar o seu emprego dependendo das situações que se multiplicam tanto em frequência como se dividem em muitos lugares. Que haja manifestantes descontentes com algumas autoridades não parece ser problema que afete uma sociedade democrática. Mas destruir o patrimônio público não parece o meio mais adequado para solucionar as divergências.
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14 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a diáspora da população hindu, artigo no The Economist, procura de centros que demandam seus trabalhos, recursos humanos de alta qualificação, tradição de migração
Cada país encontra suas formas de enfrentar a atual desaceleração do crescimento da economia, e a revista The Economist apresenta o caso da Índia que, como os demais países, enfrenta problemas que são comuns no mundo globalizado. Aquele país sempre contou com um excedente populacional que emigrou para o exterior, tanto países desenvolvidos como os que contavam com oportunidades para seus recursos humanos, notadamente nos seus momentos de crise. Entre os países emergentes, a Índia conta com muitos profissionais treinados internacionalmente, inclusive acadêmicos em prestigiosas universidades, como Oxford e Cambridge, no Reino Unido, do qual era colônia no passado.
O artigo do The Economist informa que a diáspora de 25 milhões de indianos é algo que precisa ser considerado. Nos tempos em que a Índia era dominada pelo Reino Unido, os indianos, principalmente bons comerciantes, se espalharam pelo Oriente e Caribe, podendo se incluir o leste da África. A segunda onda, de 1970 até meados de 1990, ocorreu quando o país era semi-socialista. No boom do Golfo Arábico e do Sudeste Asiático, seus empresários e recursos humanos bem preparados foram para estas regiões. Seus bons profissionais chegaram até o Vale do Silício. Suas grandes empresas, como a Arcelor Mittal ou a Tata, ampliaram suas atividades no exterior.
Os indianos estão também em Dubai como em Cingapura, como chegaram com sua indústria cinematográfica em Hong Kong, para suprirem as necessidades chinesas. Até nos Alpes aproveitam os cenários nevados, mais do que no vizinho e familiar Caxemira. Para os voos de longa distância, os indianos utilizam o Emirates, e para as curtas distâncias empresas de aviação da Índia. Enquanto os empresários chineses são a elite, os indianos costumam serem os empresários medianos que estão se tornando grandes. Procuram também trabalhar com joias e pedras preciosas, e procuram paraísos fiscais como as ilhas Maurício ou Dubai.
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13 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no China Daily, independendo do sexo, intercâmbio de grupo feminino sino-americanos com a China, ponte entre os dois países
Um artigo publicado por Zhang Yue no China Daily, na sua versão para os Estados Unidos, informa sobre o intercâmbio que as mulheres sino-americanas, lideradas pelas formadas no Wellewley College, estão realizando com a Universidade de Peking. Entre elas destacam-se Shirley Youg, que chegou a vice-presidente da GM – General Motors. Para a reunião, foram convidadas personalidades influentes de ambos os países, como Mona Lee Locke, esposa do embaixador Gary Locke, professora Wu Qing, filha do importante escritor Bing Xin, e Chen Zhili, ex-presidente da Federação de Todas as Mulheres Chinesas. Mas o grupo envolve também o musico Yo-Yo Ma, o arquiteto I.M. Pei, a ex-secretária do Trabalho do EUA, Elaine Choa, e a patinadora Michille Kwan.
Parece natural que os descendentes de chineses nascidos nos Estados Unidos, ou que se tornaram cidadãos americanos, ajudem a estabelecer uma importante ponte com a China, independente do sexo. Na realidade, mesmo entre os nikkeis, descentes de japoneses, espera-se que eles ajudem a servir como ponte com o Japão, como fazem também outros que possuem conhecimentos e influências em ambos os países, de onde se originaram seus pais e onde vivem atualmente. Ainda que o mundo esteja globalizado, há que se reconhecer que existem necessidades de intensificar estes intercâmbios, não se restringindo às personalidades femininas.
Top and above: Shirley Young is in Beijing for an all-women seminar on "Global Political Challenge: Women Leading Change", with most participants from Wellesley College and Peking University. Photos by Zhu Xingxin / China Daily
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11 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apesar do entusiasmo com o Abeconomics, aumento das contribuições dos idosos ricos nos custos médicos, aumento dos impostos, maior dívida pública do mundo | 3 Comentários »
Depois do entusiasmo inicial com a política econômica de Shinzo Abe, que acabou recebendo da imprensa mundial a denominação de Abeconomics, começam as ser enfrentadas as duras realidades com o aumento brutal da dívida pública japonesa que atingiu o maior percentual do mundo, superando o da Grécia. Um artigo publicado no Yomiuri Shimbun explica alguns detalhes da última reunião do primeiro-ministro japonês com o Conselho de Política Econômica e Fiscal na última quinta-feira para discutir uma solução, quando algumas orientações foram estabelecidas, ainda que as medidas para a redução da assistência social e o inevitável aumento dos impostos tenham que receber detalhamentos adicionais.
A dívida pública japonesa superou aos US$ 10 trilhões no final do segundo trimestre deste ano, chegando a 200% do PIB japonês, enquanto a da Grécia está a 160% e a dos Estados Unidos em 100%. O artigo informa que estes dados compatíveis com as internacionais serão publicados trimestralmente e compreendem: os montantes dos títulos públicos (bonds), os empréstimos (borrowing) e notas financeiras (financing bills), emitidos para financiar o Tesouro Nacional a curto prazo.
Primeiro-ministro Shinzo Abe durante reunião do Conselho de Política Econômica e Fiscal
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9 de agosto de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Economist, gigantesco programa para a sua superação, maior poluidor do mundo, problemas de saúde | 4 Comentários »
Num artigo longo e aterrorizante, The Economist informa sobre a poluição que está ocorrendo na China, bem como o seu programa de US$ 275 bilhões em cinco anos para combatê-la, que também é considerado o mais arrojado entre os diversos países do mundo. Lamentavelmente, todos sabem que a China e os Estados Unidos são os maiores lançadores de CO2 na atmosfera prejudicando todo o globo terrestre. Em janeiro deste ano, Pequim contava com 40 vezes mais de partículas poluentes que o nível considerado seguro para os seres humanos pela Organização Mundial da Saúde. Mesmo com o gigantesco programa para o seu combate, a poluição continuará aumentando no mínimo até os anos 2030, segundo as autoridades locais, mas 2040 para os analistas mais objetivos.
Estudos efetuados sobre o norte da China informam que a expectativa de vida está sendo reduzida em cinco anos e meio. Os rios estão imundos e o solo contaminado, as águas das torneiras não são potáveis, além de escassas. Enquanto os Estados Unidos e a Europa em conjunto estão reduzindo suas emissões em 60 milhões de toneladas anuais de gases efeito estufa, somente a China está aumentando em 500 milhões de toneladas, tendo passado de 10% do mundo em 1990 para 30% atualmente. 10% das terras agrícolas chinesas estão contaminadas com metais pesados, como o cádmio. O acelerado crescimento econômico obrigou a China a utilizar muita energia elétrica derivada da queima de carvão mineral, um dos mais poluentes disponíveis.
Poluição em Beijing
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